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Páginas domingo, janeiro 13, 2013 Assim como ninguém é contra que a tarifa de energia seja menor para o consumidor, também ninguém pode ser contra a que se ajude pessoas e famílias em condições de extrema pobreza e miséria. Mas há modos de se fazer a coisa certa, como há também o modo errado de se conseguir uma coisa e outra. Sempre fui contrário ao modo como o Bolsa Família está estruturado. Não sou contra à Bolsa em si, mas que ela não tenha portas de saída? Ora, se o leitor do blog pesquisar em nosso arquivo, encontrará vários artigos nos quais não apenas sugerimos inúmeras portas para que os beneficiários se libertem da escravidão do Estado, mas também expusemos de modo crítico que, do jeito em que se estruturou, o Bolsa Família não apenas se tornou unicamente cabo eleitoral, mas ao longo do tempo, ele perenizará a pobreza. Daí a pecha de que se trata de um programa eleitoreiro. Em sua origem, também há um retumbante erro: a mistificação cretina de que o Lula é o pai da criança. Nada mais falso. Os programas sociais federais, até por justiça, tiveram início com Sarney, no Nordeste, com o Vale-Leite. Mais tarde, Fernando Henrique criou o Comunidade Solidária e o entregou à Dona Ruth Cardoso, sua esposa. O Comunidade Solidária criou uma extensa rede de proteção, somando 12 programas em diferentes graus e condições. E foi ainda mais longe: criou um atualizado cadastro de famílias, verdadeira odisseia em termos de proteção social, a partir do qual o Bolsa Família acabou se ampliando ao nível que hoje se conhece. Foi a fusão de cinco de seus programas que foi criado o Bolsa Família, até por sugestão do atual governador de Goiás, Marconi Perillo. Procurem no Youtube. Lá vocês encontram o vídeo em que a sugestão foi feita à Lula numa solenidade no Planalto. E aproveitem para reverem na internet a lei de criação do Bolsa Família, onde se lê a fusão de cinco dos programas sociais implementados por Dona Ruth Cardoso. Querem mais: procurem o vídeo em que Lula, antes de ser presidente, criticava e condenava os programas sociais. Coerência, mesmo para os políticos, é bom e não faz mal a ninguém. Assim, comete-se uma tremenda e clamorosa injustiça ao se atribuir a Lula a paternidade de um programa social devotado a ajudar famílias mais necessitadas. Lula apenas capitalizou politicamente o que já havia. Mas há uma abismal diferença entre os programas do Comunidade Solidária e o Bolsa Família: as contrapartidas. Tanto que, se voltarmos no tempo, vamos perceber que tais contrapartidas universalizaram o ensino básico no Brasil, além dar início a vertiginosas quedas tanto na mortalidade infantil quanto no índice de trabalho escravo infantil. Não ver tais realidades, é passar atestado ou de má fé ou de ignorância. Em frente. Sempre que se critica o Bolsa Família sempre aparece um belzebu insinuando que se está defendendo que o programa seja extinto. Ledo engano. O que a crítica pretende é que o programa seja aperfeiçoado, é que ele permita que o cidadão um dia possa se libertar da escravidão do paternalismo estatal, e possa andar com suas próprias pernas. Isto é investir no próprio cidadão, é valorizar a verdadeira cidadania. Nesta edição, reproduzimos duas reportagens, uma do Estadão e outra do jornal O Globo, em que se evidenciam a exatidão das críticas que temos feito. A conclusão é que o PT, no poder, definitivamente, joga contra o interesse dos mais pobres e até, por incrível que pareça, da própria classe trabalhadora. Fosse o Bolsa Família tudo o que dele se propala, e seu número, dez anos depois, já teria se reduzido em um terço, à metade talvez. No entanto, o que vemos é que se passa justamente o contrário. Hoje, temos espantosos 25% da população brasileira vivendo e dependendo do Bolsa Família. Isto é bem representativo do quanto o programa cria uma dependência permanente do cidadão ao paternalismo estatal. É muita coisa. Que em seu nascedouro, quando incorporou em um único programa, cinco outros já existentes, o Bolsa Família arrancasse com tamanha grandeza, vá lá. A pobreza e a miséria eram extremas no início dos anos 90. É a partir de 1995 que ela começa a recrudescer, e não em 2003 como se mente por aí. Pois bem, passados dez anos com o PT no poder, o que vemos é este número ou se estabilizou ou ainda sofre ligeiros aumentos, como se pretende com o tal Brasil Carinhoso. Senhores: se o programa é social e tem por objetivo inserção social dos indivíduos na sociedade, no mercado de consumo, deve também reinseri-lo no mercado de trabalho, até em cursos profissionalizantes para sua devida valorização profissional. Tudo isso deveria estar proposto nas bases do programa, e seus resultados deveriam ser medidos com frequência, avaliação necessária até para correções de rota, permitindo que se promovam aqueles beneficiários “recuperados” a saírem do programa. Infelizmente, para o PT, não há interesse político em praticar esta promoção, a tal ponto que só se fala que as pessoas passaram a consumir mais, e não a viverem melhor. Várias vezes nos referimos ao Seguro-desemprego como um exemplo bem acabado de um programa completo. Nele há começo, meio e fim, e ao cabo do período de proteção a grande maioria já está trabalhando novamente. Também nesta edição reproduzimos reportagem da Exame.com dando conta de que o governo Dilma alterou os critérios de reajuste do valor do seguro-desemprego, fazendo com que seu valor sofresse uma correção menor do que se mantido os critério anteriores. Verdadeiro ato de traição para quem trabalha. Outra questão que podemos apontar como ação nefasta do PT contra os trabalhadores é a tabela do imposto de renda na fonte sobre o trabalho assalariado. Trata-se de verdadeira sacanagem, se me permitem o termo, contra os trabalhadores. E esta safadeza começou já no primeiro ano de mandato de Lula da Silva, em 2003. É a grande facada do PT sobre os assalariados brasileiros! O governo reajustou tudo, salário mínimo até o piso do magistério teve lá seu agrado. Seguro desemprego (com valor menor), aposentados com um ou mais salários mínimos. Não escapou nem a tabela de contribuição previdenciária do INSS. Pois bem, pergunta-se: e a tabela do imposto de renda na fonte, hein, como ficou? De acordo com a Lei 12469 de 26.8.11, a partir de janeiro de 2013 o imposto na fonte sobre o trabalho assalariado incidirá a partir de ganhos iguais ou superiores a R$ 1.710,79, ou 2,52 salários mínimos. Em 2012, para um salário mínimo de R$ 622,00, a incidência era a partir de R$ 1.637,11, ou 2,63 salários mínimos. Assim, fica claro que o confisco sobre os salários aumentou em 2013, pois mais gente terá descontado imposto de renda na fonte. O curioso é que, um governo comandado pelo Partido dos Trabalhadores, que se diz tão social, que promoveu mais de 30 milhões para a classe média (classe média de mentirinha, bem sabemos, mas ainda assim, vá lá), que canta marra de ter praticado a maior distribuição de renda da história, é, paradoxalmente, o que também está aplicando o maior confisco salarial da história. Quando Lula assumiu em 2003, a isenção do imposto de renda ia até 5 salários mínimos. Em dez anos, Lula e Dilma cortaram a isenção à metade, aumentando assim a faixa de assalariados que passaram a ter descontado na fonte o IRF. Tivessem mantido a proporcionalidade ao tempo de FHC, a isenção hoje seria até R$ 3.390,00, e não até R$ 1.710,78 como está sendo aplicado. Eis aí uma das maiores farsas praticadas pelo petismo e sobre o qual pouco se comenta. Por que, hein? Portanto, se você, leitor ou leitora, não for militante do PT, pode chamar de mentiroso ou mentirosa qualquer autoridade petista que bater no peito se autodeclarando como representante tanto dos pobres quanto dos trabalhadores. Os fatos acima são pura realidade. São números incontestáveis que deixam claro a hipocrisia do discurso petista, que é falso, distorcido, manipulador. Se diz que a imprensa é conservadora, direitista, reacionária e até golpista quando esta critica o governo petista. Nada mais ridículo, patético. Fosse assim como o PT a classifica e todos os dias as manchetes inundariam o dia a dia dos brasileiros com verdades como as acima detalhadas, contestando firmemente as mentiras que o PT tenta impor à sociedade, sociedade esta formada por absoluta maioria de desinformados, semi analfabetas, pessoas sem acesso à informação qualificada capaz de contestar veemente o esbulho que lhe estão cometendo, através de programas que se dizem sociais, mas que tem o dom de perenizar a pobreza, escravizar os indivíduos mais pobres ao paternalismo estatal, cobrando-lhes em troca o devido voto na próxima eleição. Ou, mentindo sobre os tais aumentos reais do salário mínimo quando, escamoteadamente, lhes confisca com maior apetite estes salários na forma de imposto na fonte. Ou apertando o torniquete com extrema crueldade sobre os aposentados da iniciativa privada, ou traindo ainda os trabalhadores ao lhes sonegar maior amparo, reduzindo os índices corretivos do seguro desemprego. Assim, desafio qualquer petista a contestar o que vai acima. Não adianta estrebuchar com argumentos infantis, com grosserias, com afirmação tola e indecente. Contestem com fatos, com datas, com realidades. E até que ninguém o faça, a verdade irretocável é que o PT, de fato, escraviza o pobre em troca do voto, e trai e humilha o trabalhador, prometendo aumentos reais de salários e, traiçoeiro, lhe aumenta o confisco na forma de impostos. Já provamos aqui o que aconteceu com a energia elétrica no Brasil. Enquanto no governo FHC o peso era de 21,6% sobre o valor da tarifa, Lula e Dilma se encarregam de elevar este peso tributário para fantásticos e inadmissíveis 48%. Portanto, neste caso, o governo tem gordura suficiente para queimar no sentido de reduzir não apenas em 20%, mas até mais, o valor pago pelos consumidores de energia no Brasil. Mas prefere mentir à sociedade, e de forma absolutamente totalitária, impõem às concessionárias que se rasguem contratos, que se mude as regras com o jogo em andamento e ainda lhes exige uma perda bilionária capaz de colocar em risco a própria saúde econômica e financeira das empresas. Em resumo: este é um governo que rema contra o Brasil. O crescimento do PIB tem sido pífio? Nada maias justo por representar o mau governo petista, principalmente de Dilma Rousseff. Está na hora da sociedade brasileira despertar rápido antes que nos tornemos uma bagunça ainda maior nas mãos destes larápios. A violência no continente – A Agência EFE fez levantamento, publicado no Portal Terra, demonstrando que nos últimos dez anos, a violência cresceu apenas na América Latina, não por outra, período que coincide como crescimento das esquerdas a frente de um número crescente de países. Atenção; o continente não viveu neste período nenhuma guerra externa nem civil. Como vemos no Oriente Médio, Leste Europeu África e Ásia . E, mesmo assim, mesmo nestas regiões, a violência tem decrescido. Não se trata de coincidência. Vejam os números da violência. Onde o PT comanda os governos estaduais, a violência tem explodido. E, em números gerais, a violência tem crescido quase que epidemicamente, com o PT na presidência da república. Em parte, uma explicação plausível está no fato de que as esquerdas em geral adotam como tática de poder afrontar as instituições, o estado de direito, ora tornando os Legislativos submissos à sua exclusiva vontade, ora aparelhando os Judiciários, roubando-lhes a independência. O aparelho repressor do Estado se volta mais ao combate aos adversários políticos e críticos do regime, do que no confronto ao crime organizado, tremendamente infiltrado no poder e nos demais órgãos do Estado. Ou as esquerdas não combatem a violência da forma correta, entupindo-se de ideologia retrógrada, que lhes retira o bom senso, ou simplesmente sequer a combatem, deixando a barbárie e a selvageria tomarem conta de seus povos, situação em que pensa ser possível reinarem sem confronto, na base do quanto pior, melhor. Até pode ser tal forma de agir resultado de suas deformações ideológicas. Mas com certeza desenvolvimento e melhor de qualidade de vida é que não é. Não é mesmo. Muito menos democracias saudáveis. O outro lado da violência, no Brasil – Dentro do mesmo tema, nesta semana, entidade representativa dos homossexuais brasileiros divulgou um dado interessante sobre violência contra a classe. Em tom de protesto, informou que a cada 26 horas um gay é assassinado no Brasil. Poderia ter ido mais longe. Considerado o número de homicídios no Brasil, poderia ter informado ao distinto público que, POR DIA, 153 heterossexuais são assassinados no país, ou 6 a cada hora, ou ainda, um hetero é assassinado a cada 10 minutos. Afinal, quem tem mais razão para se queixar sobre a segurança, ou a falta dela, no Brasil? Realismo fantástico, os especialistas que nos perdoem, não é ficção: é a pura verdade. Aqui se realiza uma posse de presidente sem presidente, depois que se proclama que a posse, que será realizada, nem é necessária; e o presidente que não tomou posse, já no pleno exercício de seus poderes, determina quem tomará posse em seu lugar. Na foto, no meio daquele mar de camisas vermelhas, de estrangeiros cantando hinos patrióticos venezuelanos, uma ausência chama a atenção: faltam os dentes podres que, mal e porcamente, bloqueiam o terrível hálito que por ali emana. Mujica, Evo, Ortega, todos lá. Nenhum brasileiro no coro? Realismo fantástico, caro leitor. Há um cavalheiro no xilindró, devidamente condenado, preso, vendo o Sol nascer quadrado, bebendo café de canequinha (em compensação, o celular dele deve funcionar muito melhor do que o nosso, sabe-se lá por que motivo), querendo tomar posse na Prefeitura de Nazaré Paulista, SP. E há outro que, sabendo que vem aí sua prisão semiaberta, aproveita para desfrutar enquanto pode as benesses que os políticos reservam aos seus - afinal, ninguém sabe o dia de amanhã! Este condenado, tudo indica, poderá até ver o Sol redondo, mas no horário em que o Parlamento deveria funcionar será obrigado a recolher-se ao recesso de seu xadrez (especial, claro, que ninguém é de ferro), sofrendo embora o constrangimento de assistir à novela numa TV coletiva. Conte fora do Brasil que aqui os cadeeiros querem exercer mandatos eletivos. Mas cuidado: todos os gringos vão achar que o caro leitor é que ficou doidão. Os depó do pa tropi Num país de ficção, daqueles supertropicais, em que nem o realismo fantástico funciona porque é muito realista, dois gigantescos conglomerados financeiros acertaram um monumental acordo de fusão (que se chama fusão porque chamar uma operação tão bonita, em que um compra o outro, de tomada de controle, soa meio grosseiro). As diretorias conversaram, acertaram detalhes, obtiveram a aprovação dos órgãos competentes de controle, negociaram com sindicatos envolvidos uma redução menos ardida no número de empregos, mantiveram a informação sob sigilo absoluto, mas certas providências internas precisavam ser tomadas. Algum jornalista horroroso, certamente golpista, nojentamente pensando em publicar notícias, soube. Os principais veículos de comunicação, neste país em que surrealismo e hiperrealismo são a mesma coisa, foram chamados, informados e instados a colaborar: receberiam a informação desde que a mantivessem embargada até o momento em que, dado o sinal verde do Governo, pudessem publicá-la. Deu zebra: algum desapercebido avançou o sinal e teve de recuar, como se uma informação sem sentido tivesse surgido do nada, por puro milagre. Mas espere: toda informação embargada em algum momento é liberada. Rosa, Rosa, Rosa Gertrude Stein escreveu em 1913 uma frase famosa: uma rosa é uma rosa é uma rosa. Mas a discussão política de exatamente cem anos depois vai passar por uma variação desta frase, na belíssima letra de Vinícius de Moraes para Rancho das Flores: Uma rosa não é só uma flor, uma rosa é uma Rosa, é a mulher rescendendo de amor. Ah, a força das lembranças poéticas, dos amores d’antanho! Pois gargantas que a ditadura não calou, que a prisão não silenciou, que os afazeres de altíssimos cargos não mantiveram quietas, essas lembranças deram-lhe o toque de silêncio. A saúde voltou, alegria! Mas a eloquência se foi. É cor de rosa choque Seria interessantíssimo ouvir o professor Ildo Sauer, especialista em Energia, petista desde que o partido era petista, e que já mostrou, ao longo dos anos, que não mistura seu pensamento político com a análise dos problemas de sua área. Qual será a opinião de Sauer sobre o abastecimento atual de eletricidade? Troca os Lobões! Este é mesmo um país curioso. Há um Lobão elétrico, trepidante, preocupado com seu trabalho, que faz sucesso há dezenas de anos; mas quem cuida da energia na área federal é justo o outro, o Lobão desligado da tomada. O primeiro dos segundos Durante a Segunda Guerra Mundial, dois grandes generais, Henri Giraud e Charles de Gaulle, disputaram entre si quem comandaria as forças da França Livre, que combatiam os nazistas. Mas na França não conseguiram se instalar: De Gaulle morava em Londres, Giraud no Norte da África. O Governo Provisório da Polônia e o Comitê de Lublin, ambos inimigos dos nazistas, disputavam o controle da Polônia. Mas quem controlava a Polônia eram os nazistas e os soviéticos. O Governo provisório ficava em Londres e o Comitê de Lublin em Moscou. O que há de ruim na História o PSDB repete: Serra quer mais poder no partido em São Paulo, e há até quem diga que quer mudar de legenda, para disputar mais uma vez a Presidência da República. Fernando Henrique declara que Aécio é que tem de ser o candidato do partido. Alckmin diz que é cedo - quem sabe sobra para ele tentar de novo, usando aquele inacreditável colete tipo Fórmula 1 com logotipos de estatais? Ganhar a eleição não importa: vale vencer no partido. E, todos juntos chupando o dedo, olhar para os vencidos com ar de vitoriosos. O peixe de maior tamanho enroscado na Operação Porto Seguro é um “senador” que jamais teve um voto e, no entanto, ocupou por três vezes um assento em nossa Câmara Alta. Este mago da política chama-se Gilberto Miranda: começou como massagista do então presidente-ditador João Figueiredo, foi sócio nos negócios de Orestes Quércia, é amigo de Paulo Maluf, era próximo de Celso Pitta, seu padrinho de casamento é José Sarney e, além disso, esteve envolvido diretamente em escândalos de altíssimo quilate como o Caso Sivam e o Dossiê Cayman. O “senador” Gilberto Miranda agora mudou de ramo: tornou-se expert em Ilhas do Tesouro. Tem duas, a poucos quilômetros de distância uma da outra, no litoral de S. Paulo. Na ilha das Cabras, propriedade da União, perto de Ilhabela, construiu um paradisíaco resort privado com heliporto e outras facilidades para entreter amigos e sócios. Insatisfeito, o novo Robinson Crusoe apossou-se da Ilha dos Bagres, no porto de Santos, onde pretendia construir um complexo portuário para o qual obteve um financiamento de dois bilhões de reais graças às relações com José Weber Holanda, ex-advogado-geral-adjunto da União, agora indiciado pela Polícia Federal. O negócio de Ilhas do Tesouro resolve-se pela via judicial com relativa facilidade. Mas o negócio das suplências, uma das maiores aberrações da Carta Magna de 1988, só se resolve com uma Emenda Constitucional. Gilberto Miranda Batista — Mirandinha para os íntimos – embora paulista sempre fascinou-se com as riquezas do Amazonas: pagou dois milhões em 1987 para obter a suplência de Carlos Alberto Di Carli o que lhe permitiu frequentar o Senado durante seis meses e lustrou a sua folha-corrida com o título de Senador. Em 1990 negociou uma suplência com Amazonino Mendes: pagou quatro milhões que lhe garantiram seis anos no Senado da República. Em 1998 pagou outros cinco milhões ao xará, Gilberto Mestrinho por uma segunda suplência e, em seguida, uma vilegiatura de outros seis anos no Senado. Uma pechincha. ZONA FRANCA No período em que representou o Estado do Amazonas o empreendedor Gilberto Miranda desenvolveu outro negócio: a liberação de projetos de financiamento na Zona Franca de Manaus. Bateu um recorde: emplacou 250. No modelo presidencialista e bicameral dos EUA inexiste a figura do suplente de senador. É ilegítima. O representante de um estado da Federação precisa ser eleito pelo voto direto. O parlamentar que se afasta, morre ou é impedido pelos pares, será substituído por outro, eleito nominalmente no pleito seguinte. O negócio de suplências no Senado é indecente, feudal e antidemocrático. Já produziu situações altamente vexatórias com aquela protagonizada pelo ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, então suplente do senador Saturnino Braga (PDT-Rio) que exigiu o afastamento de um brilhante parlamentar por conta de um execrável “acordo político” que lesou o eleitor, o partido e o próprio sistema eleitoral. A Operação Porto Seguro foi iniciada pela Polícia Federal, as primeiras punições partiram do Executivo, os indiciados serão levados ao Judiciário. O Legislativo — por enquanto ileso — poderia participar do saneamento com uma PEC que acabaria com o rendoso negócio das suplências. E das ilhas dos tesouros. Proporcionar segurança à sociedade é uma das finalidades do Estado. No entanto, cresce a sensação de insegurança e é imperioso refletir sobre o tema. As tarefas que convergem para esse elemento tão importante do bem comum não avançam em qualquer dos três poderes. Não se constroem presídios, não se ampliam os contingentes policiais e não se proporcionam boas condições materiais ao exercício dessas atividades. A legislação penal é leniente. A justiça é lenta. É preciso muito azar para alguém ser preso e ficar preso. Mas se ficar, cumprida parcela ínfima da pena, sai às ruas porque o Estado acredita que ele irá cantar no coro da igreja, entrar para o Rotary ou trabalhar como voluntário em obras assistenciais. As ações para a segurança pública, além de não avançarem, muitas vezes dão-nos a impressão de que estão em curso, sim, mas trafegando com excesso de velocidade, farol alto e na contramão do interesse social. Assim, por exemplo, a ministra Maria do Rosário, na condição de presidenta do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, vem de editar a Resolução Nº 08 de 21 de dezembro de 2012. Ao redigi-la, a ministra e o Conselho deram saltos olímpicos sobre os limites legais e constitucionais interpostos à sua atuação: determinaram procedimentos ao Ministério Público e às polícias estaduais, limites de ação aos serviços de inteligência das polícias militares, mudaram lei e atropelaram a Constituição. O objetivo da Resolução é determinar o que deve acontecer quando um policial em atividade funcional causar ferimento ou matar alguém. Já de início causa espanto que o foco esteja fechado sobre como devem agir as autoridades quando a autoria da ação lesiva é atribuída a um policial. É esse e só esse o tipo de evento que interessa à Resolução. Não há qualquer menção a igual rigor quando o morto é um policial. Nem quando o morto é um cidadão qualquer. Parece que só quem não deve morrer é o bandido. Tem mais: em suas considerações iniciais, a Resolução afirma que a violência das mortes causadas em ações policiais cria um ambiente de insegurança e medo para toda a comunidade. Deduz-se, portanto, que, para os redatores da Resolução, é a morte do bandido que causa insegurança à comunidade. Será? Lê-se, também, no referido documento, que até que se esclareçam as circunstâncias do fato os policiais envolvidos serão afastados imediatamente dos serviços de policiamento ostensivo e de missões externas ordinárias e especiais, e que os mesmos não participarão de processo de promoção por merecimento ou por bravura (aqui a própria Constituição Federal vai para o beleléu). Ou seja, se os preceitos da tal Resolução vigessem, os policiais que, nas proximidades de Cotiporã, participavam do bloqueio da estrada e reagiram ao tiroteio que lhes endereçaram os assaltantes, matando três deles, não poderiam ter sua bravura reconhecida e enfrentariam muito incômodo pela frente! Não se pode, em absoluto, deixar de cobrar do Estado seu dever de inibir a violência policial, a formação de esquadrões da morte e coisas desse tipo. Mas saltar daí a um zelo desmedido pela segurança dos criminosos, conforme resolve essa Resolução, é o equivalente prático de coibir a ação policial. E esta é, sim, objetivamente, reduto de esperança da sociedade apavorada. Uma bonita história para a construção da figura da gerentona. Em agosto do ano passado, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) anunciou que suplementaria as bolsas dos estudantes beneficiados pelo programa Ciência sem Fronteiras com 400 dólares ou 400 libras mensais. Chegou-se à metade de janeiro e ninguém recebeu um tostão. Numa universidade inglesa os brasileiros foram socorridos com ajuda da escola. Os repórteres Flávia Foreque e Breno Costa souberam do caso e perguntaram aos educatecas o que havia. Problemas na “adaptação do sistema”, respondeu a Capes. Os pagamentos só seriam feitos em fevereiro. Fizeram sete perguntas e três ficaram sem resposta. Uma delas: esses episódios ocorreram em outras universidades? Silêncio. Não é da sua conta. (Ocorreram, em pelo menos outros dois países.) O presidente da Capes, doutor Jorge Guimarães, explicou que falta-lhe estrutura para fazer o serviço. E por que prometeu? Não lhe faltou estrutura, porém, para intimidar duas estudantes que haviam reclamado. Contou que exigiu delas mensagens declarando que “não estão passando necessidades.” Assim é a burocracia dos educatecas. Na hora de fazer o serviço, nada. (O banco de questões do Enem, por exemplo.) Na hora de ferrar os estudantes, tudo. (Em 2011, a garotada foi proibida de entrar com relógio na prova.) A doutora Dilma entrou na roda e disse à Capes que ela tinha até o final desta semana para pagar o que deve. Resta saber se o dinheiro irá para a conta dos jovens e, não indo, se o doutor Jorge Guimarães continuará no cargo. Que falta estrutura ao Ciência sem Fronteiras, todo mundo sabe, mas os educatecas acolheram a marquetagem que envolveu o projeto. Há marquetagem, mas há indiscutível êxito. Essa iniciativa inédita já beneficiou 20,6 mil bolsistas. Prometeu que, ao final do governo, chegaria a 75 mil. Portanto, faltam dois anos para conceder outras 54 mil bolsas. Sem o tranco da doutora Dilma, os estudantes só veriam a cor do dinheiro no mês que vem. Quem perguntasse o que estava acontecendo deveria se contentar com lorotas e silêncios, e quem reclamasse seria convidado a se retratar. Don Corleone orienta o comissariado Num momento luminoso para o PT, o companheiro Olívio Dutra, fundador do partido, ex-prefeito de Porto Alegre e ex-governador do Rio Grande do Sul, disse ao deputado José Genoino: “Eu acho que tu deverias pensar na tua biografia, na trajetória que tens dentro do partido. Eu acho que tu deverias renunciar. Mas é a minha opinião pessoal, a decisão é tua. Não tenho porque furungar nisso.” Dias depois o comissário André Vargas, secretário de Comunicação do partido, disse que Olívio fora “pouco compreensivo”. E mostrou a faca: “Quando ele passou pelos problemas da CPI do Jogo do Bicho, teve a compreensão de todo mundo. (...) Ele já passou por muitos problemas, né?” Engano. Durante o governo de Olívio Dutra, o PT gaúcho foi apanhado numa maracutaia, mas ele nunca foi acusado de envolvimento direto no caso. Processo judicial, nem pensar. Genoino e seu colegas foram condenados pelo Supremo Tribunal Federal. Olívio Dutra é de um tempo em que petistas rachavam apartamento em Brasília (seu parceiro era Lula). Quando deixou a prefeitura voltou a ser um bancário. Com seus bigodes e uma bolsa tétrica, anda de ônibus. Passou por problemas, mas nunca passou pelas soluções dos comissários de hoje. A resposta do André Vargas indica que no PT 2.0, uma pessoa com a biografia de Olívio é um estorvo, tornando-se necessário colocá-lo ao alcance de qualquer suspeita. Falta o Gibi O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse uma frase enigmática a respeito do esquema do mensalão: ele era “muito maior, muito mais amplo, do que aquilo que acabou sendo objeto da denúncia”. Pelo cheiro da brilhantina, Gurgel passou perto de uma modalidade de capilé apelidada por uma víbora de “Gibi”. Tratava-se de um caderninho onde um comissário registrava complementações salariais para companheiros, inclusive e sobretudo do Executivo. O “Gibi” não entrou nas investigações, muito menos na denúncia, mas se o Ministério Público teve colaboradores voluntários, soube dele. A garrando uma oportunidade, a condenação de alguns políticos que o lideram, o Partido dos Trabalhadores postula novamente o controle da imprensa. Existem graves distorções no jornalismo atual, devendo ele ser tratado com rigor pelos interessados - leitores, ouvintes, telespectadores- na forma e no conteúdo das notícias. Muitas críticas, no entanto, têm origem em personalidades e grupos que desejam impor programas para perpetuar seu poder. De onde vem a tese de que é preciso regular a imprensa? Lembremos o jurista Carl Schmitt, lido por Francisco Campos, ministro de Vargas que no Estado Novo normatizou os jornais. O alemão afirma que, na busca de formar a mente pública, o audiovisual ameaça o Estado. O poder político deve ter o monopólio dessa técnica. Nenhum Estado liberal deixa de reivindicar em seu proveito a censura intensiva e o controle sobre filmes e imagens, e sobre o rádio. Nenhum Estado deixa a um adversário os novos meios de dominação das massas e formação da opinião pública. O Estado, diz Schmitt, deve controlar os meios de comunicação: Os novos meios técnicos pertencem exclusivamente ao Estado e servem para aumentar sua potência. O ente estatal não deixa surgirem seu interior forças inimigas. Ele não permite que elas disponham de técnicas para sapar sua potência com slogans comoEstado de direito,liberalismo ou um outro nome (Schmitt em 1932, cf. O. Beaud: Os Últimos Dias de Weimar). A raiz histórica da tese é venenosa. Na Alemanha preconizada por Schmitt o nome para a regulamentação da mídia foi a Gleichschaltung (impor à imprensa, de modo uniforme, a ideologia do partido). Em 1933 existiam no país 4 mil diários e 7 mil revistas.O Reich estatizar a a maioria das estações de rádio (1925). A Reichs Rundfunk Gesellschaft (Sociedade de Comunicação Radiofônica do Reich) foi posta em 1932 sob os comissários de Franz von Papen, o que facilitou a Gleichschaltung. Tal política foi denunciada em 1938 por Stephen H. Roberts (The House that Hitler Built), mas os olhos estavam cegos para o arbítrio. E vieram a regulamentação do rádio e do serviço postal, a centralização do controle no Ministério da Propaganda, a imposição da conformidade aos funcionários. Foram demitidos os indesejáveis (judeus especialmente).Todos deveriam aceitar os ditames do governo e do partido. Goebbels demitiu os antigos comissários do rádio. Em março de 1940 foram unificados os programas radiofônicos do Reich. Poucas leis foram necessárias para regular a mídia. Ouvir rádios estrangeiras levaria à pena de morte,segundo o Decreto Sobre Medidas Extraordinárias (1.º/9/1939). Em 1937 existiam 8 milhões de receptores de rádio na Alemanha, ante 200 aparelhos domésticos de televisão dois anos depois. Nos Jogos Olímpicos de 1936, 162.228 pessoas foram às salas que exibiam programas televisionados. O partido e o governo usavam, sobretudo, o rádio e o filme. Ao se impor à mídia, Goebbels jogou a violência física sobre ombros alheios: Não usamos nenhuma forma de coerção. Se necessária a deixamos para outros departamentos. Segundo ele, a propaganda (jornalística...) sem elos com a cultura é cansativa e ineficaz. Seria preciso uni-la ao entretenimento, batizado com sarcasmo,contra as Luzes do século 18, de Aufklärung. Você não pode sempre bater o tambor, dizia,porque o povo gradualmente se acostuma ao som e não mais o registra (...) desejamos ser os condutores de uma orquestra polifônica de propaganda. Os instintos primitivos da massa despertam e são movidos por truques simples e claros. A mídia regulamentada teve seu papel no extermínio dos judeus, embora o regime mantivesse o segredo como arma. Himmler, discursando em Poznan (4/10/1943), disse que o Holocausto era um capítulo glorioso da SS que nunca chegou a ser escrito. A leitura dos jornais sob controle mostram algo diferente.A popularidade de Hitler, é certo, não se deveu à mídia ventríloqua, mas é falso dizer que jornais independentes (Frankfurter Zeitung, Berliner Tageblatt, etc.) se opuseram ao regime. Paul Scheffer, editorialista do Berliner Tageblatt, narra que sua posição era de marionete sob Goebbels. Os jornais deveriam parecer diversificados, mas agir na linha única, imposta pelo partido. Muitos leitores cancelaram assinaturas dos jornais.Os periódicos estrangeiros eram lidos com sofre guidão.Nos textos censurados as pessoas aprenderam a ler entre as linhas para compensar a falta de informações. O encanto por Hitler seguia ao lado da impopularidade do seu partido.Segundo I. Kershaw (O Mito de Hitler: o culto do Führer e a opinião popular), os alemães atribuíam ao Führer os sucessos anteriores à guerra. A corrupção, a imperícia administrativa e problemas de suprimento não se deviam a ele,mas ao partido.A mídia fantoche fazia do líder um inimputável. Os jornais regulamentados apresentavam-no como a pessoa que acabara com o desemprego, vencera a corrupção,levara a Alemanha ao poder europeu.Os fracassos eram atribuídos aos inimigos,como os judeus. (Informações preciosas encontram-se em Bruce A.Murray, Framing the Past: The Historiography of German Cinema and Television.) Virada a página,no mundo soviético,idênticas loas ao Pai dos Povos,igual servilismo imposto à imprensa. E hoje, no mundo e no Brasil? Em greve inédita contra a censura, um jornal do próprio governo chinês (Global Times), em texto dos editores afirma: A realidade é que antigas políticas de regulação da imprensa não podem continuar como estão.A sociedade está progredindo e a administração deve evoluir (BBC, 7/1/2013).Depois do nazismo, do Pravda (o jornal mais mentiroso da História), das ditaduras Vargas e de 1964, a sociedade evoluiu, salvo para os que comparam sua ideologia aos oráculos. Os deuses exigem espinhas e almas quebradas. A presidenta Dilma Rousseff tem dito que os recentes cortes de luz decorrem de falhas humanas. Ela tem razão de que cortes sucessivos decorrem de falha humana dos responsáveis pela política no setor. Esta falha se agrava quando os responsáveis não apenas descuidam de suas obrigações, mas também tratam com ironia os alertas dos que tentam evitar o problema. Talvez a maior falha de um governante, depois da corrupção, seja a falta de modéstia e de respeito pelo interesse público que o leva a ignorar as críticas, preferindo a bajulação. Ninguém pode ter certeza de que caminhamos para um apagão, mas isso não dá direito a um governante de ignorar os alertas que estão sendo dados há meses, com base em fatos concretos, a não ser que as autoridades prevejam estagnação do nosso PIB e em consequência, também, da demanda por energia. Se o PIB crescer há possibilidade de a capacidade instalada não atender a demanda ampliada. Não ver isso é não perceber a complexidade da dinâmica do sistema econômico, na qual muitas das boas notícias no presente carregam riscos embutidos para o futuro. Da mesma forma que o positivo aumento do PIB tem carregado apagões de energia, de mão de obra, de rodovias, o positivo aumento no número de passageiros criou apagão nos aeroportos. Outros indicadores positivos da economia carregam riscos, se não houver uma gestão estratégica reduzindo metas ou aumentando investimentos estruturais. O número de turistas brasileiros que hoje compram em Nova Iorque é uma prova da força de nossa moeda. Mas isso não é um indicativo de solidez da economia. Basta lembrar que, há poucos anos, eram os argentinos que compravam nossas praias no Sul, depois os espanhóis e portugueses, no Nordeste. Não ver este risco é uma grave falha humana. Tão grave que só há uma explicação: satisfazer nossas ilusões com o presente mesmo abandonando o futuro. A forma como a inflação vem sendo freada, no limite da banda superior da meta, graças ao controle no preço de combustível e isenções fiscais sobre bens industriais, vai cobrar um alto preço por causa da falha humana de não prever suas consequências. Resolver a crise fiscal e sua consequência sobre o superávit, por meio de ginásticas contábeis e de uso dos recursos do Fundo Soberano, pode enganar por algum tempo, mas a um alto custo adiante pela perda de credibilidade na administração das finanças. A economia ainda está bem, embora já não tanto quanto alguns anos atrás, mas, quando observamos os riscos adiante, ela não parece que irá ficar bem. Não ver isso é dar razão à Presidenta, quando diz que os apagões são decorrência de erros humanos; do grande erro humano da falta de previsão, de planejamento, de gestão e do adiamento das medidas necessárias para corrigir nossas deficiências. Sobretudo, a maior das falhas humanas: a arrogância de não ouvir críticas e alertas de quem olha o futuro e não apenas a euforia do presente. Aquela juventude armada, à qual nunca se negou coragem, teve como integrante e participante, além de José Genoino, uma estudante de nome Dilma Rousseff, agora presidente da República. O movimento pendular da História é sempre surpreendente e serve para mostrar que no Chile, no Brasil O Brasil talvez seja o único pais do mundo onde uma pessoa condenada pelos crimes de corrupção e formação de quadrilha, por decisão do mais alto tribunal da República, assume no Congresso Nacional o cargo de deputado federal, podendo atuar na elaboração de leis. Meu Deus, qual será a validade dessas leis que vierem a ter o autógrafo de José Genoino? É vergonhoso, humilhante, afrontoso verificar que isso acontece logo depois de o Senado ter dado um pé no traseiro de Demóstenes Torres, em face da suspeita de envolvimento criminoso do então senador com o contraventor Carlinhos Cachoeira. Os crimes praticados por José Genoino, e que levaram à sua condenação, são muito mais graves, de tal forma que sua posse na Câmara dos Deputados equivale a chicotear a República e a negar o Estado de Direito, pelo qual a Nação tanto lutou. É um ato vergonhoso que mancha definitivamente a biografia do agora parlamentar. Não percebe esse político que sua presença no Congresso será um prato cheio para seus adversários? A qualquer palavra que diga, sempre alguém o lembrará de que é uma pessoa condenada por corrupção e formação de quadrilha. Isso certamente atingirá não somente a sua pessoa, mas também o partido político do qual foi presidente, e até mesmo o País. Quando ocorria o seu julgamento pelo Supremo Tribunal Federal, por haver atuado, como presidente do Partido dos Trabalhadores, no avanço em dinheiro público para farta distribuição a amigos e aliados políticos, a ministra Carmen Lúcia, que o julgava, procurou deixar claro que não estava julgando uma biografia, mas, sim, casos concretos de corrupção e formação de quadrilha. A menção feita à biografia resulta da reputação que Genoino incorporou à sua carreira política como combatente armado na luta contra o regime militar implantado no Brasil em março de 1964. Naquela época, certamente com patriotismo, mas sem maior inteligência e com fragilíssima estratégia, jovens sem experiência lançaram-se a uma luta de poucas armas exatamente contra a única instituição que detinha o poderio bélico. Sob o ardor da juventude, assaltaram bancos, dinamitaram cofres para resgatar dinheiro e chegaram ao exagero de sequestrar o embaixador dos Estados Unidos e a jogar uma poderosa bomba sobre o quartel do 2º Exército, em São Paulo, fazendo em pedaços o infeliz soldado Mário Kozel Filho, de 18 anos, que ali estava de sentinela. Essas ações de confronto representaram para os detentores do poder os melhores argumentos de que necessitavam para não devolver o poder aos civis. Na 2ª Seção do 2º Exército, onde atuava o serviço secreto militar, seguiam-se reuniões sempre com o mesmo desfecho: Como devolver o poder a esse bando de loucos?. Aquela juventude armada, à qual nunca se negou coragem, teve como integrante e participante, além de José Genoino, uma estudante de nome Dilma Rousseff, agora presidente da República. O movimento pendular da História é sempre surpreendente e serve para mostrar que no Chile, no Brasil e no Uruguai os guerrilheiros de anos atrás, que lutaram contra as ditaduras, chegaram ao poder não pela violência, mas pelo voto (e já no poder - isso é incrível - não se mostraram muito diferentes daqueles a quem haviam combatido). No caso especial do Brasil, a reconquista do poder pelos civis veio a ocorrer não pelo ardor juvenil que levou à violência e à luta armada. O poder foi reconquistado por força de atos de inteligência e boa estratégia demonstrados por homens nada violentos como Tancredo Neves, Ulysses Guimarães, Teotônio Vilela, Mário Covas e tantos outros. Esses políticos, que até hoje fazem muita falta, pareceram adotar o estilo de Gandhi quando resolveu opor-se ao domínio britânico na Índia, fazendo uso, tão somente, da não violência e da não cooperação. Esse movimento, a que Gandhi dava o nome de Satyagraha, procurava mostrar a força da verdade e da ausência de medo. Exatamente por não encontrarem como combatê-lo, os britânicos acabaram pegando os seus chapéus, os seus tacos de golfe e voltaram para a Inglaterra. No Brasil, a devolução poder aos civis também veio a ocorrer, mas sempre com muita tensão. Poucas pessoas têm conhecimento das dificuldades, dos esforços e das cobranças que o então governador paulista Paulo Egydio Martins fazia ao presidente Ernesto Geisel para que promovesse uma abertura política que, mesmo lenta, avançasse progressiva e irreversivelmente. Sem o uso de bombas, ou de armas, enfim, o País aos poucos voltou a ter eleições, mas, por lamentáveis falhas dos eleitores, repetidamente são eleitas pessoas destituídas do necessário preparo. Isso acontece desde os tempos do Brasil colônia, quando o satírico Gregório de Matos, em seus versos, dizia: Quem sobe a alto lugar, que não merece, homem sobe, asno vai, burro parece, que 0 subir é desgraça muitas vezes. E ele completava que melhor é o ser homem em baixo do que burro em cima. A biografia de José Genoino, objeto de admiração por seus seguidores de partido, não mereceria ter esse complemento vergonhoso, porque a contamina por inteiro. A sua posse no Congresso Nacional representa praticamente a anulação de eficácia da Lei da Ficha Limpa, conquista nacional Realmente, alguns milhares de políticos não puderam sequer disputar cargos eletivos pelo fato de suas biografias estarem ornamentadas por ilícitos administrativos e por delitos. Alguns prefeitos eleitos nem ao menos puderam assumir seus cargos em razão desses vícios não aceitos pela referida lei. A posse de Genoino desmoraliza a Lei da Ficha Limpa e certamente servirá de paradigma para que outros condenados, sem os seus direitos políticos, assim como ele, também possam tomar posse. É triste ter de assistir a mais esse espetáculo de desprezo à inteligência das pessoas. (*) Aloísio de Toledo César - Jornalista e advogado. É desembargador aposentado do Tribunal de Justiça de São Paulo A inflação de 2012 ultrapassou as expectativas mais pessimistas. Foi de 5,84%, nível acima das projeções do Banco Central - organismo encarregado de empurrar a inflação para dentro da meta de 4,5%, com mais dois pontos porcentuais de tolerância. Os números de dezembro também decepcionaram: inflação de 0,79%. Mais preocupante do que o tamanho da estocada é a maneira como a alta se espalha. Nada menos que 70,7% dos itens que compõem a cesta do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acusaram aumento de preços em dezembro. É uma situação clara de demanda mais forte do que a oferta de bens e serviços na economia. Nessas condições, o ajuste se dá por meio da aceleração de preços. Ao longo de todo o ano passado, o Banco Central prometeu inflação mais baixa: 4,4%, em março; 4,7%, em junho; 5,2%, em setembro; e 5,7%, em dezembro. Contava com mais empenho do governo na administração das contas públicas. Também durante todo o ano de 2012, o Banco Central avisou que um dos principais pressupostos para o controle dos preços num cenário de juros básicos (Selic) bem mais baixos seria o cumprimento da meta de austeridade orçamentária, de superávit primário (de 3,1% do PIB). No entanto, agora se sabe, provavelmente o governo não terá observado nem um superávit de 2,5% do PIB. (Superávit primário é o pedaço da arrecadação separado para pagar a dívida.) Tudo se passou como se a presidente Dilma Rousseff tivesse convocado o Banco Central para a derrubada dos juros: Pode saltar daí de cima que garanto a rede de proteção fiscal aqui embaixo. O Banco Central cumpriu a sua parte. Mas, depois do mergulho, não encontrou o equipamento combinado... e sofreu importantes escoriações. Não foram convincentes as declarações feitas ontem, logo após a divulgação dos números oficiais, pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. Em vez de reconhecer que o governo (e não só o Banco Central) falhou na entrega dos resultados a que se comprometera, preferiu dizer que, afinal, a inflação do último ano ficou abaixo do teto da meta e foi inferior à de 2011. Tombini insistiu, ainda, em que a inflação manterá sua trajetória declinante em 2013 - mesmo sabendo que, desta vez, o governo não garante o cumprimento do superávit primário (cheio) de 3,1% do PIB; e que terá de enfrentar o custo crescente da mão de obra, a redução das renúncias tributárias (queda de impostos sobre veículos e aparelhos domésticos, por exemplo) e nova deterioração das expectativas. Independentemente de tudo isso, três coisas estão claras: (1) quem, em última análise, comanda a política monetária (política de juros) é a presidente Dilma, não o Banco Central; (2) a atual prioridade do governo é garantir mais crescimento econômico e não o bom comportamento da inflação: e (3) apenas um descarrilamento dos preços levará o governo a puxar pelos juros. Ficam duas dúvidas. A primeira é até que ponto o governo acionará as tais medidas macroprudenciais (maiores exigências na área do crédito, por exemplo) para compensar as deficiências das duas políticas de controle dos preços - monetária e fiscal. A segunda dúvida está em saber qual será o reajuste dos combustíveis que o governo está disposto a autorizar em 2013. Sempre que perguntada, a maioria da população brasileira tem se manifestado contra a liberação do aborto, da maconha e do casamento gay, e a favor da pena de morte e da maioridade penal aos 16 anos. Sem dúvida são posições conservadoras, ou de direita, como diz o Zé Dirceu, e, no entanto, são esses que elegem os governos e as maiorias parlamentares ditas de esquerda hoje no Brasil. Como harmonizar o conservadorismo na vida real com o progressismo na política ? Talvez Tim Maia tivesse razão quando dizia que, no Brasil, não só as putas gozam, os cafetões são ciumentos e os traficantes são viciados, os pobres são de direita. Uma ingratidão com a esquerda que lhes dá o melhor de si e luta pelo seu bem estar. Mas tanto a maioria dos velhos pobres como dos novos, da antiga classe média careta e da nova mais careta ainda, e, claro, as elites, acreditam em Deus, na família e nos valores tradicionais, e rejeitam ideias progressistas. Discutir, apenas discutir as suas crenças, é considerado suicídio eleitoral. Quando Abraham Lincoln, em 1862, promulgou a Homestead Law, a lei da reforma agrária nos Estados Unidos, assegurando a cada cidadão o direito de requerer uma propriedade de até 4 mil metros quadrados de terra do Estado, pagando 1 dólar e 25 centavos, criou milhões de pequenos proprietários rurais - que deram origem às grandes maiorias conservadoras de hoje, que ganharam sua bolsa-terra e não querem mudar mais nada. Uma ação politicamente progressista gerou milhões de novos reacionários. Um século e meio depois, no Brasil, a nossa nova classe média, que tem casa, carro, crédito, viaja de avião, e é eleitoralmente decisiva, parece ser ainda mais conservadora do que a velha. A ascensão social exige segurança e instituições sólidas, quer conservar o que conquistou e reage a mudanças que ameacem suas conquistas. Como Tim Maia, querem sossego. Então por que não param de falar em esquerda e direita como se fosse de futebol e tentam entender o que está acontecendo ? Como disse o ex-comunista Ferreira Gullar, no meu tempo ser de esquerda dava cadeia, hoje dá emprego. Mais uma vez o ex-ministro José Dirceu, condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no processo do mensalão, estrebucha e tenta, a partir de uma declaração do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, vender para a opinião pública a ideia de que foi condenado sem provas e que é inocente. Típica manobra política, pois, no campo jurídico, seu comentário não tem a menor importância nem valor para embargos infringentes, que são os únicos recursos que ainda restam a seus advogados. Mesmo assim, só poderá fazê-lo quanto à condenação de formação de quadrilha, onde teve quatro votos absolutórios, mínimo exigido para recorrer. Quanto à corrupção ativa, foi condenado por 8 a 2. Gurgel, em entrevista à “Folha”, voltou a comentar as provas contra Dirceu, que um dia classificou de “torrenciais”, e explicou que elas não são diretas. “Em nenhum momento nós apresentamos ele passando recibo sobre uma determinada quantia ou uma ordem escrita dele para que tal pagamento fosse feito ao partido ‘X’ com a finalidade de angariar apoio ao governo. Nós apresentamos uma prova que evidenciava que ele estava, sim, no topo dessa organização criminosa.” Estava repetindo o que dissera no julgamento, quando apresentou José Dirceu como o homem que detinha o “controle final do fato, o poder de parar a ação ou autorizar sua concretização. Foram apresentadas testemunhas de que ele é quem realmente mandava no PT então, como relembrou Gurgel na entrevista de ontem: depoimentos de políticos que diziam que qualquer acordo feito com Delúbio Soares ou José Genoino só era válido depois que o comunicavam a Dirceu por telefone; a reunião em Lisboa entre a Portugal Telecom, Valério e um representante do PTB que foi organizada por ele; indícios claros da relação de Dirceu com os bancos Rural e BMG, desde encontros com a então presidente do Rural, Kátia Rabello, até o emprego dado à sua ex-mulher no BMG e empréstimo para compra de apartamento. O então presidente do STF, Ayres Britto, já naquela ocasião rebatendo as críticas, teve o cuidado de explicitar com bastante clareza o método que estava sendo utilizado durante o julgamento: “(...) Prova direta, válida e obtida em juízo. Prova indireta ou indiciária ou circunstancial, colhida em inquéritos policiais, parlamentares e em processos administrativos abertos e concluídos em outros poderes públicos, como Instituto Nacional de Criminalística e o Banco Central da República”. (...) “Provas circunstanciais indiretas, porém, conectadas com as provas diretas. Seja como for, provas que foram paulatinamente conectadas, operando o órgão do Ministério Público pelo mais rigoroso método de indução, que não é outro senão o itinerário mental que vai do particular para o geral. Ou do infragmentado para o fragmentado.” Quando Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses, o relator Joaquim Barbosa deixou claro que coube ao petista “selecionar os alvos da propina. Simultaneamente, realizou reuniões com os parlamentares corrompidos e enviou-os a Delúbio e Valério. Viabilizou reuniões com instituições financeiras que proporcionaram as vultosas quantias. Essas mesmas instituições beneficiaram sua ex-esposa.” Barbosa ressaltou que “o acusado era detentor de uma das mais importantes funções da República. Ele conspurcou a função e tomou decisões-chave para sucesso do empreendimento criminoso. A gravidade da prática delituosa foi elevadíssima”. Para o relator, “o crime de corrupção ativa tem como consequência um efeito gravíssimo na democracia. Os motivos, porém, são graves. As provas revelam que o crime foi praticado porque o governo não tinha maioria na Câmara. Ele o fez pela compra de votos de presidentes de legendas de porte médio. São motivos que ferem os princípios republicanos”. Todos esses argumentos, na época do julgamento, foram registrados aqui na coluna, e não há nenhuma novidade na fala do procurador-geral que justifique uma retomada do assunto. Apenas mais uma tentativa de desqualificar o Supremo Tribunal Federal por parte de um réu condenado. Estudo do Cebrap mostra que, apesar do enorme avanço registrado no combate à miséria durante a última década, desigualdade entre classes altas e baixas ainda é grande no Brasil, e oportunidades se mantêm reduzidas para quem vive do Bolsa Família Lisandra Paraguassu/Estadão Hotel construído para receber visitantes em Guaribas está abandonado Implantados há uma década, os planos de combate à miséria dos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff têm registrado sucesso em dois aspectos: a ampliação dos benefícios de transferência de renda à maioria das famílias mais necessitadas, garantindo alívio imediato, e a melhoria de indicadores sociais. Eles patinam, porém, quando se trata de aumentar as oportunidades de inclusão no mercado de trabalho. Uma das cidades que simbolizam essas políticas, Guaribas, no interior do Piauí, espelha tal realidade, conforme constatou a reportagem do Estado. Foi ali que, em fevereiro de 2003, logo após a posse do presidente Lula, o então ministro do Combate à Fome, José Graziano, formalizou o lançamento do Programa Fome Zero, proposta de campanha de Lula que prometia erradicar a fome no País a partir de uma série de ações coordenadas. A escolha para o lançamento era precisa. Tratava-se da mais miserável das cidades do Piauí, o Estado mais pobre do Brasil. Após desembarcar na cidade, Graziano distribuiu os primeiros 50 cartões do programa e previu: “Quero voltar aqui em quatro anos e dizer que vocês não precisam mais do cartão (Alimentação) porque a fome acabou.” O programa Fome Zero fracassou, mas logo foi substituído pelo bem sucedido Bolsa Família. Passados dez anos, as melhorias para os 4.401 habitantes são notáveis: Guaribas ganhou água encanada, agências bancárias, uma unidade básica de saúde, mais escolas e ruas calçadas. Os índices de mortalidade infantil e de analfabetismo caíram, o grau de aproveitamento escolar subiu e a fome praticamente desapareceu. Ao contrário do que previu Graziano, porém, a dependência do cartão de benefícios só aumentou. ‘Nem pensar’. Guaribas tem 956 famílias pobres vinculadas ao Bolsa Família - o que representa 87% do total da população. O maior temor dos moradores é o fim do programa. “Ave Maria, nem pense numa coisa dessas. A gente ia viver de quê? Todo mundo ia morrer de fome. Eu era uma”, diz Márcia Alves, que tem 31 anos, dois filhos, e recebe R$ 112 mensalmente do governo. BRASÍLIA — Há pouco mais de uma década, no fim de 2002, o medo de o PT governar o Brasil enlouqueceu o mercado financeiro, fez o risco-país explodir e o dólar romper a barreira dos R$ 4. Foi preciso uma carta aos brasileiros com a promessa de que seria mantida a política econômica para ganhar a primeira eleição. A tranquila transição foi marcada pela continuidade da cartilha. O novo governo pegou carona no bom momento da economia mundial e colheu recordes nas estatísticas. Nestes dez anos no poder, o crescimento foi maior do que nas décadas anteriores, os juros se instalaram no piso histórico, a inflação ficou dentro do limite nos últimos nove anos e nunca se criaram tantos empregos. A principal conquista foi a saída de milhões de famílias da pobreza e o surgimento de uma nova classe social. No entanto, o aniversário é ofuscado por um coro afinado de críticas: o PT não aproveitou a bonança para fazer reformas e abandonou o famoso “tripé” econômico — sistema de metas de inflação, câmbio flutuante e responsabilidade fiscal. A crença é que o Banco Central não mira mais o centro da meta da inflação e aceita uma alta de preços maior para não prejudicar o crescimento. Controla fortemente o câmbio e, para completar, a equipe econômica faz maquiagens nas contas públicas. Essa criatividade do Ministério da Fazenda está na mira dos especialistas. Para o ex-presidente do BC Gustavo Loyola, o tripé está em baixa. O governo não deixa claro qual é a meta de inflação que realmente persegue. Diz que seus sucessores esperam chegar à meta “quando Deus der bom tempo”. Além disso, segundo Loyola, o câmbio é usado como instrumento de competitividade. Ele admite que nunca houve uma flutuação pura, ou seja, o dólar nunca foi realmente livre. No entanto, ataca o intervencionismo atual. E reprova a falta de transparência das contas públicas. O economista resume o “novo mix de política econômica” a juro baixo e câmbio alto: — Essa política não gera equilíbrio sustentável — diz o economista. — Num ou noutro ano pode funcionar, mas em outros anos pode trazer desequilíbrios como a inflação de volta. Uma novidade que incitou acusações mais diversas foi a proposta de alterar a Lei de Responsabilidade Fiscal. O PT ousou tocar num dogma do governo anterior aclamado pelos economistas. No apagar das luzes de 2012, a equipe econômica driblou o Tribunal de Contas da União (TCU) e enviou projeto ao Congresso para usar o que arrecadar a mais para dar benefícios fiscais. O ministro da Fazenda interino, Nelson Barbosa, diz que foi só um aperfeiçoamento. — É uma crítica de uma proposta que não foi lida, sinceramente. Até um dos gurus da equipe econômica, o professor da Unicamp Luiz Gonzaga Belluzzo, concorda que o governo tem errado a mão em medidas na área fiscal. Para ele, não era preciso tanto malabarismo. Seria mais honesto admitir que, nos anos mais difíceis, não é possível cumprir a meta de economia para pagar juros da dívida. O acadêmico considera que o país tem uma boa situação fiscal e exorta os economistas que insistem em discutir superávit primário e se esquecem de questões estruturais: as críticas são exageradas, porque ninguém vai abandonar a política de combate à inflação. —Tivemos um processo de desindustrialização e o foco das discussões, agora, tem de ser investimento — diz o economista. Belluzzo argumenta que o Brasil perde oportunidades de embarcar em revoluções tecnológicas. Com isso, o país dá adeus à chance de tomar mercado dos protagonistas da economia mundial que estão em crise. E continua a depender de produtos básicos. De acordo com um dos mais ácidos críticos do atual governo, o ex-diretor do BC Alexandre Schwartsman, não há disposição de investir justamente pela falta de regras claras. A seu ver, a atual equipe econômica não consegue fazer um diagnóstico claro e tenta resolver o complexo problema da competitividade com pílulas de incentivos. O economista traça um cenário dramático para os próximos anos: pouco crescimento e inflação alta. Para ele, o maior pecado petista no campo econômico foi não ter feito reformas como a tributária e a trabalhista: — A gente surfou na onda do crescimento mundial e, quando começamos a crescer, nos esquecemos das reformas — constata Schwartsman. — E produtividade não é uma coisa que se resolve de um ano para o outro. — É uma década perdida, já usando um chavão. Até regredimos. As agências reguladoras se tornaram feudos de partidos políticos — completa Loyola. O economista Carlos Lessa, ex-presidente do BNDES no governo Lula demitido do cargo em 2004, concorda que reformas poderiam ser feitas e que as perspectivas poderiam ser melhores daqui para frente. Segundo ele, o modelo de crescimento brasileiro baseado no consumo se esgotou, porque as famílias se superendividaram para financiar bens, como automóveis, e isso não veio acompanhado de melhorias na infraestrutura. Ao mesmo tempo, admite que esse consumo pujante está dentro da principal mudança vista com o PT no poder: a distribuição de renda. Com a política de valorização do salário mínimo e com o Bolsa Família, 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza absoluta, e 36 milhões entraram na classe média. — Essa foi, disparada, a melhor política. Obviamente, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva concorda. “O governo dele desmentiu dois dogmas que se tinha no país: que era impossível aumentar salário sem causar inflação e que era impossível ampliar, ao mesmo tempo, o mercado interno e as exportações do país”, disse, em nota, a assessoria de Lula. Nestes dez anos, no cenário econômico internacional, o Brasil ganhou notoriedade. O sistema bancário nacional passou a ser invejado pela solidez. O país mostrou habilidade de dar respostas rápidas quando a grande crise internacional estourou em 2008. Construiu uma barreira contra a crise com a acumulação de reservas. Pagou as dívidas com o Fundo Monetário Internacional e atraiu investimentos recordes. Mesmo com todo esse respeito conquistado e com números que atestam a evolução econômica, o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, está sob uma saraivada de críticas. Sua demissão foi pedida até pela imprensa internacional. As previsões dos economistas para a economia brasileira caem na mesma velocidade da queda da credibilidade do ministro. O seguro-desemprego será reajustado de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou 2012 em 6,2% Marcello Casal Jr/ABr Carteira de trabalho: têm direito ao seguro-desemprego os trabalhadores demitidos sem justa causa que comprovem ter recebido salário durante os seis meses anteriores à demissão. Brasília – O reajuste do seguro-desemprego em 2013 será menor do que o do ano passado, segundo o índice de correção do benefício publicado hoje (10) no Diário Oficial da União. De acordo com a portaria do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), o seguro-desemprego será reajustado de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que fechou 2012 em 6,2%. No ano passado, o índice de correção foi cerca de 14,1%, atrelado ao reajuste do salário mínimo, cujo cálculo do reajuste leva em consideração o Produto Interno Bruto (PIB). O cálculo do benefício em 2013 ainda levará em consideração o valor do mínimo do mês imediatamente anterior, para o seguro pago até o dia 10 de cada mês; e o valor do mínimo do mês em questão, para os benefícios pagos após o dia 10. Têm direito ao seguro-desemprego os trabalhadores demitidos sem justa causa que comprovem ter recebido salário durante os seis meses anteriores à demissão; ter exercido atividade autônoma por pelo menos 15 meses nos últimos dois anos; não ter nenhum benefício previdenciário de prestação continuada – exceto auxílios acidente e suplementar –; não estar em gozo do seguro-desemprego e não ter renda de qualquer natureza suficiente ao sustento da família. O seguro-desemprego não pode ser inferior a um salário mínimo (R$ 678). Óleo de peroba concentrado – O Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1), que mede a inflação para as famílias com renda até 2,5 salários mínimos, fechou o ano de 2012 em 6,9%, informou nesta sexta-feira (11) a Fundação Getulio Vargas (FGV). A taxa é superior à média da inflação para todas as faixas de renda, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Brasil (IPC-BR), que ficou em 5,74%. A inflação medida pelo IPC-C1 também foi maior do que a observada em 2011 (5,98%). Os principais impactos para a inflação de 6,9% de 2012 vieram dos alimentos, que tiveram alta de 10,13%, e das despesas diversas, que registraram aumento de preços de 12,87%. Durante a era Lula, o slogan do governo era “Brasil, um país de todos”. Já no governo Dilma Rousseff, o slogan é “País rico é país sem pobreza”. Agregados os significados de ambas as frases, mesmo que populistas, chega-se à conclusão que no salário mínimo o governo do PT não consegue honrar nem ao menos os slogans que escolhe. O salário mínimo que já está em vigor, que para o PT é uma enorme fortuna, vale R$ 678. O governo da presidente Dilma Rousseff anunciou que o aumento do salário mínimo foi de 9%, mas como já provou o ucho.info em matéria anterior, foi de apenas 3,16%, pois a diferença foi para compensar a inflação. Traduzindo em números, o salário mínimo teve aumento real de 3,19%. Considerada a informação que para as classes mais pobres a inflação foi de 6,9%, comi divulgou a FGV, o aumento real do salário cai para 2,1%, o que é uma piada de péssimo gosto por parte do governo do Partido dos Trabalhadores. A situação torna-se ainda mais vexatória quando tomamos por referência o salário mínimo ideal, sugerido pelo Dieese, que em outubro passado passava de R$ 2,617,33, o que corresponde a 3,86 vezes o mínimo atual. O aumento real do salário mínimo é tão vergonhoso, que o trabalhador conseguirá comprar com esse dinheiro no máximo um pãozinho por dia. Mesmo assim, o Palácio do Planalto insiste em afirmar que aumentou o poder de compra do salário mínimo. O Brasil completou mais um ano com inflação bem acima da meta e crescimento econômico pífio - desempenho muito pior que o da maior parte dos emergentes e até inferior ao de alguns países desenvolvidos ainda em crise. O principal padrão de referência da política oficial, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 5,84% e poderia ter subido mais, sem a redução temporária do IPI sobre carros. O indicador mais restrito, o INPC, referente aos gastos de famílias com ganho mensal de até cinco salários mínimos, aumentou 6,2%. Ruim para todos os trabalhadores, a evolução dos preços foi particularmente cruel, portanto, para os grupos de baixa renda. Mas o discurso-padrão do governo exclui o reconhecimento dos fracassos. O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, festejou o resultado melhor (de fato, menos ruim) que o de 2011, quando o IPCA se elevou 6,5%, e garantiu para 2013 uma nova redução. Não deixou, no entanto, de tentar uma explicação mal-ajambrada para os 5,84%. No segundo semestre, segundo ele, houve choques de preços agrícolas, entre outros fatores. Mas a perspectiva de um mercado agrícola mais acomodado havia sido, desde agosto de 2011, um de seus principais argumentos para justificar o corte dos juros. Mais do que nunca está claro: o corte de juros foi mais uma ação determinada pelo voluntarismo da presidente Dilma Rousseff. Quanto aos preços dos alimentos, realmente impulsionaram a inflação, mas o fator mais importante foi o descompasso entre a demanda de consumo e a capacidade de oferta da economia. Houve aceleração de aumentos em seis dos nove grandes componentes do IPCA, em dezembro, e a variação do conjunto, no mês, foi a maior desde o fim de 2004. Chegou a 70,7% a parcela de itens com aumento de preços, de acordo com o indicador de difusão calculado pelo banco Besi Brasil. Isso confirmou a tendência observada em todo o ano, de generalização dos aumentos pelo contágio. O crédito abundante, o aumento da massa de rendimentos, o gasto público e os incentivos mal dirigidos explicam esse fenômeno. Nenhuma faísca - no caso, a alta dos preços agrícolas - provoca um grande incêndio sem farto material combustível e sem oxigênio. O fato mais grave é a combinação desastrosa de inflação alta e crescimento baixo. Desde 2005 a meta de inflação é de 4,5%, bem mais alta que a da maior parte dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. A partir de 2006 a margem de tolerância diminuiu de 2,5 pontos porcentuais para 2, mas continuou muito ampla. Outros países cresceram muito mais com alta de preços muito menor. No ano passado, até novembro, os preços ao consumidor subiram em média 1,9% nos 34 países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), formada majoritariamente por economias desenvolvidas e algumas em desenvolvimento. No México, o IPC aumentou 4,2% nesse período, mas no terceiro trimestre seu Produto Interno Bruto (PIB) foi 3,3% maior que um ano antes - mais que o triplo do resultado brasileiro. O contraste entre o Brasil e outros latino-americanos é notável. No Chile, a inflação até novembro ficou em 2,1%, com provável expansão econômica de 5,2% em todo o ano. Na Colômbia, o número final da inflação foi 2,44%, mas o PIB deve ter aumentado cerca de 4%. No Peru, o produto deve ter aumentado uns 6%, talvez pouco mais, mas os preços ao consumidor, até novembro, haviam subido 2,7%. No Equador, a alta de preços está estimada em 4,2%. Os números da produção não estão atualizados, mas o desempenho foi certamente muito melhor que o do Brasil. No segundo trimestre, o PIB foi 5,2% maior que o de um ano antes. Na China, a inflação até novembro ficou em 2%, mas o produto, no terceiro trimestre, foi 7,4% maior que o de um ano antes. Índia e Rússia tiveram taxas inflacionárias mais altas que a brasileira, mas com expansão econômica bem maior. No Brasil, tudo indica mais um ano com aumentos de preços além da meta, alimentados pelo crédito fácil e pela gastança pública, e sem nenhum benefício para o crescimento econômico. Terceiro ano de inflação alta, câmbio ‘tabelado’ , manipulação em dados fiscais e incertezas na energia não ajudam na retomada dos investimentos Poderia ser melhor o início da segunda metade do mandato da presidente Dilma. Inflação em patamar elevado, pelo terceiro ano consecutivo, conjugada com baixo crescimento, é preocupante, principalmente numa economia em que ainda existem mecanismos de indexação, capazes de criar fortes barreiras de resistência à queda de preços depois de um certo limite de alta e que persista durante algum tempo. O IPCA fechou o ano passado em 5,84%, mais uma vez distante do centro da meta (4,5%). Nos dois anos anteriores, 6,5% (2011), no limite superior da meta, e 5,91% (2010). Enquanto isso, os juros básicos, instrumento à disposição do Banco Central para conter a inflação, se mantêm no nível histórico mais baixo: 7,25%. O BC aproveitou de maneira competente a “janela” aberta pelo agravamento da crise europeia e fez um substancial corte nas taxas, o que parecia impossível. Deu certo, mas a questão mais ampla da economia — retomar o crescimento em bases equilibradas — continua em aberto. Não é apenas a conjugação indigesta de crescimento na faixa de 1% e inflação alta que alimenta desconfianças. O conjunto da obra é que preocupa. Afinal, qual mesmo a política econômica em curso? Quando Lula assumiu, em 2003, e manteve a estratégia do tripé — metas de inflação, responsabilidade fiscal e câmbio flutuante —, houve um alívio geral, e, com aquilo, ele garantiu que o país pudesse aproveitar ao menos parte da onda de crescimento sincronizado das grandes economias mundiais, puxado pela China. Hoje, há quem tema que esta política tenha sido revogada sem anúncio formal — o que aumenta a insegurança. O centro da meta de inflação, por exemplo, parece ter deixado de ser um alvo prioritário. Se o objetivo era baixar os juros, que assim fosse. Tudo em nome do crescimento — que não veio. Ficou claro, então, o limite da política monetária como ferramenta de indução do crescimento. O mundo, hoje, está repleto de exemplos deste tipo. O câmbio, ao flutuar, compensa choques externos. Como, além dos juros, o câmbio foi identificado como outra barreira para a indústria competir no mundo, e como há amplas reservas externas, parece ter havido um “tabelamento”: o câmbio deve ficar acima dos R$ 2. A desvalorização do real, porém, gerou pressões inflacionárias — o país depende muito mais de componentes importados do que quando o câmbio era instrumento de política industrial, na ditadura —, e a produção não reagiu como o governo imaginava. Enquanto isso, os salários continuam a subir acima da produtividade, mau sinal. Já a outra perna do tripé, a responsabilidade fiscal, acaba de ser vítima da trapalhada em alta dose da manipulação de dados para embonecar o superávit fiscal do ano passado. Some-se tudo com as incertezas energéticas para se ter uma ideia das dificuldades que enfrenta o investidor privado na tentativa de enxergar algum horizonte claro para seu negócio. A manobra fiscal adotada pelo governo para fechar as contas do ano passado fez o Tesouro Nacional ter um prejuízo de mais de R$ 4 bilhões. As ações da Petrobras, que pertenciam ao Fundo Soberano do Brasil (FSB) e foram vendidas na operação de salvamento do ajuste fiscal, foram liquidadas num momento em que a estatal liderou as perdas na Bolsa de Valores. Na prática, o Tesouro agiu na contramão das regras para investidores: comprou ações na alta e vendeu na baixa. Os papéis da Petrobras foram comprados, em 2010, em três lotes separados. Segundo relatório de administração do FSB elaborado pelo Tesouro, a cotação máxima das ações paga na época da compra foi de R$ 31,25, e a mínima, R$ 26,30. Já a venda, no final do ano passado, teve preço entre R$ 19,41 e R$ 19,50, segundo dados publicados pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Com isso, dois anos depois de adquirir os papéis, o Tesouro recebeu R$ 4 bilhões a menos do que pagou. Para o governo, no entanto, isso não é considerado um prejuízo porque ainda poderá ser compensado. Na operação, quem comprou as ações da Petrobras foi o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O banco adquiriu R$ 8,8 bilhões em papéis da companhia, em um artifício do governo para tentar atingir a meta do superavit primário (economia para pagar os juros da dívida) em 2012, que ficou em 3,1% do PIB, o equivalente a R$ 139 bilhões. Controlado pela União, o BNDES pode lucrar com a valorização dos papéis daqui para frente. Se isso ocorrer, poderá devolver pelo menos parte do dinheiro para o governo federal na forma de dividendos. Em 2012 a fotografia não ficou boa. A compensação vai depender do desempenho da empresa daqui para frente, diz Luiz Miguel Santacreu, analista da Austin Rating. No ano passado, segundo levantamento da Economatica, a Petrobras foi a empresa brasileira que mais perdeu valor de mercado. O valor da Petrobras caiu R$ 36,7 bilhões -antes líder, ela se tornou a terceira maior empresa brasileira em Bolsa, atrás da Ambev e da Vale. Além das incertezas na área internacional que afetam diretamente os mercados de commodities, como o de petróleo, a Petrobras sofre com as críticas à maior intervenção do governo. Para especialistas, a empresa estatal vem sendo usada como instrumento de política econômica, na medida em que não reajusta o preço dos combustíveis internamente para compensar a alta do petróleo lá fora. Isso evita um impacto direto do aumento da gasolina na inflação. A estatal precisa do reajuste no preço de combustíveis para atender à crescente necessidade de investimentos. Internamente no governo, argumenta-se que as ações Petrobras voltarão a subir. A criatividade do Tesouro Nacional para fechar suas contas, com o uso de sucessivas manobras contábeis e brechas legais, criou no Brasil uma contabilidade paralela à oficial que coloca em risco a credibilidade fiscal da gestão Dilma Rousseff. Bancos e consultorias passaram a expurgar receitas e depurar gastos para calcular um superavit puro e poder estimar o impacto na economia e fazer suas projeções. Nesses cálculos, a economia do setor público para pagar juros da dívida foi no mínimo 35% menor que a oficial em 2012 (veja quadro). O descrédito em relação aos números do Tesouro já assusta integrantes da equipe do ministro Guido Mantega (Fazenda). A crise teve seu auge nas últimas semanas, quando se tornou pública a triangulação com bancos públicos e o Fundo Soberano para fechar os números de 2012. O dado do ano, que só será divulgado no fim deste mês, foi apelidado de superavit elfo, numa referência ao conto de Natal publicado em um dos blogs do jornal britânico Financial Times. No texto, a presidente Dilma é uma das renas do trenó do Papai Noel e perde o posto para o presidente do México. O ministro Guido é um elfo que defende Dilma e cujas previsões são consideradas muito otimistas. ARGENTINA Dentro do governo, receia-se que surjam comparações com a Argentina, onde as estatísticas oficiais perderam a credibilidade. Para um interlocutor do governo, essa não é uma avaliação justa, pois no Brasil é possível refazer os cálculos, justamente porque todos os números estão disponíveis para o público. As pessoas podem não concordar com a medida do governo, mas as outras informações são divulgadas também, argumenta. A Folha ouviu cinco instituições financeiras, entre bancos, corretoras e consultorias, que fazem o expurgo. Para alguns, a prática era limitada a 2010 em razão de uma manobra feita com a Petrobras. Agora, foi ampliada. Gabriel de Barros, economista da FGV (Fundação Getulio Vargas), desconta as receitas extraordinárias e contábeis há dois anos e diz que, desde 2008, o resultado primário está superestimado em cerca de R$ 145,6 bilhões. O superavit era uma boa medida do impacto da política fiscal na demanda. Isso deixou de ser verdade, quando o governo passou a usar a contabilidade criativa. O Itaú divulgou nesta semana relatório retirando dos resultados oficiais receitas extraordinárias e operações contábeis. No caso dos dividendos, o banco estima um repasse atípico de R$ 47,3 bilhões desde 2009. A ideia [de fazer o ajuste] é tentar capturar o esforço fiscal propriamente dito para extrair seu impacto na demanda, observa o economista do banco Marcelo Oreng. A consultoria LCA faz um ajuste mais simples, abatendo as receitas com capitalização da Petrobras em 2010 e o dinheiro do Fundo Soberano. O objetivo dos cálculos próprios é deixar a medida de superavit primário mais 'pura' para avaliar o impacto na inflação, diz o economista-chefe Bráulio Borges. A Quest Investimentos está concluindo os cálculos da sua estimativa pura. A corretora Convenção Tullett Prebon divulgou ontem relatório com o resultado ajustado de 2012, sem o impacto das operações feitas no final do ano.
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Estique a camiseta e posicione sobre ela o carbono e depois o desenho, passe o lápis sobre todo o contorno do desenho. Em seguida coloque a lixa por baixo da camiseta com o lado áspero para cima. Pinte o desenho começando com as cores claras e sombreando com as cores escuras. Faça os contornos com a caneta para tecido dando o acabamento. Coloque o papel toalha sobre o desenho terminado e passe com o ferro. Retire o papel toalha e repita esse procedimento até que não saia mais os resíduos do giz. Por último passe a termolina com o clareador e deixe secar. ?Observação você só pode lavar a peça após 72 horas, ou seja, 3 dias depois. 5 Comments Bom dia! Parabéns pelo trabalho, tenho dúvida faço pintura em camisetas também, faço o procedimento da termolina inclusive passo duas vezes, mesmo assim após lavar está desbotando a camiseta, eu uso o giz de cera da Pentel oleoso. Pela diversidade de cores, seria pelo uso desse giz? Ou se usasse a termolina e depois o clareador iria funcionar melhor? Help ajuda. Bjos
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Yan Michalski e o Teatro Tablado 1948. Três anos após o término da Segunda Guerra Mundial um jovem de origem polonesa chamado Jan Majzner Michalski desembarca no porto da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro. Foi um ano extremamente importante para o teatro brasileiro. O Teatro do Estudante do Brasil – fundado por Paschoal Carlos Magno – completava 10 anos de atividades artísticas e apresentava para o público carioca que lotou o Teatro Fênix a sua versão da peça Hamlet, de Shakespeare. A encenação de Hoffmann Harnish é bastante elogiada, mas tanto a plateia, quando a crítica, são enfáticas ao aclamar o jovem ator que interpretava o papel principal: Sérgio Cardoso. Mas, se o Rio de Janeiro ficou em polvorosa depois da montagem de Hamlet pelo Teatro do Estudante, a cidade de São Paulo também está passando por um frisson, pois nesse mesmo ano é inaugurado um novo teatro na cidade – o Teatro Brasileiro de Comédia. No dia 11 de outubro de 1948, sob os olhares de uma plateia paulista sofisticada, a atriz Henriette Morineau – atriz principal da companhia carioca Os Artistas Unidos – representa em francês o monólogo de Jean Cocteau: La Voix Humaine. A ideia de Franco Zampari – fundador e mecenas do Teatro Brasileiro de Comédia – era criar em São Paulo uma casa de espetáculos que pudesse abrigar as encenações de vanguarda dos jovens amadores do Grupo de Teatro Experimental – que contava com a participação da atriz Cacilda Becker, do Grupo Universitário de Teatro e do Grupo de Artistas Amadores. O impacto das montagens extremamente bem cuidadas do TBC sobre o público paulista consolidaria definitivamente, a importância dos atores amadores no Brasil. Em 1948, o teatro infantil brasileiro também passa por uma transformação profunda. Lúcia Benedetti depois de assistir a apresentação da peça Juca e Chico, montada por uma companhia Austríaca, resolve escrever o texto O Casaco Encantado. Paschoal Carlos Magno ficou encantado pela peça e convida o grupo dos Artistas Unidos para encenar o texto. Henriette Morineau encarna no espetáculo a bruxa Josefina, e a companhia dos Artistas Unidos se encarrega de espalhar uma novidade: a montagem de um texto de “teatro infantil”. A montagem foi um sucesso retumbante, atraindo a atenção da crítica, do público, dos intelectuais – segundo a própria Lúcia Benedetti: ”tinha sido lançado o teatro para crianças fora dos moldes habituais. Nem escolar, nem amadorístico, mas o teatro como espetáculo de arte”. É exatamente no dia 26 de Julho de 1948, às 5 horas da tarde que o Vapor Jamaique, vindo do porto Francês Le Havre atraca no Rio de Janeiro. Na lista de passageiros da primeira classe consta o nome do jovem polonês de 16 anos de idade Jan Majzner Michalski. Ele nos narra o seguinte sobre os acontecimentos ocorridos com a sua família durante a Segunda Guerra mundial: ”o início da guerra de 1939, viajamos para Lodz, onde permanecemos, ao lado dos meus avôs maternos, até a capitulação da Polônia. Posteriormente, retornamos a Czestochowa – cidade natal de Jan – onde prosseguimos, até Outubro de 1940, a nossa existência normal, dentro das limitações impostas pela ocupação. O Baile dos Ladrões. Estreia teatral: Rubens Correa como malabarista e Yan Michalski como acrobata. Arquivo: O Globo, 1955 Avisados da próxima criação do guetto em Czestochova, os meus pais entraram em contato com a senhora Weronika Sofia Batawia (…) que conseguiu para mim o nome de Jan Michalski (…) e veio buscar- me em Czestochowa, levando- me para Varsóvia. (…) Os meus pais foram para o guetto (…) Nunca mais os vi, e a única coisa que sei é que foram deportados e mortos pelos ocupantes alemães. Eu fiquei escondido no apartamento da senhora Batawia (…) em consequência de uma denúncia, tivemos de deixar às pressas o apartamento (…) esta levou-me, então, para casa de conhecidos (…) na aldeia de Rusinów, na região de Radon. Lá permaneci, escondendo de todos a minha verdadeira identidade, até a conquista da Polônia pelo exército soviético, em janeiro de 1945. Logo que as viagens se tornaram possíveis (…) estabelece contato com a família Tempel – os tios Hipolit e Sofia na Suíça. (…) A situação financeira do casal Tempel era bastante difícil (…) sendo assim (…) meus tios resolveram emigrar para o Brasil (…) levando-me consigo. Chegamos ao Rio de Janeiro em 26 de Julho de 1948, a bordo do Vapor Jamaique”. Em 1948, Jan passa a residir com os tios e a sua prima Helène – que havia emigrado para o Brasil juntamente com o marido em 1947 – em um apartamento na Avenida Rui Barbosa, no bairro do Flamengo e reinicia os seus estudos no colégio Franco-Brasileiro. Com a viagem dos tios e da prima para Belo Horizonte, aceita o convite do senhor Raymond Jaubert – pai de seu amigo da escola – passando a morar com a família Jaubert até 1950, ano que se forma no Baccalauréat de L’Enseignement Secondaire. Em 1955, um ano depois de Getúlio Vargas Ter escrito na sua carta testamento “saio da vida para entrar na história”, e dos brasileiros terem votado em massa em JK, Jan Michalski continua trabalhando no escritório do Senhor Jaubert. Mas, a convite de um amigo – Jean Pierre Fortin – inicia a sua carreira de ator amador no Teatro Tablado. Maria Clara Machado, juntamente com seu pai Aníbal Machado, além de Eddy Cintra de Rezende, Isabel Bicalho, Jorge Leão Teixeira, Martim Gonçalves, entre outros, haviam fundado em 1951 no Patronato da Gávea um grupo de teatro amador: O Teatro Tablado – que até hoje é considerado uma das referências mais importantes para o teatro para crianças brasileiro. O grupo se destaca pelo apuro técnico, pela excelente interpretação dos atores e pelos primorosos textos escritos por Maria Clara Machado. O crítico Sábato Magaldi escreveu nesse ano um artigo no Diário Carioca dizendo: “O espetáculo de O Tablado, nas diferentes partes, merece franco aplauso. Eis um grupo amador muito bem orientado e consciente de sua legítima finalidade. Gostaria que seu trabalho fosse mais regular e alcançasse maior público”. Sobre os seus textos, Maria Clara Machado gostava sempre de comentar: “Quando escrevo uma peça não tenho intenção de fazer nada, escrevo para meu prazer, não sou pedagoga ou mesmo psicóloga, ou melhor posso ser uma psicóloga sem querer (…) Eu acho que a gente não deve ensinar a criança numa peça. A gente deve montar uma peça como se mostra para um adulto: é um conflito, tem de haver um conflito na peça (…) Quando escrevemos para crianças somos apenas aqueles que estão abrindo o caminho que vai do sonho à realidade. Estamos criando, através da arte e a partir do maravilhoso, a oportunidade do menino sentir que a vida pode ser bonita, feia, clara, escura, feita de sonhos e realidades”. É exatamente nesse grupo de teatro amador que transforma os espetáculos infantis no Brasil que Jan Michalski começa a sua carreira como ator, em 1955. Em 1971, na sua coluna de crítico de teatro do Jornal do Brasil, ele comenta a sua estreia: “Em Maio de 1955, eu fazia a minha estreia teatral, no proscênio do Tablado, realizando a laboriosamente uns tímidos malabarismos com três bolas de borracha, na cena inicial de O Baile dos Ladrões. Enquanto eu morria de medo de que uma das bolas pudesse cair na cabeça dos espectadores, no outro canto do proscênio, o também estreante Rubens Correia fazia, com religiosa seriedade, alguns exercícios de halteres”. E nos Cadernos de Teatro número 90, de 1981 ele nos esclarece mais alguns detalhes sobre a sua participação no Tablado: “Como eu senti que isso estava assumindo uma certa dimensão na minha vida, eu quis estudar teatro. E, por coincidência exatamente nessa época estava sendo criada a Academia de Teatro da Fundação Brasileira de Teatro da Dulcina. Então me inscrevi na primeira turma de direção (…) Paralelamente eu fazia Tablado e estudava direção. E me formei então na primeira turma onde foram meus colegas, o Cláudio Correia e Castro, o Ivan de Albuquerque, o Rubens Correia”. Jan participou de 13 espetáculos do Teatro Tablado entre 1955 e 1961 exercendo as funções de ator, assistente de direção e diretor. Em 1957, Maria Clara Machado dirige o seu texto O Embarque de Noé, que denomina como uma farsa bíblica. Nesse espetáculo vemos Jan encarnar a personagem do pinguim – que sem emitir uma palavra sequer, espera pela chegada da “pinguinha” para poder embarcar na arca de Noé. A personagem do Pinguim que deixava o pinguim-Jan esperando até o último momento era representada por Elizabeth Galloti. Uma das girafas que também participava dessa farsa bíblica era representava por Bárbara Heliodora. Além da paixão pelo teatro, outro elo unia Jan e Bárbara: A paixão pelo futebol. Os dois torciam fanaticamente pelo Fluminense. Em uma das 29 apresentações da peça ocorreu o seguinte fato narrado por Bárbara Heliodora: ”O incidente mais pitoresco que nos aconteceu em matéria de futebol teve lugar quando estávamos ambos trabalhando no espetáculo de Maria Clara Machado O Embarque de Noé, onde ele era o Pinguim que ficava o tempo todo sentado junto à rampa de embarque à espera da Pinguinha, que só chegava à última hora, e eu era uma das Girafas. Estavam jogando Fluminense e Bangu, e o resultado definiria o Campeonato Carioca de 1957, sendo que para ser campeão o Fluminense dependia apenas de um empate. Pois o Bangu fez 1x 0 pouco antes do Yan entrar em cena , e não há dúvida que o triste Pinguim talvez tenha parecido um pouco mais triste do que de costume. Eu só entrava mais tarde e portanto ouvi a transmissão do gol de empate. Sabendo o quanto o Yan devia estar sofrendo, eu aproveitei uma marca na qual a girafa passava perto do Pinguim e , como se fosse um comentário ‘girafal’ grunhi Uuumm – a – uuuum! , e ele passou a esperar a sua companheira com mais tranquilidade.” Em 1958. Jan Michalski (Vice Bruxo) forma juntamente com o ator Germano Filho (Bruxo Belzebú III) uma “dupla do barulho” na peça A Bruxinha Que Era Boa. No espetáculo esses dois bruxos infernais devem avaliar a perícia das bruxas treinadas pela Bruxa Instrutora – representada por Bárbara Heliodora. “Sua Ruindade Suprema” e seu temível assistente se assustam com o despropósito de uma bruxinha que queria ser boa. A Bruxinha Ângela (Vânia Velloso Borges) se enamora de um ser humano: o menino Pedrinho (Leizor Bronz) e sonha com a bondade. O espetáculo é premiado e o Jornal Correio da Manhã faz o seguinte comentário sobre a peça no dia 22 de Junho de 1958: “O Tablado e Maria Clara Machado estão de parabéns pelo sucesso alcançado no I Festival de Teatro Infantil, feliz iniciativa de Edmundo Moniz e do SNT, que durante tantos domingos levou as crianças cariocas ao Teatro João Caetano. O júri classificou a peça de Hors Concours”. 1958. Ainda nesse mesmo ano Maria Clara Machado monta no Tablado a sua peça O Rapto das Cebolinhas. A cena se passa na fazenda de um Coronel (Aristeu Berger) que tenta desvendar um terrível mistério: o roubo dos seus pés de cebolinha. O Detetive Camaleão Alface (Fernando José) se propõe a descobrir e prender o criminoso. Suas investigações incriminam o fiel Cachorro Gaspar (Hugo Sandes), mas os netos do coronel – Maneco (Leizor Bronz) e Lúcia (Vânia Velloso Borges), ajudados pelo fiel Burro Simeão (Carlos Sangrillo) e pela gatinha Florípedes (Maria Miranda), se transformam em heróis ao descobrirem que o verdadeiro criminoso é o próprio Camaleão Alface. Jan interpreta o Doutor que vai a fazenda para examinar Gaspar, mas acaba se dando conta que Camaleão Alface tem batimentos cardíacos estranhos e diz: “Nunca escutei um coração tão ruim”. O Doutor – Jan se retira da cena puxando o ladrão por uma corda e a fazenda mergulha mais uma vez na paz e na harmonia, pois, Tudo Está Bem Quando Termina Bem. Em 1960, Maria Clara Machado encena no Tablado a sua peça O Cavalinho Azul, que até hoje é considerada um dos seus mais belos textos. O crítico Walmir Ayala escreveu na Revista Leitura: “Maria Clara Machado realiza n’O Tablado um espetáculo visual de rara beleza. Seu teatro infantil tangencia a obra de arte e é muito mais do que um espetáculo crianças.(…) Tudo confere a O Cavalinho Azul um lugar de destaque no nosso panorama teatral”. Yan Michalski na CAL – Centro de Artes Laranjeiras, escola que ele criou O texto nos mostra a saga do menino Vicente (Claire Isabella) a procura do Cavalinho Azul. Mas nem tudo são flores no percurso feito pelo menino Vicente, porque três vilões atrapalhados – Baixinho (Jan Michalski), Gordo (Luiz de Affonseca) e Alto (Ivan Junqueira) pretendem vender o cavalinho azul para um circo, ficando assim milionários. Mas, depois de tantas trapalhadas, o trio acaba sendo preso por um Cowboy (Núvio Pereira) e Vicente consegue encontrar o seu cavalinho azul. No dia 28 de Maio de 1960, o Jornal do Brasil publica a crítica escrita por Bárbara Heliodora que comenta: “O Cavalinho Azul, com sua produção de excepcional qualidade plástica, serviria como exemplo dos mais positivos do que o teatro pode ser como adestramento estético do público infantil”. 1963. Jan muda a grafia do seu nome para Yan e assume a coluna da crítica teatral no Jornal do Brasil. Se os palcos perdem um ator e um diretor, os leitores ganham um crítico que em 22 anos de trabalho diário soube como ninguém entender e decifrar os espetáculos dos palcos brasileiros. Yan Michalski fez o seguinte comentário sobre o Teatro Tablado: Para ele o teatro significava uma ponte entre as suas duas pátrias – a Polonesa e a Brasileira. Sendo assim, podemos considerar O Tablado como a sua primeira casa teatral, aquela que ele descobriu que “O teatro havia assumido certa dimensão na minha vida”.
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'Eden Bower' - o caramanchão do Eden Maria Isabel de Andrade Alonso Resumo A tradução a seguir é parte constituinte da minha dissertação de mestrado, intitulada Lilith: um monstro feminino em Jorge Luis Borges, Dante Gabriel Rossetti e Primo Levi, defendida na UFMG em Janeiro de 2011. O poema traduzido, Eden Bower, é de autoria de Dante Gabriel Rossetti, 1828-1882, poeta e pintor inglês pré-rafaelita que viveu na Inglaterra durante o período vitoriano. Rossetti tinha enorme interesse pela arte romântica, tendo sido um dos fundadores do pré – rafaelismo, movimento cujos adeptos acreditavam na reação ao academicismo inglês do período, que se baseava na arte clássica do Renascimento na produção artística. Os pré–rafaelitas afirmavam a arte pela arte e desejavam devolver a ela uma beleza poética, algo que existiria além do possível e que eles acreditavam ter sido perdido pelos artistas ingleses de então. O poema, cujo título faz uma referência ao caramanchão do Éden, hipotetisa a trajetória de Lilith no Paraíso, dando origem a uma narrativa diversa daquela tradicional, segundo a qual Eva teria sido a primeira e única mulher de Adão. Ao contrário, no poema lê-se Lilith e sua vingança, que acaba por gerar desdobramentos e infortúnios não só para Adão e Eva, mas também para a sua prole. Segundo Elaine Shefer, Rossetti era, essencialmente, um pintor de figuras femininas, muitas delas mulheres que faziam parte de sua vida e outras figuras simbólicas, para as quais dedicou inúmeros poemas[1]. Lilith aparece pelo menos em dois momentos de sua obra: em Eden Bower, como dito, e em um quadro de nome “Lady Lilith”, de 1868, no qual se pode ver figura feminina de longos cabelos ruivos, se penteando em um chambre. A atmosfera é misteriosa, repleta de elementos de sedução, bem como roupas que destoam daquelas adotadas no período vitoriano: ela apresenta cores claras, leves e um grande decote deixando à mostra o colo. Esse quadro apareceria, então, como uma afronta à arte daquele tempo, já que o período vitoriano foi marcado pelo recato das mulheres, que usavam roupas pesadas, duras, que limitavam os movimentos naturais. Nesse senntido, a idealização feminina corrente no período construía mulheres fracas e frágeis, indo de encontro a esse ideal a imagem de Lilith retratada por Rossetti. A figura de Lilith, assim, parece representar, no período vitoriano, a rebeldia aos costumes e aos princípios artísticos vigentes. Também a esse quadro, Rossetti dedicou o poema “Lilith para uma pintura”: Assim, como foi dito, “Eden Bower” é uma narrativa extensa, com 49 estrofes, sobre o mito de Lilith.De forma resumida, pode-se dizer que ela teria convencido a serpente do Éden a emprestar-lhe sua forma para que, uma vez expulsa do Paraíso e proibida de retornar, pudesse entrar sem ser percebida e vingar-se de Adão e Eva. A seguir, o poema e sua tradução.
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Páginas quarta-feira, 6 de abril de 2016 Tricô: Mate duplo central Meu computador ligou!!! Descobri o que acontece com o App do Blogger no meu celular. Quando faço a postagem tenho que adicionar foto tirando uma foto pelo App, e não buscando uma foto no celular. Acredito que seja porque a foto do celular é muito grande para buscar, e ele acaba parando de funcionar. Fato descoberto, então agora na próxima vez que precisar tomara que não falhe novamente. Hoje vou deixar aqui no blog o vídeo que fiz sobre o Mate duplo central , caso você não conheça ou tenha alguma dúvida. Mate duplo central é uma diminuição de 2 pontos de maneira que fique centralizado. É muito interessante esta diminuição. O efeito é este da foto. Se tu não conhece assista o vídeo. Eu mostro o lado direito e como fazer do lado avesso também. Algumas receitas pedem esta diminuição do lado direito somente, sendo feito uma carreira sem esta diminuição do lado avesso. Já outras pedem que seja feita dos dois lado, avesso e direito. em português esta diminuição se chama Mate duplo Central (MDC) No inglês esta diminuição se chama Slip 2tog knitwise, K1, Pass slipped sts over ( S2KPO). Passe 2 pontos juntos em meia, faça 1 meia, passe os 2 pontos por cima do ponto feito. Beijooo e Bom tricô!!!
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Mills vagas de emprego Vagas de emprego Mills : O Brasil vive um momento de crescimento nos investimentos em infraestrutura, principalmente, voltados para as obras da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Consequentemente, houve um aumento nas ofertas de vagas de emprego para engenheiros e técnicos do setor. A Mills Engenharia, fundada em 1952, é líder em prestação de serviços especializados de engenharia no Brasil. A empresa é responsável por serviços voltados para setores e empreendimentos estratégicos, como o programa Minha Casa Minha Vida e, ainda, os investimentos para a Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, construção das hidrelétricas de Santo Antônio, Jirau e Belo Monte e setor de óleo e gás. A empresa realiza empreendimentos divididos em quatro partes complementares de mercado, construção (construção pesada), jahu (obras comerciais e residenciais), serviços industriais (pintura industrial, isolamento térmico e tratamento de superfície) e rental (locação e venda). Em todas, existe o suporte de materiais e de planejamento da própria empresa. Enviar currículo para empresa Mills Para garantir a qualidade dos serviços ocorre uma demanda alta de funcionários em diferentes áreas de atuação e nível de escolaridade. Por isso, a empresa esta sempre em busca de novos colaboradores que queiram construir uma carreira sólida dentro da Mills. Para tanto, a Mills disponibiliza em seu site o link “envie seu currículo”. Na seção citada, os candidatos tem acesso as vagas disponíveis (no momento: desenhista projetista e desenhista), estágio e programa de trainne Milles e também o “deixe seu currículo conosco”. Neste último será pedido, entre outras coisas, informações sobre suas experiências de trabalho anteriormente, domínio de língua estrangeira, cursos extracurriculares, faixa salarial almejada, diferencial de perfil, entre outros. Sendo assim, é interessante antes de iniciar o processo que tenha em mãos todos os seus documentos pessoais e profissionais, sobretudo, para agilizar o processo.
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Por maioria dos votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) referendou medida cautelar deferida pelo ministro Sepúlveda Pertence (aposentado), então relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 77, suspendendo todos os processos na justiça do país que envolvam a discussão da legalidade do artigo 38 da Lei 8.880/94, que estabeleceu a Unidade Real de Valor (URV), no escopo do Plano Real. Por meio da ADPF, a Confederação Nacional do Sistema Financeiro (Consif) pretende que o STF declare a constitucionalidade desse dispositivo. O dispositivo, que não está mais em vigor, por ter produzido efeitos apenas em um momento de transição, dispôs sobre a utilização da Unidade Real de Valor para o cálculo dos índices de correção monetária nos dois primeiros meses de circulação do Real. O que se discute, na ação, é a aplicabilidade ou não dessa correção para os contratos pactuados antes da vigência da lei. Ao deferir a liminar em agosto de 2006, o então relator baseou sua decisão no fato de existirem ainda diversos processos judiciais, não apenas entre agentes econômicos privados, mas relativos também ao Tesouro Nacional, que tratam da legalidade ou não dessa norma, envolvendo, segundo o ministro, quantias elevadas. Preliminar À época do início do julgamento, o ministro Marco Aurélio suscitou uma preliminar a respeito do cabimento da arguição de descumprimento de preceito fundamental para discutir a matéria. Ele votou pelo não conhecimento da ADPF, mas a recebeu como Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC), tendo sido acompanhado, em parte, pelo ministro Ayres Britto (aposentado) que não conhecia da ADPF. Na ocasião, os ministros Sepúlveda Pertence (aposentado), Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau (aposentado) e Joaquim Barbosa (aposentado) votaram pelo conhecimento da ação, por entenderem cabível a arguição. Pediu vista dos autos o ministro Cezar Peluso (aposentado). Referendo Na sessão plenária desta quarta-feira (19), a questão voltou a ser analisada com a apresentação do voto-vista do ministro Teori Zavascki, sucessor da vaga do ministro Peluso. O ministro observou que a questão preliminar já contava com votos majoritários no sentido do cabimento da ADPF, considerando ser essa a medida adequada para resolver o caso. Conforme o ministro, trata-se de dispositivo de natureza eminentemente transitória, cujos efeitos já haviam exaurido quando do ajuizamento da ação, que ocorreu cerca de 10 anos mais tarde (julho de 2005). “Assim, considerando ser incabível ação declaratória de constitucionalidade que tenha por objeto preceito normativo revogado ou com efeitos exauridos, a medida que se apresentava como mais adequada à finalidade pretendida era mesmo a arguição de descumprimento de preceito fundamental”, avaliou. O ministro Teori entendeu que estão presentes os requisitos de relevância e urgência aptos ao deferimento da liminar, portanto, ao referendo da medida concedida pelo relator. “Seria temeridade, já passados tantos anos da implantação do Plano Real, cujas virtudes acabaram sendo reconhecidas inclusive pelas correntes doutrinárias e políticas que à época a ele se opuseram, deixar de confirmar a liminar deferida pelo ministro Pertence, o que resultaria um ambiente de absoluta insegurança jurídica sobre atos e negócios de quase duas décadas”, ressaltou. Pelo conhecimento da ADPF, votaram na sessão plenária de hoje os ministros Celso de Mello e Rosa Weber e, quanto ao referendo da liminar, os ministros Teori Zavascki (voto-vista), Rosa Weber, Celso de Mello, Carmen Lúcia, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski. Assim, por maioria de votos, a Corte conheceu da ADPF e referendou a medida cautelar.
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Resenhas - Olhai os Lírios do Campo Um bom livro sobre a aventura da vida Olhai os Lírios do Campo é uma obra completa por muitas questões, dentre as quais a linguagem acessível e ao mesmo tempo precisa que rodeia os dilemas intangíveis do mundo moderno. A história de Eugênio poderia acontecer a qualquer um e suas reflexões encontram eco na vida de tantos que é totalmente compreensível que o livro seja tão apreciado. Érico consegue intercalar reflexões públicas e interiores sem perder a coerência e faz dessa obra uma grande oportunidade para que as pessoas possa compreender seus próprios desafios. É sabendo reconhecer as encruzilhadas da vida como Eugênio soube fazer que as pessoas tem a chance de mudar o final da história que podem dilapidar. Erico Veríssimo ainda é muito atual. Quando li esse livro pela primeira vez eu tinha 13 anos, hoje com 24, já li e reli várias vezes a perder de vista. Cada leitura é como se a história fosse diferente, ou eu que mudei e a vejo de forma diferente. É um livro que fala sobre renúncias, escolhas, amor, amizade, laços invisíveis. Conta com detalhes como o homem não percebe detalhes, somente quando lhe é dado a dádiva de poder olhar para o mundo sem todas as suas couraças, e o livro nos mostra que nós mesmos devemos despirmos delas, e olhar a vida, os lírios e tudo o que vale a pena. Romance sutilmente emocionante Um livro simplesmente fantástico, conseguiu me comover em cada lembrança de Eugênio, em cada diálogo com Olívia e à cada reviravolta narrada pelo genial Veríssimo. O grande ponto alto do romance é a excelência da construçao dos personagens. Como não perceber um Eugênio dentro de si ao perceber suas crises existenciais e seus questionamentos profundamente vazias sobre a vida? Há também a ternura exalando em cada palavra de Olívia. Anamaria surge para ligá-los e com sua doçura faz o coração fo leitor derreter e se apaixonar pela história a cada página virada. Há muito tempo que não lia uma obra tão sensível e bonita como essa. Apesar de eu não gostar muito de dramas românticos, vira e mexe encontro algo que me surpreende e me deixa com a moral abalada, por notar valores simples e fortificantes que a vida nos apresenta. Este é o caso de Olhai Os Lírios do Campo, uma bela obra nacional, a qual nos ensina que a bondade e honestidade está acima de qualquer desejo material. Eugênio é um médico ambicioso, portador de um passado pobre e triste, o qual promeveu desejos de possuir tudo aquilo que não teve quando criança. Na infância, estudava em escola particular devido aos serviços que os pais realizam na instituição, não enquadrado nos parâmetros dos alunos, Eugênio era alvo de chacotas e violência. Porém, estudioso e muito determinado, consegue entrar na faculdade de Medicina, onde passa a frequentar círculos de ricos mimados, o quais o influenciará a criar uma falsa imagem, renegando os pais pobres que tanto lutaram por ele. A formatura chega, e ele torna-se apaixonado por Olivia, uma bela moça pobre que com muita luta consegue formar em medicina. Todavia, Eugênio deixa de lado seu verdadeiro amor para casar com Eunice, uma mulher rica e mesquinha, a qual irá fazer o nome do recém formado. Interessado só no capital esposa, Eugênio passa a viver casos extraconjugais. Mas, um belo dia recebe uma ligação que irá mudar sua vida, Olivia esta internada em estado grave devido a uma doença, e isso irá transformar sua vida de cabeça para baixo, tendo que confrontar a sua família com um passado que já estava enterrado. Olhai os lírios do campo retrata o caráter avulso do homem contemporâneo, o qual se revela preocupado com trabalho e dinheiro, esquecendo os valores da vida, afundando-se em stress e depressão. Revela a fragilidade dos egos capitalistas, com a presença de muita mediocridade e intolerância. Essas características são presentes no protagonista, o qual aos poucos percebe sua insensatez tarde demais. Érico mostra que o homem mais supérfluo pode se transformar em homem de valores e dignidades, ou seja, todos somos passíveis de mudanças, nunca é tarde para perceber que a vida é mais que dinheiro e casa excelente. No caso de Eugênio, ele percebe sua fragilidade depois do telefonema, o qual revela suas atitudes abominantes para se conquistar o sucesso na vida. Bem escrito, intenso e deslumbrante, Olhai Os Lírios do Campo é uma obra fascinante que nos mostra a leviandade dos homens sendo substituída pela coragem e falibilidade humana. Simboliza a honestidade como o caminho certo para o sucesso na vida. Fernanda 20/08/2016 minha estante Eric uma vez me emprestaram este livro dele e acabei não lendo,agora lendo tua resenha me arrependi :( Vc precisa ler a saga O tempo e o vento,li anos atrás os 2 primeiros volumes e amei,pretendo em algum momento reler e ler os que faltaram.bjoooos Fernanda 20/08/2016 minha estante Eric me conta uma coisa,vc leu a trilogia Os homens que não amavam as mulheres né?gostou?to muito interessada em ler,se sua opinião for positiva vou ler certo,cheguei a começar a ler uns 6 anos atrás,mas não fluiu,na época não curtia esse genero Uma narrativa não-linear Escolhi abrir esta série de resenhas com o romance OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO, de Érico Veríssimo. Muitos podem considerar que o livro em questão está longe de representar o melhor da obra desse que é, com certeza, um dos maiores autores brasileiros. No entanto, vale lembrar que um romance pode ser marcante por uma série de aspectos, alguns dos quais guardam pouca ou nenhuma relação entre si. Ademais, as qualidades de um romance que chamam a atenção de um determinado leitor podem passar completamente despercebidas por outro. Não tenho a pretensão de traçar, nas linhas que seguem, um quadro analítico exaustivo de OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO, mas, almejo, apenas, esmiuçar algumas características do romance que marcaram a minha lembrança. Quando li o romance pela primeira vez, eu deveria ter apenas catorze anos de idade, mas lembro-me de que um dos elementos que mais me surpreenderam foi o fato de a narrativa não se processar de forma linear. Eu estava acostumado com o esquema tradicional e linear, com início, meio e fim, com os primeiros capítulos apresentando a ambientação, a descrição do lugar e a época em que ocorrem os eventos, e as primeiras pinceladas da caracterização dos personagens principais, que vão crescendo e ganhando forma no decorrer da narrativa. Lembro-me que, à época, eu havia acabado de ler O GUARANI, de José de Alencar, que segue um esquema narrativo bastante linear e tradicional. Em OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO, a narrativa, em terceira pessoa, com o chamado narrador onisciente, tem início com um diálogo em um hospital, onde uma paciente agoniza. Eugênio Fontes, que se encontra a léguas e léguas de distância, recebe a notícia por uma chamada interurbana. A partir desse ponto, acompanhamos o protagonista que, ao longo do trajeto da chácara do seu sogro, onde se hospedava, até o hospital, mergulha em uma série de reminiscências, flash-backs, que conduzem o leitor aos primórdios da sua infância pobre e sofrida, até a sua formatura na faculdade de medicina, seu primeiro encontro amoroso com Olívia, e seu casamento com Eunice. Após cada flash-back, a narrativa volta ao ponto original, com Eugênio no carro que o conduz ao hospital, onde sua amiga e amante agoniza. A maestria do autor se revela nessas idas e vindas que desafiam a linearidade. Tal recurso, quando bem manejado, permite ao leitor comparar e contrastar dois momentos distintos da vida de um personagem, sem se perder nos meandros da história. Ao chegar ao hospital, Eugênio recebe a notícia de que Olívia, o grande e verdadeiro amor de sua vida, e a mãe de sua filha, falecera poucas horas antes. A partir desse ponto, a narrativa assume um desenrolar mais linear. Poucos foram os autores que li que sabem manejar tão bem o recurso narrativo do flash-back. Érico Veríssimo realmente me surpreendeu, e me surpreende até hoje, no modo como usa esse recurso narrativo para ir revelando, aos poucos, as verdades ocultas do personagem, problematizando cada vez mais as questões que se apresentam. Um outro aspecto da obra que me marcou bastante diz respeito ao próprio drama que afeta a vida do personagem principal. Eugênio Fontes se encontra em uma bifurcação do seu destino: de um lado, a vida simples e repleta de amor e paz junto a Olívia, sua colega de faculdade e profissão; de outro, um mundo novo, até então desconhecido, pleno de conforto e conquistas materiais, de onde acena a jovem e voluntariosa Eunice, dona de uma posição social muitos e muitos degraus acima da sua. Eugênio encontra-se nessa bifurcação como o narrador do poema THE ROAD NOT TAKEN, de Robert Frost. Ele faz sua escolha. Porém, vários anos mais tarde, seus flash-backs o levam a refazer a trajetória das cinzas, pois um caminho tomado em detrimento do outro é como a água que desce uma cachoeira: não tem volta. Érico Veríssimo, como um deus, sacrifica seu filho, Eugênio Fontes, para mostrar ao leitor aonde a indecisão e a covardia podem levar um homem. OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO é um romance de formação, no qual o personagem principal passa, ao longo de sua trajetória, por experiências que culminam no seu amadurecimento e redenção. Posso afirmar que o drama vivido por Eugênio me marcou de forma muito profunda, chegando, mesmo, a contribuir para decisões que mais tarde eu vim a tomar na minha vida adulta. É, também, por isso que a literatura é tão importante: não apenas proporciona entretenimento e fruição estética, mas pode, mesmo, transformar vidas, fictícias e reais. Olhai... Via esse livro na estante de uma tia desde pequena e sempre tive curiosidade de lê lo. Mas só agora, me dispus a leitura dele. Surpreendeu me por fugir do lugar comuns dos finais de histórias de amor. Em vários momentos os clímax me pareciam fechar a história, mas ainda haviam muitas páginas pela frente. A segunda parte, apesar de mais lenta, tem reflexões profundas, pertinentes e atuais. Como diz a canção, no final ainda somos os mesmos. Um dos meus livros preferidos Foi o primeiro livro de Érico Veríssimo que eu li. Peguei emprestado com um vizinho quando tinha uns 13 anos. Me apaixonei. Li e reli várias vezes. É um dos meus preferidos. Olhai os lírios do campo Que livro maravilhoso, destacando o lirismo romântico da história de Eugênio, descobrindo que dinheiro não traz felicidade, exatamente nos moldes do romance urbano de 30, de caráter socialista. A imagem que eu tenho de Olívia é de uma mulher forte, segura, determinada, sensível e inteligente que nos provoca realmente a olhar os lírios do campo e as aves do céu. Belo e um pouco cansativo Esse livro possui uma mensagem maravilhosa e várias lições de vida importantíssimas. Eu gostaria muito de dar 4 ou até 5 estrelas, mas em alguns momentos achei que ele ficou muito cansativo, o que fez com que a leitura tivesse um significado duplo para mim: cansativa, porém muito bela! Vale a pena o esforço! Emanuelle Najjar 27/01/2016 minha estante A maioria dos livros que li do Érico tem esse problema. Começam ótimos, digno de 4 ou 5 estrelas e do nada começam a ficar cansativos. Em casos mais graves até enrolam e destoam da trama. Esse foi o primeiro que li dele. Mi 27/01/2016 minha estante É isso mesmo, Emanuelle. Você disse exatamente o que eu estava pensando: começam de uma maneira fantástica, depois vão ficando cansativos. Eu já li ''Clarissa'' e ''Ana Terra'', que foram muito menos cansativos do que ''Olhai os lírios do campo''. Este começou muito bem, mas teve muitos detalhes desnecessários, muitas histórias paralelas e isso foi se tornando cada vez mais cansativo... Emanuelle Najjar 28/01/2016 minha estante Mi, então evite os livros que vem na esteira de Clarissa. Eu comecei com Clarissa, não tive paciência pra terminar, mas fui para o segundo, o Música ao Longe, fui seguindo com a leitura e quis matar a metade dos personagens porque sinceramente o ciclo todo dos personagens de Clarissa foi super cansativo embora houvesse muito o que também valesse a pena. Terminei a leitura sem saber muito o que achar dos livros e me achando quase uma herege por ter achado os livros do Érico muito dúbios em qualidade (nesse ciclo, pelo menos), mas quero ler O Tempo e o Vento de qualquer modo. Mi 28/01/2016 minha estante Entendi! rs Até que tive uma boa experiência com ''Clarissa'', apesar de alguns personagens serem mesmo muito cansativos! Sempre tive vontade de ler ''O tempo e o vento'', mas acho que depois de ''Olhai os lírios do campo'' fiquei meio traumatizada! Ainda mais levando em consideração a grossura desses livros... rs =) Reflexivo Não sabia ao certo do que se tratava essa obra, mas como um desafio, decidi começar. Confesso que estou feliz por meu primeiro livro de 2016 ter sido tão reflexivo. Não faz muito o meu tipo de literatura, porém, ele conseguiu me prender pelo modo como a vida era observada e vivida por aquele homem que já tinha sido tão maltratado pelos anos. Os questionamentos sobre tudo que nos rodeia, inclusive sobre Deus, também demonstra o quanto essa obra reflete sobre aquilo que somos e aquilo que podemos ser. O título também me deixou pensativa. Afinal, de que servem os lírios do campo a não ser para serem apreciado com bons olhos? Belíssima obra, belíssimas reflexões. O que me fez gostar de leitura Esse foi um ods primeiros livros que li por que a professora de escola obrigou no começo era uma tortura esse livro bem chato mais depois eu comecei a gostar da historia e fez sim valer a pena ler. Somos a maior rede social do Brasil 100% focada em leitores. Funcionamos como uma estante virtual onde você pode colocar os livros que já leu, como aqueles que ainda deseja ler. Compartilhe suas opiniões com seus amigos... Leia mais .
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Lave muito bem o coelho e tempere com sal, pimenta, colorau, os alhos esmagados, o louro e o vinho branco e deixe neste tempero durante algumas horas. Retire o coelho da marinada e coloque num tabuleiro(tive que partir os coelhos ao meio senão não cabiam no tabuleiro).Descasque as cebolas e corte-as aos gomos e disponha no tabuleiro junto do coelho, por cima deite o azeite e a marinada onde o coelho esteve a temperar e espalhe por cima a manteiga cortada em pedaços assim como o toucinho, a salsa. Leve a assar em forno bem quente durante mais ou menos 1h e meia, regando de vez em quando com o próprio molho. Deixe o coelho ficar bem coradinho. As batatas fiz á parte retirando um pouco do molho dos coelhos. Nota. * (As minhas alterações porque tinha 2 coelhos, para não faltar molho).
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Polícia Científica de Goiás prorroga inscrições para 460 vagas Candidatos agora têm até o dia 10 de janeiro de 2015 para se inscreverem A Polícia Técnico Científica de Goiás prorrogou as inscrições para o concurso que oferece 460 vagas para níveis fundamental e superior. Quem quiser participar do certame agora pode se inscrever até o dia 10 de janeiro de 2015, por meio do site da banca, a Fundação Universa. As taxas custam R$ 85 e R$ 110, para os níveis fundamental e superior, respectivamente. Para o posto de médico legista são 150 vagas. Já para o cargo de perito criminal são 250 oportunidades. Para participar é preciso ter curso superior em qualquer área. O salário das duas funções é de R$ 7.648,67. Candidatos com nível fundamental completo poderão disputar 60 vagas para auxiliar de autopsia, com remuneração de R$ 3.978,19. Os participantes serão avaliados por meio de provas objetiva e discursiva. Aprovados nestas duas etapas farão ainda o curso de formação.
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Eu Tô Bem [Verso 1] (Ai) Irmão, olha a minha face Nunca vi problema em ir de 1ª classe Em dizer: 'Tem do que? Vai querer?' Tá, pó trazer, fazer o que se quer fazer Sonhar sem pensar em carnê, conclusão: Ter crédito na palavra e no cartão Conta paga, sonho de quebrada Tá vivo é uma coisa, se sentir vivo é outra parada Vaaai, olha o que cê tem ao redor Vale a pena, então levanta, dá o seu melhor Nobreza é espírito puro, verdadeiro Quanto a pobreza, essa sim tem a vê com dinheiro Vi de dentro 99% dos tipo de miséria Acho que sei o quanto essa parada é séria Eu vejo DVD's do Wu-Tang mas vejo Pequenas Empresas e Grandes Negócios também[Refrão] É hora do show (assim?) Melhorou (Que tal?) Um boot pra combinar (e ae?) Se ligou? (heeey) É tão bom relaxar nesse lugar (eu tô bem!) Com riso bonito de quem chorou tanto Até o infinito através do meu canto Com a fé no meu santo Pros cara sem pranto (meu!) Pára, eu garanto![Verso 2] Porto Alegre: cachecol Porto Seguro: óculos de sol Porto de Galinhas: Sundown, Sundown Não preciso de um boné de 500 conto (não!) Preciso de um boné que eu gosto e pronto Tinta pra escrita já me deixa feliz (como quis) Moças bonitas com sorriso de miss (tipo atriz) Foi várias fita, vivi por um triz (seu juíz) Com toca-fita olha tudo que eu fiz (então... please) O que nos diz: respeito, alegria, paz Coisas que não se vê to dia Crê no sonho não é coisa da infância Eu pedí, não perguntei o preço... Que petulância! Pretos foram escravos, serviçais, reis a um tempo atrás Não preciso dizer com qual me identifico mais Solta o cabelo, (vaai) esbanja! Tipo: 'Jaime o menino está com sede e nós não temos laranja'[Refrão][Verso 3] O rapaz da gravadora ligou? (ligou) Só que eu fui idealista demais, aí, ele disconversou Só faltou eu dizer: 'Foi engano!' Putz... Tinha que ter gravado isso mano Pensei e dispensei após, refleti, por que nóis? Ou melhor, por que não nóis? Sem querer ser outra parada, gritar: 'West Coast!' Ser real e natural igual cabelo crespo! Mostrar mais meu sorriso amarelo (tin) Mamãe você é uma rainha e eu tô providenciando o castelo Na de compor, na de me recompor pela historia Não é trampo, tô só temperando as vitória Destaque no aeroporto, estranho no ninho Moça, ta olhando o que? Faz o check-in dos irmãozinho Sou o E.M.I.C.I.D.A. da Rinha! Tá vendo aquelas pegada de barro no tapete vemelho? É minha![Refrão]
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Inovações tecnológicas que permitem jogar Os jogos de casino jogados a partir de smartphones ou tablets são hoje em dia uma das melhores opções no mercado de jogos. As pessoas se interessam cada dia mais pelos jogos oferecidos especialmente para os dispositivos móveis. O crescimento tecnológico acelerado nos smartphones faz com que cada vez mais surjam outras opções e com maior qualidade. Assim, o casino móbile surge já disponível na grande maioria dos casinos online. Nos últimos anos foram feitos grandes investimentos nesta área e os apostadores que gostam de jogar a partir do seu smartphone ou tablet, precisam apenas baixar os aplicativos do casino ou como alternativa, jogar diretamente no modo online sem necessidade de fazer download dos jogos. Dispositivos como o Blackberry e outros celulares com sistema Android desfrutam desta opção com bastante qualidade. É preciso salientar que os tablets e ipads com telas maiores elevam os jogos a um patamar muito superior, mais agradável e emocionante. Um dos motivos para o grande sucesso dos casinos móveis é a variada combinação de vantagens disponibilizadas aos jogadores. Além da comodidade e portabilidade que estes aparelhos possuem, os jogos apresentam uma grande qualidade e são executados de modo bastante simples e rápido. Com o casino móvel é possível jogar alguns dos seus jogos favoritos como o blackjack, póquer, slot machines, roleta online, etc. em qualquer local e a qualquer momento. Os sistemas são tão simples e rápidos que poderá jogar slots ou um jogo de blackjack em uma pausa no trabalho, no ônibus ou metrô ou até mesmo na praia, durante as férias. Outra grande vantagem do casino móvel é o fato destes ofertarem bônus e ofertas exclusivas. Estas ofertas geralmente são muito generosas e disponibilizam bônus de depósito mais altos, torneios exclusivos, pontos de jogador extra, bônus especiais em métodos de pagamento, ou até tentativas grátis em alguns jogos. Alguns casinos móveis ainda oferecem ao jogador uma quantia inicial sem necessidade de depósito. Estes bônus são importantes porque garantem aos competidores uma vantagem inicial muito vantajosa.
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Como ajudar alguém recuperar de lipoaspiração Embora a lipoaspiração não é considerada uma grande cirurgia , ele não perturbar os principais sistemas do corpo. Se você tem o tempo para ajudar alguém depois de um procedimento de lipoaspiração é longo, você pode acelerar a recuperação e aliviar um pouco a ansiedade. Coisas que você precisa Lençóis Jell-O ® Ginger Ales Palhas Bebendo Saltine Crackers Mulheres em Outside Revista de National Geographic Magazine Entertainment Weekly Revista Discover Magazine Tiger Beat Magazine revistas MAD revista Rolling Stone Show Mais instruções 1 conduzir o repouso do paciente após a cirurgia. Ela ainda vai ser afetada pela anestesia. 2 Ajude-a para trás e para a casa de banho. Micção vai aumentar durante as primeiras horas após a cirurgia . 3 Verifique se o seu paciente tem a sua medicação para a dor dentro do alcance. Isso vai incentivá-la a levá-lo quando ela precisa. 5 Fornecer um copo de água fria com um canudo flexível à beira do leito , para simplificar a tomada de medicina . 6 < p > Ajude-a para dentro e fora de suas roupas de compressão , conforme necessário. Embora as roupas têm zíperes e ganchos , se um paciente está se sentindo fraco de uma cirurgia , ela irá apreciar a sua ajuda. 7 Altere as folhas na cama do seu paciente se torna-se úmido de drenagem lipoaspiração. < Br > 8 fazer todo o trabalho pesado , limpeza e curvando-se por alguns dias pós-operatório . 9 ajudar a levar a mente do seu paciente fora de sua lipoaspiração. Alugar um vídeo , ler em voz alta ou compartilhar algumas fofocas com ela.
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Emanuel dos Reis Rodrigues é Assessor de TI do Centro de Tecnologia da Informação do Governo de Roraima, responsável por Infra-estrutura e Software Livre. É Consultor de Redes Linux, Segurança e Software Livre, certificado LPI nível 3 Mixed Environment.
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16/11/2009 | Safra de escândalos no Congresso livrou todos os parlamentares de punição 16/11/09 - 07h00 - Atualizado em 16/11/09 - 07h00 Atos secretos e farra das passagens foram as maiores polêmicas do ano. Denúncias deram origem a investigações e chegaram a demitir servidores. Robson Bonin Do G1, em Brasília Levantamento feito pelo G1 sobre o desfecho de alguns dos principais escândalos do Congresso em 2009 mostra que a safra de polêmicas provocou demissões e abertura de processos na Justiça, mas livrou todos os parlamentares suspeitos de envolvimento com irregularidades. Deflagrada com a eleição do ex-presidente da República José Sarney (PMDB-AP) para o seu terceiro mandato como presidente do Senado, a onda de denúncias começou em março, com a notícia de que a Casa havia desembolsado R$ 6,2 milhões com o pagamento de horas extras a 3.883 funcionários em pleno recesso parlamentar de janeiro. O pagamento, autorizado pela antiga gestão da Mesa Diretora, levou alguns poucos senadores a ordenar seus assessores a devolver os valores. Oito meses depois, o Senado ainda não dispõe de um sistema eficiente de ponto que monitore a jornada de trabalho dos quase 10 mil funcionários. Segundo informações da Primeira Secretaria, até o final desta semana, a Casa deveria instalar o sistema de ponto eletrônico. Farra das passagens Recém saído da polêmica na folha de pagamento, o Congresso se viu confrontado com a farra das passagens, ainda em março. Os abusos cometidos por deputados federais na emissão de passagens aéreas, entre janeiro de 2007 e outubro de 2008, chamaram a atenção do Ministério Público Federal (MPF), que abriu investigação para identificar o esquema. A partir de dados fornecidos pelas companhias aéreas, os procuradores identificaram o hábito comum entre políticos de todos os partidos e tendências ideológicas de utilizar suas cotas de passagem para bancar viagens particulares, aqui e no exterior, deles mesmos, de parentes e de amigos. Durante o período investigado, a Câmara, com seus 513 deputados, gastou R$ 2,5 milhões com viagens a passeio de deputados e seus convidados ao exterior. A farra no Senado foi maior. Os 81 senadores gastaram, em 2008, R$ 2,8 milhões passeando mundo afora. Para diminuir o problema, o Senado restringiu as autorizações de viagens aos senadores e proibiu assessores de encomendar bilhetes sem a autorização por escrito do parlamentar. Já na Câmara, uma investigação foi instaurada para apurar as denúncias. Os dois deputados identificados como suspeitos de comercializarem bilhetes da cota de gabinete acabaram absolvidos no dia 4 deste mês. 181 diretorias Ainda no final de março, outro escândalo: o Senado, com seus 81 senadores, contava com um quadro de 181 diretores, mais de dois por parlamentar. Diretoria de check in, para facilitar o embarque dos senadores nos aeroportos e diretoria de visitação, para acompanhar a visita de turistas ao Senado, eram alguns dos cargos exóticos identificados na estrutura da Casa. Pressionado a reduzir os gastos, o presidente do Senado contratou os serviços da Fundação Getúlio Vargas (FGV) que realizou uma reforma administrativa ainda não aprovada pela Casa. Em um primeiro momento, a reformulação reduziu a 38 o número de diretorias e, com a aprovação, deve chegar a apenas sete. Não há, no entanto, informação de que os salários pagos aos diretores que perderam os cargos tenham sido cortados ou reduzidos. Atos secretos Já combalido por polêmicas, o Senado mergulhou em uma profunda crise institucional no começo de junho, quando descobriu-se a existência de centenas de atos secretos, utilizados para aumentar salários, nomear apadrinhados de senadores e promover toda sorte de benefícios. O diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, e o diretor da Secretaria de Recursos Humanos, João Carlos Zoghbi, foram apontados como supostos mentores do esquema. Denunciado por envolvimento com irregularidades envolvendo a concessão de crédito consignado na Casa, Zoghbi foi demitido no dia 30 de outubro, antes que uma investigação da Casa fosse concluída para verificar a sua responsabilidade pelos atos. Já Agaciel perdeu o cargo de diretor e continua a responder pelo caso como servidor lotado no Instituto Legislativo Brasileiro (ILB). Nesta semana, a comissão de três servidores do Senado que investiga o caso pediu à Mesa Diretora mais 60 dias para concluir as investigações. Apadrinhado político de Sarney, o ex-diretor foi flagrado omitindo uma mansão às margens do Lago Paranoá, em Brasília, avaliada em R$ 5 milhões. Da relação com o afilhado político, o presidente do Senado acabou envolvido em uma série de denúncias que resultaram em 11 acusações no Conselho de Ética da Casa. Sob o seu comando, o Senado chegou a ser classificado como casa dos horrores pela imprensa estrangeira. Senadores de oposição e do governo pediram a renúncia de Sarney. Em meio à queda de braço entre aliados e opositores da gestão do peemedebista, senadores trocaram ofensas e ameaças nas sessões da Casa. Sarney acabou salvo pela interferência direta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que enquadrou o PT a apoiá-lo no colegiado. Outras denúncias como a existência de 76 estagiários que acabaram efetivados pelo Senado sem concurso público e a onda de servidores pagos pela Casa para estudar no exterior tiveram espaço na mídia, mas não resultaram em grandes mudanças. Para evitar viagens, a Mesa Diretora proibiu a liberação de servidores para fazer curso fora do país. Já a efetivação dos estagiários está sendo investigada pelo Ministério Público Federal (MPF), que ainda não se pronunciou sobre o caso. Deputado do castelo O Conselho de Ética da Câmara arquivou em julho processo disciplinar contra o deputado Edmar Moreira (sem partido-MG). Ele ficou conhecido como o deputado do castelo, após ser denunciado por ter omitido em sua declaração de rendimentos um castelo avaliado em R$ 25 milhões. Mas não foi para o conselho por esse motivo. O deputado foi denunciado ao conselho por ter utilizado a verba indenizatória de R$ 15 mil para pagar serviços se segurança supostamente prestados por empresas de sua propriedade. Segundo a decisão, o uso de verba indenizatória por um deputado para o pagamento de serviços prestados por empresas de sua própria família só passou a ser proibida a partir de 7 de abril deste ano. Considerou-se, então, que até a publicação da portaria o procedimento não era considerado infração. O relator do caso ainda argumentou que o conselho não conseguiu reunir provas, apenas meros indícios de irregularidade por parte do colega.
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Aparentemente, tudo que estava bem para o homem, animais, flores, frutas, água, sombra. Tudo era lindo, maravilhoso. Contudo o homem se sentia incompleto. Faltava algo. Ele não se identificava com nada. Não existia ninguém parecido com ele..
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Cristina de Melo Doula Sempre fui apaixonada por grávidas e bebês, desde criança, e aos 16 anos acompanhei meu primeiro parto. Aos 17 anos me tornei mãe o que me trouxe muita experiência que hoje contribui para o meu trabalho. A partir daí comecei a me aprofundar ainda mais neste mundo materno e humanizado. Me formei técnica em enfermagem e após o estágio na maternidade, eu soube que queria apenas acompanhar partos! Me formei doula oficialmente em 2010, e desde então sou abençoada de poder acompanhar esses nascimentos, tendo a honra de acompanhar mais de 400 desde então. Ser doula é uma missão, é um dom que eu carrego desde criança. Hoje além de ser mãe da Sofia (6 anos) sou doula em período integral, e trabalho exclusivamente com o acompanhamento desses lindos bebê e me dedico 24 horas a isso. Espero poder continuar atuando como doula até o resto da minha vida, e durante esta jornada, ajudar muitas mulheres a conseguir os partos que sonham e merecem.
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-se-á, também, com ofensa a disposições que confiram densidade normativa ou significado específico a um desses princípios. Caso concreto: alegação de violação a uma regra constitucional - vedação.... Controle objetivo e subjetivo em uma mesma ...
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A ilusão do Dinheiro Falamos sobre beleza e feiúra e como elas influenciam na nossa personalidade. Dinheiro também influência na formação da personalidade. Cego? É muito comum associar a felicidade com o dinheiro. A maioria dos homens atribui felicidade ao dinheiro, pois a sensação de poder é de grande valor social. Mas infelizmente seu pai esqueceu de contar um detalhe: a mente humana se acostuma com tudo, até com o dinheiro. Insatisfeitos crônicos somos todos, isso é velho. Mas será que é possível ficar insatisfeito com muito dinheiro? Se você for milionário saberá do que eu estou falando. Hoje seu salário é uma miséria, pois bem, um dia ele já foi seu desejo mais profundo. Você jurou que quando ganhasse essa grana já estaria feliz. Está feliz? “Mas a inflação, os impostos e blábláblá” Não importa quanto você tenha, importa é que nada é suficiente para seu buraco negro emocional. O psicólogo Martim Sellinger, pai da Psicologia Positiva, realizou vastos estudos sobre a sensação de satisfação, saciedade e felicidade. Não escapou da conclusão, felicidade é um estado de espírito e não uma condição externa. Se você ficou tentado a afirmar: “tá vendo eu sabia que dinheiro não leva a nada”, provavelmente está na massa das pessoas que é insatisfeita e ainda reclama de quem quer ganhar dinheiro. Não estou afirmando que dinheiro não é importante, pois ele facilita caminhos e viabiliza experiências belíssimas da vida cotidiana. Mas o que digo é simples, não basta um punhado de notas no bolso para você realmente ser feliz. Caso você seja candidato a rico ou seja um ouça essa idéia, mude sua cabeça miserável. Você já tem tudo o que necessita para ser feliz, mas cabe você descobrir isso ao ver o brilho nos olhos das pessoas que você ama quando chega em casa. É sua capacidade de transitar entre inúmeros estados mentais que vai possibilitar que o dinheiro traga experiência renovadoras. Se você for chata ou ranzinza o dinheiro só vai fazer de você um ranzinza e chato rico. Só isso, nada mais que isso. Related posts 4 Comments Esse texto levanta possibilidades interessantes. Claro, para boa parte das pessoas, não mudaria em uma palavra o que você disse. Entretanto, alguém que não tenha as necessidades básicas atendidas (usando a pirâmide de Maslow, por exemplo) vai achar que o dinheiro vai resolver todos os problemas. E com razão. Claro, eles não tão nem aí em vida após a morte ou “bobagens” espirituais. Eles só querem comer e o dinheiro possibilita isso. Ok, não devemos PERSONIFICAR o dinheiro, já que o que eles realmente precisam é comida, abrigo, bebida etc, mas do jeito em que se vive, só se obtém isso com o dinheiro. A maioria das pessoas, em maior ou menor grau, tem problemas que seria resolvidos por dinheiro. Mas, de longe, não são a resolução deles que vai trazer a felicidade. Portanto, acredito que esse texto mire mais pessoas que estão num nível acima da pirâmide de Maslow.. Para quem tem um padrão de vida mínimo, ok. Para os demais, parcialmente. No mais, esse texto se encaixa bem,inclusive para mim. Um outro debate interessante é que as pessoas dizem que o dinheiro resolve tudo por preguiça. Como geralmente é difícil conseguir dinheiro, eles podem continuar com problemas não-financeiros na vida deles de maneira justificada. joão jacinto Por vezes me questiono como seria se me saísse o Euromilhões. Confesso que jogo, mas sem grande esperança (ou com medo de) que seja eu o “feliz” contemplado. Que efeito teria esse dinheiro todo em mim? Mas acho que, se me saísse investiria na educação e na arte e/ou nos artistas, em todos os que se quisessem enriquecer e evoluir! Teria certamente muito em que me ocupar e a fazer! Hoje penso assim, de algibeiras vazias!… Dulce Chaves Felicidade para mim é realmente, como você disse, um estado de espirito, está dentro de você, é um momento. Depende de como enchergamos a vida e os outros, de nossas atitudes. Um simples ato, por menor que seja, no nosso dia a dia, pode causar no outro ou em nós mesmos um sentimento de felicidade. Qdo vejo o por do sol, por exemplo, me pego esboçando um sorriço, isso é um momento de felicidade. Qdo estou com minha familia ou meus amigos, me sinto feliz e não preciso de dinheiro para isso. O dinheiro ajuda e é necessário é óbvio, mas não é tudo. Aprendemos isso com o passar do tempo. Um abraço.
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O Instituto Ricardo Brennand é referência no país, local único, que reúne obras de arte em coleções de Pintura, brasileira e estrangeira, Armaria, Tapeçaria, Artes Decorativas, Escultura e Mobiliário.... Dedicado às debutantes AQE! 15 Blog para mamães e papais AQE! Baby Sua marca em destaque! Anuncie no Blog O blog acompanha Mayra e Gerson desde o noivado. O noivo preparou uma surpresa linda! Para relembrar clique AQUI Depois, veio o Chá Bar, com direito a bolo de churros que foi sucesso absoluto. Veja AQUI Mayra e Gerson são aquele casal que olhamos e já pensamos que foram feitos um para o outro. Eles passam tanta cumplicidade e identidade que chegam a ser um só. O casamento foi a realização de um sonho imaginado juntos, e teve a cara… Meninas!! Essa quarta-feira vai acontecer a 5º edição do evento “Prepare-se para casar” da Di Branco Recepções. Dessa vez o bate-papo será com a doceira Lana Bandeira, o decorador Fabiano Reis e a designer Gabriela Mendonça. Eu estarei mediando a conversa, e ajudando vocês com os preparativos esclarecendo suas dúvidas! Vocês ainda poderão conhecer melhor outros profissionais que estarão expondo no evento: Bolo de Cecília Chaves, cerimonial Unique, Drinks Balaca, iluminação e sonorização DBW produções,e fotografia de Lacerda Estúdio. Uma… O chá da Amanda foi organizado pela madrinha Cacau. Toda a festa foi feita por ela e suas amigas, e o tema Matrioskas super original, é uma homenagem à noiva que é conhecida pelas amigas por parecer com a bonequinha. No convite, as convidadas foram intimadas a comparecerem com roupa vermelha, tudo combinando com a decor feita por Cacau de Paula , os móveis da Imagina festa Taças personalizadas Conto de Fadas Bolo Analu Atelier de Doces Cupcakes Up Cakes… Uma das primeiras coisas a se fazer quando começam os planejamentos do casamento é a lista de convidados. E acredite, ela pode dar muita dor de cabeça. Aquele amigo da faculdade que você não vê há anos, convida ou não? Para ajudar, fizemos uma arte que vai te ajudar a decidir se aquela pessoa fica ou sai da lista. Pronto! Agora já você já decidiu quem sai e quem fica, começa um outro problema: convidar com ou sem par? E aquele… O primeiro amor a gente nunca esquece. No caso de Marcela e Filipe, o primeiro amor também foi o único de suas vidas. Se conheceram super novinhos, mas desde sempre muito apaixonados! Tanta cumplicidade teria que dar em casamento. Mais de 8 anos depois, eles estavam dizendo Sim no altar :) Marcela é super orgulhosa da história deles e conta pra gente como tudo começou: “Eu e Filipe nos conhecemos no aniversário do primo de uma das minhas melhores amigas,que… Adoroo quando as noivas se empenham nos preparativos, sai tanta coisa legal, criativa. Raissa e Ricardo fizeram um save the date muito fofo, com os vários cãezinhos resgatados da rua pela Raissa. Ficou uma gracinha!! Inspire-se!!! Save The Date Raissa e Ricardo. from Hugo Fraga Filmes on Vimeo. Josana Alves Assessoria e Cerimonial está no mercado há dez anos, cativando os públicos mais distintos e exigentes, trabalhando com alegria e oferecendo serviços exclusivos (um único evento por dia) e personalizados, com segurança e qualidade. Tantos anos de experiência fizeram de Josana Alves uma referência no estado, pois consegue desenvolver um trabalho que vai além do planejamento do evento; há um efetivo acompanhamento dos serviços profissionais contratados garantindo a excelência da assessoria e do cerimonial. Esta visão empresarial minuciosa… O nosso parceiro Alfredo Toscano, enviou as fotos do final feliz da Marjorie e do João. A festa aconteceu na Di Branco Recepções, no Recife Antigo, também parceira querida do blog. O dia foi muito especial, a Marjorie estava linda e a festa foi só diversão. Desejamos toda felicidade aos noivos. * Parceiros do blog Igreja: Matriz Nossa Senhora das Graças | Recepção: Di Branco Recife Antigo | Buffet: Di Branco | Decoração: Leodenes Paulino | Orquestra: Sonata | Banda: Paullo Vittor e banda | Doces: Mariana… Carol e André se conheceram 9 anos atrás, tinham em comum o mesmo personal trainer, que fez as vezes de cupido, falando de um para o outro. A curiosidade foi grande, e na época o Orkut foi um super aliado! As fotos postadas agradaram, e depois o papo no msn também. Só faltavam se encontrar. Não demorou muito e marcaram o primeiro encontro, e desde então não se desgrudaram mais. Moraram no Rio de Janeiro, e agora resolveram voltar de… Ontem aconteceu a festa de 3 anos da empresa de assessoria e cerimonial para casamentos Dreams By Lead. Tanto sucesso devia mesmo ser comemorado em grande estilo. Foram alguns dos melhores profissionais do estado reunidos para concretizar essa noite de sonhos. O local escolhido foi o Armazém Blunelle, que arrasou também no buffet. A decoração foi do nosso grande parceiro, o querido Romildo Alves. Foram nada menos que 800 tulipas e 1.200 orquídeas amarelas!! Além dos arranjos com chuva de…
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+ corrida No esplendor de seu máximo vigor físico, as duas competidoras pairam no ar --voam mesmo-- na disputa do primeiro lugar na prova de 60 metros em meeting de atletismo realizado ontem em Glasgow, na Escócia. Aqui, a norte-americana Carmelita Jones (esq.) decola no início de seu processo de ultrapassagem da britânica Bernice Wilson, rumo à vitória. As competições são pródigas em belas imagens, como o registro da Reuters mostrado neste blog. Veja outras e confira mais informações no site do evento, AQUI. Primeiro a boa, que talvez não seja tão nova para alguns, mas eu apenas notei agora: está crescendo a passos largos o circuito de ultramaratonas no Brasil. O responsável por isso é a empresa que organiza a Ultramaratona 5 Pontões, que estava marcada para o ano passado, mas teve de ser transferida. A 5 Pontões será realizada agora em fevereiro, abrindo uma série de provas de muito longa distância que, pelo informado no site (AQUI), parecem cheias de atrativos para os fanáticos por sofrimento e por provar sua capacidade de resistência. Além da já dita 5 Pontões, haverá uma prova no Arraial do Cabo, de 56 km, e uma superultra de 186 km, que acontecerá no entorno do Parque Nacional do Caparaó. Parece louvável o esforço de montar provas complicadas em locais diferentes, atraindo um público carente desse tipo de diversão. Um público, por sinal, bem reduzido, não só pelo alta grau de dificuldade das provas (o que, para alguns, é bem-vindo) como pelos preços também elevados mostrados no site. Claro que os organizadores têm lá suas razões, como já comentei aqui em outra oportunidade. Cada um cobra o que acha que o mercado aceita pagar; compra quem quiser e puder, ainda mais em caso de eventos que, por sua própria natureza, são de participação restrita. Também fica claro que os organizadores se dirigem a público muito reduzido, não só pelo alta grau de dificuldade das provas (o que, para alguns, é bem-vindo) como pelos preços também elevados mostrados no site. Claro que os organizadores têm lá suas razões, como já comentei aqui em outra oportunidade. Cada um cobra o que acha que o mercado aceita pagar; compra quem quiser e puder, ainda mais em caso de eventos que, por sua própria natureza, são de participação restrita. Mas fica difícil entender a lógica da escalada de preços, que extrapola qualquer cálculo de inflação, como você pode ver no quadro abaixo, que informa os preços para a prova do Arraial do Cabo. Os preços sobem conforme fica mais perto da prova, o que é uma forma de tentar obter inscrições antecipadas. Isso é normal. O que impressiona é o ritmo da alta. Quem pagar no dia 11 de abril, último prazo de inscrição a julgar pela tabela, vai morrer com 66,66666% a mais do que quem fez sua inscrição do dia 28 de fevereiro --uma diferença de pouco mais de 40 dias. Não conheço aplicação financeira no mundo que preveja tal rentabilidade, mas isso pode não passar de ignorância minha, já que nem de longe sou especialista em investimentos. PS.: Recebi uma simpática mensagem do organizador do evento, Thiago Mol, que me alertou sobre a grafia correta do nome da Ultra 5 Pontões, agora já corrigido. Sobre o site, o e-mail afirma: Vou esclarecer que não se encontra finalizado, estamos ainda trabalhando para na próxima semana ele estar no formato que desejemos. Ele diz ainda que o site foi colocado no ar antes do previsto por uma vontade talvez exagerada em atender os atletas. Levando isso em consideração, suprimi os comentários que havia feito sobre o site. A mensagem também fala sobre a questão dos preços. Diz: Cada organizador sabe o valor do seu trabalho, o que ele gasta de esforço físico e mental. E afirma que, no regulamento da prova, existem justificativas plausíveis do porque o valor atual ser esse. O doping é uma m*, já disse e repito. Quem usa substâncias proibidas não apenas comete fraude contra o esporte e seus colegas mas também prejudica sua saúde e pode afetar a carreira e a vida de companheiros de equipe. A história da multimedalhista de ouro Marion Jones, por demais conhecida, é exemplo disso. Ganhou um monte de ouro nos Jogos Olímpicos de Sydney (2000), mas foi desclassificada depois de ter sido flagrada no doping. Além de tudo que passou, suas companheiras na prova de revezamento também perderam suas medalhas. Agora, o caso se repete (quase). Uma integrante da equipe norte-americana de revezamento em Atenas-2004, onde os EUA levaram o ouro no 4x100, admitiu ter usado doping. Crystal Cox, que participou do time nas preliminares, foi suspensa por quatro anos e seus resultados a partir do período em que ela admitiu o doping foram limados da história. Não está claro ainda se a equipe será desclassificada. Há pelo menos um caso em que isso não ocorreu. Em Sydney, um atleta do revezamento 4x400 norte-americano que correu as preliminares foi pego no doping, suspenso e desmedalhado, mas o time não perdeu o posto. Eu cá comigo acho que isso está errado e, de certa forma, é complacente com o doping. Afinal, mesmo que o cara não tenha corrido a final, ele participou do processo que levou o time à disputa do ouro. Uns com tão poucos, outros com tanto: aqui no Brasil a gente reclama da falta de maratonas. Mal e mal algumas das maiores cidades do país conseguem organizar provas razoáveis... Pois no Canadá a questão é outra: a fartura agora cobra seu preço. Ao longo dos anos, duas maratonas vêm brigando pelo apoio e participação dos corredores de Toronto, mais visitantes do mundo inteiro. Com sucesso, oferecendo atrações diferentes, têm conseguido um público razoável, mais ou menos da mesma ordem de grandeza, o que é um grande feito, pois há apenas três semanas de diferença entre as duas. Mas isso pode mudar a partir do ano que vem. É que a administração da cidade está cansada de ouvir reclamações dos cidadãos quanto a problemas de trânsito, além de considerar que não dá para dividir os recursos oficiais, de dinheiro e, especialmente, mão de obra (para o controle do trânsito, por exemplo). O processo de decisão será também uma maratona, que vai se desenrolar ao longo dos próximos meses. Cada uma vai ter de vender seu peixe. A mais conhecida internacionalmente é a Waterfront Marathon, que, como diz seu nome, transcorre ao lado das águas do lago Ontario. Beneficiada pelo patrocínio de um banco, oferece prêmios em dinheiro que seduzem corredores quenianos, aumentando a exposição midiática da prova. Já a Toronto Marathon se dedica mais à cidade, como diz o nome. Tal como a de Nova York, tem percurso que passa pelos diversos distritos e pontos históricos. É, como diz seu diretor, uma prova mais família, que atrai corredores comuns, como eu e você. Não por acaso, os tempos dos vencedores são bem diferentes: no ano passado, o ganhador da Lakefront fechou em 2h08min32 e levou US$ 70 mil em prêmios e bônus, contra os US$ 3.000 do vencedor da prova da Toronto, que fechou em 2h26min08. O número de concluintes é aproximado: 2.846 na Lakefront, 2.000 na de Toronto; no total, a maior chega a 19 mil participantes e a menor, a 14 mil (são várias provas no mesmo evento). E ambas arrecadam para obras de caridade o mesmo valor: US$ 2,4 milhões. Além disso, cada uma delas acarreta à cidade custos de US$ 10 mil; em contrapartida, afirmam que geram um movimento financeiro em torno de US$ 20 milhões para mais, também cada uma. Os corredores, claro, gostariam de manter as duas. Mas vá saber o que passa pela cabeça dos administradores da metrópole. O Estádio Olímpico em Stratford, que será palco de alguns dos mais emocionantes momentos dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, será também, ele próprio em si, uma atração não só arquitetônica como de engenharia de reciclagem. Nas suas entranhas estarão almas de facas e revólveres apreendidos pela polícia britânica e entregues a um uso pacífico. O Departamento Metropolitano de Polícia recolheu no ano passado mais de 52 toneladas de metal reciclável, de armas de fogo e brancas a chaves. O metal será derretido e usado em pontes, prédios, trens e outros veículos, além da construção do Estádio Olímpico. E a ênfase do movimento olímpico da reciclagem não fica apenas em plagas europeias. Quem chegar ao pódio nos Jogos de Inverno de Vancouver, neste ano, e na Paraolimpíada que se realiza lá na mesma época receberá medalhas de ouro, prata e bronze contendo material reciclado. O metal é extraído de computadores, televisores, teclados e outros integrantes da família do lixo eletrônico. Fotógrafo da AP registra momento mágico (ou apavorante, sei lá) de corredor solitário que enfrenta um baita temporal na costa de São Pedro, na Califórnia. Lá, como cá, está cada vez mais perigosos correr nesses dias em que a força da natureza se abate sobre nós. Esses dias, estava correndo perto do Ibirapuera e passei sob uma baita árvore que tinha sido simplesmente arrancada do solo, na praça Cidade de Milão. Com raízes à mostra, ela não despencou sobre o asfalto porque foi parou na cerca da praça, que cedeu um pouco, mas resistiu ao impacto, e foi segura nos poderosos galhos de uma árvore plantada do outro lado da rua. Você também já não teve seu momento pânico nestes dias de furor dos elementos? Dois pit bulls corriam hoje à solta pelas alamedas da USP, entre os milhares de corredores e ciclistas que aproveitam os caminhos da Cidade Universitária para praticar um pouco de atividade física com um mínimo de segurança. Os cachorros, tristemente conhecidos por sua ferocidade e descontrole, corriam sem coleira nem guia nem focinheira nem nenhum outro tipo de controle mecânico. Nem sequer seguiam perto de seus donos ou (ir)responsáveis. Os dois rapazes que pareciam controlar as feras também corriam pelas alamedas da USP, mas à frente dos seus cachorros. Como se sabe que os humanos ainda não têm olhos nas costas, os rapazes eram incapazes de ver se os animais se desviavam do caminho, paravam ou atacavam algum outro ser vivo. De vez em quando, os rapazes paravam, olhavam para trás e chamavam as feras para que ficassem mais perto, o que não ajudaria em nada quase os animais tivessem um momento de descontrole que fosse. O pior é que não vi nenhum guarda da Cidade Universitária para pedir que chamasse a atenção dos irresponsáveis. E, aparentemente, nenhuma ronda policial que estivesse circulando por ali (coisa que não vi) se deu ao trabalho de fazer isso. E olha que os caras desceram a Lineu Prestes, correram pela Luciano Gualberto e subiram a rua da estátua, em direção ao bosque da USP (trechos em que foram vistos por mim e outros corredores com quem conversei). Ou seja, estiveram lá por um bom tempo. É uma combinação de irresponsabilidade dos que levaram os cachorros e de falta de ação dos que deveriam vigiar o espaço público. Ainda bem que, até onde eu saiba, hoje não aconteceu nada de grave. Quase um terço dos cem primeiros concluintes da maratona de Xiamen, realizada no início do mês, trapacearam para obter suas marcas. A revelação foi feita pelos organizadores da prova, depois de investigação baseada em vídeos feitos ao longo do percurso naquele cidade portuária chinesa. O motivo da fraude é que a classificação obtida naquela corrida contaria pontos para o ingresso no supercompetitivo processo seletivo para a entrada na universidade. Vai daí que uma turma de folgados não economizou inventividade para chegar entre os primeiros. Alguns contrataram impostores para correr em seus lugares, outros pegaram carona em veículos ao longo do percurso. Os corredores com número de peito 8.892 e 8.897 se deram bem e ganharam pontos para o vestibular, mas apenas porque entregaram seus chips para o número 8.900, que carregou os sensores para cruzar a linha de chegada. Segundo o Jiefang Daily, jornal do Partido Comunista em Xangai, vários dos flagrados demonstraram arrependimento e pediram desculpas, mas os que tiveram atitude pouco cooperativa serão proibidos de participar em provas futuras. O problema não é novo: em 2007, os organizadores da maratona de Pequim denunciaram 19 cortadores de caminho. Mas não pense que esse tipo de estelionato atlético é triste privilégio da china, lembra o jornal inglês The Guardian. Em 1980, Rosie Ruiz venceu a maratona de Boston com a pequena ajuda do metrô, desembarcando no percurso pouco mais de 1.500 metros antes da fita de chegada. E os corredores do passado também não estavam imunes à tentação. Em 1904, Fred Lorz venceu a maratona olímpica em 3h13, mas foi desclassificado depois que se descobriu que ele pegara carona no carro de seu agente por mais de 15 quilômetros... E aposto que você também já viu ou conhece alguma história de cortador de caminho. Não sei o que esse povo ganha com isso. Certamente, não conseguem pontos para o vestibular chinês... Na sua terceira tentativa de quebrar o recorde mundial da maratona em Dubai e receber o bônus de US$ 1 milhão, o atual recordista mundial da distância, Haile Gebrselassie, voltou a fracassar. Em termos, pois também voltou a ganhar na prova realizada na madrugada de hoje (horário de Brasília) nos Emirados Árabes. E levou para casa US$ 250 mil, o maior prêmio de maratonas no mundo (foto EFE). Para obter a vitória, correu em meras 2h06min09, mais de dois minutos além de sua marca recordista de 2h03min59. Para você ter uma idéia, se o Haile de hoje tivesse corrido contra o Haile do recorde, ficaria mais de 500 metros atrás... O que não dá para ninguém desrespeitar, ainda mais considerando as condições que teve de enfrentar. Acordou com dores nas costas por causa de uma noite mal dormida, mas seu fisioterapeuta o colocou em condições de ir para o asfalto. E não foi um passeio. Ele teve de brigar pela vitória, como demonstram os tempos obtidos pelo segundo e pelo terceiro colocado, ambos também abaixo de 2h07. Aliás, foi a décima vez que Haile correu abaixo desse tempo. Isso não quer diszer que eu esteja ficando velho, disse o atleta de 36 anos. Eu ainda cho que dá para bater o recorde aqui em Dubai, mas essas coisas acontecem, completou. Uma compatriota do recordista foi a vencedora da prova feminina. Cravando 2h24min18, Mamitu Daska terminou absolutamente exausta, tendo de ser carregada em maca para receber cuidados médicos (foto AP). Ela também levou um prêmio de US$ 250 mil. Atire a primeira pedra quem não se emocionou com o drama dos jovens amantes de Love Story, espécie de Romeu e Julieta dos tempos modernos que levou milhões aos cinemas na década de 1970 e tornou rico e famoso o pacato professor de literatura grega e romana Erich Segal. O renomado autor, também um maratonista apaixonado, foi enterrado ontem em Londres, onde morreu domingo, aos 72 anos, de câncer, segundo informou a filha do escritor. Nascido em 1937 nos Estados Unidos, formou-se em literatura e escreveu livros sobre autores gregos e romanos antes de chegar ao mundo pop --além de Love Story, que ficou mais de um ano na lista dos mais vendidos do The New York Times e, como filme, é considerado o precursor dos modernos megassucessos arrasa-quarteirão, foi co-roteirista de Yellow Submarine, dos Beatles. Acadêmico e professor universitário, lecionou nas afamadas universidades norte-americanas de Harvard, Princeton e Yale. Entre seus alunos, estiveram o ex-presidente dos EUA George W. Bush, o ex-vice Al Gore e, mais importante, o fundista Frank Shorter, vencedor da maratona olímpica de 1972 e um dos inspiradores do boom de corridas nos EUA. Segal, além de suas qualidades literárias (ou defeitos, como apontam muitos acadêmicos e intelectuais), era um corredor apaixonado. E heavy metal: corria mais de 15 quilômetros por dia e chegou a concluir a maratona de Boston em menos de três horas, o que é um feito de brilho. Sua primeira participação naquela prova histórica foi em 1955 e voltou várias vezes ao vetusto cenário até parar de correr, em meados dos anos 1980, derrubado então pelo mal de Parkinson. Já famoso, foi convidado a comentar a maratona olímpica na TV, em 1972, acompanhando a vitória de seu ex-pupilo. Deitou falação e chegou a prever que o ai-jesus dos americanos, Steve Prefontaine, não venceria a prova dos 5.000 metros em Munique. Acertou aí, mas errou na sua previsão de ouro para Pre na Olimpíada seguinte --o corredor morreria antes. Segal também escreveu o roteiro para The Games, filme de 1970 que acompanha a preparação de quatro maratonistas que vão disputar os Jogos de Roma (não encontrei na Amazon, mas há algumas informação a mais sobre o filme AQUI). Você corre uma hora por dia, sua litros a cada treino, chega em casa e acha que pode relaxar, não é? Comer aquele docinho, botar os pés para cima, ligar a TV e deixar o mundo passar na tela da que já foi chamada de máquina de fazer doido. Pois está errado. Correr ou fazer outros exercícios físicos de forma regular não dá passaporte para a esbórnia nem carta branca para virar, no resto do tempo, um couch potato, como os americanos se referem a quem vive esparramado no sofá, comendo batatinha frita de caixinha e vendo TV. Ok, talvez isso não seja a mais recente descoberta da humanidade. Eu mesmo já alertei sobre isso em minha coluna no caderno Equilíbrio, da Folha. Mas agora novos estudos vêm lançar um verniz científico mais apurado sobre a momentosa questão. Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos ouviram por telefone 10 mil norte-americanos maiores de 21 anos e com peso normal ou acima do peso recomendado. Os entrevistados informaram seu peso, altura e quanto tempo tinham passado, nas 24 horas anteriores, fazendo atividade física ou praticando o sedentarismo (ver TV, dirigir, ouvir a grama crescer e por aí vai). De cara, os resultados foram os esperados: mais tempo de sedentarismo está associado a peso maior, assim como mais tempo de atividade física está associado a peso menor. O estudo revelou, porém, que o sedentarismo altera a relação entre atividade física e obesidade. Assim: entre os entrevistados que informaram assistir a menos de uma hora de TV por dia, aqueles que praticavam pelo menos uma hora de atividade física por dia, moderada ou intensa, tinham índice de massa corporal inferiores à média. O que é esperado. Mas, entre aqueles que disseram ficar mais de uma hora por dia em frente à TV, os que praticavam mais de uma hora por dia de exercício moderado ou intenso não apresentavam peso menor. Ou seja: para quem gasta muito tempo relaxando, a prática de atividade física deixa de ser associada ao peso. Ou, vendo de outra forma: os benefícios da atividade física regular são solapados pela prática militante do sedentarismo. Antes de concluir, cumpre destacar que a pesquisa foi feita por telefone, e os entrevistadores não checaram os dados informados pelos entrevistados, o que pode embaralhar bem os dados. De qualquer forma, é interessante, ainda mais se você puder conferir os gráficos mostrados no site Obesity Panacea, AQUI, onde eu vi essa matéria A Universidade de São Paulo decidiu tomar novas medidas para controlar o uso de seu espaço por pessoas que não integram a instituição. Ou seja, corredores e ciclistas que fazem seus treinos nas alamedas da Cidade Universitária. Depois do Carnaval, a USP pretende iniciar o cadastramento dos usuários, que receberão uma carteirinha. O registro será gratuito. O que me parece estranho, dando espaço a muitas dúvidas. Quem vai pagar o trabalho das pessoas que farão o cadastramento? E ainda: quem vai pagar o custo do material? Ou a carteirinha será patrocinada? Antes dessas: qual a eficácia dessa medida? E mais: como será feito o controle? E quem não tiver carteirinha será expulso? Entidades do setor, ouvidas pela Folha, foram favoráveis à medida, dizendo que é bom organizar e controlar o uso da Cidade Universitária. Organizadores de corridas e agências de viagens especializadas nesse segmento estão ouriçadíssimos com o fato de que neste ano a Grécia comemora os 2.500 anos da batalha de Maratona. A vitória grega naquele embate, acreditam alguns, mudou os destinos da humanidade ao impedir a propagação da hegemonia persa pelo mundo de então. Eu tenho lido internet afora e recebido releases com um monte de baboseiras sobre o assunto, falando dos 2.500 anos da maratona. Há até textos dizendo que essa prova era disputada na Antiguidade. Estão errados. A maratona é uma corrida moderna, inventada pelo linguista francês Michel Bréal, que era vidrado na história (lenda?) de um soldado grego que correu desde Maratona até Atenas para levar a boa notícia da vitória sobre os persas e morreu logo depois de cumprir sua missão. Bréal conseguiu convencer os organizadores dos primeiros Jogos Olímpicos da nossa era de que aquele feito deveria ser homenageado com uma corrida de distância semelhante e aí começou todo o imbroglio. No meu livro Maratonando, faço uma relato mais acurado, baseado em textos de historiadores gregos, mas o resumo da ópera é o seguinte: a primeira maratona da história foi corrida em 1896, como teste para a prova enfim colocada na programação olímpica daquele mesmo ano. Antes dos Jogos, ainda foram realizadas seletivas para a escolha da turma que afinal participou da primeira maratona olímpica, vencida pelo jovem aguadeiro grego Spiridon Louis (você encontra AQUI, em inglês, um ótimo texto sobre a história da maratona). O que se comemora neste ano, portanto, é o aniversário da Batalha de Maratona, que é uma cidadezinha de 14 mil habitantes distante cerca de 40 km de Atenas. Como é uma data redonda e impressionante, será festejada como merece na maratona de Atenas deste ano. Que será um evento épico como são todas as maratonas. Ou qualquer corrida. Ou viver. Para os paulistanos, a imagem acima pode lembrar a da ponte estaiada, na zona sul da capital paulista. Também é novinha, mas passa sobre o mar e está em Mubai, na Índia, ligando aquela grande cidade à sua periferia (fotos AP). Por lá passaram as mais de 38 mil pessoas que participaram da maratona de Mumbai, ontem, sob um solaço de fritar ovo na calçada, com os termômetros marcando em torno dos 30 graus. Não por acaso, os médicos tiveram muito trabalho: cerca de 3.000 pessoas foram atendidas nos serviços de emergência que funcionaram durante o evento, que incluiu uma meia-maratona e provas menores. Cãimbras e processos de desidratação foram os casos mais atendidos pelos cerca de 400 médicos, enfermeiros e atendentes que trabalharam no evento. Apesar do calor e da forte umidade, os tempos foram até bem razoáveis, se comparados aos obtidos aqui neste também quente país: o vencedor, o queniano Dennis Ndiso, cravou 2h12min34. No feminino, a etíope Bizunesh Mohammed fechou em 2h31min09. Apenas para lembrar: no ano passado, o queniano Elia Chelimo ganhou em São Paulo com 2h13min59, e Marizete Moreira dos Santos venceu em 2h41min43. Dono da melhor marca do mundo nos 110 m com barreira, Robles treina forte no estádio Pan-Americano, em Havana, se preparando para o retorno, que espera ser triunfal. Vou tentar ser o melhor, disse ele, que treina usando camiseta com a foto de Che Guevara (foto Reuters). Mesmo assim, não tem certeza de que sua perna esquerda está pronta para aguentar o tranco de uma competição de verdade, como a que tem marcada para o próximo dia 3, em Dusseldorf (Alemanha). Ainda não testei a perna na velocidade máxima, mas não há pressa, diz ele, que pretende defender com unhas e dentes (e saltos e corrida) sua marca de 12s87. Sempre que perguntam qual é a melhor maratona para um iniciante fazer sua estreia, respondo que é a de Porto Alegre. A prova realizada na mui leal e valerosa, como diz o brasão da capital gaúcha, tem percurso quase todo plano, acontece em época de clima ameno (às vezes, frio) e o abastecimento de água é muito bom. São as exigências básicas de quem quer fazer uma corrida longa sem muito sofrimento. E são também itens indispensáveis para quem quer queimar o chão, buscando recordes pessoais. A teoria é comprovada pela estatística: 54,7% dos corredores que concluíram a maratona de Porto Alegre no ano passado o fizeram num tempo suficiente para ingressarem no Ranking Brasileiro de Maratonistas da revista Contra-Relógio, que é baseado em marcas por faixa etária e sexo. A prova gaúcha foi a que, proporcionalmente, mais corredores levou ao ranking --em números absolutos, foi a quarta, com 640 atletas que atingiram as marcas estabelecidas pela revista. Mas que fique que claro que nem sempre as boas condições de temperatura e pressão são os fatores principais para uma prova ter ritmo rápido: depende mesmo é do tipo de público que resolve participar dela. Maratonas mais difíceis costumam atrair corredores mais experientes e velozes. Talvez por isso duas provas conhecidas pelo seu alto grau de dificuldade, com percurso cheio de altos e baixos e temperaturas elevadas, seguem-se à de Porto Alegre no ranking da revista. As maratonas de Curitiba e de Foz do Iguaçu ficaram em segundo e terceiro lugares como fornecedoras de maratonistas para a lista, considerando-se o critério da proporcionalidade. A de Curitiba, por sinal, é a vencedora em números absolutos: 946 de seus 1.917 concluintes fizeram tempo bom o suficiente para ingressarem no ranking. O número é maior até do que o da maratona de São Paulo, segunda em quantidade, com 924 atletas no ranking. Mas isso representa apenas 33,1% de seus concluintes, o que a torna a maratona mais lerda entre as analisadas --além das já citadas, também contaram para o ranking da Contra-Relógio as maratonas do Rio e de Florianópolis. Do total de 8.995 concluintes nas provas analisadas, 3.827 (42,5%) entraram para o ranking. Em 2008, 47,7% dos concluintes conseguiram índice para entrar no ranking. Na avaliação do editor da revista, Tomaz Lourenço, o péssimo abastecimento de água em Florianópolis provocou grande quebra de corredores, assim como o calor em Curitiba e Foz. O ranking completo e uma reportagem a respeito dos critérios para sua elaboração estão na edição deste mês da Contra-Relógio. Pois o recordista mundial da maratona, que neste mês vai novamente tentar vez bater sua própria marca, guarda no coração também uma prova curta, curtinha para ele, que engole quilômetros como chocolate suíço: é a Great Ethiopian Run, de 10 km, na sua amada Adis Abeba, capital da Etiópia. Ela significa muito para mim, disse Haile Gebrselassie, ao citar suas cinco provas preferidas, segundo material distribuído pelos organizadores da maratona de Dubai, que recebe o grande corredor etíope no próximo dia 22. Aliás, a prova dos Emirados Árabes é também citada pelo atleta, que rasgou seda ao falar do evento: Só corri duas vezes em Dubai, mas é uma de minha provas favoritas. É perto de onde eu moro e treino, então a viagem não é problemas. O clima em geral é muito bom e a hospitalidade é incrível. O percurso também é muito bom, disse ele. Faltou comentar que a corrida é uma das que oferece um dos mais altos prêmios no planeta. Os vencedores (masculino e feminino) levam US$ 250 mil e ainda há um bônus de US$ 1 milhão para quebra de recorde mundial. Bom. As outras três corridas citadas por Haile como suas preferidas são a maratona de Berlim, onde ele venceu quatro vezes seguidas e ainda bateu o recorde mundial e a barreira das 2h04, a de Londres, onde ele pretende estar nos Jogos de 2012 para fazer alguma coisa especial, e a de Fukuoka, no Japão, que venceu em 2006. Gostei muito da hospitalidade e do espírito da prova. É um lugar aonde gostaria de voltar, disse ele. Resumo da ópera: maratonas de Dubai, Berlim, Londres e Fukuoka, mais os dezinho da Great Ethiopian Run, eis o quinteto fabuloso do ainda mais fabuloso Haile Gebrselassie.. Apesar do frio terrível, o brasileiro Adriano Bastos conseguiu manter sua sequência de vitórias na maratona da Disney. Completou hoje seu sexto primeiro lugar consecutivo na prova norte-americana, que venceu um total de sete vezes. E ainda levou consigo para o pódio outro brasileiro, Fredison Costa, 32, que chegou a liderar a disputa, mas não resistiu ao ataque de Bastos. Pouco antes do km 10, o primeiro pelotão estava bem compacto, com cinco atletas emparelhados, o que surpreendeu a repórter Fernanda Paradizo, que comentou em seu Twitter: Nunca vi isso aqui. A prova promete ser disputada. Na metade da prova, o brasileiro Fredison Costa liderava o pelotão, passando os 21,1 km em 1h10min57, seguido por um norte-americano, com Adriano Bastos na quarta posição. A passagem da meia foi lenta, o que deu fôlego para Bastos ir buscar os adversários. Com cerca de seis quilômetros para o final, o agora heptcampeão passou a liderar sozinho, chegando ao final gelado: Ele nem consegue falar direito de tanto frio, comentou Fernanda Paradizo, que também é a autora das fotos publicadas nesta mensagem (obgd, Fernanda!). Adriano, 31, completou a prova em 2h22min10, meio minuto à frente de Fredison Costa, que, até depois do meio-dia de hoje ainda apareci no site da ActiveResults como vencedor da prova; o site colocava Fredison em primeiro, como 2h22min40, que foi o tempo que ele fez, seguido por Adriano Bastos, com a marca de 2h24min08. Errado. Pode ter sido o frio, sei lá... O certo é que Bastos festejou o que deu, acompanhado na alegria pelo compatriota, como você ve na imagem abaixo. O piloto brasileiro de Fórmula 1 Rubens Barrichello estreou ontem em outro tipo de asfalto, o das ruas onde os mortais corremos sem motor nem gasolina. Ele participou, na maior friaca, da meia maratona da Disney. Acordou antes das quatro da matina e, no gelão que faz em Orlando, saiu em direção á prova com o também piloto Luciano Burti: Tá 1 grau ali fora... Que mico, escreveu Rubinho em seu Twitter quando saiu de casa. Mas o clima mudou depois de enfrentar os 21.097 metros: Muito legal a meia maratona da Disney! Experiência única. Curti muito com meus amigos, escreveu ele, que também colocou na internet sua foto com a medalha, cheio de justo orgulho. Desta vez, ele não terminou em segundo lugar. Completando em 1h55min09, ficou na 1.668ª colocação entre 17.099 concluintes, o que tá mais do que bom para um estreante, mesmo que seja um sujeito acostumado a correr a 300 km por hora. Rodar a 10 km/h deve ser uma experiência nova mesmo. Bom, a Disney está cheia de brasileiros, são mais de 500 participando dos vários eventos deste final de semana. E o Adriano Bastos voltou a vencer, tornando-se heptacampeão dessa prova, na qual teve hoje a sexta vitória consecutiva (depois eu conto mais, a prova terminou agorinha). Ele foram todos surpreendidos pelo frio incomum. Muito corredores chegaram a ficar com gelo nas mãos. Aliás, o frio surpreendeu corredores também em outras regiões dos EUA. Em Jackson, Mississipi, um atleta morreu enquanto participava da Mississippi Blues Marathon, ontem pela manhã. Chris Brown, 40, participava de uma equipe de revezamento e estava fazendo a última perna do grupo quando caiu ao chão a cerca de 1.500 metros da chegada. Apesar do socorro, não resistiu. Qunado a prova começou, às 7h, os termômetros marcavam oito graus negativos. Com vento gelado para complicar as coisas ainda mais. Como já comentei neste blog, os preços das inscrições nas corridas de rua estão ficando cada vez mais altos. Há casos, também aqui já demonstrados, em que houve um reajuste de 40% de 2009 para cá. A mensagem que escrevi suscitou alguns comentários e e-mails, dos quais destaco a carta eletrônica que me foi enviada por VINICIUS PLACCO, paulistano de 27 anos, que está terminando o doutorado em astrofísica no IAG/USP. Ele começou a correr em 2007, quando ganhou de presente da namorada a inscrição em uma prova de 10 km. De lá para cá, conta ele, foram 15 kg perdidos, duas maratonas de SP, algumas meias, além de várias provas de cinco e dez quilômetros. Eis o recado que ele mandou e que publico com autorização do autor. Hoje, mais do que nunca, tenho a impressão que a inclusão que a corrida proporciona está se transformando em uma espécie de ‘inclusão em nichos‘ ou ‘exclusão disfarçada de inclusão‘. Isso é algo que acontece muito em nossa sociedade e se caracteriza por um falso moralismo, que diz que algo é democrático (qualquer um pode se inscrever em uma prova) e acessível, quando na verdade o que se esconde por trás disso é a vontade de tornar algo mais exclusivo. No caso dos aumentos nas inscrições, será que um aumento de 40% é justificável? Posso estar muito errado, mas o que eu entendo desse aumento é que os organizadores raciocinam assim: ‘Se antes arrecadávamos X com Y inscritos, hoje vamos continuar arrecadando X (ou até mais) com apenas 50-70% de Y, aumentando o valor da inscrição’. Ou seja, a parte que não pode, não quer ou não acha justo pagar (na qual eu me incluo) é automaticamente excluída em benefício da outra parcela que não se importa em pagar. Isso também vale para corridas fashion, ecológicas e congêneres. Isso nada mais é do que oferta/procura. Se o preço está do jeito que está, é porque existe gente que paga (o mesmo vale para tênis, acessórios, GPS e tudo mais --nem vou entrar nessa história). Sei que os organizadores gastam dinheiro para delimitar o percurso nas ruas, com camisetas, comida, bebida, staff etc., mas custo a acreditar que, com tantos patrocinadores, o preço precise ser assim alto. Não me entendam mal: não critico quem pode pagar para correr todo o fim de semana e ter todos os equipamentos possíveis e imagináveis disponíveis no mercado. Cada um que use seu dinheiro como bem entender. O que me chateia mesmo é que a distinção entre as pessoas não é feita, por exemplo, pelo fato de gostarem mais de correr uma certa distância ou em um certo terreno, dia ou horário, mas pelo quanto elas podem investir nisso. Sei que minha experiência de corrida não é muita, mas já corri o suficiente para perceber que as melhores satisfações e alegrias obtidas correndo são aquelas que só você sente. Para mim, completar um treino difícil na esteira ou bater um recorde pessoal em um domingo de chuva sem ninguém olhando dão muito mais satisfação do que completar uma prova nesses termos. Assim, posso dizer: nunca vou parar de correr, mas desisti de participar de corridas. Não pago mais. Prefiro pegar meus R$ 50 de inscrição (que podem chegar a mais de R$ 100!) e gastar em algo em que eu realmente não me sinta lesado. Só economizo meu dinheiro agora para correr a maratona de SP (cujo preço considero acessível para quem se inscreve quase seis meses antes!). Acho uma pena, porque tenho certeza que muitos pensarão como eu e não participarão mais das corridas, seja por princípio ou falta de grana. Mais espaço para poucos! Existe alguma alternativa? Talvez juntar alguns aficionados por corrida, comprar uma caixa de bebida esportiva e sair correndo por São Paulo? Como manter a motivação de quem gostaria de participar e não vai poder mais? Bem, está aí a carta de Vinicius, que é colaborador do blog de divulgação científica Café com Ciência. Aguardo seu comentário, contestação, elogio ou sugestão. A minha coluna de hoje no caderno Equilíbrio, da Folha (AQUI, para assinantes da Folha e/ou do UOL), conta a história da Paulinho Zoom, um corredor de rua como eu e você que conseguiu enfrentar e superar seu problema de excesso de peso. Um problemão: com menos de 1,70 m, ele chegou a pesar mais de 95 kg. Mas virou o jogo e passou até a correr maratonas, baixando seu tempo de mais de seis horas para cinco horas e um tiquinho. E neste ano pretende fazer todas as grandes maratonas brasileiras... Bom, para produzir a coluna, fiz algumas conversas por e-mail com ele. A seguir, um resumo de nossa entrevista. +Corrida - Quem é Paulinho Zoom? Paulo Ribeiro Felisoni - Sou paulistano, neto de italianos da comuna de San Marco Argentano, província de Cosenza da região da Calábria. Meu avô veio para São Paulo em 1913 porque o irmão dele já trabalhava aqui, mas a maioria da família foi para Buenos Aires. Meu pai, quando moço, morava no Belenzinho na colônia italiana, e gostava de fazer ginástica no clube Espéria, onde nadava e remava no rio Tietê. Ele me conta que fazia muito esporte, como ginástica e boxe. Minha mãe também nadava na ACM (Associação Cristã de Moços), e assim eles sempre me incentivaram ao esporte. Quando era pequeno e morava na Mooca, jogava muito futebol e gostava de jogar nas pontas porque gostava de correr. Crescendo, passei a jogar futsal e comecei a me machucar de vez em quando, até que um dia, desisti do futebol e parti para a corrida, para tentar emagrecer um pouco. Sou formado em análise de sistemas e trabalho no DataCenter da Prefeitura de São Paulo. Sou casado, e minha esposa é sócia e jogou tênis muitos anos no Club Athlético Paulistano. Tenho uma filha adolescente de 13 anos, que já nadou muito, mas hoje curte mais informática. Zoom +Corrida - Conte mais sobre seu início nas corridas. Paulinho Zoom - A partir de 2003, ouvi falar das corridas de rua e comecei a participar de algumas delas, de 5 ou 6 km. Não me arriscava a fazer corridas de 10 km por serem muito longas para mim... Comecei a participar de grupos de corrida, tanto no meu clube como nos parques, e resolvi começar a treinar para participar de corridas de 10 km. Minha primeira corrida dessas foi a 1ª Corrida Santos Dumont na Zona Norte de São Paulo, que comemorei muito a chegada. Passei a participar de algumas provas de 10 km até que me animei a tentar a São Silvestre. Sonhava em completá-la e comprei roupa nova, inclusive um tênis caro, para poder fazê-la e completá-la. Hoje, se faço a prova, entro de bico porque acho o preço da inscrição exorbitante. Comecei a me acostumar a correr, a pesar de estar ‘gordinho‘ e fazer provas cada vez mais longas, como provas de 21K e 25K. Em 2006, mesmo estando meio pesado (96 kg, foto), fiz a prova Sargento Gonzaguinha para treinar para a São Silvestre. +Corrida - Como você resolveu tentar emagrecer? Paulinho Zoom - Há dois anos, sofri um acidente de bicicleta na USP em frente ao portão de entrada da Raia Olímpica, abrindo o queixo e quebrando a mão. Fiquei parado por 4 meses, só fazendo fisioterapia. Quando voltei ao serviço, comecei a andar novamente. Passei a fazer um regime tomando florais, fazendo pontuação de tudo que comia, e andando 1 hora por dia. Comecei a emagrecer, e fazer exercícios aeróbicos na rua e na esteira, sempre com monitor cardíaco, ficando na faixa de queima de gordura. Esses fatores deram resultado. Em 2009 (foto em um treino da USP, com cerca de 70 kg), fiz três maratonas: São Paulo, Rio e Curitiba, esta última com tempo de 5h01. Foi mais de uma hora melhor que minha estreia em maratonas em 2006, em São Paulo, quando tinha 93 kg e completei a prova em 6h12. +Corrida - Qual a importância da corrida para você? Paulinho Zoom - Não sou um corredor velocista, sou fundista. Para mim, a corrida é um dos esportes dos deuses, tão antiga quanto a Humanidade. O homem não foi feito para ficar sentado no trabalho ou num veículo. Ele deve se movimentar, se mexer, melhorar a circulação, respiração, tomar sol etc... Para quem vive no interior parece coisa comum essas ideias, mas quem vive em Sampa, deve ficar esperto com a saúde, sem exageros. PS.: Faltou dizer que o apelido de Paulinho Zoom lhe foi dado pelos colegas de trabalho, e não por causa de sua velocidade, mas sim porque é meio avoado, segundo me contou... Como prometido na minha mensagem de ontem, estão oficialmente abertos neste blog os trabalhos do último ano da primeira década do primeiro século do terceiro milênio. Recomeço, porém, dando uma olhadinha para trás, pois a São Silvestre ainda vibra nos músculos de muitos que subiram a Brigadeiro correndo, tal e qual o repórter GUSTAVO VILLAS BOAS, que por um bom tempo militou comigo no caderno de Informática e hoje atua na Ilustrada, ainda aqui na Folha. Pois o repórter fez em 2009 sua estreia nas corridas e logo colocou como meta fazer a São Silvestre. A prova foi um marco em sua vida, como na de todos que já participaram dessa corrida-festa. E ele compartilha conosco sua experiência no texto abaixo. Vamos ao que Gustavo nos conta, não sem antes relembrar, com a foto de Joel Silva/Folha Imagem, um dos momentos da corrida, a travessia do Minhocão. Na São Silvestre é assim: pessoas de lugares diferentes, de desempenhos (bem) distintos, de histórias únicas podem derramar suor por São Paulo naquela que não é só a mais importante corrida de rua brasileira mas também um dos principais eventos esportivos do país. Além da alegria de correr na mesma pista que Rolando Vera e Rosa Mota --não sei porque, carrego o nome dos dois desde a infância--, quando cruzei a linha de chegada na Paulista, neste 31 de dezembro, não apenas deixava para trás os 15 km de asfalto maltratado. Depois de uma hora e 32 minutos também fiquei mais distante do cigarro (15 anos de tabagismo) e finalmente cumpri uma velha resolução de Ano Novo (há pelo menos cinco vinha prometendo ficar sem fumar). Descobri mais de mim e também acho que conheci mais São Paulo, talvez o Brasil. Da riqueza da Avenida Paulista, símbolo de status e de metros quadrados acompanhados de vários zeros, largamos milhares de pessoas. Sotaques, velhinhas, gente bronzeada da academia, sorrisos desdentados --na pista e no público, as pessoas se mostravam na sua variedade. As crianças --que não estavam no asfalto-- faziam filas na torcida com os braços estendidos. Confesso que, atrapalhando um ou outro, eu mudava de pista para bater a mão com elas. A coisa é bem eclética. No centro da cidade, passamos pelo pessoal que mora na rua vibrando pela gente que corria. Travestis dançavam ao som das passadas (desliguem, nem que seja por minutos, seus MP3 e ouçam) e gaiatos ofereciam seus tentadores copos de cervejas. A mistura curiosa tem, porém, seu lado deprimente. Em uma rua perpendicular à avenida São João, infelizes pessoas cobertas por trapos andavam alheias à festa. É a cracolândia que insiste em existir. Se, para mim, esse foi o ponto baixo, o grande momento é uma experiência bem pessoal. Cheguei inteiro, vibrando, à temível Brigadeiro. O primeiro quilômetro da subida foi, acreditem, o mais rápido da minha prova inteira --e o fiz sorrindo. Ingenuidade. Quase quebrei, parei de rir, diminui o ritmo, mas continuei com vontade. Dobrei a esquina, entrei na Paulista, gritei, berrei, urrei. Valeram todas as dores. Pois lhe digo: até o início desta tarde eu não sabia quem tinha sido o vencedor da São Silvestre nem quais os brasileiros mais bem colocados. Também desconhecia outras tantas ocorrências deste Brasil de mudança de ano: a tragédia de Angra, os assaltos no litoral, as enchentes paulistanas. Ficar assim, meio fora do mundo, faz bem, mas também faz mal. De qualquer jeito, estou aqui de novo e começo saudando Marily dos Santos (abaixo, foto Eduardo Knapp/Folha Imagem), a brasileira mais bem colocada na São Silvestre (no alto, a largada, foto Danilo Verpa/Folha Imagem) deste ano, confirmando sua tradição de luta. Tem muito corredor que posa de bacana por aí e poderia aprender com ela um tanto de humildade e, principalmente, afinco aos treinos e garra nas competições. Mas deixa isso para lá que aqui ninguém é palmatória do mundo... A gente quer mais é se divertir, como faz o povo na última corrida do ano, da qual trago fotos produzidas pela Folha, como a da dupla de sósias de Pelé e Ronaldinho Gaúcho, figuras que costumam tornar mais alegres as provas de rua aqui em São Paulo. Houve espaço também para protesto, como o do dentista da cidade de Goiana Lucio Jose Elias Monteiro, que participou da prova vestindo uma fantasia que ironizava o apagão ocorrido no Brasil no ano passado (foto Eduardo Knapp/Folha Imagem). E no mundo todo os atletas aproveitam a corrida de Réveillon para mandar seu recado, como em algumas tradicionais San Silvestres da Espanha (fotos EFE). Em Murcia, um corredor participa fantasiado de toureiro. Também em Pamplona as fantasias deram o tom da corrida. Já a tradicional Vallencana, em Madri, teve sua largada sob o signo da chuva.... E assim declaro oficialmente reabertos os trabalhos deste 2010, que não marca o início de uma nova década, para nos faz quase chegar lá: é o derradeiro ano do primeiro decênio do século 21, primeira centúria do terceiro milênio. O que não muda nada, mas parece grande coisa! O que importa é que estamos vivos.
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Novidades 03/12/15 SUPERAÇÃO & EXEMPLO Gente que enxerga além Momentos de crise e dificuldades são oportunidades para quem realmente quer vencer na vida e na profissão Quando a revelação dos exames radiológicos era predominantemente analógica, havia milhares de deficientes visuais trabalhando nas câmaras escuras, pois enxergar não era necessário nas salas de revelação. Entretanto, com a digitalização do processo, as pessoas com deficiência visual perderam a funcionalidade e foram excluídas, de forma desumana, pelo processo de desenvolvimento tecnológico e industrial. Mas nem todos os profissionais com deficiência se deixaram vencer ou excluir. A auxiliar de Radiologia maranhense Marcelina Andrade, de 52 anos, continuou a trilhar seu caminho na profissão e, por causa da sua história de superação, inspira na filha mais velha a seguir o mesmo caminho. Aos 18 anos, Marcelina perdeu completamente a visão - herdou a deficiência visual de sua avó materna - e resolveu sair do interior do estado. O plano era estudar braile em São Luis, no Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual do Maranhão. A persistência e a vontade de aprender conduziram Marcelina até a formação na área da Radiologia. “Trabalho na câmara escura do Hospital Geral Tarquínio Lopes Filho há mais de dois anos. Nas segundas e sextas-feiras, pego ônibus sozinha às seis da manhã para ir. Enfrento as dificuldades, pois adoro meu emprego”. Além da perda total de visão, Marcelina enfrentou o desafio de ser a figura materna e paterna das duas filhas. A garra, força de vontade e o espírito humano fizeram com que, além de querida por todos, buscasse voos ainda mais altos. Atualmente, está estudando duro para passar em concursos públicos. Além disso, fez questão de participar das últimas eleições do Conselho Regional de Técnicos em Radiologia da 17ª Região (CRTR Maranhão/Piauí), onde é inscrita. Para a filha mais velha, Mayrla Andrade, a mãe é um exemplo não só profissional, mas, também, de vida. “Ela ama o que faz. Só os riscos que ela enfrenta de ir ao trabalho já mostra isso. É uma pessoa muito guerreira e que sempre lutou por mim, pela minha irmã e pela profissão”. União dos Cegos no Brasil No Rio de Janeiro, tem um modelo para o país. A União dos Cegos no Brasil (UCB) conduz o deficiente visual ao mercado de trabalho. O espaço oferece, entre outros cursos, o de auxiliar de Radiologia. A instituição não cobra valor algum pelas atividades que oferece e já foi responsável pela profissionalização de centenas de trabalhadores. “Em 2012, houve concurso para profissionais de Radiologia no município de Nova Iguaçu. De dez aprovados, nove passaram pelos nossos cursos”, conta Climério Rangel, presidente da UCB. Responsável pela instituição, Climério nasceu com deficiência visual parcial e foi alfabetizado em escola comum. Com o passar dos anos, a perda da visão foi total. Nada que o impedisse de se formar em Letras e, depois, em Direito. Ao longo desse período, se adaptou ao braile. Em 1983, fez curso do CRTR 4ª Região e passou a ter autonomia para treinar e diplomar outros companheiros cegos. Ao ser questionado sobre a maior dificuldade em inserir o deficiente visual no mercado de trabalho, Climério aponta o preconceito. “Nós somos iguais. Quando ofertamos nossos cursos, enxergamos nas pessoas com deficiência um potencial fantástico a ser explorado”, conclui.
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Bem-vindo ao Nosso lar Comunidade do idoso Nosso Lar Comunidade do Idoso, Instituição de Longa Permanência para Idosos (ILPI); inaugurado em 1987, pela entidade mantenedora Comunhão Espírita Cristã de Curitiba, está em atividade ininterrupta desde sua inauguração até os dias atuais. Temos como filosofia institucional o trabalho humanizado, o auxílio e o suporte familiar, proporcionando atendimento integral 24 horas por dia, através de equipe interdisciplinar especializada, tendo como objetivo oferecer o bem estar, o carinho e a atenção que todo idoso quer e precisa receber. Instalações O Nosso lar está situado próximo a Curitiba, em uma área de 170 mil m2 (área construída de 2.069 m2); cercada de muito verde e ar puro.Lavanderia, cozinha, sala de treinamentos, jardim de Inverno, ampla sala com lareira, refeitório, horta, estufa, marcenaria.
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novembro 2011 Informações, artigos, tutoriais e novidades sobre o mundo da fotografia Uma imagem vale mais do que mil palavras. A máxima confirma-se no dia-a-dia dos bancos de imagens, empresas especializadas na captação, armazenagem e distribuição de fotos de todos os gêneros, de motivos da natureza a retratos de família. Sem dúvida, um valioso canal para fotógrafos divulgarem e comercializarem suas fotos, apesar de esses arquivos priorizarem… Texto: Helder Filipe Martins Há cerca de três anos, a grande maioria dos fotógrafos vivia num mundo à parte em relação ao vídeo. Essa fronteira foi quebrada quando os grandes meios de comunicação norte-americanos falaram diretamente com a Canon, Nikon e Sony, dentre outras marcas, sobre o seguinte: já que eles mantinham fotojornalistas por todo… O trabalho de repórter-fotográfico e editor na Empresa Folha da Manhã S.A (Jornais Folha de S.Paulo e Agora) permitiu ao autor conhecer minuciosamente, na prática, o processo de construção de uma imagem jornalística. Apesar da produção internacional relativamente abundante e de trabalhos brasileiros de renomados profissionais da área, a produção teórica sobre aspectos da fotografia… Após a poeira do Iraque e do Afeganistão, Michael Kamber instalou-se, agora, em Nova York. Esse fotógrafo de guerra premiado acaba de abrir a primeira galeria no Bronx, esperando criar uma passarela entre sua arte e este bairro de má reputação. O Bronx Documentary Center foi inaugurado há um mês com uma exposição dedicada a… O estudo da notícia é uma das maneiras de analisar as ideologias em atuação na mídia, já que o principal produto do jornalismo está sujeito a filtros ideológicos e pode ser usado na crítica sistemática à democracia (system blame), feita pelos meios de comunicação. Este artigo faz uma revisão de definições de notícia, com o objetivo de buscar… Apresentamos aqui os conceitos básicos envolvidos em Processamento de Imagens Digitais e procuramos dar uma visão geral da área. Mas, não serão apresentadas técnicas de processamento em profundidade, nem pelo lado matemático, nem pelo lado computacional. Por isso mesmo, serve tanto a pessoas da área técnica que estão iniciando seu aprendizado em Processamento de Imagens,… Autor: Prof. Dr Enio Leite O presente estudo sobre processo radiológico, objetiva auxiliar nossos alunos, oriundos da área dental, veterinária e médica. A pesquisa, inédita nesta área, evidencia como as novas tecnologias fotográficas emigram imediatamente para a ciência radiológica. Os resultados estão dentro dos padrões internacionais de digitação, preservação e conservação de imagens para bancos… Por Flavia Lelis O brasileiro Millard Schisler, 49,(*) professor do Rochester Institute of Technology, Estado de Nova York, uma das mais conceituadas escolas de fotografia do mundo, esteve recentemente no Brasil para participar de um evento onde um dos principais temas era arquivamento e preservação de imagens digitais. É fácil entender a importância deste tema… A mostra traz 250 imagens do mexicano que está entre os grandes nomes da fotografia mundial. São obras de 1920 a 1950, trazidas ao Brasil com o apoio da associação dirigida pela viúva e pela filha do artista. Bravo é o nome de maior relevância na fotografia do século XX de seu país. Nascido na… As câmeras fotográficas analógicas, de grande, médio formato ou ainda 35mm eram bens duráveis,. O alto investimento inicial dos equipamento se mantinha o mesmo durante várias décadas. Eram pequenas fortunas e alguns pais de família as incluiam em seus testamentos. A necessidade de renovação era praticamente inexistente, o fotógrafo optava em geral por Sinar e…
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St. Mulligan`s 3-Putt Jogue uma divertida partida de mini-golfe contra o computador ou um amigo, com vários campos e diferentes desafios disponíveis. Use o mouse para mirar e clique para dar a tacada. Acerte no buraco com o menor número de tacadas, sendo que aquele que fizer menos pontos, ganha o jogo.
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9. COESÃO TEXTUAL• A coesão textual ocorre quando a interpretaçãode um elemento no discurso é dependente dade outro. Um pressupõe o outro.• Trata-se de uma relação semântica, realizadapor meio do sistema léxico-gramatical, que dámaior legibilidade ao texto.– Ela sabia que isso iria acontecer com ele. 10. COESÃO TEXTUAL• O filho desobedeceu à mãe e se deumal.• Ela sabia que isso iria acontecer comele. 11. COESÃO TEXTUAL• O filho desobedeceu à mãe e se deumal.• Ela sabia que isso iria acontecer com ele. 12. RECURSOS SEMÂNTICOS:ELOS COESIVOS• Exemplo:– Os jovens não têm noção do perigo. Elesacham que são imunes a tudo. 13. COESÃO X COERÊNCIA 14. COESÃO• São as articulações gramaticais existentesentre as palavras, orações, frases,parágrafos e partes maiores de um textoque garantem sua conexão sequencial. 15. COERÊNCIA• É o resultado da articulação das idéias deum texto; é a estrutura lógico-semânticaque faz com que numa situaçãodiscursiva palavras e frases componhamum todo significativo para osinterlocutores. 17. COESÃO SEM COERÊNCIA• Fui à praia me bronzear porqueestava nevando e, quando issoocorre, o calor aumenta, o que fazcom que sintamos frio. 18. IMPORTANTE• Coesão não é condição necessária nemsuficiente para que um texto seja umtexto.• MAS: uso de elementos coesivosassegura a legibilidade, explicitando ostipos de relações entre os segmentos dotexto.
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Menu Links Cosmetovigilância Sua Notificação Pode Fazer a Diferença! 26/4/2012 As notificações de suspeitas de problemas associados ao uso de produtos cosméticos, de higiene pessoal e perfumes disponíveis no mercado, encaminhadas ao Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo (CVS/SP) auxiliam no monitoramento da qualidade, segurança e eficácia desses produtos. Qualquer cidadão ou profissional de saúde pode notificar suspeitas de problemas relacionados ao uso de produtos cosméticos, perfumes ou produtos de higiene, tais como efeitos indesejados ou ainda problemas de aspecto ou embalagem. Acesse aqui o formulário eletrônico para preenchimento e envio de sua notificação. A análise das 120 notificações recebidas pelo Grupo Técnico de Cosméticos do CVS/SP revelou que as irritações e alergias responderam por 60% das reações notificadas. Outras reações como vermelhidão e coceira, somaram 35% e as queimaduras, 8% do total notificado. A análise também mostrou que 54% das reações aos cosméticos, produtos de higiene e perfumes ocorreram na pele, seguidas dos olhos (15%) e de outras partes do corpo, como cabelos e unhas (31%). Em relação ao tipo de cosméticos, as principais queixas referem-se aos alisantes e produtos destinados a hidratar e amaciar os cabelos, protetores solares, fraldas descartáveis, desodorantes e cremes antirrugas e anticelulite. Foi possível perceber que as reações por cosméticos foram causadas, sobretudo, pelo livre acesso das pessoas aos produtos, pelo uso inadequado e/ou precoce, pela mistura de diferentes apresentações e pela crença de que cosméticos não fazem mal à saúde. Apesar da maioria das ocorrências envolvendo os cosméticos, produtos de higiene e perfumes serem classificadas como leves, sem danos permanentes para a saúde, após o início das reações recomenda-se suspender o uso imediatamente e procurar orientação médica.
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Comparativo: qual smartphone top de linha atual tem a melhor câmera? É verão no hemisfério norte, e o pessoal do PhoneArena resolveu aproveitar a abundância de luz do Sol para fazer belas fotos com os smartphones top de linha com as melhores câmeras do mercado global atualmente. A publicação reuniu fotos feitas com vários dispositivos e as colocou lado a lado, dando notas baseadas em reprodução real das cores, preservação de detalhe e contraste, além do visual final das imagens. Essa análise certamente está longe de algo muito profissional, sendo mais uma análise simples, porém relativamente embasada. Por isso, vamos trazer para você as amostras de fotos do PhoneArena e perguntar quais imagens você mais gostou. Contudo, é bom lembrar que nem sempre a foto mais bonita é a mais realista. Alguns aparelhos podem deixar as cores mais saturadas para agradar os olhos dos consumidores sacrificando assim a reprodução fiel das imagens. Por outro lado, muitos dispositivos também comentem o pecado oposto, deixando as fotos pouco processadas e com cores opacas e sem graça, igualmente longe da realidade. Agora, confira analise as várias comparações para ver qual imagem mais lhe agrada. Junto com cada uma, vamos especificar qual foi a melhor imagem na opinião de quem fez as fotos. Isso é importante porque a reprodução real das cores e do contraste só pode ser comparada por quem esteve no local onde foram feitas as capturas. Confira a seguir. Comparação 1 Nesse caso, a melhor foto na opinião do fotógrafo foi a do OnePlus 3 por conseguir um bom equilíbrio em vários fatores, apensar de não ser exatamente perfeita. A imagem feita pelo G5 também foi mencionada como saturada no ponto certo e bem detalhada, com a falha de apenas não representar as cores de forma muito fiel. Confira as notas: Comparação 2 Nessa cena, a melhor imagem foi a do iPhone 6s Plus, na opinião do fotógrafo. Ele destacou o alcance dinâmico da câmera em questão por conseguir equilibrar bem a claridade do céu e, ainda assim, mostrar bastante detalhe nas sombras. A foto do Galaxy S7, por outro lado, foi considerada a pior do grupo. Comparação 3 A terceira comparação teve um empate entre LG G5 e HTC 10. Ambos os dispositivos tiveram uma preservação de cores bem interessante, além de não mostrarem qualquer problema no detalhe ou na saturação. Por outro lado, Xperia X Performance e Galaxy S7 tiveram resultados ruins, considerando a qualidade dos concorrentes. Comparação 4 Já nessa comparação, o HTC 10 se saiu um pouco melhor que o LG G5. O aparelho da HTC conseguiu bastante detalhe sem precisar deixar todos os contornos mais nítidos do que o necessário. O fotógrafo ainda destacou que ele foi o que melhor representou as cores reais das flores, tendo o G5 o seguido bem de perto. Comparação 5 Segundo o fotógrafo, as imagens do G5, do HTC 10 e do iPhone 6s Plus foram as melhores, tendo dado a eles a mesma nota. O Galaxy S7 da Samsung ficou com uma nota um pouco mais baixa, seguido pelo aparelho da Sony e o da OnePlus, com resultados bem piores que os dos demais. Comparação 6 Nesse caso de foto no fim do dia, já havia luzes noturnas acessas e pouquíssimo sol. Dá para perceber que todos os smartphones conseguiram bons resultados, apesar de muito diferentes, exceto pelo Xperia X Performance, que tem sido um verdadeiro desapontamento no quesito câmera. Na verdade, todos os modelos da linha Xperia X deste ano estão sendo muito mal avaliados em comparação com os concorrentes. E aí, o que você achou de tudo isso. Qual é o melhor de todos na sua opinião?
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sábado, 15 de março de 2014 Unhas Decoradas: em vez da meia lua, faça um triângulo branco na ponta das unhas A dica é esmaltar as unhas com esmalte bordô (ou qualquer tom escuro - como preto, por exemplo) e fazer, na ponta das unhas um triângulo invertido branco. Mas é claro que as cores dos esmaltes são apenas uma sugestão. Você pode trocar o esmalte vermelho por preto, o que deixará suas unhas com a dupla de cores da moda P &B (preto e branco), pode fazer em verde e amarelo, ou azul e amarelo (olha a copa do mundo aí, gente!) Inverter a ordem do esmalte escuro/ esmalte claro, assim, onde é bordô ficaria branco e onde está branco ficaria vermelho ultra-escuro. Neste caso, a dica é fazer o triângulo um pouco maior - com base mais larga. Outra ideia, ainda, é deixar a ponta das unhas sem cor. Mas nada de deixar a unha aparecendo sem brilho algum, passe no lugar do esmalte branco, um esmalte incolor ou base brilhante. Passo 2: Passe uma demão de esmalte branco e deixe secar muito bem (de preferência até o dia seguinte). Corte adesivos em pequenos pedaços de forma triangular e cole na ponta da unha, tomando o cuidado de deixar a base do triângulo na ponta de cada unha, de modo que a ponta do triângulo, fique no interior e no centro das unhas.
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Filme Cowboys & Aliens – Sinopse, Trailer Oficial e Fotos Em 1873, um estranho sem memória vai parar em Absolution, cidade inóspita para visitantes, dominada pelo medo e comandada pelo pulso forte do Coronel Woodrow Dollarhyde. Mas as coisas pioram com a invasão de seres alienígenas, forçando os homens brancos a unir forças com os índios Apaches contra a ameaça extraterrestre. (sinopse oficial, retirada da Programação do Cinemark)
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____________ LTDA., qualificada nos autos do processo nº ____________, AÇÃO DE EXECUÇÃO que move contra ____________ LTDA. e contra ____________, em atenção ao contido na R. Decisão de fls. ___, vem dizer e requerer conforme segue: 1. A R. Decisão de fls. ___ menciona o fato de que: A autora relaciona na petição retro diversos bens da empresa executada, devendo estes serem penhorados. 2. Todavia, a Exeqüente desconhece quais sejam os bens dos Executados passíveis de penhora, com exceção daqueles elencados a fls. ___, os quais não são suficientes para a garantia do juízo. 3. Verifica-se claramente pelas certidões acostadas e pelos quadros de fls. ___ que: a) Dos cinco (05) imóveis localizados em nome da executada, ____________ LTDA. - três (03) foram alienados para a outra empresa de propriedade do grupo familiar, qual seja a __________; - um (1) alienado para ____________ Ltda.; - um (1) encontra-se hipotecado em favor do INSS, para garantir um débito de __________ UFIR. b) Dos três (3) imóveis localizados em nome de ____________, dois (2) foram transferidos para a ____________ e um (1) dado em pagamento ao Banco ____________. 4. Dessa forma, fica a pergunta: quais os bens que V. Exª., na R. Decisão de fls. ___, diz terem sido arrolados e que podem ser penhorados? 5. É lógico que não existem, eis que, caso existissem, a Exeqüente não teria se dado ao trabalho de reunir as provas da fraude promovida. Muito mais fácil seria, simplesmente, pedir a penhora dos bens livres. 6. Além disso, entende a Exeqüente que está mais que comprovada a dissolução irregular da Executada, o desvio de seu patrimônio livre em detrimento dos credores, o que não deveria estar sendo tolerado em hipótese alguma. 7. O próprio Executado confirmou que já encerrou suas atividades, não possuindo mais bens passíveis de constrição, conforme certidão de fls. ___. A certidão de fls. ___ expedida pela Junta Comercial comprova que a empresa não foi regularmente dissolvida. A Executada foi cindida, e seu ativo transferido a outra empresa de propriedade dos mesmos sócios. Que outras provas são necessárias? 8. V. Exª. entende não ter sido comprovado excesso de poder dos representantes legais ou ato ilícito. 9. Questiona-se: É lícito que alguém transfira a empresa de fachada (que também lhe pertence) todos os bens livres que possui, onere em favor de terceiro o bem que serviria para garantir a dívida, feche ilegalmente sua empresa, deixando os credores a ver navios? 10. É lícito, que essa mesma pessoa, alugue os imóveis que transferiu para a empresa de fachada, percebendo tais frutos, possua três automóveis, viva uma vida de luxo, enquanto faz graça da situação de seus credores? 11. A resposta lógica a essas perguntas é não, embora essa situação não esteja prevalecendo nos autos até aqui. Por enquanto, os devedores continuam intocáveis e rindo de seus credores. Isto Posto, requer: a) Seja efetuada a penhora dos bens descritos nos itens b. 1 e b. 2 de fls. ___ e ___, com a máxima urgência, no sentido de evitar que esses também sejam desviados; c) Uma vez que, somente com a penhora dos bens acima referidos não ficará seguro o juízo, a Exeqüente reserva-se o direito de buscar, no prazo que lhe compete, em grau de recurso, a desconsideração da personalidade jurídica para que, sendo atingidos os bens dos sócios, possa ter seu crédito satisfeito.
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Como ser sóbrio A mente clara e sóbria é um bem valioso neste mundo louco . A capacidade de lidar calmamente com a luta diária da vida você vai ganhar respeito de seus pares e único você como uma pessoa que pode fazer as coisas, mesmo sob pressão . Ser sóbrio é uma característica que qualquer um pode alcançar com um pouco de disciplina. Instruções 1 Modifique seus hábitos . Para ser sóbrio requer que você não é viciado em drogas ou álcool , sejam eles legais ou ilegais . 2 separar-se de suas crenças de longa data. Questionar suas próprias crenças , e olhar para todas as questões e problemas com uma mente aberta . 3 Eduque-se continuamente. Leia jornais, revistas e até mesmo fontes de notícias on-line. É importante para ficar a par de tudo local, regional, nacional e mundial notícia . 4 Seja lógico. Não deixe que os sonhos ou desejos ficar no caminho do seu bom senso. Considere as conseqüências de cada ação antes de agir . Você tem que analisar todos os efeitos colaterais e os efeitos a longo prazo de tudo que você faz . 5 Mantenha suas emoções sob controle . É OK ter emoções , só não deixá-los tirar o melhor de seu processo de pensamento . 6 Procure coisas agradáveis ​​para fazer que não requerem drogas ou álcool. Passar o tempo com os entes queridos , dar uma caminhada ou jogar jogos podem ajudar.
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Kit com shampoo, condicionador e máscara para cabelo rebelde e com frizz. Sexy Hair Smooth Tratamento Liso Perfeito Kit disciplina e controla o volume com a selagem das cutículas, proteção aos raios UV, maciez e brilho. Sexy Hair Smooth Tratamento Liso Perfeito Kit deixa o cabelo profundamente macio a partir do fechamento das cutículas enquanto aumenta a resistência dos fios com a reposição de proteínas, que fortalecem as fibras fragilizadas, e protege dos danos causados pelo calor e pelos raios UV. Com Sexy Hair Smooth Tratamento Liso Perfeito Kit , você conquista o controle máximo dos fios arrepiados, o brilho e a sensação de maciez de todo cabelo bem cuidado. Fórmula livre de sulfato, parabeno, glúten e sal. Contém Sexy Hair Smooth - Shampoo 300ml : conserva a hidratação por mais tempo enquanto alinha a superfície dos fios Sexy Hair Smooth - Condicionador 300ml : facilita o desembaraçar, amacia, evita a formação do arrepiado e controla o volume Sexy Hair Smooth Extender - Máscara 200ml : age nas camadas mais profundas da fibra com a reposição de nutrientes que evitam a formação do frizz a partir do fechamento das cutículas Ação Óleo de Coco: amacia e suaviza a superfície dos fios e controla os arrepiados Phytenso: protege e combate o frizz causado pela umidade com o fechamento das cutículas, amacia da raiz às pontas e sela as pontas duplas Conselho de Aplicação Aplique o shampoo no cabelo molhado e massageie os fios e o couro cabeludo até formar espuma. Enxágue e repita se for necessário. Em seguida, retire o excesso de água dos fios e aplique a máscara. Massageie mecha a mecha e deixe em pausa por 5 minutos. Enxágue bem. Complemente com o condicionador no comprimento e pontas dos fios. Massageie por alguns instantes e enxágue. Resultado Cabelo mais macio que nunca, com o volume controlado, fácil de pentear e brilhante.
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Dia do Acupunturista - 23 de março É comemorado apenas em São Paulo (São Paulo), no mesmo dia em que se realizou, em 1996, o 1º Congresso de Acupuntura do Brasil. O evento foi organizado pela Confederação Nacional de Acupuntura e Terapias Afins (CONAT).
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A missão da Universidade Yale realiza escavações no oásis de Umm El-Kharga REUTERS Arqueólogos encontraram vestígios de uma cidade de 3.500 anos em um oásis egípcio, disse o Ministério da Cultura do país africano. APEscavação da padaria descoberta no oásis egípcioA missão da Universidade Yale, realizando escavações no oásis de Umm El-Kharga, um dos cinco desertos ocidentais do Egito, localizado a cerca de 2.000 km ao sul do Cairo, fez a descoberta ao pesquisar antigas rotas pelo deserto. A cidade fica no que costumava ser uma movimentada rota de caravanas, conectando o Vale do Nilo ao oásis e a Darfur, no Sudão, diz nota. O lugar atingiu o apogeu durante o Médio Reinado (1786-1665 a.C.). Restos de uma antiga padaria, como dois fornos e uma roda de ceramista, usada para fazer formas de pão, também foram encontrados, o que sugere que o lugar era um grande centro alimentício.
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“Gustavo, queria ver um texto seu sobre sedução e conquista com este método filosófico e inteligente que lhe é característico, visto que os textos sobre isto por aí são todos do tipo “Dicas infalíveis”. –Mario de Souza Dentre várias coisas, abaixo vou falar sobre a relação entre o orgasmo feminino e doce de mãe. E como não é tão fácil assim conquistar um homem. Escolhi o grande Cosmo Kramer como representante da arte de sedução sem estratégias. Daí as várias fotos ao longo do post. Sedução em relacionamentos longos Antes de criticar nossa esperança por “dicas infalíveis”, quero explicitar minha abordagem aqui. Em geral, quando falamos em conquista ou sedução, pensamos no universo dos solteiros e dos recém-namorados. Ou, se o discurso se destina a casais mais antigos, toda a abordagem se resume a resgatar a paixão inicial, “apimentar a relação”, voltar ao mundo de possibilidades dos recém-namorados. Pois bem, isso não me interessa já que tal abordagem ignora a realidade presente do casal. E mais: mesmo entre os solteiros, ela é ingênua e pouco eficaz, como vou explicar adiante. Nossa própria definição de “sedução” é restrita e enviesada, só contemplando o que acontece no começo, não no meio. Como se daria a sedução entre duas pessoas casadas há 20 anos ou 30 anos? E como essa perspectiva poderia aprofundar a dinâmica da sedução entre solteiros? Solteiros e casados (ou namorados) Solteiros e solteiras, olhem bem para os casados. Observem a naturalidade do homem ao tratá-la como sua e a a confiança dela em se mover pra todo lado sem precisar ser o centro das atenções do parceiro o tempo todo enquanto estão juntos. E então experimentem oferecer a mesma naturalidade e confiança logo no primeiro encontro com qualquer pessoa, afinal essa estranha seria sua mulher por uma noite, esse desconhecido será seu homem por algumas horas. Casados, olhem para os solteiros. Ignorem a paixão inicial, aquela coisa de não se desgrudar e se perder em deslumbramento. Notem, porém, a curiosidade de um pelo outro. E então experimentem não saber e se surpreender com o outro e consigo mesmo. Reparem também na necessidade dos solteiros em conhecer, saber de tudo do parceiro e, por outro lado, no impulso de se descrever e contar todo o passado um para o outro. E se vocês invertessem esse movimento? E se começassem a se desconhecer? Eis um caminho quase impossível ao solteiro pois ele encontra prazer no sucessivo conhecer… Desconhecer, não saber, não antecipar, não prever as ações do outro. Perguntar sobre o futuro, contar sonhos e vontades, abrir espaço para aquilo que o outro sempre quis ser. E quando essas mudanças ocorrerem (da primeira gravidez ao alzheimer), contemplar aquilo que segue intacto. Se a sedução inicial está mais ligada ao impulso de agarrar e conquistar (o corpo, a mente, o mundo do outro), a sedução mais experiente é uma espécie de magnetismo, um mistério que faz com que ambos sigam juntos e não se afastem como amigos que passam anos distantes. Uma atração que existe desde o começo, confundida com sexo e paixão, e depois de algum tempo pode ser vivida mais diretamente como apenas uma motivação para ficar junto. Ora, é essa motivação o Santo Graal de qualquer bom Don Juan. Não uma noite de sexo, mas total entrega. Não algo pontual, mas o desejo de ficar junto. O que mais queremos, desde a primeira noite, não é provocar tesão, paixão, prazer, admiração, nada disso. É criar magnetismo, a ponto do outro vir em nossa direção mesmo quando não fazemos esforço algum. Magnetismo entre o que exatamente? É aí que a coisa fica interessante. As pessoas não são atraídas por características pessoais e por coisas que fazemos para seduzir. Pelo contrário, quanto mais fizermos e quanto mais características tivermos, menor será a atração. Explico. Nós pensamos que nosso maior diferencial, o que realmente temos a oferecer, são as características que nos diferenciam dos outros. Tudo aquilo que é pessoal, nossas preferências, gostos, jeitos. Acredite, se fôssemos apenas essas identidades, ninguém ficaria mais do que algumas semanas ao nosso lado. Somos chatos, previsíveis, bobos. Somos aquele nerd numa mesa de speed dating falando de sua vida por 10 minutos. Ninguém se interessa! Nossa sorte é que, além dos aspectos mais pessoais, nós podemos ser o espaço para qualidades impessoais, podemos encarná-las, dar vida a elas quando não perdemos tempo focando em nossas coisinhas. Quando um homem dança salsa com uma mulher, nada ali é pessoal. Tudo pode ser reproduzido em outro casal porque a energia daquilo é algo sempre disponível, não é algo que eles estão inventando ali. E dançar salsa com uma mulher é uma das maiores sacanagens, jogo sujo, quando o assunto é sedução. Do mesmo modo, as qualidades que atraem uma mulher são impessoais: generosidade, destemor, estabilidade, ousadia, inteligência, paciência, bom humor. E as que fazem pirar os homens também: liberdade, entrega, brilho, energia, inteligência, alegria… São qualidades impessoais disponíveis para homens e mulheres. Quanto mais pessoais tentamos ser e quanto mais tentamos criar vida e construir momentos e emoções, menos deixamos que a vida aconteça e que as qualidades impessoais sejam incorporadas. Pois é entre tais qualidades maiores do que nós que se dá o magnetismo. Entre condução e entrega, bom humor e alegria, liberdade e brilho, destemor e inteligência. Não entre pessoas, não entre eu e você. Apenas duas pessoas e seus gostos similares não conseguem criar energia, magnetismo, tesão, vontade de arrancar as roupas um do outro no meio de um bar. Parece um milagre, então, o fato de que as pessoas fiquem tanto tempo juntas, mas não tem nada de milagre. Ainda que possamos amar muitos, é inviável sempre começar do zero. Muitas qualidades encontram um solo muito mais fértil e contínuo num casal que avança junto do que em trinta que sempre começam. Ao vivermos de modo mais impessoal, passamos a amar aquilo que o outro ainda não é. Amamos a liberdade do outro de ser e, a partir disso, nos alegramos com cada uma das identidades transitórias que nascem. Amamos o ser futuro, em antecipação. Ora, quem não quer ficar ao lado de alguém que o estimula a mudar e crescer? Eis um dos melhores jeitos de conquistar alguém: agir a favor e se alegrar com a felicidade do outro, principalmente quando ela não tem nada a ver conosco. Sem estratégias Diante desse magnetismo impessoal, todos os métodos de sedução (PuA e afins) perdem o sentido. E, sim, minha motivação aqui é ajudar as pessoas a parar de gastar dinheiro com workshops e cursos desse tipo. O método supremo de sedução se resume a não ter estratégias. Esse é o golpe mais baixo que você pode usar com uma mulher. Vá a um encontro sem estratégias, sem esperar sexo, sem tentar beijar, sem tentar alegrá-la, sem se mostrar perfeito, sem tentar nada, sem esforço. O homem que faz isso sabe que ele não tem poder de criar tesão, amor, paixão, felicidade… Ele sabe que o magnetismo ocorre naturalmente, como que vindo do céu ou da terra. Basta que ele não obstrua esse fluxo com suas tentativas de conseguir algo. Então ele apenas fica lá e vive, lidando com cada coisa que surge. Se surge timidez, ótimo. A timidez não é problema algum pois ele não está tentando nada. Então ele pode até confessar sua timidez, rir dela com a mulher, fazer um brinde à timidez e então abrir espaço para que outras coisas surjam no lugar da timidez. Não há oposição, luta, desconforto ou ansiedade de mudar, ingredientes que fariam a timidez crescer e imperar. Ele vai sem a pretensão de fazer a diferença na vida da mulher. É por isso que às vezes as pessoas dizem: “Não dê a mínima, não ligue, não mostre que está interessado, aí sim elas ficam loucas”. Não é bem a indiferença ou a sensação de que algo mais precisa ser feito para fisgá-lo (ainda que isso exista na superfície), mas é a leveza de ter alguém ao seu lado que não precisa de você e de quem você não precisa. Isso é muito mais excitante do que imaginamos. No fundo, odiamos quando alguém precisa de nós e não suportamos quando precisamos de alguém porque sentimos que estamos sendo um incômodo. Desejamos apenas estar, sem nada puxando (de dentro ou de fora). É assim que começa uma boa relação. Desistir da responsabilidade pela felicidade dos outros. E não só da felicidade. O mesmo processo se aplica ao prazer sexual… “Como dar prazer a uma mulher?” Pergunta que recebi no widget lá de cima: “Como saber como acariciar uma mulher na cintura, seio, pescoço, orelha ou em outro lugar sem ser a vagina ou o clitóris, deixando-lhe louca?” Parece meio maluco isso, mas o grande segredo pra dar prazer a uma mulher é não se preocupar em dar prazer a ela. ;-) Lembre-se de sua mãe lhe oferecendo aquele doce que ela passou a semana fazendo. Ela corta para você, lhe entrega o prato, senta do seu lado e fica olhando sem piscar enquanto você come. Um inferno, não? Agora lembre como era gostoso pegar esse mesmo doce de madrugada na geladeira. Prazer bom é aquele que surge, não o esperado, planejado, tentado. Não aquele que vem com esforço, necessidade, ansiedade e expectativa. Cara, as mulheres já são loucas! Você não tem chance alguma se quiser deixá-las loucas. Você não tem esse poder, desista. Em relação ao toque, lembre-se de você, de braços esticados, cheio de tensão, quando tocava o peito dela meio que à distância em suas primeiras transas. Pegava na bunda como se fosse algo alienígena. Ou ela que tocava seu pau e não sabia o que fazer. Depois você começou a tocar o corpo inteiro, não apenas o peito, mas tudo, passando pelo peito, claro, não apenas a bunda, mas o corpo. Sem distância, sem medo, relaxado. Se comparar, o toque é o mesmo, o que muda é nossa presença interna. Pois é isso: aprender massagem e saber como usar K-Y com propriedade bem antes da penetração é ótimo, mas o que faz a diferença é o que você oferece internamente com seu toque. E o melhor que você pode oferecer é um amplo espaço, uma abertura relaxada, para que o prazer se instale. Ou seja, quanto mais prazer você estiver sentindo, maior a abertura que vai oferecer para que o prazer surja nela também. Você não tem o poder de dar prazer pra ninguém, meu caro. “Como conquistar um homem?” Outra pergunta que recebi pelo novo widget aqui do blog: “Gostaria de saber dicas para reconquistar a cada dia mais e mais meu namorado. Em todos os aspectos e não apenas na cama.” Pois saiba que a cama é essencial, muito essencial, não pelo sexo ou pelo prazer, mas pelos reflexos na vida. Quando você ajuda seu parceiro a ser homem na cama, a expressar toda a sua potência, liberdade, criatividade, ele ganha mais confiança para fazer isso na vida. São processos inseparáveis. Entrega, movimento e liberdade. Na cama e na vida. O melhor jeito de conquistar um homem não é fazer algo, mas se abrir, perder restrições e rigidez. É claro que avançar é bom, propor, ir pra cima. Mas há um processo interno que realmente nos atrai. Listo alguns dos aspectos em formas imperativas, de conselhos mesmo: 1. Cresça na vida para além de sua relação. Não coloque sua felicidade nas mãos dele. Fazendo isso, cultivando energia autônoma, você não terá tanta insegurança, não fará tantas checagens e vai se entregar com mais confiança. E ele não precisará gastar tempo fazendo você feliz, vai crescer em sua própria vida também e oferecer mais presença quando vocês estiverem juntos. Resumo: ele a fará ainda mais feliz. ;-) 2. Manifeste, do seu jeito, as qualidades do feminino. Descrever quais elas são seria limitá-las, mas explore movimentos, gestos, pensamentos, ideias, formas e sons. Participe de um grupo só com mulheres, integre-se de algum modo à natureza, perca-se em seus próprios rituais, flerte com a arte, brinque, solte-se, mexa os pés de outros jeitos, dance. 3. Contemple a estabilidade que existe no meio de suas oscilações. Não descarte as oscilações, mas contemple a luminosidade incessante de seus movimentos. Fazendo isso, você poderá oscilar ainda mais, usar fúria ou molecagem, sem sofrer e se confundir tanto. “Como melhorar o sexo depois de anos de relacionamento?” “Namoro há quase cinco anos e o sexo entre nós perdeu muito do fogo que tínhamos no início. Entendo que isso seja normal, coisas de convivência. Eu estou certa? É assim que de fato acontece? O tempo dita o ritmo e a coisa esfria? O que fazer para esquentar sem parecer clichê?” Três ideias pra você: 1. Sinta essa ansiedade, essa necessidade de mudar, esse desconforto com a situação presente. Veja que é só uma insatisfação, um monte de pensamentos e emoções, uma espécie de luta interna que contrai nosso corpo e trava nossa respiração. Observe que não tem nada de errado nessa situação e que nada precisa ser alterado. Se você não observar essa ansiedade e se deixar mover por essa insatisfação, pode esperar muito mais sofrimento pela frente. Se você aprender a repousar, relaxar e respirar, sem tanta urgência em mudar, terá mais nitidez para explorar outros caminhos, ou seja, mudar. ;-) 2. Não tenha medo do clichê. Nós já somos clichês ambulantes, relaxe. 3. Não foque no sexo. Se quer mudar o sexo, transforme tudo ao seu redor. Mude sua experiência do mundo e do próprio corpo, sua vida, sua visão, suas dinâmicas internas, seu olhar. E deixe que o sexo surja de outro modo quando ele tiver de surgir. Não force ou tente nada. Deixe seu comentário e envie perguntas para o próximo texto Para transformar nossas relações Há algum tempo parei de escrever no Não2Não1 e comecei a agir de modo mais coletivo, visando transformações mais efetivas e mais a longo prazo. Para aprofundar nosso desenvolvimento em qualquer âmbito da vida (corpo, mente, relacionamentos, trabalho...), abrimos um espaço que oferece artigos de visão, práticas e treinamentos sugeridos, encontros presenciais e um fórum online com conversas diárias. Você está convidado. Receba o próximo texto Durante alguns anos participei de toda a máfia dos PUAs, junto com muitos colegas das antigas, desde antes de ClubeAlpha e afins, que você conhece. Acredito que muitos dos meus amigos passaram por aquela fase com sucesso e hoje em dia evoluíram para tudo está escrito nesse texto. Eu concordo com tudo. Não existe técnica, não existe dicas de melhor ou pior, não existe manha para a sedução. O que existe é exatamente o que está escrito aí em cima. É como eu sempre digo. TUDO que a gente fica encanado, acaba se tornando um pesadelo e deixa de ser prazer. O segredo é nunca encanar e sim levar com a maior naturalidade possível. Cara, texto muito bom! mas não sei se consigo ser tão “Jedi” assim, ao ponto de ficar quase apático(eu sei que você não usou essa palavra) em relação a um encontro,eu me preocupo sim! com o que ela vai pensar e como fazer para tornar o momento mais confortavel para ambos, sou totalmente a favor de sempre ser você mesmo, mas não sei o que acontece e sempre fico com a impressão que isso não funciona tão bem assim na vida real! Agir com naturalidade sem grandes expectativas eu classifico como básico! e também acho que a melhor sedução é “não seduzir” mas sempre acabo me perguntando se não seria melhor fazer gênero? enfim, não sei! acho que estou sozinho justamente por não fazer “tipo” e acho que vai depender muito da pessoa que está ao seu lado. “Cara, texto muito bom! mas não sei se consigo ser tão “Jedi” assim, ao ponto de ficar quase apático(eu sei que você não usou essa palavra) em relação a um encontro,eu me preocupo sim! com o que ela vai pensar e como fazer para tornar o momento mais confortavel para ambos” Não tem nada de apático. Pelo contrário, apático é o cara que fica cheio de preocupações. Eu também me preocupo. E muito. Sou orgulhoso pra caralho, adoro controlar o que passa dentro da mente das pessoas, provocar imagens, conduzir de um lado pro outro. O que propus no texto é LIDAR diretamente com isso em vez de ser refém desse processo. Ou seja, se surge essa preocupação, ok, você lida com isso dentro de uma postura mais ampla, um espaço sem estratégias. É claro que há todo um treinamento pra CULTIVAR esse espaço, pois não adianta usar essa abordagem como mais uma estratégia. Tentar fingir que não tem aflições não funciona. Quanto à sedução, uma vez que você não tem estratégias, pronto, você pode brincar com todas as estratégias do mundo, mas aí não tem algo por trás, isso é escancarado, as mulheres veem que você está fazendo mas ver o truque não impede da mágica acontecer nesse caso. Você já saiu com um cara que estava passando por muitos problemas na empresa e ficou sem energia? Excesso de pendências = apatia. Você já saiu com um cara meio travado (por causa de um excesso de preocupação em agradar) que não conseguiu se soltar completamente a noite inteira? Excesso de entraves + preocupações = apatia (ou aparência de apatia). Mas conte sua experiência. Isso aqui não é um debate teórico. ;-) Eu, por exemplo, nunca “saí com um cara”, então você deve saber disso melhor do que eu. hahha Ah, Sandra, tenho uma amiga que chama de APÁTICO também aquele homem que fica esperando um OK da mulher, que não consegue propor muita coisa sacana, que tem medo ou respeita demais. Aí, quando rola sexo, esse cara não consegue elevar a energia do lance, não consegue explodir. É como se ele não sentisse tanto prazer e, com isso, ela não consegue pirar, enlouquecer. Ela diz que rola um lance morno, um sexo em fogo baixo, que só cozinha, cozinha, cozinha até o fim… ;-) # 10 May 2010 às 21:31 Mona Texto bárbaro, de desconstrução do óbvio, aliás como muitos que tenho encontrado por aqui. O que se torna difícil muitas vezes é internalizar as idéias, posto que estamos acostumados a nos portar de exatamente de forma contrária ao que está escrito aqui. Mas valeu! Lucas, claro, cara, li TODOS do Castaneda e até cheguei a participar de umas 3 práticas de Tensegridade (passes mágicos) antes de descobrir me focar no budismo. O que me fez abandonar esse caminho do xamanismo foi a ausência de um professor qualificado. Só encontrei pseudo-xamãs na época e seguir uma prática solitária é inviável na minha opinião. Só conheci gente perdida assim. Pessoas de 40-50 anos que tinham feito uma salada espiritual tão grande que não chegaram a lugar algum pra além de um monte de crenças pessoais e uma certa solidão, uma falta de linguagem e uma sensação de ficarem incompreendidos. Não queria isso pra mim. Certamente o Castaneda tinha alguma realização. E o Don Juan muito mais, claro. Na minha viagem pro treinamento de TaKeTina, tive a chance de encontrar com uma mulher (formada em TaKeTiNa já) que foi aluna do Castaneda por um tempo. Ela disse que quando o conheceu ele já tinha abandonado o caminho mais cognitivo e focava só em práticas corporais. Ele dizia que vivíamos muito dentro de nossas cabeças. ;-) Mas não sei se essa linhagem dos toltecas vai seguir. Não sei se existem seres tão realizados como os primeiros. No Budismo, sinto que é mais fácil de encontrar ensinamentos desse tipo e outros mais ainda diretos e elevados, como o Prajnaparamita, algo que não existe de modo estruturado nos livros do Castaneda, por exemplo. E você? Mantém alguma prática? Segue algum caminho específico? Abraço! # 10 May 2010 às 23:07 Lucas Gitti, e como consigo me libertar de todos esses preconceitos? Eu tento, mas é realmente dificil mudar! Toda essa espondaneidade não vem de uma hora para outra, não é? A meditação ensina caminhos para isso? Lógico, considerando todo o amplo campo do assunto, seria possível traçar algumas dicas e jeitos de se treinar simplesmente ser você mesmo e ao mesmo tempo ser o homem que conduz, cerca, seduz? Para variar, seus textos mexem com minha cabeça, e cada vez mais tiram meu chão. Acho que é por isso que sempre volto aqui. Vivendo, lendo e aprendendo. Obrigado por ter vontade de fazer textos como este! Ainda estou esperando o seu livro, ;-) Porque o do papodehomem ficou muito bom! O que sei é que essa aspiração de chegar em uma identidade vencedora (esse “homem perfeito” aí que você tentou descrever) não leva a lugar nenhum. Essa identidade não existe. Todas são falhas. “Ser você mesmo” não é algo bom, não é o estado final, não é um objetivo interessante. Nós já somos nós mesmos e isso não resolve nada nossas complicações. O que recomendo, de coração mesmo, é você encontrar alguém que tenha feito esse caminho e viva só com o objetivo de ajudar outros. Há gente que passa décadas só fazendo isso, sem outra profissão, sem férias, manja? Por exemplo, agora estou editando infos e ouvindo ensinamentos do Lama Padma Samten. Se puder, vá conhecê-lo em alguma palestra. E, quando tiver curiosidade para meditar, procure um centro bom no http://www.cebb.org.br ou no http://www.dharmanet.com.br E mesmo isso não vai lhe dar respostas para essas perguntas, simplesmente porque essas perguntas são equivocadas. O ponto é: a saída não está bem onde achamos que ela está ou esperamos que ela esteja. A saída é uma coisa que, no fundo, nossas identidades não querem. hahaahah Abraço! # 10 May 2010 às 23:19 Ruryk Ótimo texto (para variar…) Algumas das coisas que li me lembraram bastante do wu-wei taoísta; seguindo o “não-agir” é que de fato estaremos agindo. Se não tiver aqui, lançado pela Gente ou qualquer editora de auto-ajuda, deve ter algo assim nos EUA com certeza. Já imaginou o que um mestre taoista autêntico acharia de um tópico como “Como usar o princípio do wu-wei a seu favor numa balada”? ;-) # 11 May 2010 às 00:01 Lucas Entendi seu ponto. sério A resposta da minha pergunta está no fundo, dentro de mim mesmo, então. Buscar a espontaneidade não me levará a ela, e sim a somente outra identidade forjada por mim mesmo. E aí fica por isso mesmo? Espera acontecer nossa transformação interna por ela mesma? Só mais uma coisa: Concordo plenamente que o homem deva conduzir o relacionamento. Mas o que fazer quando a mulher não quer ser conduzida? (e quando digo não quer, é não quer MESMO, não aceita, não se trata de uma mera impotência do homem de guiá-la). Já tive experiências anteriores que me mostraram outro tipo de mulher, sem ser a que exatamente é descrita em seus textos; Afinal, caracterizar uma mulher é impossível, não é mesmo? Dado todas suas multi-faces e inconstâncias. Ela é uma dança por si só. Desculpa a insistência, é que tento constantemente procurar uma lógica, mesmo sabendo que ela não existe. Valeu ;) # 11 May 2010 às 00:13 Mister M Bravo! Bravo! Bravo! # 11 May 2010 às 01:57 Ruryk Considerando que qualquer coisa que apresente ínfima ligação com o “desconhecido” oriente rende bons lucros, daria pra ganhar uma grana com isso. Melhor, dava até para expandir para algo como “O Misticismo Oriental Te Ajudando a Pegar Geral” (chamativo e ainda rima!). Se bem que não duvido que algum desses PUA já tenha inventado algo do tipo e esteja vendendo seu livro que mudará nossas vidas por R$49,90. Piadas à parte, devo admitir que não conheço muito do taoísmo (apenas o básico, que estou lendo para desenvolver meu TCC em história), mas creio que uma analogia (com várias aspas inclusas) é possível com a parte do “Sem Estratégias” do texto. # 11 May 2010 às 02:24 sandra coelho Gustavo Gitti, Obrigada por responder tão prontamente minha indagação. Concordo com APARÊNCIA de apatia. Apatia é a ausência de conteúdo/energia psíquica para tomar uma atitude ou resolver conflitos (problemas). É o VAZIO psíquico/intelectual. Diante de um problema, o indivíduo apático nem enfrenta e nem foge. Não esboça qualquer reação. Vejo o seguinte para os exemplos que voce citou: 1-) Excesso de pendências: o rapaz fica cheio de preocupações, tensões. 2-) Excesso de entraves + preocupações: o rapaz fica cheio de preocupações e/ou inseguranças que podem deixá-lo nervoso e tenso. 3-) Homem que fica esperando um OK da mulher, que não consegue propor muita coisa sacana, que tem medo ou respeita demais: o rapaz está cheio de insegurança, tenso. Não consegui identificar, em nenhum desses casos, a ausência de conteúdo, o vazio. Por isso não entendi quando voce usou o termo apatia. Já a aparência de apatia é cabível admitindo-se que a pessoa que assisti a cena não é capaz de ler a mente do rapaz e portanto não poderá garantir se ela está VAZIA ou CHEIA. Essa capacidade de leitura também é relativa ao tempo de convivência. Quanto à minha experiência, consegui ganhar na loteria às avessas. Tive um longo relacionamento com uma pessoa que reunia todas essas situações: 1, 2 e 3 e mais outras de “brinde”. Só queria deixar um alerta: garotas, fiquem de olho com atitudes de respeito DEMAIS, às vezes, isso não é respeito e sim AUSÊNCIA DE VONTADE. Abraço. # 11 May 2010 às 04:12 Cinthia Antes de ler, tentei postar no widget acima e deu erro. Por gentileza, não publique. É apenas uma reclamação/desabafo. Gitti, admiro muito (e sempre) o seu ponto de vista! Sigo seus textos quase que em tempo real, mas nunca me manifestei. Este seu texto me comoveu! Sempre acreditei que a leveza fosse, realmente, imprescindível para manter uma boa relação. Pena que para mim, no momento, só tem funcionado na teoria. Acontece que, há tempos, tive um relacionamento que durou anos. Fomos felizes. Terminamos, ele casou-se, e eu continuei minha vida,(na verdade, tentei…) sem esquecê-lo, até porque, ele se fazia presente. Resisti o máximo que pude e depois de alguns anos, me rendi aos ‘sentimentos’ que mantive vivo dentro de mim, pois nunca deixei de compará-lo com os novos possíveis namorados. Acontece que, ao levar essa história adiante, tenho me sentido cada vez mais vazia e intocada. Mesmo interpretando uma puta e satisfazendo todas as vontades reprimidas dele. Na verdade, acredito que estou vivendo de ilusão, presa a uma história que apenas me traz dor e solidão. Olho para trás e percebo que me afundo em algo superficial e, ao mesmo tempo, não tenho forças (ou não sei o que fazer) para mudar o rumo dessa história. Como me livrar dessas amarras para permitir a chegada na plenitude do sentir? Para me abrir verdadeiramente à essa leveza tão almejada? Como deixar de ser uma ‘puta de luxo’ para poder ser apenas o que eu quiser? A sensação é a de estar com as mãos atadas………e por pura falta de coragem minha. Só de escrever tudo isso já me trouxe um certo conforto. Agradeço por toda sabedoria compartilhada. Você é especial. Obrigada! Você tem razão. Eu usei no sentido errado mesmo. Troque por outra palavra, mas a ideia é essa: alguma merda acontece. ;-) Pelo que vejo em relatos e emails que recebo, muitos caras simplesmente não sentem prazer, libido, desejo, vontade, fúria. E eles interpretam tudo como se fosse a mulher que não sentisse desejo. Aí dizem: “Eu queria, mas não surgiu o momento pro beijo”. E coisas assim. ;-) Do outro lado, a mulher diz o mesmo: “Eu queria, mas ele não veio com tudo!”. hahaha “E mesmo isso não vai lhe dar respostas para essas perguntas, simplesmente porque essas perguntas são equivocadas. O ponto é: a saída não está bem onde achamos que ela está ou esperamos que ela esteja. A saída é uma coisa que, no fundo, nossas identidades não querem.” Essa afirmação me fez pensar. Andava pensando nessas coisas de querer/deixar de querer/o que querer/o que perguntar. Acho que tudo que nossas identidades não querem, é deixar de desejar e deixar de se auto-afirmar. Me parece que a coisa toda se reside no ego e no apego que temos com ele. Mas vou viver mais um pouquinho, jajá eu volto dar a resposta. Isto é, se eu achar resposta. ahahahaha Abraço! # 11 May 2010 às 11:28 Tássio E aí Gustavo! Muito bom o post! Lembrei do livro do David Deita, que vc recomenda, quando ele diz que um homem superior é aquele que já está completo e não depende do trabalho, não depende da mulher, e vê nestes uma forma de se entregar e entregar sua energia positiva. Que um homem deve procurar ser o próprio Shiva. Basicamente, se a fonte da sua felicidade não está focada no outro, vc pode agir com mais espontaneidade, não é? Talvez isso esteja relacionado a se estabilizar em sua natureza ilimitada, evitando a roda da vida? Ótimo. Ele vai direto pro Rio, fora que tem o CEBB Niteroi (www.niteroi.cebb.org.br) e o CEBB Rio (www.rio.cebb.org.br), onde você pode meditar e estudar quando quiser. Tenho vários amigos e amigas praticantes de lá. Abraço. # 11 May 2010 às 13:24 Eder Olá Gustavo, um tópico interessante que você poderia cobrir é justamente essa dualidade que um homem deve ter. Por um lado, ele deve ser completo e não precisar de algo externo, como daquela mulher específica, ou aquele emprego específico. Por outro lado, como ter a devida motivação e empenho de conquistar aquele emprego ou aquela mulher fantástica se você não precisa deles? Como ter a motivação de querer saber sobre aquela mulher já que você não necessita dela? Além desses pontos, uma coisa que eu gostaria de saber por exemplo é o seguinte: vc tá no meio de 4 amigos e 1 menina gata que vcs todos conheceram há pouco tempo. Vc conversa um pouco com ela, fala algo interessante, mas vc quer ser independente, quer mostrar que não precisa dela (aliás, de fato, vc não quer precisar dela). Então às vezes o papo flui, às vezes vc se distancia, como que vc vai mandar bem assim? # 11 May 2010 às 16:09 Ricardo Love Parabéns pelo post de hoje! Está cada vez melhor! Eu entendo esse ideal de manter o fluxo das coisas acontecendo, e não forçar a obtenção ou a doação de prazer. Mas e quando a mulher fica meses sem querer sexo, às vezes até por motivos psicológicos ou sei lá? Quando por mais que o cara seja independente, tenha um bom papel masculino, nada adiante? Não dá pra se manter indiferente a uma mulher com falta de sexo!! Como fazer diante disso? Obrigado! # 11 May 2010 às 16:15 Victor Hugo O texto está excelente, Gustavo! Parabéns! Mas estou fazendo uma pequena confusão, a seguir: “Desistir da responsabilidade pela felicidade dos outros. E não só da felicidade. O mesmo processo se aplica ao prazer sexual…” Beleza, concordo que assim retiraríamos um grande peso dos ombros. Mas, devemos realmente deixar de tentar trazer felicidade para outras pessoas? Não soa egoísta demais? Não só para esse caso em particular, mas para todas as relações. Se alguém se fodeu em alguma coisa, não deveríamos tentar animá-las? Se entendi bem, esquecer desse “compromisso” de trazer a felicidade nos faria mais felizes e, por nos tornarmos mais espontâneos, poderíamos trazer mais felicidade para as pessoas? Mas, ainda assim manteríamos a vontade de ajudar outrem a encontrar a felicidade? A maior felicidade que podemos encontrar não é trazendo felicidade a outras pessoas? Abraços! # 11 May 2010 às 22:55 Gera Gitti, uma coisa que você disse: 3″. Não foque no sexo. Se quer mudar o sexo, transforme tudo ao seu redor. Mude sua experiência do mundo e do próprio corpo, sua vida, sua visão, suas dinâmicas internas, seu olhar. E deixe que o sexo surja de outro modo quando ele tiver de surgir. Não force ou tente nada.” Eu posso dizer, é totalmente real. Namorei durante 4 anos, e tinha milhões de queixas sobre minha ex, a falta de atitude dela, o por que dela não se esforçar, dentre outras coisas. Mas eu nunca vi que o problema, na verdade era EU. Era muito inseguro, volúvel, não sabia o que queria da vida, e nada tinha a oferecer a ela(claro que tinha, mas na época, achava que não), queria sempre agradar, quase de uma maneira submissa, dentre outras coisas, e o principal, me faltava atitude de homem perante o mundo. Terminamos. E a partir da dor do termino, eu pude tirar boas lições. Mudei minha atitude em relação a tudo isso. Passei a ver o mundo com outros olhos, e agir de outros modos, tirando do caminho tudo aquilo que me impedia de agir como homem. Tomei a responsabilidade da minha vida, pra mim mesmo. Em relação as mulheres, deixei de olhar pra elas como pedaço de carne. Parei de focar o SEXO, quando saia com alguma guria, e isso criava um brilho no olhar, totalmente diferente daquilo que eu já tinha experimentado em relação de mulheres. Quase como se ela pensasse “porra, eu to aqui com ele, e ele não quer me comer? Como assim?” Impressionante como isso mexe com a cabeça delas. Depois de alguns meses, minha ex e eu, voltamos a nos ver, e a primeira coisa que ela percebeu, foi essa mudança de postura. E QUE EFEITO ISSO TEVE. Já que o tema da frase é cama… Ela disse que essa mudança de atitude minha, passava segurança a ela, que isso permitia a ela se abrir, e SE ENTREGAR a mim, como jamais tinha se entregado. Sem cobrança de mudança na cama, sem reclamação daquilo que foi ou não foi feito, fodas históricas aconteceram. Tudo aquilo que eu reclamava sobre ela, era somente reflexo da minha falta de atitude de homem. # 11 May 2010 às 23:27 Van galera, o texto é incrivel, mas em um ponto mentiroso….sou casada a 11 anos e garanto que nem com estrategias e nem deixando rolar o negocio nao flui……..é dificil, complicado e revoltante,,mas c tiver amor entre o casal conforme o tempo tudo fica lindo e mais nada……….mais nada….acostumen-se…a vida é uma rotina dolorosa e cruel, ou vc tem muita grana pra inventar moteis e saidas diferentes todo fds ou vc c fode!!!!! essa é a verdade!!!! # 11 May 2010 às 23:55 Bia “Parece meio maluco isso, mas o grande segredo pra dar prazer a uma mulher é não se preocupar em dar prazer a ela.” Parece maluco, sim, mas é a pura verdade! E é muito difícil para certos homens entenderem isso. Tive um namorado que se preocupava tanto em me dar prazer, em tocar aqui ou ali, em fazer isso ou aquilo, que eu percebia que esquecia de si próprio. O efeito era contrário. Tudo parecia artificial, frio,robótico. Por mais que eu explicasse, ele não entendia. Sei que me amava e que gostava de estar comigo, mas era estranho. É bom sentir verdadeiramente desajada. Sentir-se tocada porque a pessoa te deseja. É uma troca. Parabéns pelo texto. # 11 May 2010 às 23:58 Vanessa Ameeei! Concordei com td! Salsa é jogo sujo, mas pra alguém que não chama muita atenção visualmente, a dança pode abrir as portas pra que os outros o conheçam melhor e surja um relacionamento. Sempre imagino como a pessoa é e crio uma imagem superestimada dela. isso me prejudica. # 12 May 2010 às 01:22 Garota Adorei o texto, mas concordo com o carinha que disse que ás vezes as mulheres não querem ser conduzidas. Nenhuma mulher já chegou em vcs? Suas amigas nunca chegaram em alguém? Parece que a discussão trata da apatia feminina em decidir, que basta não se preocupar em conquistar e pronto! Tem a garota na mão!Mulheres são inconstantes. Se não quiserem beijar ninguém na noite, não adianta que você seja o Richard Geere (sei lá como se escreve isso, mas a comunicação tá valendo) com a flor na mão naquela escada rolante para entregar à esposa no filme… De qualquer forma, acredito que o primeiro encontro é uma das conquistas mais fáceis que um homem pode ter em relação a mulher, se o vetor da relação for este. O que “pega” é o dia-a-dia. Se vc falou rios e fundos para a mulher no primeiro encontro, e vc não é isso no 1578º encontro, a química, a pegada, ou o que quer que seja “vai pro saco”. Uma dica importante: uma relação real entre duas pessoas não se baseia só no amor. Há muitas outras coisas que só se descobre ou se constrói no dia-a-dia de uma relação. E é aí que o bixo pega! Boa sorte aos cuecas de plantão. # 12 May 2010 às 01:31 Mateus Darach Muito interessante mesmo, esse post. Gustavo, me desculpe, mas quando fiz o exercício de quebra de paradigmas (dos sexuais e religosos até os de necessidade de boa argumentação) de ler o post “como trair sua mulher com ela mesma”, achei que o artigo foi, essencialmente, bobo. Não sei se vou gostar de ler ele de novo, mas reconheço que estava cheio dessa sensação que você retrata bem neste post aqui de se sentir responsável pela felicidade (sexual ou não) da parceira. Lendo esse post, entendi bem melhor os aspectos negativos desse tipo de pensamento. by Mona: “Texto bárbaro, de desconstrução do óbvio. (…) difícil muitas vezes é internalizar as idéias, posto que estamos acostumados a nos portar de exatamente de forma contrária ao que está escrito aqui.” Concordo plenamente. ( E que moça de palavreado rebuscado! x) ) “Desconstrução do óbvio” é realmente uma ótima definição, e olha que acho que nunca vi tantos “óbvios” diferentes – e conflitantes, e debatidos – serem descontruídos ao mesmo tempo! XD Enfim, concordando com você ou não, agradeço por fazer um esforço que considero de extrema importância para a evolução das pessoas da sociedade: discutir, abertamente, o sexo e etc. Como seria bom ver isso em outros círulos também! Igrejas, escolas, rodas de velhinhos na praça… Quem foi que mentiu pra todo mundo que o sexo é pra ser um assunto-tabu? # 12 May 2010 às 01:35 Guilherme Enquanto seu pau estiver duro, sempre haverá uma mulher que você pode divertir. Quando você tá com muita fome, vai arranjar um jeito de comer. É instintivo. Desejo sexual de verdade é assim mesmo, te ataca como a fome. Técnica de sedução é atestado de broxa. Victor, você confunde isso porque está comparando teorias. Na prática, isso faz todo o sentido. Na verdade, trazer benefícios aos outros é algo natural, você não faz como um peso, esperando algo ou tentando ser bem sucedido. Você não tenta fazer, não há esse objetivo, é apenas sua ação natural. E qual é nossa ação natural? Nos mantermos presentes, treinarmos estabilidade e desejar a felicidade de todos, desejar que todos se liberem de seus obstáculos e aflições. Aí, quando alguém chega na sua frente, você não tem a sensação de estar ajudando a pessoa, como se ela precisasse de ajuda. Você apenas se relaciona com a liberdade dela, com aquilo nela que NUNCA precisa de ajuda. Como muitos não tem isso nítido, você usa meios hábeis: acolhe, estimula, estrutura, corta, libera. E isso é o que chamamos de ajudar alguém. ;-) Mas eu entendo sua dúvida. E acho legal você levá-la pra vida e ver o que rola. Ricardo, estimular a energia dela FORA da cama é uma bela saída. Dance com ela, leve-a para comer num restaurante foda, vá andar de bicicleta, fazer trilha, sei lá, qualquer coisa que movimente energia. Eder, não tem dualidade, cara. Se você está bem (mente estável, corpo vivo, olhos brilhando, vida alinhada, feliz, com propósito), pronto, você sai por aí oferecendo isso para as mulheres e para empresas (ou para projetos, sonhos e pessoas, se montar uma empresa ou organização, por exemplo). Sobre o exemplo que você deu: se você quer mostrar algo, pronto, você está fodido. E outra: qual o problema quando o papo não flui, me diz? Você tem alguma obrigação de fazer o papo fluir? Se quer algo com a menina e tem 4 amigos seus na roda, chame-a pra dançar ou marque outro encontro a sós, não tem segredo. Abraço. # 12 May 2010 às 04:05 José Cara. Fantástico. Há mtos anos esperei alguém que tivesse a coragem, a inteligência e a propriedade de dizer isso. Qdo mais jovem brincava com amigos dizendo que essa técnica funcionava e que a chamava de “tática do cachorro morto”. Óbvio que era brincadeira, mas na verdade expressava a necessidade de sermos quem a gente é, sem máscaras, fantasias. Pena que a sociedade nos empurra para algo que é exatamente o contrário. Vendem-nos imagnes prontas de como “deveríamos” ser. Consumismo, consumismo, consumismo. Cara. Vc foi brilhante. Continue divulgando esta ideia. Tem tudo a ver. Abraço José # 12 May 2010 às 07:50 Vicente Oi, bom texto, no principio parecia um pouco fraco, mas como todo transmite a ideia de que sem planos, sem necessidade do outro (pelo menos aparente), o reconhecer que me da prazer é bom, etc… a ideia acho que seja correta, já que as relações que comecei sem nenhum propósito(no sentido vamos ver no que vai dar) foram as que no fundo mais valeram a pena, e curiosamente tb foram as que as amigas mais me procuravam e quizas me mimavam(como mamãe)… um abraço. # 12 May 2010 às 08:07 Vânia Tu escreveste exatamente o que eu penso sobre as relações homem x mulher… não só como penso, mas como ajo de uns anos pra cá, sempre buscando fugir dos artifícios de conquista (do mesmo homem há 28 anos) e, considerando a energia que nos faz próximos, funciona muito bem. Quando tu falas das qualidades que atraem uma mulher – generosidade, destemor, estabilidade, ousadia, inteligência, paciência, bom humor – são exatamente as que admiro e busco num homem. E quando falas nas que fazem os homens pirar também – liberdade, entrega, brilho, energia, inteligência, alegria – são as que procuro disponibilizar na relação. Mas eu penso que a mais importante de todas elas é a tal liberdade… até mesmo para amar a mesma pessoa por uma vida inteira, para morar em casas separadas e, mesmo assim, continuar querendo, desejando estar junto, e sempre que isso acontece é sempre bom, gostoso, aconchegante, prazeroso… é uma forma de manter a individualidade e, pra mim, é isso que faz um seduzir o outro; é a possibilidade de não saber tudo, de sempre ter uma novidade pra contar, de compartilhar momentos que não se tornarão uma rotina diária ou até mesmo previsível. É uma pena que as pessoas não se deem conta do momento em que devem se “individualizar” do outro para salvar ou melhorar suas relações ou até mesmo para salvar ou melhorar suas próprias vidas. Foi um grande prazer ter iniciado o meu dia lendo o teu artigo. Parabéns pelo texto e pela autenticidade. # 12 May 2010 às 13:12 Tatiana Moura Adorei sua abordagem e acho que consegui visualizar a profundidade de uma postura como essa (tanto do homem quanto da mulher). Apenas ser, sem grandes expaectativas, sem modelos prontos, sem protocolos! Mas confesso que, na minha opinião, para assumir uma postura como essa é preciso uma segurança interna muito grande pois senão acabamos sendo massacrados pelos anseios dos resultados – se dar bem na balada, conhecer alguém bacana, alguém bacana se interessar pela gente… Enfim, encontrar alguém com esse perfil despojado, livre, alegre deve ser uma aventura incrível!!! E que os corações se abram para apenas VIVER!!! Concordo muito com você, ainda que meu uso pra “liberdade” não seja individualidade, mas a prática de não ser arrastado por movimentos internos (impulsos, emoções) ou externos (pessoas, situações) e poder lidar diretamente com as coisas, sem tantos condicionamentos e padrões ocultos. Mas é isso: se sua vida se resumir à relação, não haverá mais nada a trazer ao outro, a oferecer. É que os últimos tempos estão muito bons… Muito bons de escrever e muito bons de não perder tempo escrevendo. Você não acha? ;-) # 12 May 2010 às 13:55 Eterna Aprendiz Cecilia Meireles arrasou: Tu Tens um Medo Acabar. Não vês que acabas todo o dia. Que morres no amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo. Que te renovas todo dia. No amor. Na tristeza Na dúvida. No desejo. Que és sempre outro. Que és sempre o mesmo. Que morrerás por idades imensas. Até não teres medo de morrer. E então serás eterno. Não ames como os homens amam. Não ames com amor. Ama sem amor. Ama sem querer. Ama sem sentir. Ama como se fosses outro. Como se fosses amar. Sem esperar. Tão separado do que ama, em ti, Que não te inquiete Se o amor leva à felicidade, Se leva à morte, Se leva a algum destino. Se te leva. E se vai, ele mesmo… Não faças de ti Um sonho a realizar. Vai. Sem caminho marcado. Tu és o de todos os caminhos. Sê apenas uma presença. Invisível presença silenciosa. Todas as coisas esperam a luz, Sem dizerem que a esperam. Sem saberem que existe. Todas as coisas esperarão por ti, Sem te falarem. Sem lhes falares. Sê o que renuncia Altamente: Sem tristeza da tua renúncia! Sem orgulho da tua renúncia! Abre as tuas mãos sobre o infinito. E não deixes ficar de ti Nem esse último gesto! O que tu viste amargo, Doloroso, Difícil, O que tu viste inútil Foi o que viram os teus olhos Humanos, Esquecidos… Enganados… No momento da tua renúncia Estende sobre a vida Os teus olhos E tu verás o que vias: Mas tu verás melhor… … E tudo que era efêmero se desfez. E ficaste só tu, que é eterno. # 12 May 2010 às 14:09 Junior bom só discordo do que vc falou dos PUAS sobre estratégias para conquistar, discordo pq, existem pessoas que são naturais e tem coragem de ir atrás do que elas querem sem nunca terem levado um empurrão de ninguem, sabem como fazer, como atrair e como manter a atração, e tem outras pessoas que simplismente não sabem. Oque os PUAS fazem(salve Mystery) é dar nome as suas tecnicas, como uma Ciência, Neg, Qualificação, Rapport, Push and Pull, C & F, ETC… eu ja me dava bem com as mulheres mas tinha um problema as tratava com um prêmio como um pedestal e corria atrás dela, e no final acabava não dando certo ou elas não queriam namorar ou me usavam e depois ficavam falando de mim hj as mulheres com que fico, elas ligam pra mim, elas perguntam onde estou pra onde vou! coisa que antigamente com o meu jeito eu não faria!!! e devo confessar no começo vc parece um robo, pq vc fica pensando no que dizer no que fazer, mas acredite depois de um tempo se torna natural pq vc assimila oque combina com vc e oque não combina!!! bom essa é a minha opinião # 12 May 2010 às 14:42 Pedro Paixão,sexo,desejos tudo isso esta em mente se tenha uma boa capacidade de controlá-la de maneira adquada e sem estresse do serviço e do dia a dia tudo ocorre de maneira correta. Acredito que essa postura de agir sem basear nossas ações no intuito de agradar ou conquistar pessoas é uma característica da infância, qualidade que maioria das crianças tem (e se não têm, é por culpa dos pais e dos péssimos estímulos de hoje em dia). E deve ser por isso que maioria delas nos encanta, porque não estão buscando um propósito por meio de suas ações. Apesar de concordar plenamente com teu ponto de vista, Guilherme, e lutar pra isso, muitas vezes me pego no esforço de arquitetar meus movimentos, simplesmente por querer algo de alguém ou simplesmente pra conquistar, ou agradar, Enfim, acabo estabelecendo uma intimidade que é falsa. Confesso que ao mesmo tempo que desejo conquistar o alguém, também desejo me resguardar. Fico nessa vontade de querer ter sem precisar me importar, pra evitar frustrações. Daí essa “atriz” dentro de mim fica criando essa intimidade fake, porque assim, distanciada, vou sofrendo menos e ainda tirando vantagens disso. Eu sinceramente acho que é um dos sintomas da modernidade. E é um sentimento horrível… tenho tentado mudar, por mim mesmo. As pessoas pensam que ao assumir essa posição elas estão sendo fortes, mas pelo contrário, elas fraquejam. Tenho pensado bastante nisso… Vale a pena lembrar que de todos os meus relacionamentos, os que perduram até hoje e que foram realmente inesquecíveis não se basearam nesse propósito. Nem se desenvolveram com ações para isso, nem da minha parte nem da parte do outro, apenas aconteceram. E são os que até hoje me trazem boas lembranças e bons momentos! GOSTARIA QUE VC FALASSE SOBRE UM TEMA QUE ME ENCUCA A MUITO…E ACHO QUE A MAIS GENTE! PORQUE AS MULHERES SENTEM MTA ATRAÇÃO POR “GAYS”…AS VEZES SAIO COM AMIGOS MEUS GAYS..E ELES SEMPRE RECEBEM CANTADAS DE VARIAS MULHERES!! # 12 May 2010 às 15:12 Cinthia Gitti, voltei para agradecer! E dizer que, realmente, o problema se esconde na própria pergunta! Partirei em buscar de me livrar daquilo que impede e obstrui minha natureza livre. Eternamente grata! Beijos! # 12 May 2010 às 15:35 Marcelo Parabéns. Muito instigantes as tuas colocações. Faz com que a gente reflita sobre nossos padrões comportamentais. Mas gostaria de comentar. Na verdade, creio que o homem que está preocupado com essas tais “técnicas de sedução”, quer é conquistar o maior número de mulheres possíveis. Ate aí, tudo bem. Isso é explicado biologicamente. Também não sou exceção. Penso que se elas fossem usadas para o “bem”, (digamos assim: para conquistar a mulher da vida do cara), seriam melhor empregadas. O problema é: que quem as detém, quer mesmo é usar e abusar delas (nos dois sentidos). E quem não as têm, (como eu e a grande maioria), fica à mercê de fórmulas e clichês. # 12 May 2010 às 16:45 Gustavo Maldonado Oi Gustavo xará! Excelente post! As perguntas e respostas nessa página de comentários são por vezes muito enriquecedoras também. Gostaria de sugerir aqui um tópico sobre o qual você pudesse falar um pouco. Muitos homens têm uma(s) fase(s) onde eles não conseguem achar o propósito de suas vidas e isso os faz entrar em uma certa crise, os enfraquecendo, pois os deixa cheios de dúvidas e indecisões. Há alguma maneira de superar esse obstáculo com uma leveza ou um direcionamento melhor? No meu caso, por exemplo, acabei de terminar minha graduação, e me sinto exatamente assim. Não sei o que fazer da vida, o que eu quero, e como reagir em relação a isso. Imagino que isso aconteça com muitos que estejam na mesma situação, o que deve incluir alguns dos seus ávidos leitores ;) Abração! # 12 May 2010 às 19:06 JÚLIO CAMPOS cada vez que leio essa coluna me acabo de rir e continuo com a máxima; “PARA OS MAUS TREPADORES, ATÉ OS CULHÕES ATRAPALHAM E NAS MULHERES É O TAL DO PERÍNEO. # 12 May 2010 às 19:35 TaNoEmailAbaixo Boa-tarde Gitti, eu como sempre, leio o texto e algumas mensagens que outras pessoas escrevem, sempre acompanhei o site nao2nao1 e o PdH, mas hoje me vejo em uma situação que creio não tem mais salvação (eu acho né). Há uma semana terminei meu namoro (qse 7anos) , história longa coisa que na minha idade (1986) é raro acontecer. Já tinha feito de tudo e um pouco mais para não deixar que isso acontecesse, mas aconteceu. Bom, como ja tentei de tudo quanto foi jeito e vi que não estava mais agradando, acho que fiz certo, mas ainda não sei se fiz certo (entende?), bom vou resumir, para ver se consigo uma resposta. Tudo começou em 02/11/2003, mulherengo, era como quiabo, escorregava nas mãos de quase todas as mulheres que me enteressava, mas um certo dia (de finados, rs)recebi uma mensagem no meu cel. de uma menina que eu não conhecia bem, no caso confundir a mesma com uma conhecida e marquei um encontro. como ela tava estudando p vestibular da UEG-Formosa, nao tive muito tempo p tentar consquista-la, minha intenção era só mais um transa e acabasse por ai. Mas algum tempo depois, duas semanas fui em uma festa de aniversário de um amigo, e lá estava ela, muito mais bonita q quando a conheci, como ja tinha rolado variás vezes, pq não mais uma… foi então que dessa festa em diante começamos a nos encontrar com mais frequência, ela morando em uma cidade a quase 60km da minha casa, ficava meio dificil de nos encontrarmos todo dia, como eu tinha mais liberdade em casa, ela vinha passar os fds comigo, com o passar dos anos, eu resolvir morar sozinho foi uma discurssão mas ela cedeu, e com passar de tres anos, nossa relação estava quente como no dia em que nos conhecemos, passamos por altos de baixos, coisa que eu não esperava, aconteceu… rs… terminamos pela primeira vez, eu com a kbça quente e não tendo opção de tentar outra coisa, fui p praia. chegando la, primeira coisa que fiz, depois de me acomodar, foi beber, nossa nunca tinha tomado um porre, ainda mais quando vc ta com vontade de beber, e ficava o tempo todo pensando no que fazer com o celular na minha frente, mandei uma mensagem p ela perguntando se tava tudo bem, mas ela não respondeu, blz fui dormir… fiquei uns 5 dias assim, voltei p minha cidade, arrumei minha casa já que era eu tava solteiro, e não tinha nada p fazer, fui p uma festa na mesma casa onde conheci ela, chegando lá, fiquei coisa de 40min e me sentindo ainda a falta dela, voltei p casa. chegando em casa lá estava ela, e eu sem entender parei e fiquei olhando aquela cena, não sabia o que fazer, entao como não tinha saida, sentamos ali mesmo na escada e conversamos, conversamos e voltamos, coisa boa e voltar e ter aquele fogo todo… e logo após alguns anos, veio a monotonia por ambas as partes, ai voltei a acessar os sites nao2nao1 e o PdH, peguei algumas dicas e li bastante tbm, tentei reativar tudo como se fosse a primeira vez, funcionou por uns 4 meses, mas enfim eu cedi e parei de ficar tentando salvar o namoro, coisa que não sabia como fazer mais, unica coisa foi dar um tempo, passados cerca de 15 dias, no celular dela não adiantava ligar mais, entao cheguei nao casa dela e cheguei a esse ponto de não querer salvar o que ja morreu. pronto contei uma resenha de cerca de quase 7 anos de namoro, então venho aqui perguntar, como prosseguir de agora em diante, sendo que pouca coisa que sei pode me ajudar, mas fico com a kbça nas nuvens o tempo todo pensando em como prosseguir sem que ela saiba o que ando fazendo e tals… sei que estou um pouco deprimido, mas continuo a vida, passo a passo, não no mesmo ritmo que eu tinha há 8 anos, mas parei p pensar e refleti se é isso mesmo que eu quero, seguir a vida e tentar com outra pessoa, ou tentar novamente quem sabe fazer diferente, agradar, sei que posso, mas não quero mais viver no mundinho fechado, quero ser livre, mas quero ser livre ao lado de alguem que pense como eu e que saiba agir como eu agiria… sei la, nem sei mais o que escrever… mas ta ai, queria uma resposta se possivel no meu email sei não, mas acho que ando muito confuso, nao sei mais o que fazer, e nem com quem conversar, pois esse tempo todo fui me afastando de muita pessoas e algumas pessoas que eu queria conversar pedir uma opnião ou ate mesmo esclarecer algumas coisas, acabei me retirando de cena p ficar um pouco só, ficar só é ate bom, parei p pensar em muita coisa que não sei o que é direito se to muito confuso, se to falando coisa com coisa. mas é isso, vou tentar seduzir qualquer uma hoje em uma comemoração lá da academia só por sexo mesmo, amanha volto e conto o resultado, e vejo se ja vai estar aqui a resposta e confirmo se os metodos citados acima funcionam, vou tentar com 6 mulheres diferentes, amanhã conto o resultado Brasília,16:48hrs # 12 May 2010 às 19:48 Lívia E qual a “solução” para o homem apatico dentro do q já foi discutido aqui …. to sentindo muito isso com a pessoa q eu to ficando… rsrs! 1. Quando ele agir meio fraco e não vier pra cima, você vai do lado ele (como se fosse uma terceira pessoa) e sussurra: “Seguinte, agora ela quer que você faça isso”. Brinque com essa possibilidade de falar com ele sem ser você mesma. Aí você volta pra sua posição como se nada tivesse acontecido. 2. Vá pra cima. Jogue-o na cama com tudo, chupe-o como se não houvesse amanhã, enfim, pire. Mostre que você tem um potencial infinito aí dentro e que ele está perdendo tempo… 3. Provoque-o de tudo que é jeito, explore os limites e reações dele, ative a energia dele que está bloqueada. Surte, grite, bata, belisque, empurre, dê em cima de outros, seduza, teste, provoque, instigue, minta, brinque, encene, sorria, faça uma massagem, coloque comida na boca dele, faça-o entrar em contato com os 5 sentidos, realmente ative o corpo dele e tire-o de dentro da cabeça. Se não der certo e você sumir do mapa, isso também o ajudará a mudar e se abrir mais à vida, então está tudo em casa. ;-) Não tem manual pra isso. Eu acho legal passar por períodos de limbo de vez em quando. Sem foco, sem energia, sem caminho certo. É se perdendo numa cidade que encontramos lugares por onde nunca passaríamos se sempre tivéssemos um roteiro seguro e exato. No entanto, ter um direcionamento por trás de todas as oscilações de nossa vida é essencial. Ache uma motivação bem ampla que não seja apenas um trabalho, um projeto, uma função. Exemplo: superar as aflições e beneficiar os outros. Eis uma bela motivação pra viver, não importa como. E contemple suas próprias qualidades. Veja o que você tem a oferecer. Saber o que você tem a oferecer é essencial pra saber onde você precisa treinar (pra amplificar seus potenciais), quem precisa de você (pessoas, locais, empresas, projetos) e como você pode atuar no mundo de modo positivo utilizando suas habilidades, sua energia, seu tempo, suas conexões para concretizar sua motivação. “Ora, quem não quer ficar ao lado de alguém que o estimula a mudar e crescer? Eis um dos melhores jeitos de conquistar alguém: agir a favor e se alegrar com a felicidade do outro, principalmente quando ela não tem nada a ver conosco.” Você é genial! E não é tudo o que procuramos…um cumplice, um amigo, um companheiro e um delicioso beijo na boca? Beijo. # 13 May 2010 às 00:45 N. Posso estar enganada, mas acho que essa pergunta sobre conquistar o namorado foi obra minha há algum tempo por aqui, quando comecei a acomopanhar o blog. E não poderia imaginar uma resposta melhor! Fico feliz pela qualidade e intensidade com que escreve esses textos incríveis que nos faz refletir sobre nossas atitudes! Obrigada, Gitti! Oi Gustavo, vc perguntou o que eu acho sobre o assunto do direcionamento e motivação na vida. Então, é muito nobre ter uma motivação do tipo “superar as aflições e beneficiar os outros”, mas é uma coisa tão genérica, serve tanto pra todo mundo, serve pra mim mas tbm é a motivação de uma freira ou de um monge. Será que não existe uma motivação ampla assim mas que seja específica pra cada um? será que eu não encontro alguma motivação nobre assim mas que tenha alguma característica minha? (eu sei que vc não pode me dar uma motivação com uma característica minha, a questão é: é possível encontrar uma assim?) “E contemple suas próprias qualidades” isso é uma coisa que eu não tinha pensado muito. A gente costuma tanto pensar no que nos falta, e não no que já temos né. Mas boa, vou procurar me lembrar disso que vc disse no meu dia-a-dia. Esse lance de ficar sem caminho as vezes pode ser bom, ou talvez seja bom depois que passou. Porque no meu caso, já tô há 5 meses perdido nessa “cidade”(formei! e agora?), e de vez em quando é desesperador. A impressão que dá é “não importa o que eu faça, nunca vou escolher um caminho, no fim das contas tanto faz”(também conhecido como baitolagem-mor). Acho que pra pessoa que passa por esse período no limbo, é difícil não saber quando é que o limbo vai acabar Sim, Gustavo, é uma motivação ampla e justamente por isso é perfeita: não é pessoal. No entanto, concordo contigo, temos de agir de modo mais pessoal, então por isso é importante reconhecermos nossas qualidades. Vou dar meu exemplo: hoje trabalho em 3 frentes. 1. CEBB: além de ter feitos os sites e gerenciar toda essa parte de web, eu conduzo 2 práticas na quinta aqui no CEBB SP, com muita perspectiva de ajudar ainda mais. 2. Web: escrevo no Não2Não1, no PapodeHomem e na Cabana PdH. Mesmo quando não produzo, sempre foco em publicar textos de formação e evitar entretenimento apenas. 3. TaKeTiNa: estou fazendo o treinamento para poder dar workshops aqui na América do Sul dessa técnica que usa o ritmo para desenvolvimento pessoal, sempre coletivamente, em uma roda com muitas pessoas. Então é isso: meditação, relacionamentos e ritmo. Situações desesperadoras são boas. E 5 meses não é nada. Eu fiquei assim (ou pior) dos 17 aos 22… ;-) Com esse papo, fiquei um pouco mais motivado. Por saber que vc passou por isso e agora tá bem, levando 3 linhas de frente com determinação e sucesso. Achei que poderia ser um evento isolado que te causasse essa revolução. Por exemplo: quando vc fez 22 anos, vc conheceu o CEBB e plim, tudo resolvido. Mas pelo que a gente tem conversado, parece que foi algo gradual né.. Gustavo, é melhor que seja gradual, como um rio, mas há avanços que surgem de um dia pra outro, só que você não percebe como uma explosão, apenas com um quase sorriso, como nada demais. Não sei explicar, mas acho que não cheguei a passar por nenhuma transformação profunda ainda. Sinto que o caldeirão está esquentando, muitas coisas girando ao mesmo tempo, uma preparação, mas sempre com a sensação de que há algo debaixo do meu nariz que eu não estou vendo. ;-) E não estou bem, não. Tenho mil aflições, fora as pendências na vida que nunca cessam. A única coisa que decidi fazer (isso em 2006, por aí) foi NÃO ESPERAR ficar bem pra poder viver bem e ajudar os outros como der. Não esperar ter 40 anos, de férias em Buenos Aires, pra aprender tango, sendo que sempre tem algum professor bom por perto. Não esperar ter tempo livre pra começar alguma prática espiritual. Não esperar pela mulher perfeita pra ir com tudo como se ela fosse perfeita, a mulher da sua vida. Não esperar ganhar muita grana pra jantar num restaurante caro ou fazer uma viagem legal. Não esperar ter todas as respostas para responder algumas perguntas. Não esperar o dia em que vai ser melhor porque… hum, ele nunca chegará. A situação atual é o que temos, ainda que pareça insuficiente. Se não soubermos vivê-la, não vamos conseguir viver mais nada, mesmo a mais perfeita das situações. Só fazendo isso (que não é nada perto do nosso potencial), já brota energia pra seguir na vida sem tanta hesitação, confusão e impotência. Vejo muitos criticarem Gitti. Críticas são bem-vindas. Ainda mais se forem para apontar crescimento. Algumas são negativas e não há problema nisso. Não há que se concordar, mas é dever entender. O problema sempre advém da restrição perceptiva de alguns que elaboram ‘críticas’, pois são elaborações feitas sem a necessária desconstrução que se é preciso para ler a forma de escrita de Gitti. Gitti transcende a formação que tem. O que ele propõe é um modo de captura das relações. Esse modo de captura é impessoal. Tal modo de captura é uma máquina de ver que transcende as suas duas formações. É embasada sobre a forma de funcionamento psicológico do feminino e do masculino. Não é uma máquina de captura descompromissado com a psique, pelo contrário, captura a forma da psique. É psicologia. Sua escrita sai da e volta para a Psicologia. Para ler Gitti, você tem que desnaturalizar as palavras. Ler com malícia, mas não com maldade, com complexidade e não simplicidade, com possibilidades e não reducionismos morais. Palavras como ‘jogo’, ‘sexo’, ‘beijo’, ‘desrespeitar’, ‘invasão’, dentre outras possuem um outro campo semântico que não o natural. Gitti desnaturaliza, assim como sempre faz um filósofo. O resultado dessa desnaturalização é a forma pura, impessoal, informe sobre relacionamentos. Não leia Gitti pensando que se trata de defender o machão ou o sensibilizado. Ele tenta transcender. O chamo de ET porque é justamente isso que tenta fazer. Se distanciar para falar um pouco melhor ao não olhar da Terra. Dizer que não existe beijo e nem sexo é genial. Poucos conseguem ajustar as lentes e ver isso. Lacan já dissera “não existe relação”. Pense bem: tudo é fluxo, até mesmo as posições sexuais: por isso se propõe a emenda sem tirar. Quem lê livros de autoajuda ou guias para a sedução vai achar que tudo tem um início ou um fim. Assim perde o romantismo, a naturalidade, e assim lá se vai o espontâneo para ceder ao comportamento fragmentado, descolado do coração, da subjetividade do indivíduo. O que ele propõe é não propor para não impor e assim permitir o pôr-se de cada um, sempre natural, humano. Desconstrua sua visão de jogo nos relacionamentos e torne informe seus conceitos para ler melhor. A malícia e o jogo são necessários ao humano. São conceitos que apontam para um significado distante da submissão feminina. O que se propõe na verdade é uma liberação do feminino frente ao imóvel-coeso-reteso do masculino. Não há sedução e nem relacionamento sem jogo. Como não há música sem silêncio. Sem jogo e malícia só resta a separação e a estagnação no relacionamento de qualquer um, pode crer. Distanciar é o que sempre faz Lacan com seus conceitos, mas sem comparações, claro. Por isso muitos não entendem Lacan, pois se quer pôr óculos de sol na chuva. Tais formas de ver o relacionamento e os modos de atualização do masculino e do feminino se assemelham muito com Freud e Lacan. Psicanálise pura. Gitti não fala de um ponto de vista pessoal. Por que o espanto ao ler Gitti? Ele não está sozinho nessa estrada. No seu descompromisso com a escrita, se encontra com a ciência e a atravessa. Aproximar-se de Freud e de Lacan no instante em que pergunta o que quer uma mulher e no momento em que aponta: o gozo (no sentido psicológico) feminino é sempre disperso, é fluxo, vem como ondas, sempre intervalado e informe como nuvem. Assim cria um modo de captura natural tanto do feminino quanto do masculino. Por isso, ao ler Gitti, desnaturalize, desconstrua. Só desconstruindo podemos escapar das formas prontas de subjetividade que sempre nos é imposta e que nos desnaturalizam. Ser humano é ser um natural desnaturalizado. Leia aberto, sem preconceitos. Palavras são convenção e não objetos concretos. Pois como a Psicologia diz: o sintoma é sempre um fechamento da mente para novas possibilidades criativas de existência do humano frente ao mundo. Portanto, abra-se, deixe-se violentar por novas possibilidades que desconstroem seu modo de ver os relacionamentos. Por essa eu não esperava! Muito engraçado ser tratado academicamente como um autor. Só faltou me citar usando “(Gitti; 2010)”. ;-) Pensando agora, deve ser engraçado a vida de um intelectual bastante citado… Porém, tirando o “academiquês”, não é que concordo com o que disse? Melhor: eu acho que, pra chegar nesse ponto, eu ainda preciso de muito chão lapidando a linguagem e deixando a visão mais nítida, sempre alimentado pelas experiências cruas da vida, igual foi desde o começo do Não2Não1. O desafio é fazer isso e manter a relação com o mundo, sem gerar uma visão hermética, sem brilho, com textos que ninguém vai ler e portanto não vão servir à minha motivação. É por isso que uso títulos meio bobos. “Vacuidade e impermanência nas relações” (um texto mais antigo)… Quantos parariam para ler? Agora, “Dicas infalíveis de sedução”, com imagem de destaque na capa do Yahoo! Brasil, aí sim. ;-) O mundo é meio maluco, então a gente pode ser flexível e entrar nesse jogo. O mesmo acontece com o livro. A editora não quer nem pensar num “Não2Não1: ensaios sobre relacionamentos lúcidos”. ;-) Então estou fritando a cabeça pra ver se sai um título mais charmoso. Valeu pelo longo comentário e por sua presença. Vou responder seu email e seguimos. Abraço! # 13 May 2010 às 17:19 Róger M.B Concordo com muitas das coisas que você escreve. Você é um ótimo escritor e segundo minha opinião seu texto sobre Dinheiro, beleza, inteligência… O que atrai as mulheres em um homem? foi um dos melhores que você já escreveu, ficou muito bom mesmo. Já com relação a este, tive um ponto de vista um pouco diferente do seu. Posso estar errado e frequentemente estou… Faz mais ou menos uns 3 anos que leio tudo o que encontro sobre sedução e quando você falou que a mesma acontece naturalmente pensei.. acontece caso o homem tenha características atraentes como por exemplo ser ousado, ter atitude, confiança, amor próprio uma vez que se o mesmo for inseguro e sem amor próprio será difícil desse magnetismo ocorrer naturalmente. Logo depois me veio outro pensamento… e a questão da condução, provocar imagens, isso são algumas estratégias… Como faço administração de empresas e adoro desenvolver pessoas, outra dúvida veio em minha mente… O desconforto com a mudança é algo natural. Para evoluirmos, mudar comportamentos, adquirir bons hábitos precisamos praticar o novo comportamento durante 21 dias ininterruptos sendo que nos primeiros a sensação será de desconforto, sendo a persistência algo fundamental nesse período. Eu acredito que “buscar estratégias“ ou seja ler a respeito sobre relacionamento e sedução tem muito a acrescentar. Quando li Homens são de Marte Mulheres são de Vênus muitas discussões foram compreendidas e solucionadas com minha ex namorada. Já quando li Rafael Correa usei muitas das suas estratégias dos livros Segredos da Confiança Inabalável e do livro Sedução Avançada de forma muito eficiente. Assim acredito que buscar estratégias é fundamental e que no início precisamos pensar nelas sim para praticarmos durante os 21 dias, assim passaremos a ter uma competência inconsciente ou seja não precisaremos pensar nas mesmas, viveremos o momento e aplicaremos de forma natural. Penso que é nesse estágio em que surge um grande magnetismo . Claro, você não está errado, mas minha abordagem nesse texto é mostrar como esse caminho não tem fim e não leva a lugar algum. O máximo que você consegue é um pouco mais de esperteza e sensação de controle, só isso. Você ter condicionamentos positivos é algo ótimo (bem melhor do que ter condicionamentos negativos), mas, no fundo, eles são condicionamentos ainda, são uma espécie de couraça que o afasta da experiência direta como se você não pudesse vivê-la por puro medo de abandonar o controle. Por isso, eu falo tanto para quem está tentando começar quanto para quem já “se deu bem” com estratégias. É melhor nem começar nesse caminho e ir direto ao ponto: abandonar o controle. O universo das estratégias de sedução gira em torno de controle, poder, orgulho, hedonismo e imagem, escondendo carência, medo, insegurança, inveja, ansiedade e apego. É uma troca que funciona, sim: você troca insegurança por orgulho, você esconde o apego com uma noite de mil prazeres, converte medo em sensação de poder/controle e assim vai. Mas isso tem limite. Uma hora a estratégia para de dar certo e você é jogado de volta à carência, ao medo, à insegurança… Eu vejo isso direto, em mim e nos outros. E não só com homens envolvidos em PuA, mas com mulheres também. Lidar diretamente com carência, medo, inveja, apego, ansiedade e levar tudo isso para o primeiro encontro. É isso que sugiro. Mais ainda: oferecer isso junto com vinho e ver como a outra pessoa se sente livre para colocar tudo em cima da mesa também. E explorar a possibilidade de transar em cima dessa mesa. De amar com tudo isso exposto ludicamente. De abdicar do controle, ainda que o medo se torne algo diário, como seu chuveiro ou sua escova de dente, sempre olhando pra você. Criar uma relação com essa base é algo que, por si só, nos deixa muito felizes, pois fica claro o caminho que podemos percorrer e passamos a nos divertir no meio do processo, mesmo quando tudo fica meio torto e dá errado. Aliás, as coisas só dão errado quando estávamos querendo que elas dessem certo. Se começarmos a ficar curiosos em relação aos movimentos da vida, nos surpreendendo com nós mesmos também, não há como as coisas darem errado. Eu, por exemplo, passei 2 anos sofrendo por causa de um movimento desses (minha ex indo embora) e hoje percebo que sofri muito mais por lutar contra a vida do que pelo fato em si. Tanto é que, quando parei de lutar, vi que o próprio movimento que a levou embora me jogou numa posição MUITO melhor na vida. Ou seja, eu estava suando pra evitar algo que me beneficiaria. ;-) Abração! # 13 May 2010 às 19:36 Iago Acho que o que está aí no texto é um ponto de vista que é tratado muito bem um filme que eu considero muito bom.A Verdade Nua e Crua.É do que o texto trata.Da impessoalidade, da ”bobeira” em relação às mulheres, que acaba sendo magnética, sedutora, que é o real objetivo, eu acho…Tem que ser simples, relaxado, e não ter vergonha de falar coisas que jamais seriam ditas no papo entre um homem e uma mulher.Sei lá, é meio complicado, mas é a verdade…! O texto trata do assunto que é muito bem tratado em um filme que considero muito bom.A Verdade Nua e Crua.Mostra ,justamente, a ”bobeira” em relação às mulheres, que acaba sendo magnética, sedutora, atrativa.Mostra que tem que ser simples, tem que agir sem paranoia, que se rolar um papo que, numa conversa entre os homens e as mulheres, geralmente, não se fala, fique tranquilo e haja como você agiria em qualquer outro assunto.Sei lá, ainda é meio difícil e complicado falar sobre isso, mas é o que nós precisamos tentar fazer para conquistar ou seduzir alguém. # 13 May 2010 às 20:15 Ana Mesmo não sendo uma ideia sua, você continua genial, pois conseguiu encaixá-la perfeitamente num texto brilhante. E o que seria das boas ideias, bons livros, filmes, músicas, se não pudessem ser compartilhados? Posso aguardar a lista de livros, músicas e filmes? Seria mesmo inviável? Beijo. Gostaria de comentar duas coisas da sua fala a respeito dos seus textos presente na resposta à “análise acadêmica” do Marcelo: 1) “É por isso que uso títulos meio bobos. “Vacuidade e impermanência nas relações” (um texto mais antigo)… Quantos parariam para ler?” Desde que não comprometa a essência dos textos, é compreensível preocupar-se com uma roupagem mais acessível, mas me pergunto se eu teria me aproximado deles se cem por cento das vezes eles se apresentassem como “Dicas infalíveis de sedução”! Digo isso porque foi o caráter desconhecido ou pouco usual de termos “bobos” como “vacuidade”, “meios hábeis” ou um clássico “relação abismal” o que me fez há alguns anos parar para lê-los. É claro que linguagem e dilemas da vida cotidiana que permeiam desde o princípio esses textos nos convidam por identificação a um mergulho, mas você sempre conseguiu fazer esse convite sem subestimar a inteligência de ninguém, ora descontruindo o vocabulário conhecido, ora apresentando-nos esse palavreado “bobo”. 2) “A editora não quer nem pensar num “Não2Não1: ensaios sobre relacionamentos lúcidos”. ;-) Então estou fritando a cabeça pra ver se sai um título mais charmoso.” Mais charmoso que “Não2Não1” eu acho difícil! Não sei se cabe a associação, mas lembrei-me da Tori contando que a gravadora, no início dos anos 90, queria que todos os solos de piano em “Precious Things” fossem regravados por uma guitarra, em prol de uma roupagem sonora mais “acessível”. Leonina teimosa, ela desenvolve no depoimento sua luta para se manter fiel a uma “audição interior” e como “Precious Things” é hoje uma das canções mais representativas de sua carreira. Cabe ponderar que às vezes um dado elemento singular funciona não como algo que afasta o outro, mas que atrai ou desperta a curiosidade. No mais, aproveito a oportunidade pra dizer que sou grato por esse seu portal que entre outras coisas levou-me à “Alegria de Viver” de Mingyur Rinpoche e ao meu primeiro retiro que veio a se dar há alguns meses no CEBB Darmata! Sensacional, Roberto. Muito bom mesmo saber que você fez um retiro no CEBB Darmata. Eu quero muito conhecer lá. Sempre vejo fotos. Acho que o João me falou de você: “Ah, veio um cara indicado pelo seu site”. hahahah É muito legal acompanhar essas histórias. Em SP acontece às vezes. Fico bem feliz. Bom, quanto à Tori, eu sou de Leão também, então veremos. O foda é que terei de bater o pé pois eles colocam como uma barreira intransponível: “Sem chance, não vamos publicar com esse nome”. ;-) E, sim, quanto à linguagem, concordo contigo. Eu mesmo nunca leria textos com títulos apelativos, por isso tento dar uma variada. Ao mesmo tempo, gosto MUITO de fazer pegadinhas e fisgar uma pessoa que vem esperando uma coisa e recebe outra, igual faço direto com o público no PapodeHomem. Abração!!! # 14 May 2010 às 04:02 Khandinho GITTI, Eu sou um Pua, e confesso que vc está tratando a todos nós da mesma maneira, tecnicas, artimanhas, falácias? Nem todos usam disso. Muitos nem chegam perto de workshops e etc… Vc pode muito bem ser um homem muito melhor se souber o que uma mulher quer de vc. Poucas atitudes transformam um homem sem brilho algum a uma chama que exerce sua luz sobre todo o ambiente. vc deixa rolar é o melhor conselho (como vc escreveu)… MAS É FATO QUE, EU SOU HOMEM — > Lógicamente eu quero a mulher cujo tenho interesse… e se eu a quero PAU NA MESA, eu vou, eu faço, eu tenho que fazer, é isso que os homens fazem, eles constroem coisas, eles brigam, eles fodem, eles dominam e muitas outras vezes se ferram por justamente serem… (adoro essa expressão que aprendi por aqui mesmo hauhua) O melhor caminho seria o caminho natural, mas aquele que em que existe percepção, estamos atentos ao que está acontecendo, se algo acontecer…Bom! se não acontecer Bom também! Vc escreveu: “O método supremo de sedução se resume a não ter estratégias. Esse é o golpe mais baixo que você pode usar com uma mulher. Vá a um encontro sem estratégias, sem esperar sexo, sem tentar beijar, sem tentar alegrá-la, sem se mostrar perfeito, sem tentar nada, sem esforço.” Poderia explicitar encontro? Vou partir de dois pressupostos 1) O cara ja tem um encontro, ou seja ele ja conseguiu de certa forma “seduzir” a mulher. 2) é a primeira vez que o cara encontra a mulher na vida, e vai até ela…Se vc vai ao encontro de uma mulher sem nada, sem intenção, sem masculinidade, sem vontade… a mulher vai com certeza te achar no mínimo um cara sem graça, sem pimenta (talvez ela se pergunte…”De onde surgiu esse zé mané?”) Vc mesmo cai de certa forma em contradição com este texto. Em outros textos (que por sinal são ótimos) vc demonstra certas atitudes, certos comportamentos… para se tornar mais sedutor/atraente… ou seja vc demonstra que tb é um Pua Eu comecei a ler o não2não1 justamente por ser um infeliz se tratando do mundo feminino, logo pensei, esse cara sabe mais que eu… vamos aprender algo (aprendi muito e continuo aprendendo… e não me canso de agradecer por ter entrado em contato com o livro do Deida, ele me ajudou muito, e de certa forma ajuda meus amigos e amigas, pois graças a algumas expêriencias eu aprendi um pouco, pouco o suficiente pra tornar as coisas mais lúcidas, para mim e para meus próximos) Sou grande fan dos seus textos, eu ja li seu blog inteiro, ja li vários textos por mais de uma vez (alguns estão salvos no meu pc) e uma coisa que ainda não te agradeci, foi a inclusão dos ensinamentos do Lama Padma Santem em minha vida (ja tenho vários videos dele do youtube salvos aqui) Em suma, eu só queria tentar de certa forma, te mostrar que nem todos os workshops são uma merda, e nem todas as “tecnicas” são perda de tempo, no fundo eu sei que vc sabe disso… E Para os caras que quizerem melhorar suas vidas. PAU NA MESA! Sem papinho furado… HOMENS!!! Seu corpo, sua voz, suas atitudes, seus hobbies… Eles demosntram masculinidade, então… façam um favor… quando forem abordar as mulheres, sejam audivéis, sejam interessantes (vc não vai querer interrogar vai? “Qual seu nome?” “O que vc faz?” “do que vc gosta?” sem essa ok!) sejam don juans, Tyler Durdens, Casanovas,James Bonds… Tenham um corpo que “exala” masculinidade. De fato vc não precisa ser isso ou aquilo, mas seja algo quando a encontrar, seja o dançarino, seja o sedutor, seja o romantico, seja o que vc quiser… mas seja com intenção, seja com vontade, seja vc mesmo! Uma versão melhorada de vc! 1)Conheça o mundo feminino 2)Seja homem, se vc não for ela terá que ser… 3)Tenha confiança em si mesmo, se vc não tiver, faça a mesma coisa até que adquira competência, com competência surge confiança! 4)Mulheres são emocionais, mexa o mundo delas, brinque com elas, ame-as, foda com elas, faça tudo que puder, mas faça com emoção, seja homem! 5) Seja o melhor que vc pode ser, não tema, não seja previsivel, seja sociavel, conheça pessoas, deixe que as pessoas te conheçam! 6)”NÃO SE APEGUE AOS RESULTADOS” (Vc é Pua Gitti, só não gosta de dizer que é um!) Um grande Abraço. Aguardo o proximo texto! # 14 May 2010 às 05:15 Khandinho GITTI, Eu sou um Pua, e confesso que vc está tratando a todos nós da mesma maneira, tecnicas, artimanhas, falácias? Nem todos usam disso. Muitos nem chegam perto de workshops e etc… Vc pode muito bem ser um homem muito melhor se souber o que uma mulher quer de vc. Poucas atitudes transformam um homem sem brilho algum a uma chama que exerce sua luz sobre todo o ambiente. vc deixa rolar é o melhor conselho (como vc escreveu)… MAS É FATO QUE, EU SOU HOMEM — > Lógicamente eu quero a mulher cujo tenho interesse… e se eu a quero PAU NA MESA, eu vou, eu faço, eu tenho que fazer, é isso que os homens fazem, eles constroem coisas, eles brigam, eles fodem, eles dominam e muitas outras vezes se ferram por justamente serem… (adoro essa expressão que aprendi por aqui mesmo hauhua) O melhor caminho seria o caminho natural, mas aquele que em que existe percepção, estamos atentos ao que está acontecendo, se algo acontecer…Bom! se não acontecer Bom também! Vc escreveu: “O método supremo de sedução se resume a não ter estratégias. Esse é o golpe mais baixo que você pode usar com uma mulher. Vá a um encontro sem estratégias, sem esperar sexo, sem tentar beijar, sem tentar alegrá-la, sem se mostrar perfeito, sem tentar nada, sem esforço.” Poderia explicitar encontro? Vou partir de dois pressupostos 1) O cara ja tem um encontro, ou seja ele ja conseguiu de certa forma “seduzir” a mulher. 2) é a primeira vez que o cara encontra a mulher na vida, e vai até ela…Se vc vai ao encontro de uma mulher sem nada, sem intenção, sem masculinidade, sem vontade… a mulher vai com certeza te achar no mínimo um cara sem graça, sem pimenta (talvez ela se pergunte…”De onde surgiu esse zé mané?”) Vc mesmo cai de certa forma em contradição com este texto. Em outros textos (que por sinal são ótimos) vc demonstra certas atitudes, certos comportamentos… para se tornar mais sedutor/atraente… ou seja vc demonstra que tb é um Pua Eu comecei a ler o não2não1 justamente por ser um infeliz se tratando do mundo feminino, logo pensei, esse cara sabe mais que eu… vamos aprender algo (aprendi muito e continuo aprendendo… e não me canso de agradecer por ter entrado em contato com o livro do Deida, ele me ajudou muito, e de certa forma ajuda meus amigos e amigas, pois graças a algumas expêriencias eu aprendi um pouco, pouco o suficiente pra tornar as coisas mais lúcidas, para mim e para meus próximos) Sou grande fan dos seus textos, eu ja li seu blog inteiro, ja li vários textos por mais de uma vez (alguns estão salvos no meu pc) e uma coisa que ainda não te agradeci, foi a inclusão dos ensinamentos do Lama Padma Santem em minha vida (ja tenho vários videos dele do youtube salvos aqui) Em suma, eu só queria tentar de certa forma, te mostrar que nem todos os workshops são uma merda, e nem todas as “tecnicas” são perda de tempo, no fundo eu sei que vc sabe disso… # 14 May 2010 às 05:19 Khandinho E Para os caras que quizerem melhorar suas vidas. PAU NA MESA! Sem papinho furado… HOMENS!!! Seu corpo, sua voz, suas atitudes, seus hobbies… Eles demosntram masculinidade, então… façam um favor… quando forem abordar as mulheres, sejam audivéis, sejam interessantes (vc não vai querer interrogar vai? “Qual seu nome?” “O que vc faz?” “do que vc gosta?” sem essa ok!) sejam don juans, Tyler Durdens, Casanovas,James Bonds… Tenham um corpo que “exala” masculinidade. De fato vc não precisa ser isso ou aquilo, mas seja algo quando a encontrar, seja o dançarino, seja o sedutor, seja o romantico, seja o que vc quiser… mas seja com intenção, seja com vontade, seja vc mesmo! Uma versão melhorada de vc! 1)Conheça o mundo feminino 2)Seja homem, se vc não for ela terá que ser… 3)Tenha confiança em si mesmo, se vc não tiver, faça a mesma coisa até que adquira competência, com competência surge confiança! 4)Mulheres são emocionais, mexa o mundo delas, brinque com elas, ame-as, foda com elas, faça tudo que puder, mas faça com emoção, seja homem! 5) Seja o melhor que vc pode ser, não tema, não seja previsivel, seja sociavel, conheça pessoas, deixe que as pessoas te conheçam! 6)”NÃO SE APEGUE AOS RESULTADOS” (Vc é Pua Gitti, só não gosta de dizer que é um!) Vejo a escrita como um veículo que nos levam a pessoas. Devemos nos perguntar: aonde vc quer ir com ela? Ao formatar um texto de tal ou qual forma ‘violentamos’ o estilo para dar não somente forma, mas também direção. Vc escreveu: “O método supremo de sedução se resume a não ter estratégias. Esse é o golpe mais baixo que você pode usar com uma mulher. Vá a um encontro sem estratégias, sem esperar sexo, sem tentar beijar, sem tentar alegrá-la, sem se mostrar perfeito, sem tentar nada, sem esforço.” Em ralação a Khandinho: Sem estratégia: Ao se dizer isso não se diz que não se quer sexo, nem beijo, nem alegria, mas apenas que a naturalidade dá conta de fazer isso surgir. A naturalidade e a espontaneidade traz tudo isso colado ao corpo sem artificialidade. O que se propõe não é um fim, é o método de trazer o encontro… apenas… Se um cara seguir isso (“Seja homem, tenha confiança, não seja previsíveil”), ele deixará de vivenciar (e oferecer pra sua mulher) uma das possibilidades mais interessantes num encontro amoroso: o erro e o brincar de não ser nada disso. Lembro bem de brincar muito com isso: “Ah, não, eu sou só um menino. E esse lance de sexo, hiper orgasmos… Acho cansativo, sei lá. Sabe, ter de fazer a mulher gozar, saber do ponto G, saber estimular o clitoris… Muita coisa, prefiro ficar na minha e só escrever sobre relacionamentos, mais fácil”. E quanto mais real eu parecia em minha afirmação, mais elas queriam provar que aquilo não era verdade, que eu não podia não gostar de sexo. ;-) Outra coisa que eu fazia logo no primeiro encontro: “Seguinte: eu sei que nossa sociedade valorizar o sexo, o beijo, mas vou logo avisando que acho tudo isso uma perda de tempo. A gente sua por horas e não sai do lugar, não faz nada de produtivo e ainda corre o risco de pegar alguma doença ou de pegar o próprio filho no colo depois de 9 meses”. É hilário brincar diretamente com as expectativas que normalmente ficam por baixo do pano: “Será que vai rolar sexo com ele hoje, logo de cara?” / “Será que ela vai dar pra mim logo na primeira noite?”. Você pega isso e joga na mesa. E ambos riem. Além desse brincar, o ERRO mesmo, pra valer, sem encenação, é maravilhoso. Quando você se mostra inseguro, quando faz algo inadmissível no manual para homens, quando enfraquece… O modo com que você permite espaço pra isso acontecer e como lida com isso sem se justificar, sem camuflar, sem tentar parecer outra coisa, completamente exposto, bem, isso pra mim é ser muito mais homem do que um cara que fica tentando ser homem, como se “ser homem” e “ser mulher” fossem alguma coisa específica. Na Cabana PdH, nosso treinamento é esse. E vejo belos exemplos por lá de que isso é um caminho muito mais profundo do que seguir manuais de sedução (e que usa os relacionamentos para melhorar a vida como um todo). Abração! # 14 May 2010 às 12:51 sandra coelho Oi Gitti, Há algum tempo, tive o seguinte diálogo com um rapaz: Ele: “Eaí…quando vai ser esse barzinho?” Eu: “… na sexta-feira um happy hour com musica ao vivo…” Eu:” Voce tem TODA RAZAO em achar isso.” “REALMENTE, essa MINHA proposta foi, no minimo, IDIOTA, INFANTIL e INDESCENTE.” “Tenho curiosidade em conhecer voce,” “Tenho vontade de conhecer voce.” “Mas também tenho medo de me encontrar sozinha com voce, pois até hoje, todas as pessoas que conheci sempre me foram apresentadas por alguem que eu já conhecia.” “Por isso todas as minhas propostas envolviam pessoas e ambiente que me eram familiar.” Ele: “Rsrsrsrsrsrs…vc deve ser muito engraçada…calma…eu entendo perfeitamente…isso também é estranho pra mim…” “posso encontrar vc em um local extremamente público local X, já ouviu falar?” Eu: “HAHAHA……seria cômico se não fosse trágico !” “Local X, conheço. É um bom local.” ———————————————————————- Nos meus relacionamentos, praticamente todas as vezes em que eu assumia o meu erro (enfraqueci, me mostrei insegura, não me justifiquei, não camuflei, não tentei parecer outra coisa, enfim, completamente exposta) era muito bom para ambos. Geralmente, ríamos do ocorrido. O rapaz passava a se sentir mais à vontade e assumia os erros dele também. E tudo fluía com mais naturalidade. Quando assumimos o erro, retiramos o controle das mãos do personagem e o devolvemos a nós mesmos. A partir desse momento, estamos livres para brincar da forma que quisermos, pois seremos nós a comandar o personagem. Beijo. # 14 May 2010 às 19:01 Mario de Souza Que bom que meu comentário deu a ideia para você fazer este ótimo artigo.Estou orgulhoso hehe ;) A grande sacada do artigo foi usar o Kramer como referencial.Ele exemplifica muito bem! haha Além dele, o Hank Moody é um ótimo exemplo. # 14 May 2010 às 21:36 J. Soares Gitti, Gostaria primeiramente, e principalmente, parabenizá-lo pelo seu trabalho aqui no blog e no pdh. Seus textos são MUITO bons. Antes de conhecer seu blog meu relacionamento quase foi pro ralo. Eu e minha noiva nos gostamos muito, mas não nos endentiamos na cama. Eu sempre tive uma formação religiosa (católica) muito forte, e achava que sexo e espiritualidade eram coisas imcompatíveis. E por isso as coisas não iam bem nem no sexo nem na espiritualidade. Seus textos, e também o livro do Deida, me ajudaram bastante a compreender melhor e acertar as coisas. Espero poder continurar acompanhando ainda por muito tempo seus escritos. Se me permite, gostaria de fazer uma observação com relação ao livro do Não2Não1 que você está preparando. Li o livro do PdH (que ficou muito bom) e senti falta das imagens que tem no blog. Elas ajudam a interpretar e discontrair a leitura. Se possível, inclua imagens em seu livro que ele ficará ainda mais agradável. Sobre o livro: não tínhamos como manter as imagens (por questão de direitos autorais) e não havia verba nem tempo para produzir imagens para todos os posts, via fotografia ou ilustração. Para o livro do Não2Não1, não haverá imagens nos textos, apenas arte de capa e talvez em seções, entendeu? Eu gosto de valorizar o texto mesmo, igual um livro tradicional. Curto muito texto puro sem firula. Por mim os textos no PapodeHomem seriam todos em TXT hahahaha Mas a galera gosta desse entretenimento e leitura agradável. ;-) Quando comecei o Não2Não1, era assim também, sem imagem alguma. Hoje sinto falta daquilo, meio que sou obrigado a colocar imagens e fazer chamadas. Gosto da ideia de apenas haver um título e o texto, meio que sem restringir ou direcionar a leitura com uma imagem ou outra, o que sempre acontece. […] e damos maior atenção para as bonitas e atraentes, afinal é com elas que despejamos todo o arsenal de olhares e indiretas, depois de tudo escasso e quando sem sucesso, ainda resta como única alternativa a amizade […] # 15 May 2010 às 12:12 Dyana Olá Gustavo, Muito bom o texto, como todos os outros! Obrigada pela indicação do livro “Mulheres que correm com os Lobos”. Agora estou querendo comprar outro livro por vc indicado: The Way of the Superior Man – David Deida. Por favor, responda-me se há tradução em português. Eu ainda não entendo a lógica pela qual as pessoas leem Gitti e pronunciam Guitti. Seria como ler Gilberto e falar Guilberto. ;-) # 17 May 2010 às 07:10 Lara Aiai… é com esse suspiro de relaxamento e tranquilidade que termino de ler mais um texto e todos os comentários. Caras e caros, eu ADORO estar aqui e adoro muito essa perspectiva toda de ver a vida e as relações. É incível! Tudo tão simples, tudo tão profundo – não necessariamente fácil, claro – aliás, mais pra difícil do que pra fácil: desenrolar o novelo que a gente mesmo (pessoalmente, culturalmente, historicamente, biologicamente..socorro!!!!) emaranhou e tecer as coisas “descompromissadamente”, não no sentido de menosprezo, de não-coprometimento, mas de lançar as sementes e não ficar conferindo se brotou, o que brotou, qdo brotou (tipo feijão no algodão qdo criança né?). A gente tá + acostumado, consciente ou incoscientemente, com o atalho do que com o peito aberto na estrada. Tô lendo um livro em que o autor coloca O MEDO como extremo oposto DO AMOR. E onde estão plantadas nossas tensões? No MEDO. Os textos têm feito mto bem para mim, tenho notado minha abertura; meu casamento agradece, obrigada. :-P Sandra, é o popular “Conversando com Deus”, por Neale Donald Walsch. São 3 livros, I,II e III. O que me referi é o I. Não há uma parte específica sobre Amor e Medo, é uma elucidação que ele (ou Ele) faz já no início do livro. abraço! Lá # 18 May 2010 às 16:15 sandra coelho Lara, Suas informações e observações foram devidamente anotadas. Muito obrigada ! Abraço ! Sandra Coelho. # 18 May 2010 às 19:50 Vontisse Nossa, que texto ótimo!! *suspira* Obrigadapor compartilhar! É a minha primeira vez nesse site, e li não só o texto como também todos os comentários. Comentários com tanto conteúdo quanto o texto.^^ E sim Lara, esse livro “Conversando com Deus” é o MRLHOR LIVRO QUE EU JÁ LI. Realmente é algo quase inacreditável. Recomendo a todos e se pudesse daria uma cópia para cada pessoa que eu conheço. Beijos! # 19 May 2010 às 20:07 Mel Muito bom o texto, Gitti. Muito bom meeesmo! Já te leio há mais de 1 ano e confesso que tenho trabalhado em mim, de forma honesta, alguns aspectos que você continuamente aborda. Tenho tentado internalizar uma linha de comportamento, que você bem descreve, problematiza, fala sobre. Mas, na vida, nos encontros, nas minhas vivências é como se eu fosse uma espécie de exceção. Eu fujo dos joguinhos, e tu não sabe o quanto me faz bem isso… mas o 1º cara bacana que me aparece, quer que eu jogue o joguinho da paquera, da conquista. “Mina” completamente a minha linha, isso porque eu de fato estou interessada pela pessoas, mas como não sigo “as regras”, acaba por não dar certo. Essa aversão por joguinhos só traz mais fechamento. Abra-se a eles. Entre no mundo das pessoas, sinta a alegria que vem em falar a língua da pessoa que está à sua frente mesmo quando é uma língua feia, restrita. E depois sinta como é ensinar outras linguagens a ela, como ela fica feliz com isso. Fugir do contato, fugir dos jogos, fugir das regras e das convenções só nos deixa fechados, sozinhos, infelizes. Melhor é ser livre e avançar sobre tudo com um sorriso no rosto, ativando essa liberdade nos outros também, sem nunca achar que há alguém que não esteja nesse mesmo barco, querendo a mesma coisa, com igual potencial de profundidade. Desse modo, seu tesão só vai aumentar e você não vai se sentir “minada”. […] conversamos sobre contas afrodisíacas, “dicas infalíveis” de sedução e posições sexuais internas. Agora o tema é impotência, considerando homens que não sofrem de […] # 24 May 2010 às 22:14 Lucinda Gitti, Estou lendo seus textos a alguns dias, mas como á disse em outros comentários em seus post hoje… li varios… me emocionei muito e aprendi tambem. Bom como diria o grande Daishonin “”Ensinar as pessoas significa lubrificar as rodas para que as mesmas possam girar; ou fazer flutuar um navio para que o mesmo possa ser movimentado facilmente.” ….. Quando vi o título do seu texto somado com a foto do Grande Krameer não sabia o que esperar… seria uma grande brincadeira ou vc estaria partindo para uma escrita um tanto auto-ajuda. Você sempre ensina mesmo comentando, mesmo sem querer, é algo muito presente nos seus textos, eu penso. Mas não como sempre usou do seu gittianismo (é classifiquei vc assim akak), que tanto me encanta e encanta todo esse pessoal que te lê. Posso te dizer que por caracteristtica sempre fui alguem que sempre teve muito amigos (a maioria homens), eles sempre foram sinceros comigo, algumas coisas que voce falou acima já houvi deles, porem a maioria fala mas não aplica esses pensamento,eu era muito adepta a fugir de tudo aquilo que a mel falou acima, depois do lovecode, mudei realmente incrivel mas mudei, agora sou mais relaxada nesses assuntos de sedução e tenho a tendencia a me entegar não me preocupo muito com o amanhã, pois já vivo em uma profissão extremamente recional então… algo tem q ser do jeito que gosto neh … livre acho que é nova paralvra importante pra mim.. # 4 June 2010 às 16:44 Paula Teixeira Ei Gustavo … Eu sofro muito no amor. Tenho 25 anos e, até hoje, não estabeleci relacionamento sério com ninguém … o maior durou apenas 2 meses … levei um pé na bunda “do nada” !!! Sou do tipo pessoa correta … gosto tudo preto no branco, trabalhadora … enfim … tenho qualidades impessoais valorizadas e que admiro também … Peco pois fico muito tímida e ríspida com os homens por medo de ser rejeitada … porque normalmente é isso que acontece quando me interesso por alguém … desde os meus 13 anos é assim … um fora atrás do outro. E vejo mulheres burras, pouco informadas, trapaceiras … com vários homens aos seus pés … gostaria de saber por que você acha que isso acontece … Quanto a mim … tenho que voltar pra terapia. # 7 June 2010 às 01:34 Leonardo Costa Mais um belo texto e esse especialmente tem me ajudado muito a lidar com as coisas que surgem, sejam boas ou ruins. Vi que o meu principal problema com as mulheres não é a timidez e sim a agitação de tentar algo. Sempre que relaxei, sem tentar agradar, as coisas rolaram, sem esforço. Espero superar os meus obstáculos e poder ajudar os outros tbm. uma sugestão sobre o nome do livro: Não2Não1: “Relacionamentos mais vivos e contagiantes” # 14 June 2010 às 02:10 Victor Hugo Para ler ouvindo “Free Bird”, do Lynyrd Skynyrd. Estava ouvindo a música e lembrei deste texto. Abraços! # 14 June 2010 às 17:55 Eduarda Bomm, eu gostei muito do texto. O que acontece comigo, é que eu terminei um relacionamento de 1 ano.. eu ainda estou muito apegada a isso tudo, não me acostumei com a falta. Nem sei se sei seduzir ainda.. rsrsrs.. mais serviu de incentivo pra saber que não existe formula secreta pra voltar a vida de solteira e aprender a seduzir dinovu, devagar, tenho certeza que vai ser uma delicia de experiencia novamente! # 30 June 2010 às 23:27 marco aurelio Realmente o fato de nao se preocupar no primeiro encontro é interessante, pois quando conheci minha mulher eu sai direto do serviço, com uma roupa desmazelada, nao tinha nem como tomar banho antes, pois ela ja estava me esperando no centro e tinha que ser naquele dia e naquela hora, pois era dificil para ela poder vir novamente ao centro de curitiba, ja que ela morava em outra cidade proxima, entao, vai assim mesmo eu pensei e seja o que Deus quiser, rsrsrs, mas foi sem neura, sem me preocupar em fazer algo para conquista-la ou para agrada-la, tipo como um engodo, fui o mais natural possivel, sem forçar nada e sem nenhuma situaçao a vista, apenas para conhece-la pessoalmente, sem compromisso, se pintasse algo melhor, se nao…. e acho que foi isso que vc escreveu acima que rolou, o fato de eu ser e estar o meu mais natural possivel. mas as outras dicas sao mto bem vindas, pois conquistar uma mulher para sempre nao é uma das tarefas mais faceis nao, pois a cada dia e a cada coisa que a gente faça pode por tudo a perder ou tudo a ganhar, depende de como costumo sempre falar em todas as coisas que a gente faça, o que conta é “o como” e nao “o que” a gente faz, valeu ola eu sou ha maria e tenho 18 anos gostei muito de saber de algumas dicas para cunquestrar um homem realmente estou ha percisar muito de concelhos …. mas tenho uma pequena duvida eu tive um acto sexual com o meu namorado nu dia 11 desre mesmo mes sera que estou gravida porque nesse acto pela primeira ocorreu um corrimento de sangue mas sim eu tomo ha pirula logo nu dia 18 estava fazendo ha pausa para vir ha mentruacao e ate agora ainda n deu sinais nenhuns o que devo fazer ? alguem me ajuda brigado pela atencao abraco # 21 July 2010 às 14:24 Eduardo Thomé Pois é, Gitti, acredito de verdade no que foi dito sobre PuA’s. O efeito PuA pode até dar certo, como de fato mostrou acontecer com os famosos Don Juans de Hollywood ou Tocantins =). Mas pelo contrário do que os homens querer, acredito eu que a gente ruma pra um caminho sem saída. Ou os caras querem viver de conquistar e viver uma vida medíocre de sexo e ego inflando mais e mais?! E, dessa vez eu admito, estupenda a forma como colocou. É a tão e velha sacada dificuldade em lidar com nossos Sentimentos: “É uma troca que funciona, sim: você troca insegurança por orgulho, você esconde o apego com uma noite de mil prazeres, converte medo em sensação de poder/controle e assim vai. Mas isso tem limite.” O limite disso é o preço mais caro que se pode pagar ao se querer tapear antes dos outros , a sí mesmo. Acho que se tivermos um pouquinho de Amor, e ainda um amor Próprio, a gente é capaz de nos entregar como A melhor Pessoa na Terra. De maneira espontânea sem estratégias ou camuflar alguma coisa, é que a gente vive a realidade, a forma como ela é. Eu mesmo vivo a obssessão de viver sob o meu controle, controle das situações, pra nao perder a cabeça, de ser uma pessoa certa ou ser bem visto. São as minhas máscaras. Mas e se eu tirasse? Por 5 minutos.. será que ainda sim continuaria respirando?!! que sufoco cara!!!!!!!!! Um abraço no coração ar # 22 July 2010 às 04:42 Cris Rodrigues Cara!!!!! Adorei seus textos! São excelentes. Sem muitos comentários porque tô doida pra ler o restante sr sr sr sr […] nunca entende exatamente qual é sua principal arma de sedução. Se soubesse explicar, se tivesse truques específicos e replicáveis, seria previsível, não teria tanta força.Sendo assim, listamos sete perfumes noturnos para os […] # 21 September 2010 às 19:38 deborah eu não entendi muito bem esses dois pontos.. teria como me explicar de outra forma: 2. Manifeste, do seu jeito, as qualidades do feminino. Descrever quais elas são seria limitá-las, mas explore movimentos, gestos, pensamentos, ideias, formas e sons. Participe de um grupo só com mulheres, integre-se de algum modo à natureza, perca-se em seus próprios rituais, flerte com a arte, brinque, solte-se, mexa os pés de outros jeitos, dance. 3. Contemple a estabilidade que existe no meio de suas oscilações. Não descarte as oscilações, mas contemple a luminosidade incessante de seus movimentos. Fazendo isso, você poderá oscilar ainda mais, usar fúria ou molecagem, sem sofrer e se confundir tanto. # 29 September 2010 às 01:49 Sr. Zé Olá Gitti! Cara Perfeito Seu texto, você me fez ver algo que realmente não enxergava. Eu estou passando por um momento, muito difícil e estranho. Tenho um relacionamente de 2 anos, que vão se completar semana que vem, minha namora é um espetáculo de mulher, inteligente, livre, linda…. Ao ver de todos, eu sou perfeito para ela, atencioso, romantico, dedicado. Mas de uns tempos para cá ela parece ter morrido, não encontro mais a namorada que tinha, pouco romantica, poucas vontades, fria, distante. A uns meses percebi que só tenho bombardeado seus ouvidos com meus problemas pessoias, familiares, quando saimos fazemos algo que poderia ser especial, tento programar tudo e vejo que não foi 100%, ao ponto dela falar para mim após uma ida ao Motel ” Você fala tanto que tá com saudade e não parece quando estamos só eu e você”. Acho que essa de querer fazer tudo muito programado, nada espontâneo, está afastando cada vez mais o espetáculo de mulher que eu sempre tive. Estou ficando louco, pois já chegou ao ponto dela fala que não sabe mais se quer namorar, olha onde isso foi parar. Acho que esse texto me fez enxergar uma retomada, trazer o magnetismo para nossa relação novamente. Com tudo isso você sugere algo?, fico um pouco confuso com medo, como surpreende-la sem prever nada? Sei que é possível, mas na minha cabeça fica muito difícil. Será que nosso aniversário de namoro, seria uma boa data para o novo? Mas fiquei com algo na cabeça: Como sair desse joguinho do “eu não tô nem aí pra você”? Por exemplo, a mulher percebeu sua atração por ela e – misteriosamente – começa a ficar distante, estranha. E aí bate aquele desespero. O que fazer quando cair nesse jogo? Não agir? Esperar? Dói tanto, cara! O problema não é o jogo existir, mas ele ser a única opção, a base da relação e dos seus movimentos. Se você não tem essa base, o jogo é ótimo, ele fica engraçado, dá para entrar e sair, dá para brincar com ele em vez de ser movido e sofrer. O importante é usar as experiências para lidar com medo, rejeição, abandono, carência. Não tentar se dar bem ou vencer, mas tomar tudo como oportunidade para liberar essas estruturas de sofrimento e confusão. Posso dizer a todos voces com convicção que o mais importante para um bom relacionamento sexual é a necessidade do casal conversar sobre o que cada um gosta que seja feito durante o sexo e acima de tudo é preciso conhecer um ao outro. Tenho um relacionamento desde os 15 anos.Apenas transei com meu atual marido e no meio do casamento tivemos problemas procuramos uma psicologa que éra muito ruim, depois outra, até que pensamos que nosso problema era sexual e entao encontramos uma profissional que era terapeuta sexual de casal. Começamos a fazer terapia e durante muito tempo não falamos sobre sexo, nos discubrimos de forma individual e conjunta e automaticamente nosssa relação sexual foi evoluindo muito bem . Hoje estamos bem, sentimos muita vontade de fazer sexo. É preciso conversar sobre tudo até o que não gostamos e temos vergonha de falar. Isso reslve e muito # 29 November 2010 às 13:35 Belasco Irado o Texto Gitti. E te digo + …veio em boa hora. Abraço. # 1 December 2010 às 12:02 Rafael Olá Gustavo estava lendo esse texto e um comentário me chamou atenção que seria esse ”que não consegue propor muita coisa sacana, que tem medo ou respeita demais. Aí, quando rola sexo, esse cara não consegue elevar a energia do lance, não consegue explodir. É como se ele não sentisse tanto prazer e, com isso, ela não consegue pirar, enlouquecer.” bom eu tenho 19 anos e ainda sou virgem e tenho duvidas mais não tenho com quem conversa e gostaria de saber como posso me tornar uma pessoa mais espontânea pq quando estou em um encontro eu fico assim preocupado se a pessoa está gostando e quando rola o beijo e eu fico não sei se é medo ou respeito mais eu travo e acabo ficando só nos beijos sem saber onde até onde posso avançar! # 6 February 2011 às 08:12 Shayana Nossa estou impressionada com tanta clareza mental. Realmente tudo que você disse corresponde muito com o que acontece, com como devemos agir. Sábias palavras. Sem contar que o look do texto ficou show. Parabéns! # 9 February 2011 às 01:49 Luz “Ou seja, quanto mais prazer você estiver sentindo, maior a abertura que vai oferecer para que o prazer surja nela também.” Qd transo, sinto prazer com o prazer do outro. Certa vez meu namorado perguntou o porquê de fazer sexo anal se eu ainda sentia dor e respondi dizendo que o meu prazer era proporcionado pelo prazer que tudo aquilo provocava nele. Isso tem relação com o que vc mencionou acima ou eu tô misturando tudo aqui? rsrs Sim, Luz, essa é uma das consequências e provas do que afirmei (nada de novo, coisa que qualquer psicanalista sabe faz tempo). # 24 February 2011 às 07:43 Paulo Excelente texto, cara! um raciocínio muito claro e direto. gostei bastante do trecho sobre coisas “impessoais” e “pessoais”, meu relacionamento está meio que esfriando e eu notei que foi exatamente por falta dessa parte impessoal. acho que sem isso o relacionamento perde muito daquela coisa leve e tranquila de se gostar de alguém… # 10 March 2011 às 05:43 Magno Gênio! # 3 May 2011 às 10:56 Thais Nossa, só li hj este texto e adorei!! Já saí com um cara que não conseguia fazer nada de tão travado de “medo” que ele estava, de eu não gostar do que ele estava fazendo… Já meu ex-namorado era muito seguro de si e não se importava comigo…. Agora vou te falar.. este meu namorado é o máximo, mas tem hr que cai na rotina.. O que fiz?! Me fantasiei!! Ele?? Amou!! Foi super gostoso e divertido e o melhor: saiu da rotina e o relacionamento voltou a tona, com os desejos e fantasias do começo!! Bjs! # 5 May 2011 às 23:11 Dinis Não vou dizer que não gostei do seu texto. A ideia que o titulo dá, ou ao menos, deu a mim, foi que trarias algo relacionado com a sedução a uma desconhecida. Ou a alguém que tendencialmente, não tá nem aí pra ti, ainda que te conheça. Há várias situações que acho necessárias retratar nesse campo da sedução. A sedução: na Discoteca (viu gostou e seduziu. Não tem, necessariamente, que levar a cama, mas se sim, melhor); A sedução da colega de trabalho (aquela boazona, que não tá casada, apresenta sempre um ar fresco de quem está feliz, tem uma data de homens a tentá-la e para piorar, jura que não se mete com colegas); Sedução na rua (voçe está numa avenida, vê uma mulher de matar e sabe que se não for agora, jamais a verá, pois a cidade é vasta); Sedução no restaurante (uma mulher independente, está almoçando sozinha, e você sabe que não é piranha não. Como chegar a ela e criar o interesse? Receber seu telefone e ter algo depois). Enfim, são várias e uma delas seria, também, como vencer o medo (aquela dor no estomago, aquele medo da rejeição). Há homens que parece que já sabem como conversar com qualquer mulher. Será que existe a “conversa ideal”? E para finalizar, a outra resposta que esperava ver e não a vi é aquela da meia sedução. Você se encanta com ela e ela também. Mas, ao saírem e no meio do processo, tudo morre. Ela já não está encantada! Porquê? Que fizestes? Uiiii… O comentário foi meio longo. Mas, acho que vale a pena. Mas, deixou a vocês o “julgamento final”. Me lembra a técnica de Kung-fu: “Do Bebado”, que é quando agente aproveita a ação para uma reação. é uma forma de lutar expontânea e de auto nível de eficiência. # 26 January 2012 às 19:53 Lost Curti muito o texto, algo diferente do que encontramos nesses “manuais da sedução”. Gostei do “não seduzir” pois já observei muitos casos em que tirei aquele olhar de te quero de mulheres que não tinha minima intenção em querer, apenas conversando naturalmente, sendo totalmente natural ao ponto de ficar totalmente relaxado e ser sincero expondo detalhes e coisa engraças da minha vida que não falaria a uma mulher q estivesse afim, com receio do que a pessoa vai achar.
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Mulher morre na UPA de Goianésia por falta de vaga em UTI A lavradora Hilda Ferreira da Silva , de 58 anos, faleceu na noite da última terça-feira, (17/5), na Unidade de Pronto Atendimento - UPA - de Goianésia após aguardar por mais de 24 horas por vaga em alguma Unidade de Terapia Intensiva - UTI - do Estado, uma vez que nosso município não dispõe de nenhum leito. Em conversa com o repórter Dener Rafael, Késia Ferreira da Silva, filha de Hilda, relatou que a mãe procurou atendimento na UPA na segunda-feira, 16, com tosse, febre e tontura, no entanto, após realização de exames foi detectado que ela havia sofrido um infarto. “Minha procurou a UPA na segunda-feira tossindo, dando febre e tontura, pensávamos que era pneumonia, mas ontem [terça-feira, 17,] o médico nos falou que tinha dado infarto e que o caso dela era gravíssimo e necessitava urgente de uma UTI”. Késia lamentou a morte da mãe e disse estar sem entender, uma vez que falaram para a família que havia saído uma vaga na UTI do Hospital de Urgências de Anápolis - HUANA. “A gente fica indignado porque ela deu entrada lá já em estado grave, segundo os médicos, e que era urgência arrumar uma UTI e eles ficaram fazendo o possível lá com ela e segundo eles tinham saído uma vaga no HUANA, só que mais tarde já não tinha mais e minha mãe estava necessitando urgente dessa vaga na UTI e infelizmente ela veio a falecer sem o socorro”. Em outro momento, segundo Késia, a família foi informada que a paciente não foi encaminhada por falta de uma UTI móvel que pudesse transportá-la com segurança até Anápolis. “A gente fica sem entender porque segundo eles estava faltando a vaga na UTI, não a UTI móvel, aí depois já falaram que a vaga tinha saído, mas não a UTI móvel. A gente fica sem entender. Espero agora uma resposta deles né, pra saber o que aconteceu com ela. Porque que esta vaga não saiu tão imediatamente, por mais que seja difícil, e a gente quer uma resposta. Uma resposta certa”. Outro lado Em nota a Secretária Municipal de Saúde esclareceu que no mesmo dia que Hilda deu entrada na UPA a vaga na UTI foi solicitada. Até o Ministério Público de Goianésia solicitou vaga através do Centro de Apoio Operacional da Saúde, porém, sempre a resposta era de que não havia vaga. Posteriormente a paciente sofreu duas paradas cardiorrespiratórias e na segunda os médicos não conseguiram reverter o quadro. Confira abaixo a íntegra da nota. “A senhora HFS, deu entrada na UPA no dia 16/05. Às 17h00 do mesmo dia foi aberta regulação no SAMU 192 com protocolo 166446526 e solicitação em Goiânia com protocolo 75531619739, ambas as solicitações pra UTI vaga zero. Ficamos aguardando a liberação do leito de UTI e após inúmeras tentativas e negativas foi realizada atualização do quadro clínico da mesma e aberto novo protocolo 166493039 e continuamos aguardando. Foi acionado também pelo Ministério Público de Goianésia uma solicitação no Centro de Apoio Operacional da Saúde - CAODAUDE - ligado ao MP, que auxilia na busca de leitos. Tentamos também de forma independente conseguir esta vaga porém sem sucesso e sempre com a resposta: está tudo lotado. Bom, a paciente em questão estava fazendo uso de respiração mecânica em bomba de infusão com uso de drogas (medicamentos) pro caso em questão, sendo assistida pela equipe médica e de enfermagem. Fez uma parada cardiorrespiratória - PCR - que foi revertida e posteriormente fez outra PCR com RCP por cerca de 35 minutos e infelizmente veio a óbito. É certo que a mesma necessitava de uma assistência mais refinada, de cuidados intensivos, porém sem sucesso. Esta questão de falta de leitos de UTI não é uma situação que não vivenciamos de hoje, e sim de uma longa data. Os leitos não são regulados pelas Secretarias Municipais de Saúde nem de Goianésia e nem de outros municípios e sim por uma regulação ligada a um complexo regulador central, porém, pra conseguir encaminhar necessita da vaga, e sem a referida vaga não libera o paciente pra ir batendo de porta a porta dos hospitais implorando pra serem atendidos. Realmente não é uma situação fácil, nem pra família e muito menos pra nós que estamos à frente das demandas da sociedade. Fico triste em ver que alguns usam está situação pra marketing pessoal ou como trampolim para os holofotes. Acho realmente que os meios de comunicação de nossa região, devem expor esta situação como é feito de forma diária ou semanal pela rede Globo, SBT e outros, e me coloco a disposição caso necessite de informações. Meus sinceros sentimentos a família”. Faltou vaga em UTI ou UTI móvel? O repórter Dener Rafael, ainda questionou o secretário municipal de saúde, Marcelo Gomes , se faltou a vaga na UTI ou se faltou uma UTI móvel para transportar a paciente até o HUANA. Em resposta a indagação, Marcelo Gomes afirmou que não havia saído a vaga, até porque as ambulâncias do município estão todas funcionando. “Não procede [a informação]. Saiu esta história mesmo, só que confirmei com a regulação do SAMU 192 e não teve liberação de vaga momento algum. Nossas ambulâncias, inclusive a UTI [móvel] estão em ativas e sem ocorrências de segunda pra terça”, finalizou. Foto: divulgação COMENTÁRIOS Os comentários aqui postados expressam a opinião de seus autores, responsáveis por seu teor, e não do Jornal Populacional
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Fluminense: provável escalação, as últimas da negociação por Óscar Romero e muito mais! 1 – DIEGO CAVALIERI → Fora do treino de sexta, o goleiro Diego Cavalieri treinou normalmente neste sábado e está confirmadíssimo para o duelo de amanhã do Fluminense contra o Vitória, às 19h30, no Estádio do Barradão, em Salvador. 2 – HENRIQUE DOURADO → Contratado para substituir o centroavante Fred, Henrique Dourado realizou, na manhã deste sábado, a sua primeira atividade com bola junto ao elenco do Fluminense. O “ceifador” participou do famoso “rachão” nas Laranjeiras, antes do duelo contra o Vitória. O camisa 89 ainda realizou um trabalho físico específico. A estreia com a camisa tricolor ainda não está marcada, mas deve ocorrer em, no máximo, dez dias. 3 – MARCOS JUNIOR → Recuperado de uma pubalgia, o atacante Marcos Junior está relacionado para o duelo do Fluminense contra o Vitória. Ele deve ficar no banco de reservas. 5 – ÓSCAR ROMERO → Segundo o jornalista Renan Moura, da Rádio Globo, a negociação entre o Fluminense e Racing envolvendo o meia Óscar Romero, ganhou mais um capítulo: o Tricolor não possui verba suficiente para realizar o pagamento à vista. A diretoria do clube argentino já avisou que não possui interesse em receber o pagamento dividido em algumas parcelas. Além da questão da forma de pagamento, o clube argentino já avisou que deseja US$ 9 milhões. O Fluminense aumentou a sua proposta de US$ 6 milhões para US$ 7 milhões. A negociação continua conduzida pelo empresário Régis Marques, que também está negociando a ida de Alexis Rojas, do Sportivo Luqueño para o Fluminense.
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Unhas Decoradas com Fio de Ouro: Tendência, Como Fazer As unhas decoradas estão muito em alta e agradam a maioria das mulheres que gostam de estar sempre linda e bem cuidada. Deixar as unhas decoradas é um carinho com si mesma indispensável, que deixa a mulher mais charmosa, enfeitada e moderna. Um lindo modelo de unhas decoradas são unhas com fio de ouro. Clássico e discreta, é uma decoração de unhas com uma fita dourada, que compramos em casas de artigos para beleza, que você vai colar nas unhas deixando-as lindas, lindas, com um visual de muito bom gosto e chique. Veja como fazer o passo a passo para unhas decoradas com fio de ouro: primeiro você vai passar esmalte nas suas unhas, da cor escolhida e limpe as bordas. A cor preta, muito na moda atualmente fica muito bem com fio dourado. passe a base em uma unha e cole a fita ou fio dourado onde quiser com a ajuda de um palito. A fixação do fio de ouro deve ser feita unha a unha, sempre passando a base, que será a cola do fio dourado. Corte as sobres do fio dourado com um alicate. passe o extra brilho depois de colocar o adesivo ou fio dourado, finalizando as unhas decoradas. Lindo trabalho de unhas decoradas, para brilhar e nimguém por defeito.
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Simplesfica: empresa cria método pra reuniões produtivas Kaluan Bernardo em 12 de agosto de 2016 Qualquer pessoa que vive no mundo corporativo sabe o quão ruim podem ser reuniões sem foco ou desnecessárias . Muitas vezes há um monte de gente que não precisava estar ali, discutindo por horas um tema que poderia ser resolvido por email, para chegar a uma conclusão que não é colocada em prática. A Simplesfica quer ajudar a mudar isso e te ajudar a ter reuniões mais produtivas. A empresa foi criada por Flávia Redivo e Luiz Pellegrini. Eles têm um método chamado Kairós que ajuda os trabalhadores a encontrarem o propósito das reuniões e assim fazerem encontros mais produtivos e objetivos. Mais do que apenas ajudar a criar reuniões melhores, o verdadeiro objetivo da Simplesfica é auxiliar as pessoas a retomarem seu tempo para poderem acabar tudo o que têm no trabalho e viverem tranquilamente fora do ambiente corporativo. “A pessoa tem todo esse tempo sequestrado na reunião, mas as tarefas dela continuam em cima da mesa. E aí passa a ser normal ter jornadas de 11, 12 horas. Saem tarde e não têm tempo para viver a vida. Isso precisa mudar”, diz Luiz. O prejuízo para a empresa não se traduz apenas nas horas perdidas. Também se resume a funcionários estressados , que consequentemente se tornam menos produtivos e infelizes, podendo chegar a extremos como a síndrome de Burnout. Foto: Divulgação Mas afinal, como fazer reuniões produtivas? Flávia conta que, antes de tudo, é necessário identificar as reuniões. Não são só aquelas que acontecem com agenda marcada em uma sala reservada. São também emails, bate-papos no pé da máquina de café. “A maioria das reuniões acontecem de forma informal, mas quando você não considera aquilo como uma, ela não tem propósito e nada fica resolvido. Acabam com um clássico ‘a gente troca email’ e mais nada acontece”, resume Flávia. Foto: Reprodução/Site Mas, se tanta coisa é reunião, como aproveitar essas conversas? Com planejamento . O primeiro e mais essencial passo é definir o propósito. Muitas vezes, na pesquisa e busca pelo propósito, você já resolveu a questão e nem precisa marcar reuniões. Conhecendo seu objetivo, determine qual o resultado que precisa ser almejado já no próximo encontro. Só com o propósito em mãos você poderá entender o custo de oportunidade das reuniões . É necessário levar em conta desde o valor da hora de cada funcionário até o café e o táxi que ele irá gastar. Nessa, muitas vezes se descobre que não há necessidade de ter tanta gente em uma conversa. Flávia observa que, em tempos de crise, empresas fazem ainda mais reuniões e demitem mais . É um paradoxo: com menos força de trabalho disponível, desperdiça-se ainda mais o tempo das pessoas. Portanto, é necessário analisar objetivamente quem deve estar lá e por quê. “É necessário ter muito menos foco no ego e mais no propósito. Muitas vezes o diretor da empresa não precisa estar presente porque ele não tem o conhecimento técnico daquele detalhe que será discutido. Não precisa desperdiçar o tempo dele, que é caro”, comenta. Ela diz: As pessoas precisam ser mais desnecessárias. E esse é um conceito que deve ser usado sem medo de ser feliz. Sejam desnecessárias! Muitas vezes queremos estar naquela reunião por ego. As pessoas tem medo de perderem qualquer discussão e querem ser necessárias em tudo para a empresa. Mas aí se tornam desnecessários para os filhos, família e amigos. Seja necessário no que importa. Prepare a reunião . Saiba quais materiais levar, quanto tempo a conversa deverá tomar, qual será a função de cada pessoa dentro daquele encontro. Invista tempo no alinhamento entre os participantes, deixe claro (desde o email), qual o propósito da conversa e qual a função de cada um. E não desvie a conversa. Quando for fazer uma colocação, questione se ela tem sentido para aquele propósito, se vai gerar uma polêmica desnecessária ou se você está sendo generoso com seus colegas. Essas são apenas algumas das dicas que fazem parte do método Kairkós. Flávia e Luiz resolveram transformar sua metodologia em algo open source e disponibilizaram um ebook explicando melhor tais conceitos e como aplicá-los. É possível baixar no site da empresa Como criar uma empresa para reuniões produtivas A ideia, como acontece nos melhores casos, veio de uma dor que a dupla enfrentava em sua rotina. Trabalhavam na Soap, uma grande agência para criar apresentações. Flávia era roteirista e Luiz diretor de criação. Lá, eles também enfrentavam reuniões que não eram práticas e ajudavam pessoas a fazerem apresentações, belas, mas para outros encontros improdutivos. “Normalmente o indivíduo se preocupa muito com o que levar, compra a apresentação feita por uma grande empresa e até pega um computador da Apple para chamar a atenção, mas não se preocupa com organização básica”, conta Luiz. Se demitiram, mas perceberam que o problema não era onde trabalhavam. “Achávamos que fora das agências as pessoas estariam melhores, mas não. Todos continuavam no automático e sem tempo”, comenta Flávia. “O caminho mais óbvio quando você sai é continuar fazendo aquilo que já fazia. Mas isso conflita com seus valores. E aí então você se dá conta de que o verdadeiro problema era a estrutura do que fazia. No nosso caso, aquilo não tinha mais alinhamento com nossos valores”, conclui. Flávia e Luiz, criadores da Simplesfica. Foto: Arquivo Pessoal Foi nesse processo que seus clientes começaram a perceber que havia algo de diferente no trabalho deles. Muita gente percebia que as reuniões fluíam e pediam dicas para “hackear” suas conversas dentro das empresas. Um desses clientes, Mateus Borges, gostou tanto da forma diferente que eles conduziam as reuniões que os incentivou a criar uma empresa. Sentaram para conversar, descobrirem quais eram seus valores e o que eles queriam entregar. Perceberam que o principal que tinham a oferecer era ajudar as pessoas a recuperarem seu tempo de vida . Assim, em dezembro de 2014, nasceu a Simplesfica. Mateus se tornou sócio da empresas, mas mais tarde saiu. Ele estava em outro momento da vida pessoal, mas continuou como mentor e amigo da dupla. Com o foco em mente, começaram a estudar e ver o que funcionava. Foi assim que desenvolveram o método Kairos. Apesar de o método ser aberto e estar disponível na internet, Flávia e Luiz recebem muitos pedidos para ajudar a otimizá-lo dentro de empresas. Por isso, hoje focam seu modelo de negócios em duas frentes: em consultorias personalizadas e vendas de workshop para as pessoas aprenderem a colocar o método em prática. Feedback de cliente da Simplesfica. Foto: Divulgação “Por muito tempo queríamos negar esse universo corporativo, mas a dor era justamente com eles. Falar de otimizar tempo em um spa é fácil. Cutucar a ferida em empresas com hierarquia e essas necessidades é o que mudaria de verdade a vida das pessoas”, comenta Flávia. Mas esse parece ser só o primeiro passo da Simplesfica. “Nosso foco é fazer as pessoas terem tempo de qualidade. Se amanhã encontrarmos outra coisa que atenda esse propósito, por que não? Ideia é o que não falta”, comenta Luiz, citando a possibilidade de otimizar outros processos e relacionamentos dentro de empresas.
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Consultar Detalhes 19/02/2014 às 11:13 Categoria: Transparência Pública De acordo com o texto da Lei Nº 9.755, de 16 de dezembro de 1998 e da regulamentação efetivada pela Instrução Normativa TCU nº 028, de 05 de maio de 1999, a Seção Judiciária do Estado do Ceará disponibiliza a quem interessar possa, todos os dados e informações relativos à movimentação financeira da Seção. Informações sobre licitações, compras e contratos estarão disponíveis nesta página do site.
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» Kingdom Rush 1.082 Hacked Anúncio Anúncio Sobre o jogo Nome do Jogo:Kingdom Rush 1.082 Hacked Descrição:Kingdom Rush 1.082 Hacked - Kingdom Rush 1.082 Hacked. Você tem dez vezes mais dinheiro e pontos de uma atualização completa. Todas as habilidades podem ser usados sem compra. Isso facilita as suas dificuldades de combate e lhe dá mais energia para lutar. Venha para defender seu reino, lutam com bruxa, feiticeiro, monstros e espíritos malignos. Construa a sua defesa nas montanhas, colinas, florestas e terrenos baldios. Atualizar suas torres e reforçar o seu exército nesta torre defesa jogo de estratégia de guerra. Como Jogar:Este jogo é jogado com o mouse apenas. Nota: Clique Upgrades habilidade de no início ter pontos de habilidade completos.
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Como é feito um action figure? A Hasbro, fabricante da linha G.I. Joe, cunhou o termo “action figure” em 1964. Os soldados, depois lançados no Brasil como Comandos em Ação, tinham originalmente 30 cm de atura 1. Muito antes de chegar à mão de um leitor, o action figure do Monstranho é apenas um rascunho, elaborado após uma pesquisa com o público-alvo e uma reunião entre os responsáveis pela criação, venda e produção do brinquedo 2. Os rabiscos viram um desenho mais definido e inspiram uma estrutura de metal. “Usamos os rascunhos e essa estrutura para pensar no melhor método de produção”, conta o modelador WesleyIguti. Uma primeira escultura é feita em argila ou massa de modelar 3. Cada pedaço da escultura dá origem aos primeiros moldes, feitos de silicone maleável, que pega bem todos os detalhes. Quanto mais membros, mais divertido (e mais caro) fica o boneco. As articulações também encarecem o produto e podem ser esculpidas no meio do processo ou na versão final Assim como rola com bonecas, as fábricas utilizam os mesmos moldes em diferentes modelos de action figure 4. Com o molde, é feito um segundo modelo, de cera. Mais firme, ele permite um maior número de detalhes que a argila. As partes do boneco já têm de estar iguais ao que foi projetado para o produto final, inclusive com a marcação das articulações e dos acessórios 5. Repete-se o terceiro passo e as novas fôrmas de silicone são enviadas à fábrica para a produção dos moldes de metal. É com elas que ocorre a fabricação em larga escala. Além das partes separadas, o modelador manda uma versão completa do boneco, de resina, para servir de referência na montagem 6. Os moldes de metal são preenchidos com plástico, como PVC e vinil, à imagem do protótipo finalizado de resina. Também pode ser usada uma máquina giratória chamada rotocast, que usa a força centrífuga para empurrar todo o plástico para perto do molde, deixando o centro do action figure oco 7. A pintura é feita com máscaras vazadas, uma para cada cor. Por exemplo: para colorir os olhos, é preciso produzir uma película de metal com furos nessa área. Assim, a tinta só passa por ali, preenchendo o local correto. Primeiro são pintados os tons mais claros, e depois os escuros. No Brasil, os bonecos costumam ter cinco cores Dor nas juntas Conheça os principais tipos de articulação Quanto mais movimentos o action figure fizer, mais caro ele fica. O ideal é que as articulações não estraguem o visual. “Existem três tipos de junção. Um boneco pode usá-los em lugares diferentes ou combinar os três em apenas uma parte do corpo”, diz o modelador Wesley Iguti Pivô É a mais simples: dois pinos conectados por um disco. Permite que uma peça gire sobre a outra e é muito usado no pescoço, nos ombros e nos pulsos Dobradiça Utilizada para imitar movimentos retos, como de cotovelos e joelhos, é a mais complicada por envolver uma peça extra. São três discos e um pino Bola Volumosa, com globos nas extremidades, precisa ser aplicada com cuidado. Permite movimentos circulares, como na cintura e no pescoço O processo completo, da ideia ao produto final, leva de dois a quatro meses e normalmente custa no mínimo R$ 25 mil. Uma impressora 3D, que reproduz a estátua em horas, pode substituir todas estas etapas. A máquina custa cerca de US$ 10 mil. Veja em abr.io/impressora3d Para Poucos Modelos mais luxuosos podem custar uma bela grana. Nos EUA, um action figure do Batman é vendido por US$ 30. Mas uma versão de alto padrão (a “high end”) pode chegar a ter quase seis vezes esse valor (veja em abr.io/batmanluxo).Os bonecos de luxo são feitos em edições limitadas, vêm com uma série de acessórios e são até 60% mais caros de produzir FONTES: Sites da Hasbro e do Inmetro e livro Pop Sculpture, de Tim Bruckner, Z 36 janeiro 2012 ach Dat e Rubén Procopio; CONSULTORIA: Wesley Iguti, professor de modelagem da Quanta Academia de Artes,e Diego Sanches, designer da ME e colecionador
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Imóveis são investimentos para aposentadoria Publicado em: 03/12/2015 Muitos brasileiros preferem investir em imóveis considerando ser uma iniciativa segura, já que outras opções de aplicações financeiras não são tão viáveis para o momento econômico atual; seja pela dificuldade na concessão de crédito ou pela alta dos juros e taxas excessivas. Seja casa ou apartamento, alugar esses bens pode ser uma excelente fonte renda para o futuro. Para Mauro Calil, consultor financeiro, no passado era comum e mais importante investir em imóveis do que no mercado financeiro com foco na aposentadoria. Pelo sistema de consórcios é possível escolher imóveis novos ou usados, comerciais ou residenciais. Independente do valor contratado, não há juros e os planos são de médio e longo prazo. Assim, é possível planejar a compra de imóveis grandes, pequenos, corporativos e muito mais. No Plano Imóvel 100 meses, é possível pagar parcelas a partir de R$ 705,56 mensais. Faça a sua simulação com outros planos e confira todas as vantagens disponíveis. Agende uma visita , solicite uma ligação ou tenha um atendimento online e escolha a melhor opção! Programa de Afiliados Copyright 2010 | www.consorciodeimoveis.com.br | Fiscalizado pelo Banco Central do Brasil | Filiada à Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios * O portal Consórcio de Imóveis divulga e comercializa os planos de consórcio de imóveis disponibilizados pelo Embracon.
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Corpo de cordas errantes numa invasão destruída A que se somam árvores e oceanos carregados de eclipses. Meu pensamento vive neles e dorme enquanto fogem os arcos de fogo Das calhandras perseguidas pelo céu que desce. Cidade de interminável cantar pela mão que corre em buscas dos lençóis noturnos E interminável despertar em zonas antecipadas do grande dia próximo e líquido. Há um pensamento refletido na linha que se rompe desde um ponto Onde a angústia acende lâmpadas móveis, agitadas Até a dor do peito e dos olhos, até o frio dos olhos e das unhas Em fuga transparente e impiedosa. Bela existência de um espaço de enxofre com sóis de outono, Vem com pulso de corda distante e perdida nos arames do ar A mim siga, esvoaçando, estendida, com pés fechados e ágeis. Ao seu lado descansam os leitos sem luzes e preparados para o próximo Corpo Porque a angústia líquida tinge de vermelho o espaço que há entre a mão E uma árvore de frente assassinada. Despertar de um dia sem nome, de um dia sem ar, sem sol, sem saída! Oh, vaga essência de um mundo reduzido a sonhos cruéis Em oposição aos meus fogos artificiais distantes, extintos ou em viagem, Contrária à conduta das coisas resplandecentes que me observam, À espera do ruído que rompe as muralhas de têmporas em suspenso. Magnífica selva de verdes agulhas ruidosas que se movem Em transparência de vidros noturnos. Por que recolher-se de repente quando o espaço esfria e a água não ilumina? Por que chamar quando a sombra si dos olhos afogados? Por que chamar? Por que aparecer? Consumida e exata permanência na ponta dos pés, refugiado Em abismos de flora espectral, em raízes arrastadas desde o escuro Do coração, sentinela brilhante que vigia os dias. Há uma memória que se afasta vestida de escamas tremulantes, Sua mansão se desmorona a par dos céus cruzados de nuvens na água. Há uma memória que se afasta vestida Nada existe próximo deste grito perdido que abre janelas nos desertos. Nem o ruído de seu desaparecer deixe algum ar de certa idade detrás de sua sombra, Nem interveem as línguas dos oceanos construídos por sua magia abrasante, Nem o mundo todo, em fim, que vive ainda de suas raízes carregas de música. Oh, sombra ferida de angústia universal, infinito ar vindo. Com que ruídos rompem meus espelhos, minhas línguas, meus anéis de contato Através do sol que esquece os seus mortos. Com que fervor se defende a antiga esperança de escamas negras e dedos azuis, Úmida ainda do sangue de amargos álcoois em que fugia sempre, sempre, Mas sem esquecer a casca aderida ao brilhante lodo mágico De sua morte lenta, aprazível, inútil, desesperada, segura. Agora tão distantes, borboletas de pés azuis, peixes de outo, insetos de arame, Imagens feitas de imagem e semelhança do nada e da morte. O coração abre suas portas e o mundo entra de visita e sai e conversa e sangra Por sua boca a existência sai numa enorme fumarada de cristais, Num ruído de ninhos organizados para a defesa das árvores. Magnífica presença de um Todo somado a um ar de céu humano, Despertar de uma segunda adolescência entre os agitados espaços terrestres Com o peito em ferro e os punhos em doce crueldade de angústia que se rompe Brilhante galope de areias levantadas, de raízes em caminho, de águas em dança. Novos rostos, braços amigos, peitos sem cadáveres Nada mais para a morte oh, paciência de ouro, presença de artérias deslumbrantes, Nada mais para os cárceres do sonho em barrotes de morte derramada. Adeus às coleções de ilhas de distante incêndio verde com a lua no alto, Adeus aos oceanos aderidos às formas do coração solitário em seu ovo de cristal, Adeus ao home caído nas habitações fechadas à chave do sonho que desperta sempre e que sempre foge atrás de si mesmo atrapalhado em sua pele. Cruzes negras apagam os dormitórios dos fantasmas noturnos Que se dão as mão numa ronda de signos profundos, herméticos, duros, Signos de pedras estranhas com certo significado para as línguas apagadas, Apesar do ar que move teus dedos e que é um estranho ar ainda E apesar do ouro que dorme em tua cabeça solitária e sem ninhos.
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Vinhos de todas as origens, frutas exóticas, caviar, pérolas de escargots. Queijos, muitos queijos. Os produtos da loja vem da Provence, perto de Nimes e guardam métodos ancestrais e segredos de confecção. Além da França, a marca está presente em mais de 30 países estrangeiros. O grupo tem loja até em Singapura, foi-me informado. As cores vermelho e negro distinguem a Maison. Qualidade e prestígio a definem. Subo a escada que leva ao restaurante. O salão está quase vazio, entre as refeições. Quatro pessoas deixam a mesa onde o almoço foi servido. Digo ao garçon: “c’est pour une personne, s’il vous plaît”*. Com um sorriso sou bem vinda. Escolho a mesa perto da janela e comando uma seleção de queijos no cardápio. Peço vinho branco seco ao invés de tinto e ouço um: “bien sur”. Para a harmonia do prato, um número impar de bocados de queijo. Na escolha, brinque com as formas, as cores e os sabores. Espaço suficiente entre as fatias para que a faca passeie sem esbarrar. Decore com folhas, uvas e ervas. Inspire e reconheça na mistura os diferentes aromas. Voilá. Pela janela entrevejo um templo clássico de estrutura obesa e colunas jônicas. Destinado a ser mais um monumento à gloria do exército napoleônico, mas com a derrota na Rússia foi interrompida a construção. Mais tarde retomada, guadou seu modelo original e transformou-se em igreja de culto católico. Local preferido para abençoar casamentos BCBG** importantes. Peço, “l’addtion s’il vous plaît”***. Com agradecimentos à serveuse, paguei 21 euros. Em Paris, onde mesmo que eu estive? * “lugar para uma pessoa, por favor”. ** BCBG é uma expressão usada para as pessoas que pertencem à elite tradicional. O conteúdo deste post foi decidido pela equipe editorial do Conexão Paris, tendo como critério a relevância do assunto para nossos leitores, não havendo nenhum vínculo comercial com qualquer empresa ou serviço citado no texto. Não recebemos qualquer tipo de remuneração pela escrita e publicação deste texto. Conheça a política de remuneração do Conexão Paris. A pimenta do reino é consumida no mundo inteiro mas raros são aqueles que sabem como escolher e comprar um bom produto. Existe um abismo entre o pó cinza que encontramos nas mesas dos restaurantes e nas prateleiras dos supermercados e a verdadeira pimenta. Nenhum label, nenhuma appellation d’origine contrôlée nos guia na compra e […] Gosto destas novidades. Acabei de conhecer um novo conceito, com preços abordáveis e ideal para um aperitivo definitivamente chic. Uma nova receita com assinatura Petrossian, o especialista do caviar: cubos de caviar elaborados a partir de caviar compactados. Servidos com torradas ou puros. Vendidos em bocais de vidro e conservados no óleo. Preço: bocais com […] Josiany Ketzer foi até a loja indicada pelo blog, Roellinger, e me enviou e seguinte email: Agradeço todas as dicas do Conexão Paris e uma em especial, o endereço do Roellinger onde meu marido fez a festa! Quero sugerir dois temperos em especial para os leitores. O primeiro se chama piment doux fumé, uma pimenta […] Épices Roellinger lança um novo produto para o nosso café da manhã. Um pó, La Poudre des Bulgares, para perfumar o iogurte e para dar um toque alegre e exótico ao nosso amanhecer. O tempero possui um sabor ligeiramente açucarado graças à seiva de uma palmeira do Cambodge e de um açúcar originário da Ilha […]
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A Convenção de Berna proporcionou um prazo mínimo para a proteção do direito de autor: o tempo de vida do autor mais 50 anos, mas as partes eram livres de proporcionar tempos de proteção mais longos, tal como o fez a União Européia em 1993 com a Diretiva do Conselho relativa à harmonização do prazo de proteção dos direitos de autor e de certos direitos conexos. Os Estados Unidos da América também já estendeu os prazos dos direitos de autor. Os países apenas signatários das revisões mais antigas do tratado podem decidir proporcionar prazos mais curtos em determinados tipos de trabalhos. Os Estados Unidos da América recusaram inicialmente a convenção, porque tal implicaria uma revisão significativa na sua lei de direito de autor (particularmente relativamente a direitos morais, remoção do requerimento de registro das obras, tal como a eliminação da obrigatoriedade do aviso de copyright). Em 1989 os Estados Unidos tornaram-se parte da Convenção de Berna. A Convenção de Berna já foi revista algumas vezes: Berlim (1908), Roma (1928), Bruxelas (1948), Estocolmo (1967) e Paris (1971). Desde 1967 que a Convenção de Berna é administrada pela WIPO, a World Intellectual Property Organization. Uma vez que quase todas as nações signatárias são membros da Organização Mundial de Comércio, o acordo nos aspectos comerciais da propriedade intelectual requer que os não-membros aceitem quase todas as condições da Convenção de Berna. Convenção de Berna relativa à protecção das obras literárias e artísticas de 9 de Setembro de 1886, completada em Paris em 4 de Maio de 1896, revista em Berlim em 13 de Novembro de 1908, completada em Berna em 20 de Março de 1914 e revista em Roma em 2 de Junho de 1928, em Bruxelas em 26 de Junho de 1948, em Estocolmo em 14 de Julho de 1967 e em Paris em 24 de Julho de 1971, e modificada em 2 de Outubro de 1979. Clique aqui
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os eleitores do Pedro Belo, sabem que o Pedro, não ganha.por isso todos os 14% que o Pedro, tem vão votar Biné45 que é o único que derrota o FC.não quero pagar gás de 80.00 reais, não quero pagar gasolina, de 6.00 reais.vou votar pela independência do povo.45 neles..
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Proximo a minha casa...ate que é um restaurante ajeitadinho.Bom atendimento.Mas o sistema é de pratos prontos você escolhe entre file de frango ...parmejianas de carne ou de frango pratos a milanesa e ate bife a role,picadinho e frango ao molho.gosto de comer la e não é tão caro.... Ver mais Proximo a minha casa...ate que é um restaurante ajeitadinho.Bom atendimento.Mas o sistema é de pratos prontos você escolhe entre file de frango ...parmejianas de carne ou de frango pratos a milanesa e ate bife a role,picadinho e frango ao molho.gosto de comer la e não é tão caro.
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A edição 37 da Billboard Brasil traz na capa o músico pop americano Bruno Mars, e lá nas páginas 54 e 55 o jornalista Filipe Albuquerque anuncia: “para além de rótulos e segmentos, artistas evangélicos buscam circular livremente no pop brasileiro”. Tanlan e Palavrantiga aparecem como personagens principais de um movimento não organizado, mas que toma força através de iniciativas diversas desenvolvidas por artistas que estão afim de transpor aquela velha oposição gospel/secular. Billboard Brasil – Ed. 37 Sem entrar nos méritos da identidade de cada banda e mais uma vez reconhecendo a falta de linha e linguagem definida para todos, deixo com vocês o que tenho pensado sobre o assunto. Segue a entrevista que o Filipe Albuquerque nos enviou e que respondi no dia 14 de Novembro de 2012. Ela foi base para o jornalista criar a matéria. Ainda volto em outro texto para falar da visão já alinhada com a Som Livre, tão bem colocada pelo presidente da companhia – o querido Marcelo Soares. Mas por enquanto leiam na íntegra a entrevista concedida ao Filipe. Fiquem a vontade para compartilhar e comentar. Feliz 2013!!! 1.Vocês, juntos com a Tanlan, o Aeroilis, o Adorelle e alguns outros nomes, sinalizam uma outra direção pra música cristã feita no Brasil, pra algo que já acontece nos EUA, onde esse modelo de mercado foi criado, e onde algumas bandas conseguem transitar entre os dois universos sem necessariamente estabelecer muros e divisões, como fez o Catedral no início dos anos 2000 ao adotar o discurso de deixar um mercado para ir ao outro. Entendem que esse pode ser o modelo que de fato permita essa transição de maneira natural e espontânea: É esse o objetivo de vcs? Olá, tudo bem? Antes de mais nada, muito obrigado pela gentileza da entrevista e por nos dar a oportunidade de compartilhar a visão da banda a respeito dos temas. É importante, neste nosso primeiro encontro, começar dizendo que as categorias que utilizamos como fonte para a nossa identidade não são as mesmas que o mercado estabelece para definir suas prateleiras. Portanto, não faz sentido para nós descrever personalidade artística usando termos do mercado fonográfico tradicional. O que acontece é que quando temos a oportunidade de desenvolver a nossa personalidade em volta de algo mais amplo, a nossa experiência cotidiana se torna mais rica, mais cheia de temas, mais colorida. Então, a facilidade que o nosso som tem de transitar nesses circuitos deve-se ao conteúdo humano, estético, espiritual e poético do nosso fazer artístico – ou seja, aspectos reais anteriores ao mercado. Entende? Sobre o Catedral, não compartilhamos de suas intenções – no fundo desconhecidas para todos nós. Aliás, no inicio da caminhada cheguei a enviar um longo e-mail para o Kim, perguntando sobre alguns assuntos que até hoje beiram a lenda urbana, especificamente sobre essa migração da banda para o secular. Não tive resposta. Mas, de qualquer forma, conseguimos ver que utilizar o pensamento de que “é preciso deixar o religioso para ir ao secular”- ou como você colocou, “deixar um mercado para ir ao outro”, é reforçar certo maniqueísmo próximo aos formatos partidários de esquerda e direita. Quem toma partido fica partido! Inda mais se pensarmos que a experiência do Evangelho nos permite enxergar o mundo sobre um único chão de dádiva e beleza – um chão comum sobre o qual constroem-se partidos, cercas e muros, mas onde também podemos trilhar um caminho de liberdade. Pois bem, as escolhas musicais, acredito, devem ser feitas na direção daquilo que nos torna inteiros e plenos, sem posições partidárias ou esquizofrênicas. Roberto Da Matta – O que faz o brasil, Brasil? Aí, você já deve estar querendo saber; mas como vocês se identificam? Gostamos de nos alinhar ao pensamento clássico de cultura brasileira; tradição construída por intelectuais como Gilberto Freyre, Caio Prado Jr., Sergio Buarque de Holanda, Roberto DaMatta e Darcy Ribeiro, que são unanimes em dizer que não existe um Brasil, mas brasis. Não existe uma brasilidade homogênea, mas muitas brasilidades. Ou seja, representamos a brasilidade dos que creem, onde a vivência pessoal e comunitária da fé se torna uma forte matriz que sempre esteve imbuída e misturada nessa amálgama chamada cultura brasileira (uma busca no cancioneiro popular comprova isso). A novidade está aí: não fazemos da nossa mensagem um fator de distinção estilística, utilizamos parâmetros musicais para fazer distinções musicais. É por isso que nos sentimos mais a vontade com o termo “rock nacional”. Qualquer modelo que fuja dessa proposta não-dicotômica é limitadora. Quanto aos amigos da Tanlan, acredito que se alinham com aquilo que pensamos. Não só eles, mas podemos citar também a Lorena Chaves e a banda Crombie. 2. Apesar de circularem bem nos dois ambientes, estão bem ligados ao universo cristão, ainda bem engessado em alguns aspectos, que só entendeu o que é distribuição digital no ano passado. Como é ser uma banda cheia de referência estéticas pop, com a cabeça pensando além dos muros da igreja, mas ter de lidar com algumas contradições do segmento cristão? A maior contradição a ser vencida pelos líderes cristãos fica evidente quando vamos definir os limites e as possibilidades neste processo de aproximação do Templo com a Rua. Como a Igreja deve se relacionar com a cultura? Ninguém sabe muito bem. A força de um mercado religioso interno impõe respeito – embora ainda engessado, como você colocou, ele é muito rentável. Mas será que exportar as vivências do templo para a rua é o melhor caminho? Tenho receio de que tudo isso se torne banal, artificial e sem o mistério precioso que envolve a experiência comunitária. O que fazemos é buscar respeitar a soberania dessas duas esferas e o modo de ser de cada uma delas. Não transformar o palco num púlpito, nem fazer do púlpito um palco. Essa é a regra. 3. Vocês fizeram o caminho natural – começaram independentes e assinaram com uma major. O que a independência ensinou a vocês: Qual o nível de liberdade dado pela gravadora à banda? Em algum momento houve algum tipo de restrição? 1972 Novos Baianos / Som Livre – um clássico! Aprendemos no independente a trabalhar em família. As esposas, os amigos e parentes foram e ainda são os maiores interessados na divulgação do nosso trabalho. A aproximação com o público mais alternativo – a maioria bastante contrária a ideia de gravadora – nos foi muito útil para fortalecer os princípios de liberdade artística. E quando reconhecemos que não estávamos dando conta de atender toda a demanda, tivemos que nos abrir para as parcerias. A Som Livre faz parte da história da música brasileira. Saber que nomes como Tim Maia, Novos Baianos, Gal Costa, Djavan e tantos outros artistas que admiramos fizeram boa parte de seus trabalhos em parceria com a companhia e que agora temos a oportunidade de ouvir dessa experiência, é muito legal. O contrato com a Som Livre chegou em hora oportuna. Além de suprir essas necessidades de distribuição num pais continental igual o nosso, a Som Livre nos deu a oportunidade de falar o que a gente pensa e trilhar esse caminho diferente que estamos propondo. Ela se mantém viva ao respeitar e representar a diversidade cultural do nosso povo. 4. Como vocês avaliam a entrada de companhias como a Sony e a Som Livre no segmento gospel? Entendem como algo natural, saudável pro segmento? Não há uma sensação, ainda que pequena, de que, pelo visível crescimento da população evangélica no país, as majors passaram a olhar para esse público? Se uma grande companhia fonográfica tem a missão de exibir a realidade cultural de um povo, obviamente ela deve se adequar às mudanças naturais que qualquer cultura sofre no passar do tempo. Olhar para o público evangélico é ser coerente com a sua função. Quanto ao modo de fazer as coisas, o jeito de operar essa inserção no mercado religioso, acredito que todos estão a descobrir os limites e possibilidades. Tocar em símbolos da fé é sempre perigoso. Justificar seus produtos com argumentos eclesiásticos e ideológicos certamente encontra tensões quando se tira vantagens comerciais sobre eles. Então, torço para que tão logo esses dilemas sejam solucionados. Aqui, estamos abrindo uma trilha que nos parece virar um novo caminho, onde os novos artistas cristãos ao fazer musica de rua se apropriam das regras da rua e jogam com ela, sem achatar a experiência da fé ou subjugar a cultura pop com argumentos proselitistas. 5. O público evangélico, normalmente reticente quanto a novidades e experimentações – ainda que com apelo pop – tem recebido bem o som de vcs? E quanto ao público não cristão? Somos uma banda bem jovem, apesar do nome, rsrs. Juntamos os devaneios e as guitarras elétricas em 2008. E nessa vontade de aprender e reconhecer a vida do jeito que ela é, fomos presenteados com muito carinho vindo de toda parte. Lembro da primeira vez que tocamos juntos em Belo Horizonte. No final, um amigo chegou perto e disse: “Marquim, essa música que você fez dá pra tocar no culto e no boteco aqui em baixo!” hahaha. Rimos até! Mas, ele acabou sendo um tipo de profeta, vamos dizer assim, porque sem querer, sem planejar, sem pretensão alguma, as composições foram indo e assumindo lugar na trilha sonora de rádios religiosas e não religiosas, nos cultos e nos barzinhos. 6. Falem um pouco sobre o que vocês têm ouvido ultimamente e o que serve de referência pra vocês na hora de compor, gravar… Cada um tem suas referências; desde a guitarra do The Edge na forma de tocar do Josias, passando pelo groove do reggae nas linhas do Felipe, à simplicidade pop da bateria de Lucas, até as harmonias mais brasileiras das minhas composições. No disco “Sobre o mesmo chão” que acabamos de lançar, você vai perceber essa química. Vai encontrar Jorge Ben Jon, U2, Sigur Rós, Nelson Cavaquinho, Morais Moreira, Bon Iver e até Beethoveen, mas principalmente como as nossas limitações processaram essas informações musicais. A música que expressamos na Igreja também é outra influência ímpar nesse dna musical. Quando entramos em studio não ouvimos nada. Fazemos alguma audição de referência na pré-produção, para ir construindo os timbres, mas tentamos deixar a equipe técnica captar aquilo que surge ali na hora, quando estamos apenas tocando e interpretando as canções. 7. Vejo em vocês uma preocupação com timbres, com produção, com estetica, com conexão com o que acontece atualmente no rock hoje. Isso de fato parece uma marca dessas bandas que eu citei anteriormente, além do desejo (me parece) de evitar chavões evangélicos e uma postura estereotipada. Vocês acreditam que isso é o que diferencia vocês de duas gerações atrás, de nomes como Rebanhão, Katsbarnea, Resgate, Oficina G3, que ficaram presas demais a elementos religiosos e não conseguiram romper o muro entre o segmento cristão e o não cristão? Voces ouvem essas bandas? Elas servem de referencia pra voces? Acredito que estamos cantando em português brasileiro aquilo que se cantava apenas em evangeliquês tupiniquim. Estamos mostrando que é possível essa tradução. Dizer que realidades especificas na vida daquele que experimenta a Boa Nova só podem ser expostas em linguajar evangélico não é verdade. A língua que usamos é a língua da rua, da literatura e da poesia – que em muito se aproxima da linguagem religiosa pois também trata do mistério, do invisível e da alma. Palavrantiga na casa de shows Music Hall/BH As bandas que você citou fizeram parte da nossa vivencia e encontrar recentemente o Resgate e Oficina G3 nos palcos foi sensacional. Admiramos a integridade com a visão que anunciam desde a década de 80 e de fato, o que fazemos hoje só é possível porque eles criaram uma plataforma anterior. Eles são o melhor exemplo de uma aspecto vivo dessa matriz cristã que enriquece a nossa cultura. Nesse sentido estamos muito mais próximos deles do que dos Titãs ou Engenheiros, por exemplo. O que nos diferencia é o conjunto de responsabilidades que uma nova banda deve assumir quando se reconhece que em muitos aspectos a guerra deles já foi ganha. Os desafios hoje são outros, não é mais lutar para tocar rock na igreja, ou fazer uma programação contemporânea e descolada para a juventude. Eles nos empurram pra trabalhar forte no sentido de descomplicar nosso lugar no mundo – ali no meio da rua. Sem partido, sem grife religiosa, fazendo o que um artista deve fazer. 8. Nos últimos 8, 10 anos, houve uma explosão de cantores, cantoras e ‘adoração profética’ no universo cristão no país, o que acabou criando um gesso e cansando até mesmo boa parte dos cristãos. Acham que já estava na hora de um respiro? Esse respiro representado pela geração de vocês pode fazer com que um público resistente ao que se apresentou a ele como música cristã possa se interessar por ela? O movimento de “adoração” representado por David, Cirilo, Heloísa Rosa (aliás, fomos banda de apoio dela durante 4 anos) , teve grande importância no sentido de retirar um outro gesso que prendia o canto comunitário. Eles trouxeram uma liberdade carismática muito aguardada principalmente pelos jovens. Uma força espiritual singular brotou desse movimento, e quem experimentou dela de forma saudável, ainda hoje, reconhece suas marcas positivas. O lance aqui é o mesmo que apontei acima, exportar a experiência do Templo (ou das reuniões cristãs ) para a Rua gera muitas tensões. Justificar tudo isso com argumentos evangelísticos, mas sem o trabalho de tradução, soa como uma língua estranha, às vezes como um discurso cheio de segundas intenções. Além disso, o fato da música estar subjugada por outros interesses a torna desinteressante para muitos ouvidos. Me parece que a música de adoração fora do ambiente de adoração não faz muito sentido, ela é uma música-experiência. Daí, é muito difícil aprecia-la isoladamente como obra de arte. Tivemos a graça de fazer um som que reflete essa força espiritual e que tem certo interesse estético. Determinado ouvinte pode se apegar mais a sonoridade em si e outro se empolgar com a mensagem. Mas ainda não sabemos como isso acontece. O fato é que nem todos vão se abrir para o aspecto transcendente da nossa arte e nem por isso a sua experiência deve ser desmerecida pois ela também é válida. Acredito que nossa geração tem a oportunidade de fazer musica brasileira que comunique a vida que a gente vive sem se preocupar em escolher ouvintes. O nosso cenário hoje é muito promissor e devemos aproveitar essa jornada para reforçar a liberdade de ser e criar. Assim seja! Marcos Almeida 104 Comentários Felipe 6 de janeiro de 2013 Vocês são demais, a linha de pensamento de vocês é muito boa, acredito que vocês encabeçam algo novo, muito bom e proveitoso que está acontecendo no Brasil. Além do som ser excelente, os ideais e ideias são demais… Thairislaine 6 de janeiro de 2013 Parabéns. Não apenas pela entrevista, mas pela visão tão ampla, que resulta em um trabalho tão bonito de se apreciar. Que a poesia continue a florescer. Que continuemos “bem dentro do mundo, sobre o mesmo chão”! Lucãs 6 de janeiro de 2013 Muito legal sua entrevista, acho interessante como consegue tomar posição e manter respeito com as diferenças, o que pra alguns seria impossivel. Deus nos abençoe com musica cristã de todos os tipos de qualidade. E nos livre do mal, amém. Paulo Ribeiro 6 de janeiro de 2013 Excelente entrevista, respostas muito bem fundamentadas e posicionamentos muito relevante para o nosso pensamento religioso e cultural. Parabéns, o Palavrantiga tem sido porta voz de Deus em nossos dias para levar as pessoas a viverem um vida integral e verdadeira mensagem do Reino de Deus. Claudia 6 de janeiro de 2013 Linda entrevista, parabéns! Acredito que tudo fica mais claro quando se diz “fazer arte sem pretensão” ou sem segundas-intenções. Não adianta uma roupagem “secular” quando o objetivo é evangelizar. Acho isso uma ofensa a ambos os lados. Você falou muito bem sobre essa questão dos lados e sobre a adoração fora de lugar. Só acho que é preciso ter cuidado com esse esforço de se desvencilhar desse rótulo. Ele existe? Sim. Incomoda? É claro. Enquanto as pessoas continuarem perguntando “Eles são gospel?” vai continuar incomodando. Mas a gente sabe que é chato viver com resmungões que acham que nada tá certo nessa vida (por favor, não estou falando de vocês, vocês são legais). A questão é que quando se mostra esse incômodo, passa-se uma imagem não muito amigável, de certa forma arrogante onde “ah só faço shows em determinados lugares e em determinados contextos”(por favor, não estou falando de vocês, vocês são legais [2]). Eu entendo (ou acho que entendo) a linha de vocês e não preciso de muita explicação ou argumento para ser convencida porque tenho adotado essa linha já fazem uns anos (por meio de bandas internacionais). Então, claro, isso foi o que me moveu a apreciar o trabalho do Palavrantiga, que pode não ter sido pioneiro no Brasil, mas é diferente do que as bandas citadas fizeram (para ser sincera, acho que elas prepararam um terreno sim, mas erraram em muita coisa e diferem em muitos pontos da proposta do Palavrantiga, então eu considero vocês pioneiros, mas é minha opinião :)). Então, tem que se levar em consideração que esse é um longo caminho e que as mentes estão se abrindo aos poucos, na medida em que se lê mais, discute mais e vê mais bandas e artistas seguindo esse caminho. Ainda não chegamos lá, mas já demos o primeiro passo. Muita calma nessa hora. (muitos parênteses também, eu sei :)). Alberto Cássio Campelo 6 de janeiro de 2013 Uma aula de filosofia essa sua entrevista. Com detalhes enriquecedores sobre a história da música gospel. E pensar que eu vivi esse momento de repressão do rock na igreja,e hoje ele é visto como algo natural e importante para a igreja. Everton de Deus 7 de janeiro de 2013 Cara, gostei muito da entrevista. Parabéns! É uma visão que sempre tive, mas nunca conseguiria expressar tão bem e com tanta clareza. Essa banda nasceu pra algo mais do que ser apenas uma banda brasileira de rock, mas pra quebrar paradigmas com classe e poesia rs Abraços! Eva Caroline 7 de janeiro de 2013 Essa questão de romper os muros ou pelo menos ultrapassá-los é algo muito importante. De certa forma a música que se propõe a isso tem feito com que aqueles cristãos que estavam sentados no banco, satisfeitos com seu comodismo parem para pensar um pouco sobre o verdeiro sentido da Boa Nova, que não se resume apenas a seu “fantástico mundinho”. A arte que se propõe a ir além dos limites que foram estabelecidos pela divisão entre o que é cristão e o que não é tem muito mais chance de alcançar aqueles que estão seguindo sem rumo. Faço minhas as palavras de Francis A. Schaeffer: “O Cristianismo não está comprometido apenas com a ‘salvação’ do homem, mas com o homem todo no mundo todo.” E essa é a grande chave para abrirmos a porta que nos separa. Quando pararmos de nos preocupar com um tipo de música que só visa o ego, passaremos a valorizar aquilo que é de fato belo e que nos aproxima de Deus por sua linguagem simples e cotidiana. Pois se Deus se todas as coisas foram criadas por Deus e nada sem Ele se fez (João 1: 1-3) podemos cantar sobre este universo, transformando o que vivemos em poesia melódica para que esta ultrapasse os muros. Quando a arte é bem produzida, não só em sua estrutura estética, mas também na mensagem que quer anunciar ela se torna muito mais do que um objeto de beleza e admiração, passa a ser um carta na manga para que o Evangelho possa chegar em lugares “não convencionais”. Lugares esses que um pastor, ou diácono, ou missionário ou até mesmo um cristão disposto a servir não frequentam. O que o Palavrantiga tem feito juntamente com outras bandas é justamente isso: chegar a lugares onde a Boa Nova ainda não chegou! Leonardo Classere 7 de janeiro de 2013 Parabéns ao Marcos Almeida pelas palavras, acrescentando-nos culturalmente boas coisas a todos nós que amamos as Boas Novas e para aqueles que esperamos um dia ter um conhecimento mais proximal delas. A banda Palavrantiga realmente é uma vertente que surge como esperança aos nossos ouvidos de que uma boa música, verdadeiramente boa, é poesia aos nossos ouvidos, e o amor de Deus em nós, dentre outras coisas, através da contemplação da beleza da vida que ELe criou. Ainda assim, não podemos nos esquecer que outros grandes músicos desconhecidos do “mercado gospel” há tempos vem tentando estabelecer isso, tais como: Gladir Cabral, João Alexandre, Jorge Camargo, Stênio Marcius, Tiago Vianna, Priscila Barreto, etc… graças a Deus este time de peso conta agora com mais este grande reforço de peso, que é a Palavrantiga. Abraços Marcos Almeida, parabéns pela Entrevista! Parabéns pelas respostas! Parabéns também ao Jornalista pelas perguntas! Entrevista SENSACIONAL!!! Esclarecedora, interessante e informativa! *Deixando claro que curto demais a Banda CATEDRAL citada na Entrevista. Entendo perfeitamente a mudança de mercado que eles fizeram no passado. Mas quero dizer que estou simplesmente AMANDO esse #NovoMovimento que está surgindo no Brasil a partir de Músicos Cristãos! #MúsicaBoaSempre […] a entrevista com o músico e compositor Marcos Almeida, postada por ele mesmo no seu blog, Nossa Brasilidade, e que serviu de base para a matéria publicada na edição de dezembro-janeiro da Billboard […] Filipe Guimarães 8 de janeiro de 2013 Fantástica a entrevista. E que bom ouvir respostas tão conscientes e bastante humildes por parte do Marcos, reconhecendo a importância de cada passo que foi dado na história da cultura cristã no Brasil. Parabéns, nossos ouvidos agradecem a música de vocês e nossos corações anseiam por uma arte que brilhe a luz do evangelho, para iluminar lugares onde nem sempre consegue alcançar! Sávio Rangel 8 de janeiro de 2013 Realmente temos que seguir o exemplo de Jesus, que falava sobre o Reino de Deus de uma maneira que todos os que tinham o coração aberto a sua mensagem o entendiam! A Banda Palavrantiga tem seguido esse exemplo, não se fechando a um único público, mas falando sobre a Boa Nova a todos os que quiserem ouvi-la.”E onde o Espírito do Senhor está presente, aí existe liberdade.” (II Coríntios 3:17b) Bruno Carmanin 8 de janeiro de 2013 Marcos, realmente estou orgulhoso de ler essa exposição da ala intelectual cristã diante de todos. Essa ala que entende seu tempo, entende a cultura, entende a palavra, entende as pessoas e que sabe se contextualizar sem obrigações (rotulatórias) se é que existe essa palavra rs. Sabemos que os cristãos glorificam a Deus em suas profissões e que sua vida com Deus refletirá sem dificuldade nas suas atividades, vocês como artistas conseguem fazer isso com naturalidade. Parabéns. (De um cristão que acompanhou essas mudanças ditas acima diante da sua retina rs). Palavra Antiga rompendo as barreiras impostas por nós mesmos com arte, visão e comprometimento. Espero que a voz de vocês sejam ampliadas a cada CD e que este movimento possa ser duradouro. Assim seja! Fabio Santos 13 de janeiro de 2013 Tenho 43 anos, Cresci ouvindo João Alexandre, Jorge Camargo, Sergio Pimenta entre outros. Ao ouvir palavra antiga me fez relembrar momentos muito bons. Momento em que a musica evangélica saiu um pouco do padrão colocado por alguns movimentos. Deus abençoe! Eduardo 22 de janeiro de 2013 POR ACASO LI… O foco da primeira pergunta: “Vocês… sinalizam … outra direção pra música cristã feita no Brasil, [semelhante] pra algo que já acontece nos EUA, onde … algumas bandas conseguem transitar entre os dois universos … ao adotar o discurso de deixar um mercado para ir ao outro. Entendem que esse pode ser o modelo que de fato permita essa transição … É esse o objetivo…?” Resposta: 1. A pergunta é, evidentemente direcionada, e a resposta capta isso: “… As categorias que utilizamos como fonte para a nossa identidade não são as mesmas [pressuposição] que o mercado estabelece para definir suas prateleiras.” E exemplifica: “… não faz sentido… descrever ‘personalidade artística’ usando termos do mercado fonográfico tradicional.” Isto é, “… quando temos a oportunidade de desenvolver a nossa personalidade [um critério] em volta de algo mais amplo, a nossa experiência cotidiana [outro critério] se torna mais rica, mais cheia de temas, mais colorida.” Sem explicar ainda como isso ocorre, conclui que “… a facilidade que o nosso som tem de transitar nesses circuitos deve-se ao conteúdo humano, estético, espiritual e poético do nosso fazer artístico [outra categoria] – ou seja, aspectos reais anteriores ao mercado [uma hora deverá dizer quais são as pressuposições. Continuarei a ler, estou interessado].” Ainda não, mas como quero aprender, vou ver se ‘entendo’. Mas fico sabendo que: A. Eles estão no mercado ‘secular’ [uso a palavra mais como um bibliotecário colocando livro na prateleira para identificar tipos de literatura e autores] e vão levar para [‘secular’] lá suas ‘categorias’ que utilizam; B. Ainda não sei quais são essas ‘categorias’, mas como leitor sou informado que elas são envelopadas em ‘personalidade artística’ que usam ‘termos do mercado’; que procuram traduzir em música e letra a ‘experiência cotidiana’ rica e colorida, mas que não se reduz a isso não, tem outras coisas ‘anteriores’ e ‘reais’ ao ‘mercado’, e deu um lista; C. Com mais precisão cirúrgica, ele informa que a ‘experiência do Evangelho’[tem muitas] permite enxergar um mundo de um chão ‘único’[?] sem cercas e muros para evitar partidarismo e esquizofrenia [não sei ainda o que fez ou onde colocou a história do Cristianismo com seu ‘sangue-suor-lágrima’]. Lembrando, porém, que “… As categorias que utilizamos como fonte para a nossa identidade não são as mesmas que o mercado estabelece para definir suas prateleiras.” Seria isso uma variante musical em palavras para dizer que ‘estou no mundo [musical secular], mas do mundo [musical secular] não sou?’ Não sei ainda. D. E como se identificam lá nesse mundo secular sem pegar a varíola deles? Entra aí um punhado de ilustres brasileiros: Gilberto Freyre, Caio Prado Jr., Sergio Buarque de Holanda, Roberto DaMatta e Darcy Ribeiro, “que são unanimes em dizer que não existe um Brasil, mas brasis”. [OBS. Devo confessar que tirando o exagero da frase, ela está carregada nas tintas daquilo que seus estudiosos pensaram sobre os ilustres, e muito menos do que eles pensaram assim de suas respectivas obras]. E. Claro, não é tanto o conceito ou as premissas, ou as suposições teóricas destes ilustres autores [estou pensando em Gilberto Freyre em particular], mas do uso que fazem, supostamente nesses gigantes, da não existência de “… uma brasilidade homogênea, mas muitas brasilidades.” Quer dizer [agora sim, o punch line], “… a brasilidade dos que creem [Crentes evangélicos? Protestantes?], onde a vivência pessoal e comunitária da fé [Igreja?] se torna uma forte matriz [de onde vem a ‘experiência’?] que sempre esteve imbuída e misturada nessa amálgama chamada cultura brasileira…”. Ufa! Achei que iam ‘converter’ essa turma. Mas apenas foram usados para dar um sentido ao que fazem. Afinal, a capacidade musical dessa turma, de tirar o chapéu, é inversamente proporcional aos dons musicais de um Gilberto Freyre! F. A novidade, insistem, não é a ‘distinção estilística’, mas a distinção é moldada por ‘parâmetros’ [estou curioso para ler a parte da entrevista sobre os tais ‘parâmetros’] que por sua vez fazem as ‘distinções musicais’. É por isso que gostam do termo “rock nacional”. Quer dizer, é o inverso. Pode ser por isso que a turma do Catedral não respondeu os e-mails. G. Eu me abestalho como Gilberto Freyre, só para ficar em um dos citados, influenciado por Franz Boas, que enterrou o discurso eugênico para carrear outras ideias à ‘formação do povo brasileiro’ com o propósito, não único, claro, de dar fim à ideia eugênica de fracasso à miscigenação, vira ‘brasis’ e outros termos sociológicos empregados aqui e alhures, para começar a explicar ‘parâmetros’, é frequentemente empregado por uma penca de gente até para explicar porque a água ferve a 100° em Brasília e aproximadamente 80 no Himalaia. H. Aparentemente é essa suposta homogeneidade na não-homogeneidade cultural que chamam de ‘brasilidade’, que os tais ‘parâmetros’ fariam uma escala musical? Vou continuar a ler para saber… I. E como é típico de todo jovem, o disfarce autoritário dá uma piscadela para “Qualquer modelo que fuja dessa proposta não-dicotômica é limitadora”. Marcos Almeida Eduardo 23 de janeiro de 2013 A SEGUNDA PERGUNTA me remete àquilo que costuma-se atribuir aos advogados [minha área]: não tanto a confusão teórica mas o rigorismo vazio típico de ‘data vênia’, etc. Eis a pergunta, sem retoques: “Apesar de circularem [só quem é da área, assumo, deve entender o que quer dizer ‘circularem’. Mesmo porque não quer dizer ‘passear como em uma feira de exposição de livros´] bem nos dois ambientes, estão bem ligados ao universo cristão [esta é a vertente da turma do Marcos], ainda bem engessado [pergunta ou ‘engessa’ ele próprio o tal universo cristão? Sei lá! Complicado isso. Mesmo porque teologia é que tende a engessar e nunca a experiência tão cara ao mundo musical evangélico onde esse pessoal — para o bem ou para o mal não tem lá muita preocupação nem com pureza ou falta de em teologia e pouco se lhe dão se a coisa for para a direita ou para a esquerda, vão cantar do mesmo jeito, ainda que seja em outra freguesia] em alguns aspectos [hilário, não?], que só entendeu o que é distribuição digital no ano passado [é o ‘universo cristão’ que só agora que entendeu? Mas que diabos de ‘universo cristão’ é esse? A ‘moçada’? A turma compra e se diverte com a riqueza — quer dizer, ‘quantidade’ — das produções artísticas?]. Como é ser uma banda cheia de referência estéticas pop, com a cabeça pensando além dos muros da igreja, mas ter de lidar com algumas contradições do segmento cristão? [Quero entender: a turma do Marcos ‘circula’ entre dois ‘ambientes’; o ‘universo cristão’ demorou para perceber; agora quem pergunta quer saber como é a ‘cabeça da turma do Marcos’ que está ‘além muro’, cuja turma tem que se preocupar com as contradições desse ‘segmento cristão’? E se eu entendi corretamente, é esse ‘segmento’ que Marcos deve contrapor? E esse ‘segmento’ é o tal ‘universo cristão’ mencionado anteriormente? A resposta começa assim, “A maior contradição a ser vencida pelos líderes cristãos [líderes? Está se falando da turma do Marcos como os ‘lideres cristãos’ ou o ‘universo cristão que virou ‘segmento’ agora tem uma hidra chamada ‘líderes’?] fica evidente quando vamos [‘vamos’ = turma do Marcos?] definir os limites e as possibilidades neste processo de aproximação do Templo [bem, como a turma do Marcos está ‘além muros’ e o ‘Templo’ muito provavelmente custou a entender e aceitar ‘distribuição digital’ e outros babados musicais, a turma do Marcos que já não está nem além muros, mas no meio da ‘Rua’ mesmo, agora vai tentar fazer — essa turma — a ponte, de volta, passando por sobre o muro e entrando no Templo de onde provavelmente saíram? Marcos, não me leve a mão, mas eu não consigo entender como música — clássica ou brega/popular, sobretudo a religiosa, é capaz de, ou ter condições de, ou até direito a de dizer ao Templo, seja lá o que isso quer dizer, quais são os ‘limites’ e as ‘possibilidades’?] com a Rua. Como a Igreja deve se relacionar com a cultura? [Aparentemente a pergunta que parece ser absolutamente ‘normal’, passa agora, pelo menos para mim, a ter um caráter de disfarçada ‘teoria’ — bem pensada ou academicamente elaborada ou não, premissas, conceitos, etc. — de ‘força’? ‘comando’? ‘orientação cultural’ ao Templo? Sei lá, faltam-me palavras, ‘ideologia’? Aparentemente nem eles sabem muito bem:] Ninguém sabe muito bem. A força de um mercado religioso interno [brasileiro?] impõe respeito [a definição de ‘respeito’ vem logo em seguida, é rentável] – embora ainda engessado [já estou achando que a palavra ‘engessado’ = ‘conservador’ no sentido de meio ‘fechado para novidades’], como você colocou, ele é muito rentável. Mas será que exportar as vivências do templo para a rua é o melhor caminho? […eu achava que vocês estavam ‘além muros’, na ‘rua’ mesmo, e até pensava em ‘Templo’ = instituição com toda a sua bagagem, tanto institucional, do prédio até a ‘cabeça/ideia’de cada um dentro do Templo, e que estavam tentando fazer o caminho de volta da Rua para o Templo, já que esse ‘universo Cristão’ estava/está ‘engessado’, mas aparentemente vocês estão mesmo dentro do Templo, no meio de um universo cristão que os ouve bastante engessado e de lá de dentro, com a cabeça de vocês ‘além-muro’, na ‘Rua’, etc. com toda a parafernália eletrônica, inclusive]. Tenho receio de que tudo isso se torne banal, artificial e sem o mistério precioso que envolve a experiência comunitária [o primeiro sinal de alerta aparece aqui! E ele vem com a força da palavra ‘banal’. Ponto para turma do Marcos]. O que fazemos é buscar respeitar a soberania dessas duas esferas e o modo de ser de cada uma delas [as duas ‘esferas’ são: o ‘templo e a rua’? O pessoal ‘engessado’ e a turma ‘não engessada’? O ‘religioso’ e o ‘secular’?]. Não transformar o palco num púlpito, nem fazer do púlpito um palco. Essa é a regra.” [Até os jovens têm um certo viés latente ao ‘conservadorismo’, qualquer que seja ele, né? Hehehehe!!]. Vou dar a minha opinião de quem não entende muito de música, mas é atento ao chamado zeitgeist, o espírito de uma época. A música [estou só lembrando os Beatles como exemplo e dos ‘matusalém’, Rolling Stones, para fazer meu ponto que se segue], a partir deles, não apenas marcou época, mas enterrou de vez a existência — que já não mais existia, mas ainda era latente — da música religioso-sacra que ganhou outro(s) nome(s) a partir daí, mas que fatalmente teve que fazer uma ‘casadinha’ com a ‘popular/secular’ que vocês, Marcos, e tantos outros, tentam ‘redimir’ — vivificar — mas que morreu de vez. Pode-se esgoelar o quanto quiserem sobre ‘Jesus Cristo como o salvador’, com as mais diferentes roupagens e conteúdos que se imaginar, até contraditórios entre si, que os chamados fundamentos da fé [e a música religiosa-sacra expressava isso] foram para o espaço. Se Jesus Cristo aparecesse hoje em Jerusalém hoje, ele entenderia perfeitamente [exceto pelo sotaque] o que um Judeu ou mesmo um Judeu-Árabe diz quando pede um café em um desses famosos ‘barzinhos’ que existem em Tel Aviv. Mas o conteúdo da fé — da qual ele fez parte — ser-lhe-ia absolutamente estranho. Talvez, e muito longe, entre os ‘haredim’. Idem para o Cristianismo nosso. Não, não estou dizendo que não existirá mais música ‘religiosa’, estou dizendo que o movimento de mais de 500 anos conhecido como ‘protestantismo’, que hoje sofre um desgaste mortal e se encaminha para as cinzas e poderá ressurgir, mas como outra criatura, outro DNA, etc., morreu com a sua herança [pretérita], exauriu-se [fadiga de material mesmo] e que, por razões históricas, não foi nunca mais substituído por nenhum outro [movimento de envergadura] que desse continuidade à sua espécie. O último suspiro do Cristianismo [em um ponto histórico] como força [histórica, institucional, ideias, homens, etc.] para sobreviver [historicamente] ocorreu com o famoso ‘aggiornamento’ estampado no Vaticano II. O protestantismo ainda conseguiu sobreviver mais tempo dado a sua enorme capacidade de ‘mutação genética’. Quer dizer que o Cristianismo vai desaparecer? Claro que não!!! Mas ele terá que fazer mudanças radicais na sua essência para sobreviver, como o Judaísmo fez. E nesse processo de mudar, ele vai perder as suas características fundamentais. Ninguém hoje está interessado em ‘Confissões de Fé’. Mas elas existem cada vez mais. E cada vez mais estão aí para serem lidas com aquela lupa essencial que identifica não o que estão a dizer, mas o que omitem. E posso assegurar-lhe que elas, como todos documentos que definem o caráter de instituições e ideias [estou escrevendo e pensando no exemplo mais atual e fácil de ser localizado, a Igreja Anglicana [episcopal], perderam sentido e vêem perdendo, e o que resta destes documentos perder-se-á de qualquer forma e coisa que guarde relação com o Cristianismo como esse chegou até nós. Marcos Almeida 23 de janeiro de 2013 Eduardo, você já leu Dooyeweerd? Pode ajudar a entender a cosmovisão que proponho. http://www.hagnos.com.br/produtos.asp?codigo=7 (livro lançado pela Hagnos) http://hermandooyeweerd.blogspot.com.br/ (Blog – não conheço quem escreve mas parece ter coisas legais sobre o holandês). Obrigado por emprestar seu tempo à leitura da entrevista e por compartilhar suas incisões no texto. Posso dizer que a música sacra se enfraquecerá ainda mais caso a gente não descubra uma forma de ver Rua e Templo (Beatles e Arvo Part), como respeitar a dignidade de cada uma e como todos estamos, seja no Templo ou na Rua, diante da face de Deus, o mesmo Deus de ontem,de hoje e de eternamente … Eduardo 26 de janeiro de 2013 Sim, já li três livros dele, e, sobretudo, o complicadíssimo, “A new Critique of Theoretical Thought” (e caro!), e o menos denso, mas com aquela visão de ‘bird’s eye view’ em “In the twilight of Western thought” bem como “Roots of Western culture”. O primeiro, muito embora eu não domine o holandês, servi-me da ajuda de um cordial amigo, Jacob Jaap, que me orientou no entender de certos termos que na tradução do holandês para o inglês se perdeu. Não conheço e nem li nenhuma obra dele em português. Mas, ao que me consta, a tradução do título de um de seus livros do inglês para o português foi feito por pessoas que não dominam o holandês, pelo menos para consultar certos termos em holandês que Jaap forneceu. Parece-me que há um grupo no Brasil que gosta (estou sendo cuidadoso com o uso de ‘entender’) de H.Dooyeweerd. Nesse link acima, acho que voce poderá ler um curtinho artigo de Richard Kroner que já em 1954 levantava algumas questões pertinentes sobre o ponto fulcral desse grande teólogo. E pouca gente sabe que a cátedra que Herman lecionou na Free tem a ver com jurisprudência (Lei/Law. “Encyclopedia of the Science of Law” que estou começando a ler, Sou advogado, é um exemplo. Leia voce mesmo o artigo de Kroner para ‘descobrir’ o fulcro. Acho (‘acho’ porque não sou expert), porém, a luta desse gigante holandês não faz muito mais sentido. Na Europa não. Nos Estados Unidos tenho cá minhas dúvidas. Nas terras Tupiniquins ainda reverbera alguma coisa. Mas é passé. Ninguém vai queimar uma geração de sua vida para estudar holandês, alemão, latim — só para ficar nas três — com vistas a dedicar-se ao estudo desse pensador. Acho que a relação teórica proposta por ele, e, novamente, sou leitor tardio dele, muito embora falo mais de uma língua, não se sustenta mais. Muito embora a ciência não resolveu nem vai resolver seus problemas fundamentais, sua obra hoje é insuperável e qualquer tentativa (do tipo filosófica) para entender anda sempre um passo atrás diante do gigantismo dos acertos científicos. Acho, também, que já não mais existe (pelo menos na Europa, me diz Jaap) grande interesse ou influência até mesmo na Free University of Amsterdam onde ele ensinou muito daquilo que ainda usamos (ainda que eu não tenha encontrado uma viva alma no mundo jurídico que tenha ouvido falar dele), Lei (e a formulação de jurisprudência), questões jurídicas, assuntos sobre os quais ele se debruçou. Leio alguns artigos de Carvalho, sou crítico ácido desse jovem que, a rigor, não tem embasamento acadêmico (já pesquisei o que pude sobre isso e ainda não me convenci) para opinar sobre o mundo específico de Dooyeweerd. Mais a mais, a mistura de Dooyeweerd com L’Abri (tal qual aparece nas propagandas na sua página ancorada em ULTIMATO, perdeu sua legitimidade histórica. Tem um artigo fascinante sobre os rumos atuais de L’Abri em CHRISTIANITY TODAY (restrito a assinantes da revista) sobre essa instituição de raízes europeias que faz Dooyeweerd parecer ‘garoto propaganda’ de algum movimento evangélico mais reformado (estou sendo criterioso com a palavra ‘reformado’), que, a meu juízo é natimorto. (exageros à parte). Marcos Almeida 18 de abril de 2013 Querido Eduardo, tê-lo como leitor me faz acreditar que alguma coisa que escrevi nesta entrevista, por mais simples que tenha sido, motivou você a expor suas idéias e habilidades de exegese. Mas, vamos lá. Tente me ajudar entender ao que você se opõe e se existe alguma proposição diante da sua experiência como estudioso do assunto, ou interessado nessa relação fé & cultura. Obrigado pelos links. Sobre o Guilherme Carvalho, já esteve com ele? […] “Determinado ouvinte pode se apegar mais à sonoridade em si e outro se empolgar com a mensagem. Mas ainda não sabemos como isso acontece. O fato é que nem todos vão se abrir para o aspecto transcendente da nossa arte e nem por isso a sua experiência deve ser desmerecida, pois ela também é válida”, explicou Marcos em entrevista publicada na edição 37 da versão brasileira da Billboard. […] […] Há alguns dias levantei alguns questionamentos acerca da indicação da banda Pavrantiga ao Festival Promessas, alegando que a banda adotava uma postura no mínimo incoerente com todo o discurso proferido pelo vocalista Marcos Almeida em diversas entrevistas, e principalmente naquela concedida à respeitada revista Billboard (leia na íntegra aqui: http://nossabrasilidade.com.br/a-entrevista-para-a-billboard-edicao-37-na-integra/). […] Humberto Botelho 26 de setembro de 2013 Evangeliquês tupiniquim é a palavra de Deus em português? É isso? Então vou postar um comentário em minha língua natal o ” Evangeliquês tupiniquim” (pois em Cristo sou cidadão do céu, já que Seu reino não é deste mundo – João 18:36): 1. Quem é amigo deste mundo é inimigo de Deus – Tiago 4:4 2. Seja quente ou frio, se morno pode ser vomitado por Jesus – Apocalipse 3:16 3. Quem não ajunta com Jesus, espalha – Mateus 12:30 4. Sobre ficar “preso” em um só “segmento” (“gospel”) – a palavra Gospel traduzida para o português (aquele…) é EVANGELHO; Portanto ficar preso no “segmento do EVANGELHO” – Em João 17:17 está escrito que Jesus ora à Deus que nos santifique na Sua palavra e em João 8:32 Jesus alerta aos fariseus que conhecerão a verdade e a verdade os libertará. Portanto, não entendo como posso ficar “preso” no EVANGELHO se a única verdade que liberta é o EVANGELHO? 5. Não sou legalista, sou guitarrista do ministério de jovens em minha comunidade, não tenho nenhuma afinidade com farisaísmo, mas a verdade é que querem que a Igreja do Senhor Jesus se adapte ao mundo ou pelo menos que se “ajeite” do mundo. Isso é justamente o contrário que Jesus veio fazer: nos alimentar que nós (com Ele) não somos deste mundo também, embora estejamos nele inseridos. Não se amoldem ao mundo, mas sejam transformados pela renovação de suas mentes (Romanos 12:12). Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos (Romandos 1:22). Clamo à Ti, Senhor Jesus, que voltemos para Ti, àqueles se vêem sedentos pelo mundo e suas delícias, perdoa-nos e nos coduza pelo caminho eterno e ao primeiro amor, amém.
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Resumo Introdução: A extensão universitária realizada através do Serviço de Reabilitação Física de Nível Intermediário-SRFis da UNISC evidencia o alcance de direitos sociais à população que deles necessitam. Nos últimos cinco anos, esse Serviço concretiza ações extensionistas de atenção à saúde e de formação universitária de modo atrelado à garantia dos direitos sociais. No SRFis, a centralidade240 das ações de acesso240 aos direitos sociais às pessoas com deficiência perpassam a atenção à saúde, o que implica perseguir a equidade para a inclusão social. O público alvo, na atenção, são pessoas com deficiências motora e amputadas, podendo ou não ter associado outras categorias. Na formação, são estudantes de cursos de graduação, seja com bolsa de financiamento externa ou voluntária. Objetivos: Melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência; fomentar uma formação acadêmica profissional orientada pela integralidade da saúde e potencializar a articulação ensino-serviço-comunidade. Metodologia: Sustenta-se em dois eixos: a formação que instiga os acadêmicos a buscarem o compartilhamento das ações através de reuniões de equipes, reuniões gerenciais gerais, orientações acadêmicas, pesquisas e participação em eventos e à atenção aos usuários com atendimentos individuais e coletivos na linha do cuidado às pessoas com deficiência, planejando, organizando e executando ações de extensão. Estas por sua vez, subdividem-se em dois grupos: as que permeiam as várias profissões240 (primeiro acolhimento, avaliações para indicação das órteses, próteses e meios de locomoção, interconsultas, atendimento na sala de espera, grupo de usuários, familiares/cuidadores, encaminhamentos aos serviços de referência e contra referência, momentos de confraternização) e as particularidades profissionais (atendimentos individuais e grupais a usuários, 240familiares/cuidadores ou encaminhamento para psicoterapia; atendimento fisioterapêutico, consulta e acompanhamento de enfermagem; esclarecimentos e orientações sobre os direitos sociais e articulações com serviços sócio assistenciais; adaptações funcionais para atividades de vida diária e atendimentos de fonoaudiologia. Resultados: No eixo atenção à saúde, em 2013 foram realizadas 12.034 ações incluindo concessão de órteses, próteses e reabilitação de usuários, avaliações com pareceres da equipe240 para tratamento fora do domicílio, bem como avaliações judiciais. Ressalta-se que a média de atendimento mês foi de 50 novos usuários. Os dispositivos240 mais concedidos foram 431cadeiras de rodas, de banho ou não para adultos e crianças, além de 240da distribuição de cadeiras motorizadas alcançando 14 pessoas. No eixo formação foram realizadas 68 reuniões assim distribuídas: 10 reuniões gerais de equipe e 58 orientações por curso. Ainda houve participação em 13 eventos e 01 Trabalho de Curso. Considerações finais: Ohistórico de um ano de trabalho evidencia o quanto esse Serviço contribui para a melhora da qualidade de vida das pessoas com deficiência e, igualmente potencializa o processo formativo estudantil. Tanto o processo de atenção quanto da formação, marcam fortemente os princípios da UNISC com a comunidade e para a comunidade, 240compromisso de uma formação solidária, ética, humanista e de qualidade nas questões técnico-científico240 e operacionais240 do Sistema Único de Saúde 226 SUS.240
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A partir de 17 de março de 2016 entrará em vigor a Lei n.º 13.105 de 16.3.2015, mais conhecida como o “Novo Código de Processo Civil” e com ela novos rumos serão encontrados no procedimento processual pátrio. É muito cedo para cravarmos que o novo códex resolverá a maioria dos problemas procedimentais existentes em nossa legislação, digo a maioria, pois sabemos ser impossível resolver todos, já que estamos diante de uma ciência não exata e que contempla interpretações das mais variadas possíveis, sem falar no dinamismo do nosso direito e da indiscutível e acelerada evolução social, intelectual, cultural e econômica existente em nossa sociedade, todavia, servirá para melhorar a dinâmica dos processos. Ao estudar o novo Código, verificamos que ele veio antes de mais nada para sistematizar de forma ordenada a colcha de retalhos que se transformou o nosso atual caderno processual, principalmente em razão das emendas nele introduzidas, em especial, com o advento das Leis 8.952/94, 10.444/2002, 11.232/2005. Essas Leis foram legitimadas em razão da preocupação do legislador em tentar alcançar a efetividade e celeridade processual com a obtenção da satisfatividade do cidadão. Tanto que pensando nisso, em 08 de dezembro de 2004 foi promulgada a Emenda Constitucional nº 45, que inseriu o inciso LXXVIII ao art. 5º da Constituição Federal, dispondo que “a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação”. Ao tornar esse dispositivo um direito individual expressamente consagrado, o legislador tentou proporcionar a sociedade uma expectativa de melhora na qualidade da função exercida pelo Poder Judiciário. Ocorre que, ao receber os novos dispositivos oriundos das referidas Leis, nosso atual Código acabou por tornar-se, como dito, uma colcha de retalhos, ficando, conceitualmente em desordem e com isso, sua sistemática também ficou prejudicada, havendo a necessidade de nova sistematização e consequentemente ordenação. Pensando nisso, o legislador elaborou o novo caderno processual, tendo como premissa básica que ”O processo civil será ordenado, disciplinado e interpretado conforme os valores e as normas fundamentais estabelecidos na Constituição da República Federativa do Brasil, observando-se as disposições deste Código” (artigo 1º), e mais, ordenou de forma lógica os procedimentos processuais, movimento indiscutivelmente necessário, e codificou a grande gama de decisões reiteradas de nossos Tribunais, inclusive, levando em conta diversos Enunciados do Fórum Permanente de Processualistas Civis, o fazendo, ao nosso ver, com acerto e inovou em diversos procedimentos para viabilizar a efetividade do processo, em especial, utilizando os meios eletrônicos para agilizá-lo. Reorganizando nosso caderno processual e incluindo os novos procedimentos, o legislador incluiu 200 novas regras sem correspondentes com o antigo, mas reduziu em 148 artigos o novo caderno, já que o Código/73 possuía 1.220 artigos, enquanto que o novo Código/15 possui 1.072 artigos. Em que pese essa redução, o novo Código é mais didático, elimina algumas regras já ultrapassadas em razão do avanço de nossa jurisprudência pátria, define de forma mais clara alguns procedimentos e indiscutivelmente dá as partes maior autonomia para condução dos processos, o que deverá, como se espera, dar mais efetividade ao processo e assim, possibilitando que o litígio seja finalizado em tempo razoável, satisfazendo as partes e dando a digna prestação jurisdicional, consagrada na Constituição Federal como garantia individual, como previsto pela Emenda n.º 45. Um dos princípios que mais chamou a atenção e, acreditamos, seja o espirito do novo Código, é o da cooperação, bem disciplinada no artigo 6º - “Todos os sujeitos do processo devem cooperar entre si para que se obtenha, em tempo razoável, decisão de mérito justa e efetiva”. Essa cooperação é de suma importância para o desenvolvimento do processo, auxiliando no tempo razoável, consagrado pela Emenda Constitucional 45. Vejam que o novo Código antes de mais nada prima pela autocomposição, ou seja, as partes em litígio podem resolvê-lo, o que será estimulado pelo Poder Judiciário, pela conciliação, mediação ou até mesmo por acordo direto, antes mesmo de contestar a ação. O princípio da autocomposição vem logo no começo do novo Código (artigo 3º, §3º) para demonstrar a intenção do legislador de que se resolva as questões em litigio de forma amigável e antes de se tornar contenciosa a questão dispondo que “A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial”. Passada essa fase, será lícito as partes, plenamente capazes, estipular mudanças no procedimento para ajustá-lo às especificidades da causa (artigo 190), fixando, se o caso, um calendário para a prática dos atos processuais (artigo 191). O novo caderno procedimental facilitou a citação, deixando claro que a mesma poderá ser realizada por meio eletrônico, sendo obrigatório para as empresas de médio e grande porte, inclusive, as públicas, manter cadastro nos sistemas de processo em autos eletrônicos, para efeito de recebimento de citações e intimações (artigo 246). O advogado terá uma participação muito mais ativa no processo, já que participará das mudanças descritas acima e poderá ainda, realizar diretamente intimações (artigo 269), auxiliará no saneamento do feito (artigo 357), deverá intimar as testemunhas por ele arroladas (artigo 455), formulará perguntas diretamente à testemunha (artigo 459), entre outros inúmeros procedimentos de cooperação que deverá ser realizado pelos advogados. O novo Código simplificou a contestação, excluindo as exceções, que passaram, em sua maioria, a integrar as preliminares, mas, com críticas, manteve a reconvenção. Inovou em relação as tutelas antecipadas e as medidas cautelares, já que agora estaremos diante das tutelas provisórias (artigo 294), podendo ser de urgência (artigo 300) e/ou de evidência (artigo 311). Melhorou a dinâmica dos recursos, unificou os prazos para 15 dias uteis, exceto os Embargos de Declaração que permanecem em 5 dias, mas, agora, uteis, só que para este último inovou também abrindo o contraditório. No cumprimento de sentença e nas execuções de título extrajudicial houve inovação dando a possibilidade de se protestar a sentença transitada em julgado (artigo 517) e de se incluir o nome do executado em cadastro de inadimplentes (artigo 782), além de toda organização dos procedimentos antes dispostos de forma não sistêmica em razão de várias emendas. Fez pequenas modificações nos procedimentos especiais, mantendo-se, contudo, o espirito do mecanismo, apenas, simplificando alguns procedimentos e facilitando outros e até excluindo alguns em desuso. Regularizou a questão da desconsideração da personalidade jurídica, agora, abrindo-se para o contraditório em incidente (artigo 133), antes de qualquer procedimento de expropriação de bens. É claro que há vários outros novos procedimentos importantes no novo Código que deverá ser estudado detidamente e com a mente aberta para novas premissas, já que sua intenção é pela resolução rápida dos conflitos, mediante participação efetivas das partes, entretanto, somente será possível fazer considerações detalhadas após muito estudo, mas, principalmente, depois que o novo códex estiver vigendo e diante de decisões e interpretações de nossos tribunais. No mais, acreditamos que os novos procedimentos servirão para resoluções rápidas dos processos, contudo, será necessária uma mudança de cultura e comportamento dos profissionais do direito, principalmente, deixando de lado o espírito litigioso, para pensar antes de mais nada na autocomposição, meio mais adequado para solução rápida dos conflitos e quando pensar no litigio propriamente dito, não esquecer da necessidade de cooperação no processo, visando a solução rápida e efetiva do processo. Advertimos por fim, que o operador do direito deverá participar ativamente dessa nova etapa do processo civil, pois o novo Código somente alcançará os objetivos traçados a ele, se houver a cooperação de todos os envolvidos.
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) Executado: FUNDACAO CECILIANO ABEL DE ALMEIDA e outros (2) O (A) MM (a). Juiz (a) da 2ª Vara do Trabalho de Vitória/ES, no uso de suas de atribuições legais, FAZ SABER a quantos o presente edital... virem ou dele conhecimento tiverem que pelo ...
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Parker Road Show completa 10 anos de estrada PROGRAMA LEVA NOVAS SOLUÇÕES E TECNOLOGIAS DE AUTOMAÇÃO PARA EMPRESAS E INSTITUIÇÕES DE ENSINO EM TODO O BRASIL O programa Parker Road Show, exposição itinerante direcionada a usuários das tecnologias de automação da Parker Hannifin, está completando 10 anos de atividades ininterruptas. Durante esse período, o caminhão que leva palestras técnicas para empresas e instituições de ensino em todo o País, com foco em soluções para as tecnologias de movimento e controle do movimento, já percorreu mais de 400 cidades e recebeu mais de 60 mil visitantes. Tudo isso sem custo algum para as empresas e instituições de ensino beneficiadas, que só precisam fornecer uma área para a carreta estacionar. Para ajudar os visitantes a conhecer melhor as soluções da Parker, diversas palestras técnicas são promovidas pelos instrutores durante as exposições da carreta, realizadas dentro das próprias empresas. Ao longo desses dez anos foram visitadas 275 companhias, além de 146 instituições de ensino e 24 feiras de negócios, somando mais de 250 mil quilômetros rodados. Espaço interno Road Show Parker Demonstração Road Show Parker Muita coisa mudou desde 2004, quando o Parker Road Show começou a rodar pelo Brasil. As palestras e os produtos apresentados são frequentemente renovados. “Com a expansão do mercado de automação, o marketing e a boa comunicação entre as indústrias se tornaram fundamentais para a manutenção e o crescimento dos negócios”, avalia Luiz Roberto Moura, gerente de Marketing da Parker. “O programa se tornou uma verdadeira ferramenta de comunicação, que leva novas tecnologias diretamente aos profissionais da indústria de maneira didática e interativa, promovendo atualização dos processos industriais e gerando inclusive oportunidades de negócio”, conclui Moura. O Road Show é uma oportunidade para o cliente Parker conhecer todas as soluções de engenharia oferecidas pela empresa – que cobrem as áreas de hidráulica, pneumática, eletromecânica, controle de processos, condução de fluidos e gases, filtração, vedação e climatização. É comum que os participantes das palestras acabem descobrindo soluções com potencial para agregar eficiência ou reduzir custos em seus processos de fabricação. Além disso, todas as palestras apresentadas no âmbito do programa são acompanhadas de certificado. Para levar o Road Show à sua empresa ou instituição de ensino, entre em contato com a Hipress.
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O livro Histórias para você dormir 3, organizado por Izabelle Valladares pela literarte, apresenta diversas fábulas e histórias para o público infantil. Em todas as histórias há uma ilustração com uma frase escrita “para colorir”. Uma dessas histórias é de autoria de Arlete Trentini, intitulada “Um homem muito estranho”. A narrativa é escrita na primeira pessoa do singular e conta a história de uma família que se mudou para uma pequena cidade. Fala das brincadeiras das crianças e do medo que elas sentiam de um morador esquisito que morava na cidade. E, nesse medo, uns diziam que ele era um lobisomem, outros um vampiro, outros uma mula sem cabeça, outros um extraterrestre... O que se sabe é que morava só e só saía à noite. Mas, sobre a verdadeira história desse misterioso morador, a criança que narra revela que só veio a conhecê-la quando já morava noutra cidade. A história não apresenta diálogos, mas descreve falas entre os personagens crianças, entre um pai e o misterioso morador, e entre a criança e seu pai. O livro traz uma pequena biografia da autora com sua respectiva foto, aproximando-a, pela imagem, do público leitor, e faz isso com cada um dos autores. O livro tem índice com o nome das histórias, dos autores e a respectiva paginação, tem as quatro últimas páginas em branco dedicadas à escrita da primeira história do leitor, incentivando-o a uma possível autoria.
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) pedido (s) de produção de nova (s) prova (s). Até a data da audiência a ser realizada, se ainda não constante no processo, a parte autora deverá juntar aos autos a cópia da ata que elegeu o síndico... ENGENHARIA SPE 052 SA. Adv (s).: (.). ...
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Filtros para o mercado marítimo As legislações ambientais contra a emissão de poluentes no meio marítimo são extremamente rígidas, o que aumenta ainda mais os cuidados das embarcações na forma de descartá-los para evitar multas ou outro tipo de penalidade. Mas a conscientização para minimizar os danos causados pela poluição no mar também é um dos fatores que se mostram como caminho adotado por elas, apesar de existir ainda tantos problemas para solucionar. Os filtros nas diversas aplicações para o mercado naval têm um papel muito importante porque colaboram para o correto funcionamento dos equipamentos, diminuindo emissões danosas jogadas no mar. Rodrigo Cintra, consultor especialista em Marinha Mercante, Petróleo e Gás e diretor executivo do Grupo Portal Marítimo, esclarece como os navios fazem para descartar seus diversos dejetos e não causar danos ecológicos. Os restos de alimentos, conforme diz, são triturados antes de serem lançados ao mar. “O objetivo é que estejam dentro de um tamanho mínimo para poderem ser ingeridos pelos animais da fauna marinha ou mais bem absorvidos pelo meio ambiente”, informa. Em relação tanto aos efluentes, como água de pias e sanitários, quanto aos resíduos oleosos, que vêm dos óleos: combustível, lubrificante e hidráulico, conta que são altamente tratados a bordo. “Os resíduos oleosos que chegam a ser lançados ao mar, por exemplo, estão com menos de 15 ppm (partes por milhão) de óleo em água, faixa admitida que não agride o meio ambiente. Quando ultrapassam este valor, os navios têm o cuidado de colocar em um tanque de resíduos oleosos e uma empresa terceirizada retira o óleo que segue para reciclagem. Já os efluentes sanitários passam por complexo processo de limpeza antes de serem lançados ao mar que envolve trituração, sedimentação, tratamento bacteriológico e clorinação”, explica. O especialista cita inclusive equipamentos que transformam resíduos sanitários até mesmo em água potável. “Já temos disponíveis na indústria estes equipamentos, mas, por motivos óbvios, ainda não estão em uso”, aponta. O equipamento, que realiza a filtragem mecânica, orgânica e com raios ultravioleta para obter água potável, faz parte de projeto de estaleiros asiáticos. Interessantes também as formas usadas para diminuir a poluição causada pelos resíduos oriundos das emissões de carbono da descarga dos motores das unidades marítimas, segundo o diretor executivo do Grupo Portal Marítimo, que são o uso de combustíveis com baixo teor de enxofre e a redução da velocidade dos navios, bem como energias alternativas para a propulsão. “Já temos navios que usam kites, que são pipas gigantes, e até mesmo velas para ajudar na propulsão, aproveitando os ventos oceânicos”, revela. Outra curiosidade comentada por Cintra é o que já existe no Mar do Norte, na Europa: o armazenamento e injeção de gás carbônico nos poços de petróleo, mantendo a pressão deles em padrões bons, que facilitam sua extração. “Basicamente, a descarga de gases dos motores é canalizada para um reservatório subterrâneo e enviada de volta ao poço de petróleo.” Quanto à poluição marítima, o consultor especialista adverte para uma certa tendência ao sensacionalismo quando se fala de meio ambiente e unidades marítimas. Ao contrário do que as pessoas pensam, o que ocorre, segundo expõe, é que existe, sim, uma preocupação para um impacto ambiental menor, responsabilidade ambiental das empresas e controle internacional de documentação realizado pela International Maritime Organization (IMO), que fiscaliza o Livro de Registro de Óleo, onde é registrado qualquer movimento feito pelos navios com óleo. Ele afirma que, na verdade, há toda uma gama de legislações pertinentes ao setor, que tem uma série de procedimentos inerentes às mesmas. “Estas leis são muito bem fiscalizadas e, em caso de descumprimento, geram multas consideráveis. Podem, inclusive, levar os responsáveis a serem judicialmente imputados por suas responsabilidades e, em casos extremos, presos por isso.” Reativação e crescimento de mercado Rogério Rocha, supervisor de Pós-Vendas da Divisão de Filtração da Parker Hannifin, afirma que o segmento de filtros para navios e todos os outros tipos de unidades marítimas está crescendo no Brasil, panorama que se mostra vantajoso e promissor para a empresa, que atua em diversas aplicações voltadas ao setor. “Este segmento tem um bom valor agregado e oferece um ótimo retorno financeiro”, destaca. A Parker trabalha com a Divisão Racor de filtros para o mercado naval aqui no Brasil há mais de 10 anos com produtos nacionais e importados atendendo todo tipo de embarcação desde pequenas até grandes. Em 2012, garante Rocha que o crescimento das vendas da linha de filtros em todos os tipos de embarcações é de 85%, o que confirma as perspectivas de maiores comercializações no segmento. Uma das explicações para esse aumento da demanda no setor se deve a uma reativação de projetos, na opinião de Luis Claudio da Costa, gerente de contas de Vendas Óleo e Gás da Parker Hannifin.“O cenário naval, após uma grande queda no final dos anos 80 e praticamente inexistente nos anos 90, teve a sua grande retomada nos últimos anos com a decisão de fabricar navios e plataformas com conteúdo local para suportar os investimentos da Petrobras na exploração e produção de petróleo.” Segundo ele, hoje o mercado naval tem grandes projetos se iniciando no Brasil, inclusive com as construções de novos grandes estaleiros. “Os estaleiros atuais vêm cada vez mais buscando soluções tecnológicas para aprimorar e aumentar sua capacidade produtiva com projetos customizados”, aponta o gerente de contas. A Parker, que comercializa produtos da linha Racor para o mercado naval mundial há mais de três décadas,nos últimos anos se estruturou para atender esse mercado de uma forma mais abrangente. “O mercado de filtros vem crescendo, mas a maior demanda ainda está por vir, porque os filtros entram na etapa final das obras”, frisa. Para Costa, a indústria naval tem uma característica muito peculiar. Isso porque, conforme explica, um estaleiro precisa de alguns anos para desenvolver sua curva de aprendizado. “Dos 49 navios de grande porte que a Transpetro contratou nos últimos anos, somente três foram entregues. Isso devido à curva de aprendizado e do desenvolvimento da cadeia produtiva, fundamentais para suportar este crescimento.” A Parker, segundo o gerente de contas, vem acompanhando os movimentos deste segmento para ampliar cada vez mais o conteúdo local de seus produtos e soluções de engenharia e serviços para atendê-lo. “Os estaleiros estão cada vez mais caminhando para se tornarem montadores e, para isso, buscam mais parceiros para se desenvolver”, ressalta. Papel dos filtros no mercado naval A Divisão Europa de Filtros Racor, da Parker Hannifin, produz diversos produtos desde pequenas até grandes embarcações e plataformas que atendem capacidades e características específicas para cada sistema, Rocha destaca como avanços do setor alguns deles, como o RVFS, o FBO Trolley, a Série Turbina, filtros de ar e silenciadores, a série 804MA de separador de óleo diesel e água, o filtro de óleo CCV, os filtros hidráulicos e os separadores de água com Aquabloc ® II, o desenho da página 32 demonstra as diversas aplicações dos filtros Parker fabricados para o mercado naval. Uso de dessalinizadores Com um extenso portfólio de dessalinizadores de água do mar, a Parker Hannifin trabalha com soluções para atender desde um barco de passeio de pequeno porte até plataformas offshore, indica Marco Aurélio Cattaruzzi, supervisor de Vendas da Divisão Filtração da empresa. O que acompanha uma tendência porque, conforme explica, os novos navios estão sendo projetados para trabalhar com dessalinizadores. “O dessalinizador é usado para substituir tanques de armazenamento de água potável em embarcações e plataformas de exploração e produção de petróleo. Por serem equipamentos de fornecimento contínuo que ocupam pouco espaço físico, são a solução perfeita para o abastecimento de água potável”, destaca. Para produzir água potável, a empresa dispõe de equipamentos de osmose reversa que fornecem desde 400 GPD até vazões maiores que 50.000 GPD. “Quando se aplica uma pressão que excede a pressão osmótica natural ocorre o processo de osmose reversa, que utiliza uma bomba de alta pressão para fazer isso. A água é pressionada através da membrana, deixando para trás os sólidos dissolvidos. O processo possui um sistema de filtração tanto na entrada da água do mar como após a passagem pelas membranas de osmose reversa. O último estágio é a passagem da água por um sistema ultravioleta para eliminação de micro-organismos”, explica o supervisor. Segundo Cattaruzzi, os dessanilizadores não são fabricados no Brasil e, sim, no exterior pela empresa, que pretende continuar investindo no setor. “No Brasil, o melhor mercado a ser trabalhado é o offshore. A Parker está investindo neste segmento, onde já temos propostas para alguns projetos da Petrobras, principalmente nos de embarcações que serão adquiridas pela Transpetro”, informa. Tipos de filtros utilizados Figura 1 - Vasos série RV servem para armazenar combustível a granel e de distribuição, fazer transferência de combustível ou aplicações de motores grandes. Como filtro separador de água (RVFS), remove emulsionados de água e sólidos de óleo diesel, gasolina e outrascorrentes de hidrocarbonetos. Como um filtro de partículas (RVMF), retira contaminantes sólidos, como sujeira, ferrugem e outros materiais até 2 micra. Figura 2 - O FBO Filtro Trolley atende requisitos de limpeza de tanques de combustível, bateria e bowsers. Com a tecnologia state-of-the-art, são filtros que removem contaminantes danosos do diesel. Tendo de 1 a 25 micra, retiram partículas de forma rápida e eficiente em fluxo de mais de 50 litros por minuto. Figura 3 - Filtro separador de água e combustível da Série Turbina tem bacia de alumínio ou aço inoxidável para atender motores que exigem alta capacidade de filtragem de combustível para protegê-lo. Figura 4 - Alojados em um design que reduz seu turbo ruído, os filtros de ar e silenciadores removem contaminantes do ar, como areia, sal, fibras de carpetes, entre outros. Figura 5 - A série compacta 804MA separador de óleo diesel e água é 100% de aço e atende requisitos de filtros de combustível marinhos. Disponíveis em individuais, duplas e triplas configurações valvuladas,trabalham fluxo de galões 240, 480 e 720 por hora. Figura 6 - Compacto e robusto, o sistema Racor CCV (Ventilação do Cárter Fechado) é um filtro de óleo que oferece alta coalescênciae controle de pressão no cárter em condições graves. Sua vida útil é de 750 horas, devendo, neste período, ser trocado, podendo ocorrer variações,dependendo do perfil de carga, desgaste do motor, vazão, concentração de fuligem e das emissões do cárter. Figura 7 - Os filtros hidráulicos apresentam uma resina projetada que capta contaminantes sólidos, como sujeira e ferrugem, e os que danificam a água. Disponíveis em 10 micra, servem para qualquer aplicação. Figura 8 - Os filtros e separadores de água com Aquabloc® II possuem recursos para a retirada de cerca de 100% de água prejudicial e sólidos, proporcionando aos motores melhor potência e eficiência.
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sexta-feira, 11 de março de 2011 8 cartões de visitas inusitados. O provocador Não há dados que comprovem de quem partiu a ideia de elaborar o cartão de visitas provocador de Mark Zuckeberg, CEO do Facebook. Mas o filme A rede social sugere que a proposta saiu da mente de Sean Parker, criador do Napster e ex-sócio do site de relacionamentos. A ideia era provocar futuros concorrentes ou aspirantes à compradores do Facebook. A brincadeira saiu do papel. E Zuckerberg tinha que pensar duas vezes antes de entregar seu cartão a um novo contato. Apesar dessa preocupação na hora de fazer networking, Zuckerberg transformou o Facebook em um negócio bilionário e manteve sua independência diante de grandes conglomerados na internet, como a Microsoft e o Google, que tentaram comprar parte da companhia. O geek Co-fundador da Apple, Steve Wozniak criou um cartão de negócios que mostra seu pioneirismo no ramo tecnológico. Ele é feito de metal pesado, com um design acabado em laser. Conhecido pelo apelido “Woz”, Steve é funcionário da empresa de Jobs até hoje, mas sem compromisso em tempo integral. O narcisista Personalidade de televisão e empresário, Donald Trump possui um cartão de visitas que chega a repetir três vezes seu sobrenome, de forma bastante egocêntrica. Parece que ele não segue as recomendações do programa que apresenta, a versão americana de “O Aprendiz”. Ele errou na digitação Eric Schmidt, o atual presidente do Google, foi tradicional ao elaborar seu cartão de visitas. Mesmo assim, ele ganhou um lugar de destaque na lista de cartões inusitados. Isso porque o CEO errou ao digitar a palavra “Chairman”. No lugar deste cargo, saiu a neologismo “chariman”. A palavra até deu pretexto para boatos de que o erro fosse uma brincadeira de Schimidt com a palavra charity (caridade, em inglês). No entanto, a versão mais confiável até agora é de que ele (ou seus assistentes) trocaram a ordem das letras mesmo. Em abril, Schmidt será substituído pelo fundador do Google Larry Page no cargo de presidente da empresa. A partir daí, ele responderá apenas pela função de chairman do Google. Está aí uma chance para que ele corrija seu cartão de visitas. O cartão adesivo Responsável pelo marketing do primeiro computador Macintosh da Apple nos anos 80, hoje Guy Kawasaki é CEO do portal de links e agregador RSS Alltop. Em visita ao Brasil em agosto de 2010, ele distribuiu cartões profissionais que podiam ser transformados em adesivos, para divulgar o site. Kawasaki é autor de dez livros sobre tecnologia e comunicação corporativa e trabalhou diretamente com Steve Jobs e Steve Wozniak. O arcaico O primeiro cartão de visitas de Bill Gates, criador da Microsoft, não tinha nada familiar com a empresa que cresceu e dominou o mercado de software na década de 1990. Ele era amarelo, com a assinatura “William H. Gates” e mostrava o primeiro endereço da empresa, em Albuquerque, no Novo México. Hoje a companhia está em Redmond, em Washington. O gamer O empresário Leonardo Dias, da Taxi labs, possui um cartão de visitas com o título Master Chief, em homenagem ao personagem de videogame protagonista da série Halo, criada pela Microsoft. A companhia de Dias faz jogos para a internet e aplicativos para smartphones. No cartão também é possível ver um QR Code na traseira. O código que pode ser lido pela webcam conectada com a internet para mostrar Realidade Aumentada, um 3D projetado, na imagem do cartão de negócios no computador. O caçador de tendências Com o título RainMaker & Chief Adrenalina Office, o fundador da empresa BizRevolution, Ricardo Jordão Magalhães, se apresenta como um profissional que corre atrás do que é mais recente e inovador no marketing, brincando com o cotidiano corrido do mercado de publicidade. Mas o aspecto mais curioso está na parte traseira do cartão. Lead, follow, or get out of my way é um recado educado para quem está dentro das redes sociais e que tem potencial para entrar em contato com a empresa dele. Isso porque os trabalhos de marketing da BizRevolution pouco interessam às pequenas e médias empresas que não utilizam internet como ferramenta de divulgação.
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Publicidade Eldorado do Sul MST ocupa fazenda em Eldorado do Sul Mais de trezentas pessoas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) invadiram a fazenda Tio Faustino em Eldorado do Sul, na madrugada de terça-feira, dia 26 de abril. O MST alega que os 600 hectares estavam improdutivos. Os sem-terra saíram de um acampamento localizado em Encruzilhada do Sul. Eles argumentam que a ocupação faz parte do movimento de reivindicação da reforma agrária e para lembrar os 20 anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, quando 19 integrantes do MST foram assassinados no Pará.
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ordem Significado de ordem f. Cyn. Disposição metódica: pôr em ordem os seus livros . Marcha ou funcionamento regular. Regularidade. Apropriada combinação de meios. Ajuntamento. Classe, série. Qualidade de quem é metódico e discreto nos seus atos: proceder com ordem . Boa administração. Praxe, uso, lei. Mandado: receber uma ordem . Disciplina. Maneira. Modo de ser. Sociedade religiosa: a ordem dos Carmelitas . Confraria. Espécie de título honorífico para recompensa de méritos. Insignia correspondente a esse título. Sacramento, que dá a faculdade de exercer certas funções eclesiásticas; (neste sentido é mais us. no pl.): receber ordens sacras . Cada um dos coros, formados pelos anjos, segundo a Teologia. Subdivisão imediata de uma classe de seres animais ou vegetais. Cada um dos sistemas clássicos de Arquitetura: a ordem dórica . Ocasião, em que um comandante distribue ordens aos seus subordinados. Publicação, feita pelo comando de um corpo militar, ou pelo chefe de certos serviços, e contendo instruções várias, sobre serviço e movimento do pessoal. Publicação oficial de leis, regulamentos, etc., relativos ao exército ou à armada. Regulamento militar. Palavras Parecidas Rimas desordem, subordem, contraordem, infraordem, quase-ordem, antiordem. Citações Há no mundo uma conjura geral e permanente contra duas coisas, a poesia e a liberdade; as pessoas de gosto encarregam-se de exterminar uma, tal como os agentes da ordem de perseguir a outra. Gustave Flaubert A ordem é o prazer da razão: mas a desordem é a delícia da imaginação. Paul Claudel Na verdade, a imaginação não passa de um modo da memória, emancipado da ordem do tempo e do espaço. Samuel Coleridge
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Associação Evangélica terà que devolver dinheiro A Associação das Igrejas Evangélicas, Pastores e Obreiros irá devol A Associação das Igrejas Evangélicas, Pastores e Obreiros irá devol 3.887,36 do convênio com a prefeitura de São Bernardo do Campo Ao considerar irregular a prestação de contas, referente ao exercíc 2008, no valor de R$ 100.192,33, decorrente do convênio celebrad a Prefeitura de São Bernardo do Campo e a Associação das Igrejas Evangélicas, Pastores e Obreiros de São Bernardo do Campo, a Se Câmara do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo determino devolução de R$ 3.887 36 valor que segundo o relator da matéria.
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Sabe aquela apresentação em ppt sobre os tipos de bêbados que seu primo manda semanalmente para o seu e-mail? Ou aquele vídeo sacana encaminhado por um amigo? Quem sabe a piada engraçadinha de papagaio , da loira , a série de trocadilhos , frases de caminhão ou o texto falsamente escrito por Arnaldo Jabor ?
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Aquiles Reis, do MPB4, lança livro sobre bastidores da música popular brasileira 26/03/2004 Na próxima segunda, dia 29, a partir das 19h, na Livraria Boa Vista, acontece o lançamento do livro O Gogó de Aquiles, escrito pelo músico Aquiles Reis, do grupo MPB 4. O subtítulo da obra, Cantor do MPB4 revela o que viu e ouviu na intimidade da música popular, dá o tom do que o leitor encontrará percorrendo as páginas seguintes. Os contos e crônicas do autor transformam sua própria vida em uma coletânea musical. Da infância aos dias atuais, cada momento é pontuado por melodias e personagens que conviveram com ele ao longo dos últimos quarenta anos. Afinal, para o autor “música é vida, e se nossa memória falha quando tentamos relembrar de fatos distantes, basta cantarolarmos um melodia para sentirmos as fortes emoções vividas em outros tempos”. São essas emoções que o leitor descobrirá nas memórias de um músico que imortalizou canções como Roda viva e Quem te viu, quem te vê, entre outras obras imortais de seu amigo Chico Buarque. Em seu relato, Aquiles também discute o surgimento e a história de outras correntes musicais de sua época, em especial a Bossa Nova, a Jovem Guarda e o Tropicalismo, e vai além: revela segredos até hoje desconhecidos de ícones da MPB como Nelson Cavaquinho, Johnny Alf e Baden Powell, além de figuras consagradas como o imortal Vinícius de Morais. Em O gogó de Aquiles, os amantes da música popular brasileira poderão compartilhar as experiências de um dos mais importantes artistas do cenário artístico brasileiro. Afinal, como bem define o jornalista José Nêumanne na orelha do livro, “foi com esse ouvido para o ritmo silencioso das letras que descobri no danado do Aquiles um ouvido ligado no gogó e outro na ponta dos dedos ao tocar o teclado. Vai escrever bem assim na...”.
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Alecrim e seus Benefícios para a Saúde, Pele e Cabelo Tudo sobre Alecrim e seus Benefícios para a Saúde, Pele e Cabelo O alecrim, possui origem da região do Mediterrâneo, é uma das ervas consideradas mais completas em relação à saúde, e já se tornou objeto de estudo de cientistas, e tais estudos revelaram suas propriedades benéficas e medicinais. É conhecida como a da alegria, pois seus óleos essenciais aplicados na aromaterapia favorecem os estímulos aos neurônios que enviam a informação de bem estar. As folhas do alecrim são principalmente utilizadas como condimento, sendo acrescentada em diferentes pratos, e em sua maioria a carne de porco, para dar sabor e aroma exótico no alimento. Suas propriedades bioativas, tornam o alecrim uma erva benéfica a saúde, podendo ser utilizada como aliado no combate a diversas enfermidades, como tosse, gripe, asma, pressão arterial, dores reumáticas ou contusões, cólicas ou gases, estresse, hemorroida, mau hálito, além de fortalecer os fios capilares, facilita a digestão e emagrece. Os diversos nutrientes contidos na erva do alecrim, como potássio, magnésio, cálcio, fósforo e várias vitaminas, quando em contato com o organismo, estimulam substâncias que tendem a servir de expectorante, auxiliam ainda na circulação sanguínea estimulando-a, equilibrando assim a pressão arterial. Possui ação diurética que favorece a drenagem da gordura que é eliminada na urina, resultando em perda de peso, facilita a digestão, possui também ação calmante, estimula as funções cerebrais e auxilia o funcionamento do intestino. O alecrim pode ser utilizado como chá, óleo aromático, compressa, tintura ou ainda na culinária temperando os pratos, e em quaisquer dos métodos de uso, é possível obter as propriedades nutritivas de forma benéfica, garantindo a proteção ao organismo. Possui ainda ação cicatrizante e antimicrobiana, principalmente se é combinado ao álcool 70% em compressas, ou ainda o óleo essencial na composição de cremes e loções para diversas finalidades, como no trato do couro cabeludo ou ainda em pomadas. Alecrim: Uma pesquisa feita pela universidade Northumbria, revelou que as propriedades do alecrim estimulam o cérebro de forma muito interessante, já que estas propriedades estimulam o desempenho cognitivo do cérebro, tornando-o mais funcional, em termos de memória, criatividade. Incenso ou ainda o ramo do alecrim pode ser mantido pendurado no local de criação, ou ainda no local onde as crianças desenvolvem sua criatividade, pois sua inalação causa um impacto olfativo que estimula os neurônios, enviando diversas informações ao corpo, resultando em um maior aproveitamento das faculdades mentais. Estas pesquisas ainda revelaram que o alecrim tem o poder de controlar o colesterol e prevenir doenças cardiovasculares, além de amenizar os sintomas de depressão ou estafa mental. Como consumir o Alecrim: O alecrim é uma erva fácil de achar, principalmente em feiras de alimentos ao ar livre, e podem ser feitos molhos temperados em conservas para consumo junto a saladas, combinando azeite, vinagre, sal e pimenta. Seu consumo deve ter um controle, já que o excesso pode causar enfermidades como nefrite ou gastroenterite, além disso, não é recomendado o consumo por gestantes ou pessoas que apresentem um quadro clínico de epilepsia, sendo assim, antes de dar início a inserção do alecrim no cardápio. Deve ser primeiramente consultado um nutricionista ou nutrólogo, para que possa receber orientações a respeito da melhor forma de consumir e principalmente em relação a quantidade diária que deve ser consumido, considerando ainda as contraindicações. O alecrim tem um sabor forte, portanto, durante a consulta, considere as diversas formas de consumir o alecrim como beneficiador da saúde, optando pela forma mais fácil de ingestão, dando então início ao consumo de um novo alimento que protege o organismo. Apesar de o alecrim ser uma erva que serve para tratar e prevenir muitos males, a mesma não opera milagres, sendo assim, para que o organismo tenha um funcionamento pleno e protegido de doenças, considere uma alimentação a base de alimentos saudáveis para obter diferentes tipos de nutrientes. Além de considerar a combinação desta nova alimentação com a prática de atividades físicas, podendo ser feita em academia ou ainda um simples caminhada com limite de uma hora, garantindo uma blindagem da saúde. Fortalecendo o sistema imunológico, além disso, faça visitas periódicas ao nutricionista e realize sempre os exames de check-up. O Alecrim Ajuda a Perder Peso? Rosemary é uma planta aromática bem conhecida pelos cozinheiros. No entanto, ela tem muitas virtudes para a saúde, sendo inclusive desintoxicante. Uma Planta bem Conhecida O alecrim é uma pequena árvore que pode crescer até dois metros. Existem diversas variedades, incluindo os dois mais populares, o alecrim medicinal e aromático. Ele é da família de lamiaceae que cresce principalmente em torno do Mediterrâneo, mas é possível crescer em seu jardim. Conhecido desde os tempos antigos, onde já era usado como um remédio para a icterícia na Idade Média. Na verdade, é uma planta amiga do fígado que possui várias utilidades para a saúde. Pode-se consumir sem limite, uma vez que é baixa em calorias (131 calorias por 100 g). Traz proteção ao fígado e promove ações digestivas permitindo que o corpo tenha uma melhor digestão dos alimentos. É, portanto, um aliado para perder peso, especialmente uma vez que desintoxica o sangue e melhorar a circulação sanguínea. Pode-se usar alecrim sob a forma de óleo essencial (principalmente para a dor muscular e massagens suaves) Forma de condimentos e, especialmente, como parte de uma dieta na forma de chá de ervas. Rosemary: uma Boa Indicação para a Perda de Peso Rosemary pode ser consumida por si só ou em combinação com outras ervas (SAGE) e chá verde. Com efeitos benéficos sobre a digestão, que faz o estômago desinflar gradualmente. Associado com alguns exercícios físicos, a essa planta é muito eficiente. O consumo de chá de alecrim também purifica o fígado. Assim livra de toxinas, e faz o corpo assimilar melhor a gordura. As suas flavonóides também possuem a propriedade de promover a eliminação. Finalmente, como alecrim tem um efeito sobre a circulação sanguínea que permite reagir a depósitos de gordura e evitá-los uma pele melhor começa a se notar. Você tem que beber 4 a 5 xícaras de chá por dia. Para se preparar para este chá de emagrecimento, um raminho de alecrim e água é necessário – uma colher de sopa da planta para um quarto de litro de água (13g aprox.) O alecrim pode ser usado fresco ou seco. Para ser eficaz, o chá deve ser adoçado com adoçantes. Rosemary é um fitossanitário muito útil. Diurético, desintoxicante e purificante é fácil de usar e oferece um sabor superior a qualquer salada. Sabor e saúde, é o que traz o alecrim diário.
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70º Congresso Brasileiro de Dermatologia Dra. Tânia Nely Rocha participou nos dias 05 a 08 de setembro do 70º Congresso Brasileiro de Dermatologia em São Paulo – SP. Em 2015, o maior encontro da especialidade chega a sua 70ª edição levando conhecimentos científicos relevantes à comunidade dermatológica do país. Cerca de 4 mil dermatologistas se reúnem, anualmente, sempre no mês de setembro, para participar de um evento grandioso, proveitoso e moderno. A cada edição, o encontro aborda os avanços no conhecimento dermatológico de for­ma objetiva, contando com a colaboração da Comissão Científica da SBD. Cursos teóricos, painéis de procedimentos em tempo real e pôs­teres em formato eletrônico são algumas de suas atrações. Além disso, convidados de diversos países compartilham seu conhecimento com os participantes.
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bom quando eu era pequena eu queria colocar meu nome como tálíta fernanda eu amava esse nome pq tálíta se fala bem rapido com acento aguda mais se eu tivesse colocado este nome eu iria odiar e bem qe se a nossas maes colocaram esses nomes em nos pq ela gostam beijão ass Vitor Hugo... Acho esse nome perfeito, sofisticado e muito lindo! estou grávida d três meses, ainda ñ sei o sexo do meu bebê, porem c for menino esse será o nome dele, caso seja menina c chamará Emily. Sugiro o VITOR HUGO PARA VC Q STA COM DUVIDA. bjoo, boa escolha.
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Lacunas de palavras interrompidas A frustrante flor da adivinhação Estou contando com este método ambíguo Por que eu quero saber o que você sente Neste tempo de todos Fingir contar as pétalas É ideal para o meu amor Que Deus tem de monte Isso é Técnologia perdida Absurdo Odeio, odeio essa estranha Situação Ah, mesmo quando eu for adulta Eu vou ter a incerteza entre amor e ódio As flores do morro floresceram diante de seus olhos Nós tinhamos liberdade para escolher, mas elas se espalharam e bye-bye Por que, por que eu não posso dizer isso? Tudo bem, já que é esse tipo de amor Essas emoções que alteram Eventualmente amassam minha ansiedade Eu não sei nem meus próprios sentimentos E mesmo que queira entender seus sentimentos Eu não... Capítulos Recomendam a leitura Este usuário ainda não tem dados para exibir Yo Aki-san ! Estou aqui recomendando pois amei mesmo a história o jeito que você escreveu. Está tudo muito perfeito ! Eu simplesmente recomendo essa história e digo : Não é perda de tempo, mesmo que seja apenas de um capítulo e seja pequeno eu digo Leia ! Prometo, você vai amar e ainda vai querer ree-ler ! Te juro ta? Sinceramente, foi umas das melhores One-shots que eu já li! Arigatou por fazer essa linda One-shot.Kissus ♥
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Paulo Carvalho Fã de Popó, baiano disputou sua primeira Olimpíada seis anos após iniciar sua carreira no boxe e quase chegou às medalhas Data de nascimento 26/02/1986 Local de nascimento Salvador (BA) Residência Santo André (SP) Peso e altura 48 kg / 1,61 m Categoria Mosca-ligeiro Participação em Pequim Quartas-de-final Franzino, Paulo Carvalho ficou conhecido pelos colegas como Paulinho desde que chegou à seleção brasileira de boxe em 2006. O começo, porém, foi diferente de todo o resto. Cheguei para lutar contra outro cara para definir quem seria titular. Mas ele não veio e fiquei como o único na minha categoria, sendo titular, conta Carvalho, de 21 anos, um dos mais novos da equipe brasileira. A primeira grande competição foi o Pan do Rio, mas o baiano deu azar no sorteio e caiu logo na estréia para o norte-americano José Yanes. Na briga pela vaga olímpica, um novo revés em sua primeira luta no Pré-Olímpico de Trinidad & Tobago (derrotado pelo argentino Junior Zarate) levou o pugilista a ter uma última e derradeira chance na Guatemala e Paulinho não desperdiçou. Na estréia, ele se vingou do argentino Zarate e ganhou por 18 a 7. Animado, o brasileiro derrotou John Nelson Azama, de El Salvador, e o colombiano Oscar Negrete Padilla nas lutas seguintes para assegurar a ida inédita para as Olimpíadas. Uma prêmio para uma carreira que começou apenas há cinco anos por admirar o conterrâneo Acelino Popó Freitas, ex-campeão mundial dos pesos superpenas e leves. Sem pretensões maiores, ele escolheu o esporte porque precisava praticar alguma atividade. Porém o sucesso veio rápido. Aí, disputei o campeonato estreante. Depois fui mudando o ritmo e ficando um pouco melhor, recorda. Para viabilizar o sonho olímpico, ele deixou Salvador, onde treinava na academia Mão de Pedra, a mesma que formou Popó, e mora desde 2006 em Santo André, ao lado da mulher e do filho. Em Pequim, o baiano pôde comemorar junto a Washington Silva a boa participação brasileira, que em Atenas-2004 só tivera uma vitória. Paulo alcançou as quartas-de-final e ficou a apenas uma vitória de ao menos igualar o bronze de Servílio de Oliveira, conquistado há 40 anos. A campanha começou com vitória sobre o marroquino Redouane Bouchtouk, por 13 a 7, e outro triunfo de boa expressão, com os 21 pontos a 12 feitos contra Manyo Plange, de Gana. Seu problema foi enfrentar um cubano nas quartas-de-final. Yampier Hernandez não tomou conhecimento do brasileiro e avançou à semifinal com vitória por 21 a 6. Apesar da despedida, o pugilista de 23 anos, que defende o São Caetano, ainda tem chance de completar mais um ciclo olímpico, rumo a Londres-2012, ou pode partir para os combates profissionais.
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É fogo! Em algumas unidades do 7º GB, estacionamento está vazio. Foto: Felipe Rosa Foto: Felipe Rosa Integrantes da corporação questionam aluguel de sede no Alto da XV. Foto: Felipe Rosa Foto: Felipe Rosa Foto: Felipe Rosa A falta de ambulâncias e caminhões de incêndios nos quartéis do Corpo de Bombeiros de Curitiba está precarizando o atendimento às ocorrências, de acordo com soldados e oficiais que atuam na capital. Segundo eles, a má condição dos veículos e a falta de planejamento para manutenções e consertos fazem com que os postos fiquem desfalcados, sendo necessário deslocar viaturas de unidades mais distantes para socorrer os chamados da população. “Deixam faltar viatura por falta de manutenção. Ficamos preocupados, porque isso aumenta o tempo-resposta do atendimento e sacrifica as equipes, que têm que fazer deslocamentos maiores e acabam excedendo a jornada. Não dá pra cobrar qualidade no atendimento se tem excesso de jornada”, afirma um bombeiro que procurou a Tribuna e preferiu não se identificar. De acordo com ele, o quadro é especialmente grave no 7º Grupamento de Bombeiros (GB), que abrange a região norte da cidade (Santa Felicidade, Pilarzinho, Bairro Alto, Alto da XV), além de municípios da região metropolitana, como Colombo e Campo Largo. Segundo relatos de seus colegas, no fim de junho havia somente uma viatura para atender todo o 7º GB. O ideal, segundo o bombeiro, é que houvesse duas viaturas para cada unidade, uma do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) e um Auto Bomba Tanque (ABT – caminhão de combate a incêndio). Portanto, o 7º GB deveria ter 12 viaturas a postos para atender as ocorrências adequadamente. Em algumas unidades do 7º GB, estacionamento está vazio. Foto: Felipe Rosa Diante da situação crítica, conta o bombeiro, “taparam o buraco” com três ambulâncias emprestadas, uma delas, de Maringá, que veio a Curitiba para acompanhar a tocha olímpica. Além de a condição das viaturas ser ruim – outro bombeiro relatou que a porta de um ABT do Pilarzinho caiu, neste mês –, o planejamento das manutenções deixa a desejar. Dois acidentes por problemas no freio ocorreram com viaturas do 7º GB somente neste ano. Um deles aconteceu atrás do quartel de Santa felicidade. O segundo, em abril, foi registrado pela Tribuna . Após falha no freio, o caminhão saiu desembestado pela Rua Humberto de Campos, que é íngreme, e caiu no Bosque do Pilarzinho, ferindo dois bombeiros. Na tarde da última segunda-feira (18), a reportagem percorreu três unidades do 7º GB: a sede, no Alto da XV, e os quartéis do Pilarzinho e Santa Felicidade. Somente neste havia viaturas estacionadas. Ambulâncias na oficina Na oficina que conserta ambulâncias do Siate, havia cinco viaturas. Foto: Felipe Rosa A Tribuna esteve também na oficina que realiza os consertos das ambulâncias do Siate em Curitiba. Um funcionário informou que, naquele momento, havia cinco viaturas no estabelecimento, mas já houve ocasiões em que 13 ambulâncias foram enviadas para manutenção ou conserto, ao mesmo tempo. “Às vezes demora pra fazermos o reparo porque temos que aguardar a prefeitura liberar a verba. Enquanto não libera, não podemos mexer. Já teve vezes em que o veículo ficou uma semana aqui parado”, afirmou. A prefeitura tem um termo de cooperação técnica em fase de renovação com o governo do Paraná para o serviço de manutenção das ambulâncias do Siate, serviço de atendimento pré-hospitalar a traumas gerido pelo Estado. “Dois contratos vigentes com uma oficina da capital preveem orçamento mensal de R$ 20 mil para consertos de ambulâncias modelo Master e R$ 37,5 mil para veículos modelo Sprinter”, informa a Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Um protocolo é seguido para reparar as viaturas. “Antes de a prefeitura autorizar o reparo do veículo, é avaliado o orçamento apresentado e são verificadas as garantias de serviços anteriores ainda existentes”, explica a SMS, que afirma que a medida tem o intuito de otimizar o recurso público e reduzir o tempo com os veículos parados. No momento, oito ambulâncias do Siate encontram-se na oficina, de acordo com a prefeitura. “Destas, quatro foram levadas à oficina nesta terça-feira (19) e aguardam orçamento da oficina, três estão em manutenção e uma ainda não teve o conserto autorizado por ultrapassar o teto orçamentário previsto para o mês.” Perguntas sem respostas A manutenção dos ABTs, os caminhões que atendem incêndios, não entra nessa parceira com a prefeitura. A Tribuna questionou o Corpo de Bombeiros do Paraná a respeito da quantidade de viaturas que compõem a frota de Curitiba e da condição das mesmas, bem como do processo para conserto. O órgão respondeu apenas que “realiza a manutenção preventiva e, eventualmente, a recuperativa de sua frota pelo sistema que atende a todos os entes da administração pública estadual. No ano de 2015 foram adquiridos, com o recurso do governo estadual, 60 novas ambulâncias. Para o corrente ano, já estão em processo de montagem mais 20 destes veículos.” Aluguel salgado Integrantes da corporação questionam aluguel de sede no Alto da XV. Foto: Felipe Rosa Outra questão que provoca a indignação de membros do Corpo de Bombeiros é o aluguel de um imóvel na esquina das ruas Almirante Tamandaré e Professor Brandão, no Alto da XV, para abrigar a sede do 7º GB. “A Sesp [Secretaria de Estado da Segurança Pública] acabou de autorizar o aumento de aluguel de R$ 14,8 mil para R$ 16,4 mil e a prorrogação do contrato em 42 meses, sendo que existe um quartel pronto para ser usado, à disposição”, conta o bombeiro. Ele faz referência ao quartel do Cabral, que está fechado para reforma pelo menos desde o início de 2015. Na visão dele e de seus colegas, o prédio, que passou por reforma em 2006, estava em perfeitas condições para atender as atividades operacionais do quartel, porém, nova revitalização foi iniciada sob a alegação de aprimorar a estrutura da parte administrativa. A Tribuna publicou matéria sobre a situação do quartel do Cabral em fevereiro. À época, o Corpo de Bombeiros informou que a nova reforma estava em fase de licitação. Desta vez, questionada sobre a renovação do contrato do aluguel e sobre a unidade fechada, a corporação não deu esclarecimentos. Você pode gostar de Sobre o autor Luisa Nucada Deixe um comentário 6 Comentários em É fogo! marcelo 2 meses 27 dias atrás Inacreditável ler que a ambulância não pode ser consertada porque já passou a “meta” estipulada por mês de gastos!!!!!!!!!!! como se fosse possível prever qual hora um veículo vai quebrar! Inacreditável!!! É simples este ano teremos eleições municipais vamos dar a resposta nas urnas, quanto no âmbito do Governo Estadual daqui a dois anos vamos fazer greve nas urnas, e o povo aprende a votar direito e o Comandantes da PM e BM deixem de serem pau mandado do Sr. Governador. Que vergonha hein sr. desgovernador, além da PM não ter viaturas para atender as ocorrências, agora também o Corpo de Bombeiros também está na mesma situação? A população está sofrendo por causa de falta de viatura. Agora eles tem que deslocar viaturas de longe para atender as ocorrências. Agora quando tem um incêndio em uma residência ou indústria como é que fica? Se for uma residência com incêndio e tiver pessoa dentro? Ô senhor governador!!! Que vergonha, colocando a vida dos seus servidores e da população em risco. O país está em crise, porém ainda continuamos pagando impostos o tempo todo, independente da situação econômica brasileira. Quanto vale uma vida??????? Seria o custo da manutenção de viaturas????? Para a população a vida não tem preço! E já está mais do que na hora de melhorar as condições de trabalho do efetivo militar e VALORIZAR estes profissionais. Enquanto isso a população fica a mercê da boa vontade do governo em liberar verbas para garantir o mínimo de segurança pública ao povo. Não e só este GB que está com problemas no Quartel Central já está alguns anos sem a escada mecanica se der um incêndio em um predio relativamente com mais de 20 andares vai morrer bombeiro por que o Comando como e politico não faz nada, não são eles que estão na linha de frente enquanto os praças se f… eles ficam em casa dormindo ai chegam com sua vtr e seu motorista no outro dia pela manha pra dar entrevista e sair bonito na imagem e falar que ta tudo bem e não tem problema nenhum por favor leve … Leia mais » Senhor Marcos Pereira, infelizmente é vergonhoso o que vem ocorrendo. A imprensa e a mídia precisa mostrar tudo que ocorre nos bastidores do meio militar (bombeiros e PM do estado do Paraná). Talvez denunciando, a mídia cobrindo estas reportagens, nós como cidadãos, consigamos obter melhoras no sistema de segurança pública. O pior é que o relato do senhor tem fundamento, e parte da população desconhece este lado precário do meio militar. Gostaria de agradecer a autora da reportagem pela iniciativa, pelo ótimo texto, e por cumprir a função social do jornalismo, na qual consiste em informar a população com seriedade, … Leia mais »
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Notícias do Mercado As vendas globais do Grupo Renault registraram crescimento recorde no primeiro semestre de 2016. Com 1,57 milhão de unidades vendidas, os negócios da companhia avançaram 13,4%, incluindo a marca Dacia. O mercado europeu deu forte contribuição ao bom resultado, com aumento de 14% na demanda, para 606,9 mil unidades descontado o volume licenciado na França. Segundo a fabricante, a alta ... Leia Mais » O total de crédito liberado em maio para a aquisição de veículos totalizou R$ 6,2 bilhões, considerando o CDC, crédito direto ao consumidor, valor que corresponde a um aumento de 5,5% sobre o resultado de abril, segundo os dados mais recentes divulgados pela Anef, associação que reúne os bancos de montadoras. De acordo com levantamento da entidade, o resultado de ... Leia Mais » A Hyundai Caoa está empenhada em deixar para trás qualquer escorregada no atendimento no pós-venda que já possa ter acontecido. O primeiro grande sinal deste movimento aconteceu há um ano, quando a empresa investiu R$ 25 milhões na construção do Hyundai Premium Services, centro de serviços responsável por implementar as boas práticas e padrões que a companhia quer espalhar em ... Leia Mais » Até 2030, 40% das vendas da Toyota na América Latina virão de carros com motorização híbrida ou elétrica, uma meta que inevitavelmente levará a montadora a investir na produção de um veículo do tipo no Brasil, disse ontem o vice-presidente da marca no país, Miguel Fonseca. Reportagem Completa: http://www.pressreader.com/brazil/valor-econ%C3%B4mico/20160614/281891592555242 Fonte: Valor Econômico Leia Mais » A Volkswagen Nova Saveiro 2017 chega ao mercado brasileiro com identidade própria e muito mais inovação tecnológica. O destaque da linha 2017 da picape é a estreia da versão Robust, que substitui a Startline, de entrada. A nova Saveiro Robust traz faróis com elementos pretos, acompanhando a grade e o para-choque, que também são pretos. A parte traseira traz a ... Leia Mais » A Jaguar Land Rover registrou o último mês como o melhor abril de sua história em vendas no varejo, com a entrega de pouco mais de 41,3 mil unidades em todo o mundo, representando crescimento de 11% sobre igual mês do ano passado. Em comunicado divulgado na segunda-feira, 9, a companhia informa que este é quarto mês consecutivo de recorde. ... Leia Mais » É fato que as vendas de veículos continuam caindo, mas a queda está diminuindo mês a mês, observa o presidente da Anfavea, Antonio Megale, ao divulgar os resultados do desempenho do mercado até abril em sua primeira coletiva de imprensa à frente da entidade, na quinta-feira, 5, em São Paulo. De acordo com os dados da entidade, os emplacamentos do ... Leia Mais » Em meio ao conturbado cenário econômico e político, que derrubou as vendas de veículos, a Anfavea começa um novo ciclo. Antonio Megale, diretor de assuntos governamentais da Volkswagen Brasil, passa a acumular a função com a presidência da entidade que representa os fabricantes do setor. Ele sucede Luiz Moan, que comandou a associação durante os também conturbados últimos três anos ... Leia Mais » A Polícia Militar de Minas Gerais terá boa parte de sua frota renovada. O governador Fernando Pimentel entregou nesta segunda-feira (15) no Expominas, em Belo Horizonte, 375 novas viaturas para atendimento à capital e Região Metropolitana. Até o final desta semana serão entregues um total de 850 veículos para 39 municípios. “Não é segredo para ninguém as dificuldades financeiras e ... Leia Mais » A renovação completa do portfólio da Fiat na América Latina foi iniciada este ano pelas pontas, na parte de cima com a picape Toro (leia aqui) e embaixo como o compacto popular Mobi (leia aqui), ambos lançados no intervalo de dois meses entre fevereiro e abril. “Agora vamos trabalhar no recheio desse nosso sanduíche”, faz a analogia Stefan Ketter, presidente ... Leia Mais »
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RJ: trecho da Ciclovia Tim Maia será inaugurado sem proteção 01/09/2016 00:00 Confira Também Um novo trecho da ciclovia Tim Maia, que é suspensa sobre o mar, será inaugurado no Rio de Janeiro sem uma mureta de proteção de dois metros de altura que serviria para amortecer a força das ondas nesses pilares. Em abril, a queda de parte da estrutura durante uma ressaca causou a morte de dois ciclistas. A passagem será inaugurada neste sábado (3). O trecho tem três quilômetros e 100 metros de extensão e liga a Praia do Pepino à Barra da Tijuca. A mureta foi uma recomendação do Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias. A Defesa Civil informou que a proteção será instalada, mas ainda não sabe quando. “Ela [a mureta] não é um fator condicionante para a abertura ou não da via. A via monitorada está em condições de segurança para ser utilizada pelas pessoas”, disse Marcio Motta, subsecretário da Defesa Civil. Plano de contingência A nova parte da ciclovia entra em funcionamento com um plano de contingência. Com ondas de mais de dois metros de altura e ventos acima de 90 quilômetros por hora, o local será imediatamente interditado. O monitoramento será feito 24 horas por dia por oficiais da Marinha e por meteorologistas. Placas fixas e de 10 semáforos também serão colocadas no local e informarão, através das cores verde e vermelha, se a ciclovia está fechada ou não. No caso de fechamento dos acessos da via, placas móveis também serão colocadas. O trecho da ciclovia Tim Maia que despencou continua interditado e sem prazo para liberação. No total, a obra custou quase R$ 45 milhões. Saiba mais na reportagem do Jornal da Band :
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Modo de Preparo 1 Em um recipiente, bata ligeiramente os ovos e acrescente o leite condensado, o mel, o café solúvel dissolvido no leite integral e a canela em pó. 2. Acrescente a farinha de trigo, o chocolate em pó, o fermento e misture. 3. A receita original mandava usar forma retangular mas eu acabei usando forma redonda (uma bonita que tenho). Unte com manteiga e farinha. Despeje a massa do bolo na forma e asse em forno médio (180°C) por cerca de 30 minutos. 4. Espere o bolo esfriar antes de desenformar. Enquanto isso, vamos preparar nossa cobertura? Derreta a barra de chocolate no micro-ondas (1 minuto e meio) ou então em banho maria. Depois, é só acrescentar 1 caixinha de creme de leite e misturar bem. 5. Despeje a cobertura sobre o bolo e sirva a seguir! Ah, quando a cobertura endurecer, você vai ter o mesmo efeito da casquinha de chocolate do pão de mel!
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Desenvolvimento de tecnologia para recuperação de áreas degradadas em áreas de exploração de petróleo em terra O plano de recuperação de áreas degradadas abrange diferentes etapas, como o mapeamento, a escolha das espécies e a recuperação do solo e da cobertura vegetal, de forma que os processos seguintes possam ocorrer naturalmente. A criação de modelos de recuperação bem-sucedidos na região do bioma da Caatinga foi uma prioridade para que se possibilitasse a replicação em condições de degradação similares. Para isso, a escolha das espécies mais adequadas para condição de solo, clima e estágio de degradação foi fundamental. Áreas com alto nível de degradação, que perderam sua biota e sua habilidade natural de repor a matéria orgânica do solo, necessitam de intervenção humana para que sejam estabilizadas e tenham sua situação revertida, acelerando e direcionando a sucessão natural. A Embrapa Agrobiologia vem utilizando a técnica de recuperação de áreas degradadas com leguminosas arbóreas de rápido crescimento inoculadas com bactérias fixadoras de nitrogênio e fungos micorrízicos há mais de 20 anos. Essa estratégia tem tido sucesso em diversas situações de degradação, como em áreas de empréstimo, cortes de estrada, voçorocas, áreas de mineração de ferro, ouro, bauxita, entre outras. Diversos estudos indicam que espécies da família das leguminosas são capazes de se associarem a bactérias fixadoras de nitrogênio e a fungos micorrízicos, possibilitando às plantas maior capacidade de resistir aos estresses ambientais, uma vez que podem utilizar indiretamente o nitrogênio atmosférico como fonte desse macronutriente. Outra vantagem está relacionada ao aumento de sua capacidade de absorção de água e nutrientes do solo. Nesse contexto, essas espécies acabam favorecendo o desenvolvimento de outras mais exigentes, ativando os processos de sucessão ecológica. O experimento de recuperação de áreas degradadas na Caatinga foi conduzido com o plantio de 20 espécies vegetais, sendo 10 leguminosas fixadoras de nitrogênio e outras 10 não leguminosas. Esse leque possibilitou a obtenção de boa diversidade de espécies arbóreas pioneiras, mais indicadas para o início de plantio em áreas abertas. O plantio das espécies escolhidas foi realizado de oito maneiras diferentes, para que fosse possível estabelecer o método mais indicado e o que trouxe melhor relação custo-benefício, ou seja, o que apresentou a relação mais equilibrada entre os custos econômicos da recuperação com os benefícios ambientais e sociais provenientes dela. Foram privilegiadas as espécies com potencial de uso econômico como fonte para produção de mel, forragem para o gado e geração de energia, por meio da produção de óleo vegetal e madeira. O objetivo foi buscar, não somente a recuperação das áreas degradadas, mas também alternativas econômicas para os proprietários das terras onde ocorre a exploração de piçarra.
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Cursos LivresPara Todos Este curso, gravado no campus de Yale em 2009, é uma pesquisa sobre as principais tendências da teoria literária no século XX. As palestras fornecem uma base para as leituras e as explicam quando necessário, enquanto tentam desenvolver um contexto amplo e coerente que incorpore perspectivas filosóficas e sociais nas questões recorrentes: o que é literatura, como é produzida, como pode ser entendida e qual é o seu propósito? Paul H. Fry é professor de Inglês em Yale e se especializou em Romantismo Britânico, Teoria Literária e Literatura e as Artes Visuais. Estudou na Universidade da Califórnia em Berkeley e em Harvard e dá aulas em Yale desde 1971.
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Informamos que já está disponível o módulo para geração de boletos para pagamento de PPNUM - Preço Público relativo à Administração dos Recursos de Numeração. Para acessá-lo, selecione a opção PRESTADORAS e, em sequência, GERAR COBRANÇA POR SOLICITAÇÃO. Após a geração, os boletos também ficarão disponíveis no sistema BOLETO. Prezados usuários, Informamos que, de acordo com o Regulamento de Administraçao de Recursos de Numeração, o prazo máximo de previsão de ativação para as solicitações de recursos de numeração é de 12 meses.
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Começa o salão do automóvel de Frankfurt É o mais importante evento do setor automobilístico do mundo. Modelos esportivos e carros elétricos são os destaques. Neste ano, o salão do automóvel de Frankfurt conta com 753 expositores de 30 países. Serão lançados 82 novos modelos. Com a preocupação ecológica na ordem do dia, quase todas as 62 fabricantes presentes na exposição terão pelo menos um carro elétrico em seus estandes. Entre eles, destaca-se o Volkswagen E-Up, previsto para chegar ao mercado europeu em 2013, o Audi e-tron e o Opel Ampera, que deve começar a ser vendido em 2011. As marcas com tradição em carros esportivos lançam a Ferrari 458 Italia, a Mercedes-Benz SLS, o Audi R8 Syder, o McLaren MP4-12C e o Lamborghini Reventón, que custa US$ 1,6 milhão.
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No seu discurso de eleita, Dilma Rousseff disse que será presidente de todos os brasileiros e ofereceu um cavalheiresco aperto de mão aos adversários. Ao reconhecer a derrota, outros foram o tom e a linha de José Serra. Afirmou que sua campanha foi e será travada em defesa da democracia e ao dizer que a luta continua reforçou a ideia da sua permanência em cena, como se almejasse repetir a experiência agora malograda. Talvez alguns dos seus correligionários tenham sofrido algum abalo entre o fígado e a alma ao ouvirem o seu até logo. Pronunciamentos bem diferentes. A democracia nunca foi ameaçada e antes que aos candidatos, coube à nação fortalecê-la. Quanto à luta a ser mantida, a frase de Serra parece significar que, se uma batalha foi perdida, a guerra não terminou. Que luta é esta, ou que guerra? A julgar pela campanha tucana, trata-se de um vale-tudo, um catch as you catch can recheado de golpes baixos e sem a mais pálida sombra de respeito pelos princípios democráticos, apoiado maciçamente pela mídia nativa tão escassamente inclinada à prática do jornalismo, e, portanto, sempre pronta a omitir, inventar, mentir, caluniar, em proveito de ideais tucano-udenistas que recendam a bolor. E incentivado e aplaudido na internet por uma ofensiva de ódio destampado, além de estupidamente bairrista. Ao longo dos últimos meses perguntei aos meus estupefatos botões se, porventura, os diversos órgãos da chamada grande imprensa, sem descurar de televisão e rádio, não teriam sido adquiridos pelo tucanato em uma operação sem precedentes na história do jornalismo mundial. Os botões riram, como convém em ocasiões similares, mas preferiram adotar uma postura racional e, baseados na verdade factual, lembraram que Serra, na qualidade de governador de São Paulo, cuidou de abastecer de várias formas os cofres dos barões midiáticos. Se for guerra e forem estes os inimigos de Dilma, nada se dará à sombra da Convenção de Genebra. Tampouco do senso de humor. E Fernando Henrique Cardoso adverte com expressão profética: o Brasil corre o risco de ser cubanizado. Cassandra ficaria envergonhada. Nostradamus invocaria a aposentadoria. Seria o caso de gargalhar. Temos de lidar, porém, com os jornalistas nativos. Não somente veneram FHC, mas também estão sempre fervorosamente dispostos a lhe consagrar o verbo. Um dos assuntos mais frequentados pelos perdigueiros da informação na coletiva à imprensa concedida por Dilma na quarta 3 foi a dúvida quanto ao futuro das relações do Brasil com as ditaduras que infestam o mundo. Como agirá a diplomacia verde-amarela com interlocutores do mal, como Fidel? E com o regime dos aiatolás? E com a China? E as ditaduras disfarçadas, como a de Chávez? Patéticas preocupações de quem ou é muito hipócrita ou muito ignorante. A incultura e o QI baixo têm de ganhar seu papel nesta equação, infelizmente. Dúvida igual teria vez no Reino Unido, na Alemanha, mesmo na Rússia, e por aí afora? O Brasil tem peso específico para manter relações com qualquer país da forma que for mais conveniente aos seus próprios interesses. E não precisa de guardiões da sua incolumidade ideológica. O problema tucano, e dos seus menestréis, é a atitude aristocrática de quem se apresenta como único intérprete da moral com eme grande. Como mensageiro da verdade e da luz. O PSDB nasce, aliás, de uma dissidência dentro do PMDB de Ulysses Guimarães, cavalheiro de antiga cepa e liberal à moda antiga. À rapaziada parecia moderado demais para esquerdistas tão sinceros, era o que alguns deles davam a entender. Por trás, fermentava a vaidade, e se de vaidade se trata a de FHC é insuperável. Deu no que deu. O tucanato deslizou mansamente à direita. Chegou a reproduzir o pensamento udenista sem sequer atualizá-lo, como se o planeta fosse o mesmo de seis décadas atrás. Mesmos vezos, cacoetes, idiossincrasias. Preconceitos. Arrogância de sabe-tudo, com todas as suas consequências. Está provado: aquele que começa à esquerda e acaba à direita pertence a uma espécie extremamente daninha. Vale repetir e sublinhar: Cuba não é mais aquela. A CIA já não atua na América Latina e, especificamente no Brasil, com a tranquilidade de quem vai tomar sopa na casa da vovó. O embaixador Lincoln Gordon levou sua coleção de cachimbos para o além. O Muro de Berlim ruiu. Aquele que chamávamos de Primeiro Mundo foi para a segunda divisão. E o império americano não se beneficia com a falta de rivalidade, prova pelo contrário que não apresenta a menor semelhança com Roma Antiga. O tucanato e seus instrumentos midiáticos portaram-se durante a campanha como se vivêssemos à véspera do comício da Central do Brasil versus a Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade. Seria salutar para todos se o pós-eleição servisse para depor as armas, a fim de abrir o melhor caminho para o País. Deste ponto de vista, os primeiros sinais não são animadores. Por exemplo, a manchete da primeira página de O Globo é altamente representativa de um espírito de beligerância, entre todas as da segunda-feira 1° de novembro. Propõe a ameaça de Lula a se alastrar igual à sombra maligna sobre o governo da sua candidata. Os exemplos são inúmeros. O Roda Viva do mesmo dia 1°, colocado no fundo da cova José Dirceu, verteu basicamente sobre as mazelas petistas, a partir da evocação do chamado mensalão. Os leões em vão afiaram os dentes. Eles também levam um notável atraso. Sem tempo de bola, diria um técnico de futebol. Dirceu sabe de cor perguntas e respostas e, para ficar na terminologia do balípodo, tirou de letra. A registrar, contudo, o propósito a levantar o tema. Assim como se registre a atoada geral dos editoriais, da maioria das colunas e dos artigos a insistirem à exaustão na singular concepção de que o cidadão letrado e consciente votou somente em Serra. E nisso se insere a deplorável visão de que os fundões estão com Dilma, com clara referência ao Nordeste. Uma análise fria permite avaliar que nos fundões o DEM ainda goza de algumas bases fortes, e que as elites locais estão divididas. Sem contar as derrotas sofridas pelo PSDB em Minas e Rio, e o quase empate no Rio Grande do Sul, em Goiás e no Espírito Santo. Conspícuo artigo no Estadão de segunda soletra que a vitória de Dilma racha o País. Entre quem? Entre quem sabe das coisas e quem vive no limbo. Ou entre ricos e pobres? A eleição conta outra história. A divisão ocorre entre entendimentos diversos, entre concepções divergentes, o que é claro indício de progresso. Fosse a divisão aquela exposta pelos informados, ela indicaria um problema muito mais grave. Certo é que tanto ódio, tanta ira, tanta irresponsabilidade, não trabalham a favor de ninguém. O Brasil está no rumo certo, na perspectiva de se tornar o que merece ser. Qualquer tentativa de precipitar o confronto é temeridade. Exatamente porque o mundo mudou e o País com ele. Prepotências cometidas no passado em proveito do privilégio hoje não seriam possíveis sob pena de incendiar os ânimos. Anacronicamente, permito-me dizer. Há, nesta moldura, boas razões para desejar o nascimento de uma nova oposição, sintonizada com o nosso tempo e interessada no destino do nosso país e da nação em bloco, aberta ao debate sem ridículas manias de grandeza intelectual e moral. Este gênero de oposição é indispensável ao correto exercício da democracia e não se confunde com o PSDB de FHC e José Serra e outros menos cotados, surfistas do oportunismo e de apostas equivocadas. Os tucanos, diga-se, estão a viver um conflito intestino na disputa dos escombros de uma ruína. Serra não citou Aécio Neves no discurso da derrota. Aécio, aquele que a Veja apresentou na capa como super-homem capaz ainda de empurra r o candidato tucano pelo atalho da vitória. Na opinião de CartaCapital, aí está uma liderança habilitada a compor aquela oposição necessária ao fortalecimento da democracia e ao progresso político, econômico e social. E o primeiro passo neste sentido seria o de acabar na área oposicionista com a primazia de São Paulo, locomotiva do atraso político. A política café com leite, que funcionou décadas a fio, já mereceu seu funeral. Mas São Paulo, ou, pelo menos, milhões de paulistas retrocedem no tempo a épocas até bastante anteriores ao golpe de 64. Eles sonham é com a dita Revolução de 32.
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Evitando as ciladas da alimentação Algumas situações podem dificultar a alimentação saudável. As seguintes dicas podem ajudar sua família a evitar algumas das ciladas mais comuns. Férias: quando viajar, não tire férias da alimentação saudável e dos exercícios. - Planeje as refeições: você vai comer em restaurantes? Se sim, você pode dividir entradas e sobremesas, para não exagerar na quantidade. Você pode evitar fast food? Você pode levar seus próprios lanches? - Mantenha-se ativo. Programe um tempo para praticar atividades como caminhada ou nadar na piscina do hotel. Datas comemorativos: é fácil comer em excesso em épocas de festas, como Natal e Ano Novo. Mas não é necessário ter medo ou evitá-las. - Celebre o dia, não o mês inteiro! Garanta que a alimentação retornará ao normal no dia seguinte. - Consuma pequenas porções e saboreie as preparações com prazer. Desta forma, é possível controlar as quantidades.
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II Crônicas, 11 1.De volta a Jerusalém, Roboão mobilizou as tribos de Judá e de Benjamim, em número de cento e oitenta mil guerreiros escolhidos, para atacar a casa de Israel e reintegrá-la ao reino de Roboão. 2.Mas a palavra do Senhor foi dirigida ao homem de Deus, Semaías, nestes termos: 3.Dirige-te a Roboão, filho de Salomão, rei de Judá, e a todos os de Israel que habitam em Judá e Benjamim. 4.Dize-lhes: Eis o que diz o Senhor: De modo algum ireis fazer guerra a vossos irmãos. Voltai cada qual para sua casa, pois é por mim que esses acontecimentos se realizaram. Dóceis à palavra do Senhor, renunciaram a atacar Jeroboão, e voltaram. 5.Roboão ficou, portanto, em Jerusalém. Construiu cidades fortes no território de Judá. 6.Construiu Belém, Etão, Técua, 7.Betsur, Odolão, 8.Get, Maresa, Zif, 9.Adurão, Laquis, Azeca, 10.Saraa, Aialon e Hebron, todas cidades fortificadas, situadas em Judá e Benjamim. 11.Fortificou esses lugares, nomeou para eles governadores e neles estabeleceu depósitos de víveres, óleo e vinho. 12.Fez em cada cidade um arsenal de escudos e de lanças, fazendo delas verdadeiras praças fortes. Judá e Benjamim ficavam-lhe, portanto, fiéis. 13.Os sacerdotes e levitas que habitavam no território de Israel vieram de todas as partes aderir ao seu partido. 14.Os levitas abandonaram suas terras e suas propriedades para irem habitar em Judá ou em Jerusalém, porque Jeroboão e seus filhos os tinham destituído de sua função de sacerdotes do Senhor. 15.Jeroboão, com efeito, nomeara sacerdotes para os lugares altos, para o culto dos bodes e dos touros que tinha feito. 16.Após os levitas, todos aqueles das tribos de Israel que procuravam de coração o Senhor, Deus de Israel, foram a Jerusalém para oferecer seus sacrifícios ao Senhor, o Deus de seus pais. 17.Vieram assim reforçar o reino de Judá, e reafirmar o poder de Roboão, filho de Salomão. Isso durou três anos, pois durante um triênio seguiram o roteiro traçado por Davi e Salomão. 18.Roboão tomou por esposas Maalat, filha de Jerimot, filho de Davi, (e) Abiai, filha de Eliab, filho de Isaí. 19.Esta lhe deu à luz os filhos: Jeus, Somoria e Zom. 20.Depois dela, tomou por esposa Maaca, filha de Absalão, que lhe deu Abia, Etaí, Ziza e Salomit. 21.Dentre todas as suas mulheres e concubinas, Roboão teve mais predileção por Maaca, filha de Absalão. Teve dezoito mulheres e sessenta concubinas; e gerou vinte e oito filhos e sessenta filhas. 22.Deu o primeiro lugar a Abia, filho de Maaca, na qualidade de chefe de seus irmãos, pois ele o destinava ao reino. 23.Teve muita habilidade para distribuir todos os seus filhos pelas praças fortes, pelas diversas regiões de Judá e de Benjamim; assegurou-lhes uma pensão copiosa, e deu-lhes muitas mulheres.
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Fundador Sociólogo, escritor, advogado e padre. Fundador da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Sua vida foi um constante caminhar. Sonhador, lutador, teve decepções, surpresas, alegres e tristes. Aprendeu a amar a Igreja. Soube ouvir os gritos numa França cheia de desafios. Fundou jornal, revista, publicou livros, escreveu muito nos meios de Comunicação Social de então, e deixou-nos por herança: O Sagrado Coração de Jesus. Uma vida assim não cabe em poucas páginas. Nasceu a 14 de março de 1843, em La Capelle, ao Norte do Departamento de L’Aisne, França. Seu pai: Júlio Alexandre Dehon; sua mãe: Estefânia Adele Vandelet, devota fervorosa do coração de Jesus. Tinha um irmão mais velho: Henrique. Leão foi batizado a 24 de março do mesmo ano, véspera da festa da Anunciação. Anos depois, escreveu: “Era feliz, mais tarde, unindo a lembrança de meu batismo ao do Ecce venio de Nosso Senhor” (citado por Yves Ledure, in Petite Vie Léon Dehon , Pág. 16). Leão Dehon frequentou a escola da cidade. Mas o ambiente não era favorável a uma boa educação. Por isso, seus pais, preocupados com o futuro do filho, o matricularam no Colégio Hazebrouck, dirigido por padres. Antes do ingresso nesse colégio, Leão fez sua primeira comunhão na cidade natal. No Colégio Hazebrouck, encontrou na pessoa de seu diretor, Pe. Dehaene, um grande amigo que o orientou bem na luta pela conquista da virtude. Na noite de natal de 1856, Leão sentiu forte chamado ao sacerdócio. Conversou com o pai a respeito. Recebeu um frio e peremptório “não”. Júlio sonhava um futuro brilhante e diferente para o filho. Jamais Pemitiria que ele se tornasse um sacerdote. Em agosto de 1859, Leão terminou seus estudos secundários e, a 16 do mesmo mês, passou, com sucesso, nos exames de bacharel em letras. De volta a Capelle, expôs novamente seu projeto ao pai. Essa insistência do filho caiu como um raio no Lar Dehon. O pai não aceitava de forma alguma a idéia ousada do filho. Sem desistir de seu plano, Leão obedece momentaneamente a seu pai e vai para Paris. Frequenta o curso de preparação ao concurso célebre da Escola Politécnica de Paris. Simultaneamente matricula-se no primeiro ano de direito. Mais tarde, abandona a Escola Politécnica e segue normalmente o curso de direito, que lhe parecia mais de acordo com sua cultura de sensibilidade. Em agosto de 1862, obtém a licença em direito e, dois anos mais tarde, em abril de 1864, defende a tese de doutorado em direito. Durante o período de estudo em Paris, Leão impôs-se um ritmo de vida que favorecia sua vocação sacerdotal. Diariamente participava da missa de São Sulpicio, sua paróquia. Nesse tempo, também, conheceu um jovem estudante e arqueologia, que se tornaria seu grande amigo: Leão Palustre. Com esse amigo, Dehon fez várias viagens: à Inglaterra (1862), à Alemanha, aos países escandinavos, à Europa central (1863). A 23 de agosto de 1864, empreendeu com ele uma longa viagem de 10 meses pelo sul da Alemanha, Suíça, Norte da Itália, Grécia, Egito, Palestina (Terra Santa), Ásia Menor, Hungria e Áustria. No fim desta viagem, Leão parte diretamente para Roma, onde chega a 14 de junho de 1865. Estava firmemente decidido a seguir sua vocação sacerdotal. A viagem à Terra Santa confirmara o chamado do Senhor: “Vem e segue-me! Também te farei pescador de homens!” Em Roma, mora no colégio francês, Santa Clara, matricula-se no curso de filosofia e, depois de um ano apenas, obtém o doutorado na matéria (1866). Em 1871, consegue o título de doutor em teologia e em direito canônico. Antes, a 19 de dezembro de 1868, é ordenado sacerdote, na Basílica de São João de Latrão, na presença de seus pais, que aceitam, agora, a vocação do filho. Terminados seus estudos em Roma, recebeu sua primeira transferência. Foi uma grande decepção para ele. Com vários doutorados em sua bagagem, Padre Dehon esperava trabalhar numa universidade. E foi nomeado para ser o 7º vigário paroquial de uma pobre e problemática paróquia: São Quintino. Apesar de tudo, assumiu sua missão com todo ardor e entusiasmo. Conhecendo as grandes necessidades daquela cidade, Padre Dehon teve várias iniciativas de grande repercussão: fundou um patronato, São José (1872); a Obra dos Círculos Católicos (1873); um jornal católico: Le conservateur de L’Aisne (1874); círculos de estudos religiosos e sociais, com a Conferência de São Vicente de Paulo (1875); promoveu encontros de estudos com os patrões, duas vezes por mês (1876); o Colégio São João (1877). Sacerdote culto, santo e dinâmico, muito conhecido na França, Dehon estava interiormente inquieto. Não estava satisfeito. Faltava-he algo. Não tinha, porém, clareza do que era realmente. Depois de um longo discernimento, feito de oração, de diálogo com sábios sacerdotes e orientadores espirituais, Dehon toma a decisão de fundar a Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus. Data oficial da fundação: 28 de junho de 1878, dia da primeira profissão do fundador. Temporariamente supressa por determinação da Santa Sé (1883), a nova Congregação experimentou, depois de sua ressurreição (1884), um vertiginoso crescimento e um surpreendente impulso missionário, espalhando-se por diversos países. Além dos trabalhos de governo e animação de sua congregação como superior geral, Padre Dehon participou dos grandes eventos de cunho social, na agitada França daquele fim de século. Sensível aos problemas sociais de então, Padre Dehon era protagonista de congressos e de assembléias, onde se discutiam as questões sociais, principalmente depois da publicação da Rerum Novarum , da qual foi um incansável divulgador e defensor. Sem dúvida, pode-se dizer que era um missionário da doutrina social da Igreja. Proferiu conferências (principalmente em Roma), escreveu artigos em jornais e revistas ( Le Règne du Sacré-Coeur dans les âmes et dans les sociétés ), publicou livros sobre o tema, principalmente: Manual social cristão (1897), As pontifícias diretrizes políticas e sociais (1897), Riqueza, mediocridade ou pobreza (1899), A renovação social cristã (1900). Padre Dehon faleceu no dia 12 de agosto de 1925, aos 82 anos de idade. Seus restos mortais repousam na igreja de São Martinho, em São Quintino, França. “Por Ele vivi, por Ele morro”, foram sua últimas palavras. No dia 8 de abriu de 1997, o Papa João Paulo II declarou a heroicidade das virtudes de Padre Dehon. O Próximo passo será a sua beatificação para a qual a Igreja exige um milagre. A Santa Sé já aprovou a autenticidade de uma cura ocorrida em Lavras-MG, por intercessão de Padre Dehon. A beatificação do fundador significa, entre outras coisas, a confirmação do nosso carisma na Igreja. Até 31.12.2004, a Congregação contava com cerca de 21 províncias e 9 regiões/distritos e aproximadamente 2.220 membros; dos quais 1606 padres, 3 diáconos permanentes, 397 religiosos estudantes de filosofia a teologia, 193 irmãos religiosos de votos perpétuos, 22 bispos; 96 noviços. A Congregação se encontra em 40 países, no total de 417 casas religiosas dehonianas: 52,5% na Europa; 15% na América Latina, 7,5% na América do Norte; 15% na África e 10% na Ásia.
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Homem é detido após arremessar pedra contra caixa eletrônico no aeroporto do Recife Suspeito foi encaminhado à carceragem da PF do terminal aéreo Publicado em 12/07/2016, às 12h37 Homem teria atacado o caixa após um ataque de fúria Foto: Divulgação JC Online Um homem foi detido após atirar um pedra contra um caixa eletrônico do Banco do Brasil no Aeroporto Internacional dos Guararapes/Gilberto Freyre, na Zona Sul do Recife, durante a manhã desta terça-feira (12). De acordo com a Polícia Federal (PF), o suspeito, Carlos fábio alves, 36, foi encaminhado à carceragem da PF do terminal aéreo após ter sofrido um ataque de fúria.
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Murray tem que vencer o US Open e torcer contra Murray Foto: Arquivo Miami (EUA) - Dominante no ranking das 52 semanas, o sérvio Novak Djokovic não ostenta a mesma vantagem na lista da temporada, que conta apenas os resultados de 2016. O britânico Andy Murray está bem mais próximo e pode até assumir a dianteira na corrida para o ATP Finals depois do US Open. Para conseguir a primeira colocação na temporada, Murray terá que vencer a competição em Flushing Meadows e torcer par que o sérvio não passe das semifinais, uma vez que só assim conseguirá descontar a diferença de 1.215 pontos que Djokovic tem atualmente diante de seu perseguidor mais próximo. O terceiro melhor da temporada é o canadense Milos Raonic, o quarto o japonês Kei Nishikori e o quinto o austríaco Dominic Thiem, que ultrapassou o espanhol Rafael Nadal na corrida para o ATP Finals. Completam o top 8, que vale vaga em Londres, o suíço Stan Wawrinka (7º) e o francês Gael Monfils (8º). Campeão no último fim de semana, no Masters 1000 de Cincinnati, o croata Marin Cilic entrou de vez na briga pelo Finals indo para a décima posição, subindo nove lugares. Um dos deixados para trás foi o suíço Roger Federer, que não joga mais em 2016 e atualmente é apenas o 11º do ano, indicando que ele terminará a temporada fora do top 10.
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Na Ação Cautelar (AC) 3171, distribuída ao ministro Dias Toffoli, as empresas alegam que, em decorrência de acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região, estão sendo submetidas a procedimento de cobrança administrativa, e na ausência de uma medida que suspenda a exigibilidade do crédito, serão sujeitas a processo de execução fiscal. Segundo o pedido, as autoras ajuizaram uma medida cautelar em abril deste ano, junto ao vice-presidente do TRF da 3ª Região, a fim de que fosse atribuído efeito suspensivo a um recurso extraordinário interposto sobre o tema. O ajuizamento da ação cautelar perante o STF, alegam, vem da ausência da tutela requerida, o que conduziria ao perecimento de direitos ou à inefetividade da prestação jurisdicional. Quanto ao mérito da disputa, alegam as autoras que, na qualidade de seguradora e entidade de previdência privada, não auferem faturamento como receita bruta em sentido estrito, proveniente da venda de bens e da prestação de serviços, de modo que não estão sujeitas ao recolhimento da Cofins.
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A Embrapa, empresa brasileira de pesquisa agropecuária, realizou no dia (11), em Cachoeira Dourada (GO), dia de campo mostrando a integração lavoura, pecuária e floresta na fazenda Boa Vereda, propriedade do senhor Abílio Rodrigues Pacheco. Em uma área de 17 hectares, esta sendo realizado um sistema de produção, aonde você tem eucalipto, grãos e gado cruzado para corte. É uma experiência que você tem três tipos de produção em uma mesma área, possibilitando uma agregação maior de receita (renda) na sua propriedade, por você ter a madeira, grãos e o gado. O presidente da Fetaeg, Elias D´Angelo Borges, junto com o secretário de políticas agrícola da Fetaeg, Antônio Borges Moreira, participaram do dia de campo, e para os dois esta integração lavoura, pecuária e floresta, poderá ser implementada também na agricultura familiar, e pensando também em outros tipo de madeiras, além do eucalipto. Foto: Mário Parreira Abílio Rodrigues, pesquisador da Embrapa e proprietário da fazenda onde foi realizado o dia de campo, falou das possibilidades existentes no mercado, principalmente no sentido de fornecimento de madeira, onde há uma grande demanda no mercado, tanto da madeira para a produção de energia, como também para outro grande segmento do mercado que é a indústria moveleira. O mercado de madeira no Brasil, embora não seja novo, vem tendo novos desafios, principalmente quando você pensa em reflorestamento sustentável, respeitando ao meio ambiente, e estas pesquisas, realizadas pela Embrapa, podem dar aos agricultores um novo mercado que é o fornecimento de madeira.
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ENFOQUES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FUNÇÃO ADMINISTRATIVA Conceito – É a atividade do Estado voltada para a realização de seus fins, sob o comando da ordem jurídica. Significa a atividade gerencial, que em suma implica a arrecadação dos meios para possibilitar a satisfação das atividades básicas do Estado. Preponderante no âmbito do Poder Executivo, mas também se constitui função supletiva dos demais Poderes. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA x ADMINISTRAÇÃO PRIVADA Na administração privada pode o administrador agir livremente, até que a lei lhe imponha limite. Na Administração Pública somente pode o administrador agir se houver lei autorizando. Toda a atividade estatal está submissa ao império da lei. Slide 4 ENFOQUES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Postulados fundamentais que inspiram todo o agir da Administração Pública. Cânones pré-normativos (Expressos e Reconhecidos). Princípios Expressos (Art. 37 da CF/88) Legalidade – Toda a atividade administrativa deve ser autorizada por lei. Impessoalidade – Pressupõe a igualdade de tratamento a ser dispensada a todos os administrados que se encontrem em idêntica situação jurídica. Tem como alvo o interesse público. Moralidade – Realça os preceitos éticos que devem presidir a conduta do administrador público. Publicidade – Ampla divulgação dos atos administrativos (transparência), permitindo ao administrado verificar a legalidade ou não desses atos e sua eficiência. Eficiência – Permitir a aferição da qualidade dos serviços públicos prestados à coletividade (EC 19/98). O princípio foi reiterado na EC 45/04, garantindo como direito fundamental (art. 5°, LXXVIII) a razoável duração do processo. PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS Slide 5 ENFOQUES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Princípios Reconhecidos Supremacia do Interesse Público – Garantia do interesse social sobre o do particular (são exemplos: a desapropriação, o poder de polícia, pelo qual a Administração restringe certas atividades individuais). Autotutela – Não só uma faculdade mas também um dever de corrigir a Administração seus próprios erros. Indisponibilidade – Os bens e interesses públicos não pertencem à Administração nem a seus agentes. Só podem ser alienados na forma em que a lei dispuser. Continuidade dos Serviços Públicos – A greve no serviço público? E os prejuízos à coletividade? Guarda sintonia com o princípio do interesse público. Segurança Jurídica – Princípio pelo qual se garante a estabilidade das relações jurídicas. Dele decorrem os fatos jurídicos da prescrição e da decadência. Razoabilidade – O arbítrio do administrador deve situar-se dentro de limites aceitáveis. Proporcionalidade – Confere ao Judiciário o poder de exercer o controle sobre os demais Poderes. PRINCÍPIOS ADMINISTRATIVOS Slide 6 ENFOQUES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA PODERES – Prerrogativas especiais outorgadas aos agentes do Estado, sempre com escora na lei (Uso do Poder x Excesso e Abuso de Poder). Poder Discricionário – Não confundir com arbitrário. Permite ao agente público avaliar a conveniência e a oportunidade dos atos a serem praticados. Poder Regulamentar – Permite à Administração criar os mecanismos de complementação das leis, editando atos gerais que visem permitir a aplicação destas. Poder de Polícia – Significa toda e qualquer ação de que se utiliza o Estado para restringir direitos individuais, mas sempre em nome do interesse público ou coletivo. Poder Hierárquico – Permitir o escalonamento em plano vertical dos órgãos e funções dos agentes públicos. Daí decorrem a delegação e a avocação. Poder Disciplinar – Resultante do poder hierárquico. Permite ao agente superior controlar e fiscalizar as atividades do de nível inferior. PODERES E DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO Slide 7 ENFOQUES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DEVERES – Trata-se das obrigações a serem cumpridas pelo agente público, também decorrentes de lei. Dever de Probidade – O agir do administrador público há de pautar-se, sobretudo, pelos princípios da honestidade e da moralidade. Dever de Prestar Contas – Encargo decorrente da gestão de bens e de interesses da coletividade. Daí decorre a criação dos órgãos de controle (externo e interno). Dever de Eficiência – Corolário do princípio da eficiência. Significa que a busca da eficiência no serviço público não é uma faculdade; é uma obrigação, pois, que reside na necessidade de tornar cada vez mais qualitativa a atividade administrativa. PODERES E DEVERES DA ADMINISTRAÇÃO Slide 8 ENFOQUES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CONCEITO – É a exteriorização unilateral da vontade do agente da Administração Pública, produzindo efeitos jurídicos, sempre visando ao interesse público. REQUISITOS: Competência – é inválido todo ato emanado de agente incompetente ou editado além dos limites de que dispõe a autoridade. É a condição primária de validade. Finalidade – que seja sempre o interesse público a atingir. Forma – é a rigor escrito o ato administrativo, até mesmo em face da necessidade de ser cotejado com a lei, para se verificar sua validade (pela Administração ou pelo Judiciário) e publicado. Motivo – sempre obrigatório e consiste na justificativa da manifestação da vontade; A motivação é obrigatória, mormente quanto aos atos discricionários. Objeto – identifica-se com o conteúdo do ato. ATRIBUTOS: Imperatividade (coeercibilidade); presunção de Legitimidade (presume-se emanar de agente detentor de parcela do Poder Público) e Auto-executoriedade (não precisa de confirmação do Poder Judiciário, para ter força executiva). ATO ADMINISTRATIVO Slide 9 ENFOQUES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA CLASSIFICAÇÃO Atos gerais e individuais – conforme sejam seus destinatários determinados ou não. Atos internos ou externos – os internos dirigem-se aos órgãos e agentes da própria Administração; os externos alcançam os administrados, os contratantes e, às vezes, os próprios servidores. Atos de império, de gestão ou de expediente – de império quando a supremacia do Poder público atinge o particular ou o servidor (desapropriações, sanções, etc.); de gestão quando se afeiçoa ato de negócio (se igualam aos de Direito Privado: alienação, aquisição de bens, etc.); de expediente, os que se destinam ao andamento e tramitação dos papéis nas repartições públicas (atos de rotina administrativa). Atos vinculados e atos discricionários – VINCULADOS – aqueles que o agente pratica reproduzindo os elementos que previamente a lei estabelece; DISCRICIONÁRIOS – os que permite ao agente certo grau de liberdade de escolha, entre alternativas igualmente justas. Mérito Administrativo – característica própria do ato discricionário: permite ao administrador examinar os aspectos da conveniência e da oportunidade. Outras Classificações – Atos simples, complexos e compostos; Atos constitutivos, declaratórios e enunciativos; Ato válido, nulo ou inexistente; ATO ADMINISTRATIVO ENFOQUES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INVALIDAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Pressupostos: Os atos administrativos podem ser invalidados, em virtude da existência de vícios de ilegalidade (competência, finalidade, forma, motivo ou objeto) ou desde que se tornem inoportunos e inconvenientes ao interesse público. Quem pode invalidar: A Administração – é dever, invalidar espontaneamente ou por provocação, o próprio ato, contrário à sua finalidade, por inoportuno ou inconveniente (revogação) ou por ser imoral ou ilegal (anulação – ou cassação). O Poder Judiciário – quando, por vício de ilegalidade, o ato não é anulado pela própria administração (Súmula 473 do STF). O ato revogado, no entanto, não afasta a apreciação do Judiciário (art. 5°, inciso XXXV, CF/88). ATO ADMINISTRATIVO ENFOQUES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA LICITAÇÕES Fundamentos – Tem inspiração na moralidade administrativa e na igualdade de oportunidade (arts. 5° e 37, CF/88). Princípios Básicos da Licitação: Princípio da legalidade – vinculação formal da licitação à lei e ao ato convocatório (devido processo legal). Princípios da moralidade e da impessoalidade – é o agir com ética e sem favorecimento pessoal. Princípio da igualdade – tratar igualmente a todos os licitantes em mesma situação jurídica. Princípio da publicidade – exige a ampla divulgação dos procedimento e atos da licitação. Princípio da probidade administrativa – implica no dever de exercício honesto e probo da função pública. Princípio da vinculação ao instrumento convocatório – plena fidelidade às regras do edital de convocação. Princípio do julgamento objetivo – regras claras e parâmetros objetivos de avaliação das propostas concorrentes. Princípio da adjudicação compulsória - atribuição do objeto da licitação ao seu legítimo vencedor. NOÇÕES DE LICITAÇÃO E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Slide 14 ENFOQUES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA LICITAÇÕES (Lei n° 8.666/93) DISPENSA DE LICITAÇÃO: a lei especifica os casos em que a Administração pode ou deve deixar de realizar licitação. Licitação Dispensada – aquela assim declara na lei (art. 17, I e II). Abrange, por exemplo, os casos de (imóveis) dação em pagamento, venda ou doação a outro órgão público; (móveis) doação, venda de títulos e ações, comercialização, etc... Licitação Dispensável – é toda aquela que a Administração pode dispensar se assim lhe convier. São vinte e cinco casos (taxativamente) enumerados no art. 24. Licitação Inexigível – Quando houver inviabilidade de competição entre os contratantes. Exemplificativamente (Art. 25): fornecedor exclusivo, contratação de artistas e de serviços técnicos especializados. NOÇÕES DE LICITAÇÃO E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS Slide 15 ENFOQUES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA LICITAÇÕES (Lei n° 8.666/93) MODALIDADES DE LICITAÇÃO (arts. 22 e 23) Concorrência – aplicada para contratações de grande vulto (acima de R$ 1.500 mil para obras e acima de R$ 650 mil para compras e serviços). Formalismo e publicidade. Tomada de preços - menos formal e utilizada entre interessados previamente cadastrados e para contratos de valor até R$ 1.500 mil (obras) e R$ 650 mil (compras e serviços). Convite – modalidade utilizada entre concorrentes cadastrados e escolhidos, mínimo de três, para obras até R$ 150 mil e compras e serviços até R$ 80 mil. NOÇÕES DE LICITAÇÃO E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS SERVIDORES PÚBLICOS NEPOTISMO – Uma Breve Orientação O que é? – Nomeação de parentes, até o 3° grau, de agentes políticos, bem como dos detentores de cargos em comissão ou funções gratificadas – sem concurso público. Vedação – A Súmula Vinculante n° 13, editada pelo Supremo Tribunal Federal, em agosto de 2008, interpretando os princípios da moralidade e da impessoalidade insertos no art. 37 da CF/88, decidiu que fere a norma constitucional a nomeação – sem concurso – de parentes até o 3° grau, dos agentes políticos e outros servidores que ali especifica. Excepciona, entretanto, o STF as nomeações para os cargos de ministros, secretários de estado e de municípios, salvo as hipóteses de nepotismo cruzado. ENFOQUES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA O CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO Externo: É feito pelo Poder Legislativo, com a fiscalização (auxílio) dos Tribunais de Contas (arts. 70 e 71 da Constituição Federal; quanto aos municípios, pela Câmara Municipal, conforme art. 31 e § 1° da CF/88 e art. 13 e § 1° da Constituição Estadual). Interno: É aquele exercido, no âmbito de cada Poder, por órgão ou colegiado instituído com essa finalidade (Art. 70, CF/88). ENFOQUES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
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Cadastre-se e receba nossas novidades: Notícias Maxwell alerta: informações contra o porto são mentirosas Vereador rebateu 'matéria falsa' divulgada pelas redes sociais Vereador afirmou que consultas ao Ministério Público e ao Inea desmentem informações Único vereador a participar do grande expediente, na sessão ordinária da Câmara de ontem (6), Maxwell Vaz (SD) utilizou o momento político da reunião para rebater 'informações falsas' relativas ao processo de licenciamento prévio do Terminal Portuário de Macaé (Tepor). Ao qualificar como 'mentirosa' matéria divulgada no início da noite de segunda-feira (5) pelas redes sociais, Maxwell Vaz afirmou que as informações que colocam em dúvida o andamento do processo de licenciamento do novo terminal marítimo são improcedentes, com base em consultas feitas junto à Procuradoria Geral da República em Macaé e à Secretaria Estadual do Ambiente. Vou utilizar este espaço para fazer um trabalho de utilidade pública para a minha cidade. É preciso desmentir boatos criados por pessoas que não possuem interesse de contribuir com o desenvolvimento de Macaé. Só querem transformar as coisas deste município em balcão dos seus próprios negócios, disse o vereador. Maxwell afirmou que o processo de licenciamento prévio do Tepor, emitido em junho deste ano pela Comissão Estadual de Controle Ambiental (CECA), do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), segue sem qualquer questionamento. Estão tentando plantar uma informação cujo intuito é tentar bagunçar ainda mais o cenário de crise que a cidade vive. Enquanto as pessoas estão em busca de oportunidades de emprego, de vencer as dificuldades, existem uns 'extraterrestres' em Macaé que tentam negociar plantando falsas informações sobre o porto. E acaba enganando quem realmente assume posições por ideologias e valores. Isso é muito ruim para a cidade, apontou Maxwell. O vereador também explicou que, com base em consulta feita à Procuradoria Geral da República em Macaé, não há qualquer informação sobre a cassação da licencia prévia do Tepor. Entrei em contato com o Ministério Público Federal, através do procurador Dr. Flávio, competente, sério e muito solícito. Ele esclareceu que não há referência desse tipo no processo em curso. Como vemos, a notícia falsa plantada nas redes sociais pode até ser considerada como um crime, disse o vereador. Maxwell ainda foi além. Ele entrou em contato com o secretário estadual de Ambiente, Pedro Corrêa, que negou qualquer informação referente à cassação da licença concedida pelo Inea ao Tepor em junho. O secretário também desmentiu qualquer informação referente a essa matéria divulgada nas redes sociais. Como percebemos, alguém financiado por outros município e por outros interesses, tenta prejudicar o andamento de um projeto que pretende gerar 8 mil postos de trabalho nesta cidade, apontou o parlamentar. Maxwell desmentiu a existência de processo que tornará a área do São José do Barreto, próximo à região do Tepor, em Unidade de Conservação. Essa área é da União. O município não tem amparo legal para decretar a criação de uma Unidade de Conservação no Barreto. Essa é mais uma mentira que tentam plantar, no momento em que Macaé precisa de boas notícias, disse Maxwell.
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ADMISSIBILIDADEEstando presentes os pressupostos de admissibilidade, conheço do rcurso.MÉRITOInconformada com a decisão do Juízo da 1ª Vara do Trabalho de Fortaleza-CE que julgou parcialmente procedentes os pedidos, recorre ordinariamente a reclamada. Alega que não devem ser mantidas a decisão proferida por ete E. Tribunal, que modificou a sentença anteriormente proferida pelo Juízo de Primeiro Grau, bem como a nova sentença. Requer o provimento do recurso para que se acolha a preliminar de nulidade do julgado, postulando, ainda, a total improcedência da ação.Razão não lhe assiste.Cumpre ressaltar, de início, que a 1ª Turma deste Regional, por unanimidade, modificou a decisão anteriormente proferida pelo Juízo de Primeiro Grau, para reconhecer a relação de emprego havida entre as partes, que ora se transcreve a ementa:EXISTÊNCIA DE VÍNCULO DE EMPREGO. - Provado, nos autos, que o trabalho prestado à reclamada era realizado com subordinação, onerosidade, não-eventualidade e pessoalidade, nos termos do art. 3º sa CLT, há que se reconhecida a relação de emprego(Relatora Desembargorada Dulcina de Holanda Palhano - Acórdão publicado no DJET em 07/08/2009).Em que pese o inconformismo demonstrado no recurso quanto ao reconhecimento de vínculo de emprego, a matéria já foi decidida pela 1ª Turma desse Regional, portanto, desnecessário despender outros fundamentos a respeito do vínculo empregatício, uma vez que se encontra acobertada pela preclusão neste E. Tribunal.Analisando novamente a questão, firmou o Juiz sentenciante o entendimento de que A Associação reclamada, reconheceu, em sua defesa escrita, que a remuneração da reclamante pelo desempenho das atividades extracurriculares correspondiam a 55% (cinquenta e cinco por cento) dos valores das mensalidades pagas pelos alunos beneficiários desssas atividades, mas impugnou expressamente a média mensal indicada pela reclamante. Nessas condições, com base na remuneração efetivamente paga pela Associação, o que deve ser definido em liquidaçãopor artigos, tem a reclamante o direito ao pagamento de aviso prévio (parcela variável), FGTS sobre salário variável + 40% (quarenta por cento), férias em dobro (salário variável) 2004/2005 + 1/3, férias vencidas (salário variável) 2005/2006 + 1/3, férias proporcionais (6/12) (salário variável) 2006/2007 + 1/3, reflexos do salário variável sobre o DSR 91/6) e 13º salários (2004, 2005, 2006 e 2007) sobre o salário variável.Assim, ratifico o entendimento do juízo a quo confirmando todas as verbas concedidas nos termos da decisão atacada.Nego provimento ao recurso
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Aspectos clínicos de cães com esporotricose atendidos no hospital veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Resumo A esporotricose é uma micose pouco frequente em cães causada pelo fungo do Complexo Sporothrix schenkii. A infecção normalmente resulta da inoculação do agente no tecido subcutâneo. O presente trabalho descreve as alterações observadas em 13 cães diagnosticados com esporotricose atendidos no setor de dermatologia do Hospital Veterinário da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Os animais foram diagnosticados com o emprego de citologia, histopatologia com coloração PAS e cultura fúngica. Dos 13 animais examinados, oito eram machos (61,54%) e cinco fêmeas (38,46%). A idade variou de 1 a 12 anos. Quatro cães (30,77%) eram sem raça definida, três (23,07%) poodles e outras raças com um animal cada: chow-chow, dog alemão, fox paulistinha, pinscher, rottweiler e yorkshire (7,69%). As lesões tegumentares mais comumente observadas foram úlceras (n=9, 69,23%), nódulos e crostas (n=4, 30,77%) e alopecia (n=2, 15,38%). Outras alterações encontradas foram hipotricose, hiperemia, descamação e edema (n=1, 7,69% cada). Seis animais apresentaram acometimento da cavidade nasal (46,15%). Sete cães acometidos tiveram contato com felinos, e os proprietários afirmaram que desses animais, cinco tinham lesões cutâneas. Dois cães tinham livre acesso à rua. Nos casos em que houve contato com gatos, esta foi a possível fonte de infecção, enquanto os demais animais podem ter se infectado pelo contato com o ambiente externo. No exame citológico só foi visualizada a presença de leveduras em dois casos, em um deles foi observado uma quantidade alta de leveduras e tratou-se de um cão que apresentava lesões generalizadas e também hemoparasitose. Afecções concomitantes têm sido relacionadas a lesões ricas em fungo nas formas severas da doença. Conclui-se que para ser firmado o diagnóstico da esporotricose em cães é importante ser considerado: o histórico do paciente analisando-se possíveis contatos com felinos ou ambientes propícios para o contágio; a caracterização das lesões cutâneas e os exames dermatológicos.
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terça-feira, 23 de junho de 2009 Edgar Morin Se violência gera violência, submeter um jovem infrator ao cárcere só fortalece seu lado agressivo. Esta é uma das várias declarações humanistas do filósofo francês Edgar Morin, que está no Brasil para uma série de palestras e seminários. Enquanto o mundo se preocupa com os conflitos entre iranianos, é o pobre e esquecido povo do Sri Lanka que ele lembra em primeiro lugar quando perguntado sobre formas de violência que mais o preocupam. Quanto aos conflitos no Irã ele afirma que as informações vindas de lá devem ser sempre analisadas em seu contexto histórico, político e social. Prestes a completar 88 anos, Morin se empenha em popularizar os conceitos de Política da Civilização e Política de Humanidade. Admirador do Brasil, o professor concedeu a entrevista em português. Recém-chegado da França, ainda não tinha “tomado um banho de português” necessário para deixar suas frases mais “belas”. A mistura, porém, não tirou o caráter inovador de suas ideias. TV Brasil - O assunto que o traz a Brasília são os direitos humanos e, em especial, as formas de violência. Nesse tema, que tipo de violência mais o preocupa? Edgar Morin - A mais preocupante é a violência que vem com as guerras, as perseguições, como é a violência que chegou ao Sri Lanka há poucas semanas. A população, aos milhões, está em situação de horror, de matança. Isso é o mais grave. Mas também são as violências urbanas, cotidianas, matrimoniais, muitos homens que golpeiam as mulheres, os pequenos, uma situação muito impressionante. Mas a coisa mais importante é quando se diz, vamos fazer violência para acabar com violência. Em condições gerais, violência, gera outra violência. É um ciclo que não se interrompe. A questão fundamental é como parar a violência. Fazer com que em um momento não exista mais violência. E há vários caminhos: são os caminhos da compreensão. Por exemplo: a violência juvenil. Ser jovem é um momento de transição. Se essa violência é respondida com a violência do cárcere, vai se produzir delinquentes mais fortes. Outra política de compreensão para a pessoa fazer sua transformação é um momento de magnanimidade, de perdoar a pessoa e interromper o ciclo de violência. Existem exemplos, limitados, como de Gandhi, que sem violência teve sucesso contra o império inglês. Há vários tipos de meios. Hoje podemos pensar em lutar contra todas as formas de violência, com os modos apropriados para cada forma de violência. TV Brasil - O senhor é conhecido no mundo inteiro, e muito estudado, também no Brasil, pela Teoria da Complexidade. Como se poderia resumi-la? Morin - Falamos primeiro de violência. Na complexidade, não podemos reduzir uma pessoa a seu ato mais negativo. O filósofo Hegel disse: se uma pessoa é um criminoso, reduzir todas as demais características de sua personalidade ao crime é fácil. Entender, não reduzir a uma característica má uma pessoa que tem outras característica, isso é a complexidade. Uma pessoa humana tem várias características, é boa, má e muito mais. Devemos entender que a palavra latina complexus significa tecido. Em geral, o nosso modo de conhecer que vem da escola nos ensina a separar as coisas, e não religá-las. A complexidade significa religar. Por exemplo: um evento, um acontecimento, uma informação. Quando chega uma informação sobre o que ocorre no Irã, por exemplo, devemos entender o contexto político, histórico, social. A complexidade busca favorecer uma compreensão maior que a compreensão que vem de se isolar a coisas, colocar o contexto, todos os contextos em uma situação. TV Brasil - Em “Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro”, o senhor fala da importância do erro. A humanidade já compreende e já aceita melhor o erro? Morin - É uma coisa que disse Descartes, o problema de errar é não saber que se erra. Eu penso que é muito inteligente quando se sabe que se comete um erro e se esquece do erro. Penso que é muito importante conhecer as fontes do erro. De onde vem o erro. TV Brasil - Mas a humanidade vê melhor o erro do que há dez, vinte ano atrás? Morin - Penso que não há progresso, o sistema de educação não mudou, é cada vez mais negativo. Os problemas globais fundamentais são cada vez mais fortes. Por isso penso que há a necessidade de reformar a educação. Com uma idéia melhor de como se faz o conhecimento e também compreensão humana dos outros. Penso que minha proposta será muito útil para o desenvolvimento nosso futuro. TV Brasil - Para aceitarmos a complexidade, é preciso uma reforma do pensamento e enxergar o mundo de outra maneira. O senhor acha que os meios de comunicação tradicionais essa reforma do pensamento ou é uma tarefa para a internet? Morin - A internet hoje dá uma possibilidade de multiplicação de informação e comentários, que é muito útil, por que a vida de uma democracia é a pluralidade das opiniões, visões, sem a homogeneidade da imprensa. Não há muitas diferenças na grande imprensa. É muito útil a internet, o que não significa que não há coisas falsas que venham dessas redes. Mas é a educação que dá à pessoa condição de ver e confrontar o que vê na internet e na televisão. Penso que hoje a internet dá uma possibilidade de mudança muito grande, por exemplo, pela complexidade. No México, há um curso de complexidade da educação virtual, com 25 países. TV Brasil - O senhor tem se dedicado muito a pensar a política e tem feito a separação da política da civilização e da política da humanidade. Qual a diferença? Morin - A política de civilização luta contra todos os efeitos negativos da civilização ocidental. É para restabelecer a solidariedade, humanizar a cidades, revitalizar os campos. Cada civilização tem suas virtudes, qualidades, suas diferenças, isso é verdade também para a civilização ocidental. Também para as civilizações de pequenos povoados, como índios da Amazônia, conhecimentos de plantas, animais, arte de viver, novos curativos, como os xamãs. A política de humanidade é combinar o melhor de cada civilização, fazer um simbiose no nível do planeta onde o melhor do mundo ocidental, que são os direitos humanos, direitos da mulher, a possibilidade do individualismo - mas não do egocentrismo - que combine outras civilizações, onde há mais solidariedade. A questão é lutar contra os defeitos das civilizações e pegar o que há de melhor. Porque nas civilizações tradicionais não há só coisas boas como solidariedade. Há também dogmatismo, autoridade demasiada dos mais velhos, do homem sobre a mulher. A ideia é tirar o melhor de cada, não idealizar a civilização tradicional ou a ocidental. *Em entrevista exclusiva concedida à TV Brasil , ele explica sua Teoria da Complexidade. Autor de 30 livros, entre eles a trilogia O Método e Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro, Morin avalia que o mundo ainda não compreendeu a importância do erro - um desses sete saberes - e revela que a educação mudou pouco nos últimos anos, pois permanece ainda muito negativa. segunda-feira, 22 de junho de 2009 Os povos, não necessariamente as elites econômicas e intelectuais, continuam no entanto a ser religiosos e, em sua maioria, cristãos. Por isso os males e a desumanização têm nomes religiosos, e são interpretados com a linguagem religiosa. A América Latina se recobriu, ultimamente, de demônios, não só os antigos, mas também novos. À velha pergunta Unde Malum? - de onde provém o mal - não são suficientes nem a resposta agostiniana de que todo mal é pecado ou consequência de pecado, nem a resposta de Leibniz de que estamos no melhor dos mundos possíveis, onde o mal inevitável da condição criatural seria superado num futuro absoluto e metafísico. Há, de fato, alog de pecado no mal, e há algo de metafísico porque escapa às análises e às medidas e esforços humanos. Esta conjunção de mal, produzido pela malícia humana e mal metafísico que escapa a qualquer explicação, tem seu ponto de partida, no entanto, na crise de trabalho, no desemprego e na desumanização dos que sofrem as suas consequências na vida pessoal e familiar. O medo do desemprego, da falta de trabalho e de recurso para comer, vestir, morar, cuidar da saúde, assumem proporções maiores do que o medo do juízo e do inferno. Em sequência, há o medo da violência disseminada por toda a parte, medo do assalto eventualmente homicida, este símbolo completo da violência disseminada. Isso obriga os que têm mais poder a se protegerem por tras de grades e barreiras eletrônicas. Tornou-se o medo cotidiano que desumaniza as relações nas cidades de médio e grande porte. É evidente que a criminalidade disseminada tem sua relação direta com uma desigualdade crescente num mercado que obriga à concorrência, disputas com poucos ganhadores e muitos perdedores. Mas a ordem inverte os papéis e transforma o sintoma em causa, o que justifica a ação polícial quase indiscriminada sobre os mais fracos. (... ) O Demônio é, aos olhos de uma análise crítica, a mais geniosa promoção do mercado: nada melhor que a proliferação da sensação de estar possuido por um poder maligno espiritual e metafísico, não somente para fazer prosperar o mercado de igrejas exorcistas, mas antes disso, para distrair e imobilizar em meio à apropriação dos grandes investimentos e lucros do mercado nada espiritual e nada metafísico. (...) O mal que desumaniza é esta experiência de inferno, de possessão, de indignidade, de violência e solidão que atravessa o continente. Mas a esperança é o céu na palavra de Jesus, que também habita o continente. *SUSIN, professor de Teologia Sistemática na PUC/RS. *Título meu . (Excerto do artigo de Luiz Carlos Susin: Males, demônios e desumanização num mundo globalizado - Uma visão desde a América Latina.Revista Concilium, 2009/1, pg.19-22) IHU On-Line - Em que sentido o encontro com o Outro é sempre violento? Jean-Pierre Lebrun - O encontro com o Outro da linguagem é sempre “traumático”, já que ele constrange a passar da continuidade sensível à descontinuidade significante. Exige, portanto, uma perda, implica uma impossibilidade de dizer, adequadamente e totalmente, condições que só podem ser percebidas como constrangimentos violentos. Mas trata-se de uma violência salutar, de um traumatismo não traumatizante, simplesmente porque o ganho que será obtido – o uso da palavra – é bem superior à perda exigida. IHU On-Line - Por que o ódio é mais originário que o amor? Jean-Pierre Lebrun - Porque o ódio está primeiramente lá, já que ele é engendrado por esta perda que impõe a linguagem. É este corte que está em nossa origem de humanos. IHU On-Line - Como podemos compreender a relação linguagem-ódio? Jean-Pierre Lebrun - A relação linguagem-ódio se baseia simplesmente no fato de que este constrangimento [ou coação] do nosso linguajar, traz espontaneamente à tona o ódio, a cólera de dever assumir esta condição. IHU On-Line - Quais são as principais expressões do ódio na pós-modernidade? Jean-Pierre Lebrun - Na pós-modernidade, a simbolização está em dificuldade, já que o esteio que ela encontrava no apoio na figura do pai é abandonado. Aliás, não é certo que o processo de simbolização possa ser mantido pela mãe até seu termo, pois esta (mãe) não pode cumprir simultaneamente a tarefa de ser o primeiro Outro e o alheio deste Outro (seu outro Outro). Isto não impede que se tenha que estudar mais detidamente o modo pelo qual os mecanismos que a mãe põe em ação contribuem, e mesmo em que medida eles estão em condições de suprir a deficiência gerada pelo fim do apoio paternal. IHU On-Line - Como o declínio da autoridade, seja ele paternal, político ou divino, se conecta com a irrupção da violência? O ódio é seu sustentáculo? Jean-Pierre Lebrun - O declínio da autoridade traz consigo não se ter mais uma instância simbólica à qual dirigir seu ódio – aliás, irredutível – e, por conseguinte, de não ter mais um objetivo no qual o indivíduo encontre a necessidade de transformar seu ódio em outra coisa que não seja a destruição. Para dizê-lo de um modo rápido, isso lhe barra a via da sublimação. Quando, mais tarde, o indivíduo se encontrar face à irrupção de sua violência, ele não terá outra saída a não ser a de pô-la em ação. IHU On-Line - Qual é o futuro de nossos ódios? Jean-Pierre Lebrun - Esta é precisamente a questão: que futuro há para os ódios, se os mecanismos pelos quais nós os constrangemos a se transformarem em outra coisa que não seja a destruição, se encontram em dificuldade. A resposta é simples – ainda mais violência! IHU On-Line - Por que o evitar o ódio se deu em nossos dias pela forclusão do encontro? Jean-Pierre Lebrun - Para que haja encontro, se faz necessária a confrontação com a alteridade. Em francês, alteridade ressoa como “alterar”, o que quer dizer abismar. O encontro com a alteridade jamais deixa indene. Haverá vestígios do impacto, cicatrizes do choque. E, progressivamente, este encontro tornará menos violento um novo encontro: a alteridade terá sido tornada presente de tal maneira que o indivíduo não será mais abalado completamente pelo choque do desconhecido, do radicalmente outro. E, então, não deverá mais se deixar ir retrucando através do ódio, para lhe dar curso por sua violência, pois ele terá, pouco a pouco, tolerado que o outro o perturbe, o embarace. É o que podemos esperar de melhor. IHU On-Line - Quais seriam as diferenças que apontaria entre o ódio e gozo do ódio? Jean-Pierre Lebrun - O ódio é em si inerente à psique! Mas o gozo do ódio é da responsabilidade do indivíduo! Odiar é um fato, mas desfrutar seu ódio é, por exemplo, encontrar uma satisfação no fato de entretê-lo e sustentá-lo, o que não é a mesma coisa! * Médico , psicanalista e psiquiatra, nasceu na Bélgica. Membro da Associação Freudiana da Bélgica e a Associação Lacaiana Internacional. Autor de Um mundo sem limites (RJ: Cia de Freud, 2004) Entrevista no site IHU/Unisinos, 22/06/2009 Como um número a mais na multidão, seguimos o ritual de cada dia. E dependendo do espaço que ocupamos, no universo imenso de um mundo sempre em convulsão, vamos redefinindo o calendário, de acordo com as exigências do momento. Sobretudo quando se entra nos “enta” da vida e o tempo já não obriga a enfrentar horários rígidos de trabalho, ou de se ocupar, quase que por inteiro, com a educação dos filhos.Assim é a vida. Assim somos nós. Se nos couber a graça de sermos cristãos — e acredito que todos nós o somos — há que se fazer primeiro a entrega de cada dia a esse Deus, que é a única verdade que fica. Depois, como alguém que se ama, há que se pensar em si mesmo, com todos os direitos que a existência nos reserva: de amar... de viver... e de sonhar... Os jornais nos sobrecarregam, quase que diariamente, com notícias quase sempre voltadas para o crime. São os bárbaros assassinatos. É a corrupção campeando na “Casa”, paradoxalmente chamada do “Povo”. É a violência fazendo-se senhora das horas tenebrosas de nebulosas madrugadas, indiferente à lua que, cheia ou pela metade, tem sido o acalanto mais cantado em prosa e verso por poetas e seresteiros. A imprensa já não mais se preocupa, como antigamente, em dar destaque ao mundo das letras. Deus é o grande aposentado. E o racional está sempre à frente das coisas que nos falam ao coração. Folheamos páginas e páginas e poucas são as matérias que nos trazem algo de substancial ao espírito, algo que venha ao nosso encontro, à vontade indômita de ser feliz, ainda que contrariando muitas vezes as leis formuladas pelo homem. Trabalhos, muitos vezes áridos, técnicos demais para um povo que está entre os primeiros classificados no mundo, em matéria de analfabetismo, deixam de fora textos em crônica de rara beleza, poemas enfeixando o belo em cada verso, já que para os órgãos de comunicação o que vale é o anúncio que dá dinheiro, é o crime explorado até a última gota de sangue, são pernas correndo atrás da bola. É claro que há exceções. A hora, mais que nunca, se faz necessária para fazer mudanças em nossos veículos de comunicação. Afinal há gosto para tudo. E o leitor merece respeito. O que nunca podemos esquecer é que, em qualquer vestibular — e isto já vem desde os tempos de nossos avós —, há que se estudar poesia. Camões, Castro Alves, Casimiro de Abreu, Cruz e Souza e tantos outros que o digam. E a poesia? Onde está? Morreu de vez, nos matutinos que nos chegam pela madrugada. Nos suplementos literários de nossos jornais. Mais dorido, ainda, morreu nas escolas onde a criança aprende mais fácil a sua língua, ouvindo rimas que falam de amor e de saudade. E para atestar o quanto a poesia nos empolga, deixamos aqui registrado um poema de nossa autoria: Deitada na areia, um nome escrevi. Uma onda travessa, brincando comigo, meu nome levou pro fundo do mar. E na praia deserta, sem nome, sem nada, às águas pedi, com ódio da onda, meu nome trouxessem do fundo do mar. E o mar respondeu que meu nome enterrou para não mais voltar. Porque esse nome... Porque esse nome... meu Deus, eu não posso falar. *Arita Damasceno Pettená é membro da Academia Campinense de Letras e da Academia Campineira de Letras e Artes O mundo moderno ainda espera respostas para muitas dúvidas que jamais foram esclarecidas. Registro aqui apenas as minhas sugestões para algumas dessas indagações. Por exemplo, por que uma passagem da oração ao Pai Nosso foi alterada de perdoai as nossas dívidas... para perdoai as nossas ofensas...? Resposta: foi uma exigência dos banqueiros e dos empresários. O que são, atualmente, as boas ações? Não são gestos nobres do ser humano, mas os papéis mais valorizados na Bolsa, onde hoje ocorrem as reais crises de valores. Inspirado num texto do grande escritor uruguaio Eduardo Galeano, registro outras respostas para algumas indagações. O que significa Comunidade Internacional? É o código secreto das grandes potências nas suas invasões militares, ou seja, na sua luta pela democracia. Os civis de outros países que foram democratizados são aqueles que morreram nessas guerras. Por que o pretexto usado pelos britânicos para invadir o Sudão, no século passado, deveria ter sido alterado? Porque diziam, naquela época: Estamos civilizando a África através do comércio, quando, na realidade, deveriam dizer estamos comercializando a África através da civilização. O que são as pessoas de carne osso? Para os economistas, números. Para os banqueiros, devedores. Para os tecnocratas, incômodos. Para os políticos, votos. O que é, atualmente, a democracia no Brasil? Apenas a obrigação de votar a cada quatro anos. O governo pede permissão, faz os seus deveres e presta contas? Sim, mas não diante dos cidadãos que votam, mas dos banqueiros e empresários que vetam. Uma pergunta para os governos das grandes potências: por que vocês proíbem que as pessoas fumem? Resposta: porque só as fábricas e os automóveis podem fumar livremente. O que é a Copa Mundial nos Estados Unidos? É o campeonato nacional de beisebol. E nesse mesmo país, que jamais foi invadido por algum inimigo, por que o Ministério da Guerra se chama Secretaria de Defesa? Porque eles não fazem guerras, mas, sim, missões para instaurar a sua democracia. Nas invasões americanas do Iraque, do Afeganistão e de muitos outros países, no passado, o que são, para os comandantes militares, os danos colaterais? São os milhões de civis mortos nessas missões de defesa. E como são chamados aqueles que bombardeiam e aqueles que são bombardeados? Os primeiros, de aliados ou de coalizão; e os segundos, de terroristas ou fanáticos. Quando a coalizão diz para os outros a comunidade internacional exige, o que significa essa frase? Resposta: A ditadura comercial e financeira impõe. Qual é política do atual governo brasileiro? Resposta: para assegurar o poder e uma boa reputação, o governo alega, publicamente, que dá algo para a maioria, mas desvia verbas públicas, em segredo. O nosso Millôr indaga e ele mesmo responde: Temos um Congresso eficiente? Sim! Ele mesmo rouba, ele mesmo investiga e ele mesmo absolve. Atualmente, o que é abuso de poder? Uma área de ação onde não faltam autoridades nesse assunto. Caro leitor, se algum político lhe perguntar: Você acredita em mim?, responda: Acredito em você, Pinóquio!. Possivelmente, ele vai lhe devolver: Olha, tenho aqui ao meu lado um colega que não me deixa mentir. Então, responda: Entendi! Pelo menos, ele não vai lhe deixar mentir sozinho E se alguém lhe perguntar quais são os poderes que governam o Brasil, responda: São quatro: o Executivo, o Legislativo, o Judiciário e o Aquisitivo. Desde que os seres humanos decidiram viver juntos, estabeleceram um contrato social não escrito pelo qual formularam normas, proibições e propósitos comuns que permitissem uma convivência minimamente pacífica. Depois surgiram os pensadores que lhe deram um estatuto formal como Locke, Kant e Rousseau. Todos esses contratos históricos têm um defeito: supõem indivíduos nus e acósmicos, sem qualquer ligação com a natureza e a Terra. Os contratos sociais ignoram e silenciam totalmente o contrato natural. Mais ainda, a partir dos pais fundadores da modernidade, Descartes e Bacon, implantou-se a ilusão de que o ser humano está acima e fora da natureza com o propósito de domínio e posse da Terra. Este projeto continua a se realizar mediante a guerra de conquista seguida pela apropriação de todos os recursos e serviços naturais. Atrás sempre fica um rastro de devastação da natureza e de desumanização brutal. Antes se fazia guerra e apropriação de regiões ou povos. Hoje conquistaram-se todos os espaços e se conduz uma guerra total e sem tréguas contra a Terra, seus bens e serviços, explorando-os até a sua exaustão. Ela não tem mais descanso, refúgio ou espaço de recuo. A agressão é global e a reação da Terra-Gaia está sendo também global. A resposta são as muitas crises, enfaixadas no devastador aquecimento global. É a vingança de Gaia. Não temos outra saída senão reintroduzir consciente e rapidamente o que havíamos deixado para trás: o contrato natural articulado com o contrato social. Trata-se de superar nosso arrogante antropocentrismo e colocar todas as coisas em seu lugar e nós junto delas como parte de um todo. Que é o contrato natural? É o reconhecimento do ser humano de que ele está inserido na natureza, de quem tudo recebe, que deve comportar-se como filho e filha da Mãe Terra, restituindo-lhe cuidado e proteção para que ela continue a fazer o que desde sempre faz: dar-nos vida e os meios da vida. O contrato natural, como todos os contratos, supõe a reciprocidade. A natureza nos dá tudo o que precisamos e nós, em contrapartida, a respeitamos e reconhecemos seu direito de existir e lhe preservamos a integridade e a vitalidade. Ao contrato exclusivamente social, devemos agregar agora o contrato natural de reciprocidade e simbiose. Renunciamos a dominar e a possuir e nos irmanamos com todas as coisas. Não as usamos simplesmente, mas, ao usá-las quando precisamos, as contemplamos, admiramos sua beleza e organicidade e cuidamos delas. A natureza é o nosso hospedeiro generoso e nós seus hóspedes agradecidos. Ao invés de uma trégua nesta guerra sem fim, estabelecemos uma paz perene com a natureza e a Terra. A crise econômica de 1929 sequer punha em questão a natureza e a Terra. O pressuposto ilusório era de que elas estão sempre aí, disponíveis e com recursos infinitos. Hoje a situação mudou. Já não podemos dar por descontada a Terra com seus bens e serviços. Estes mostraram-se finitos e a capacidade de sua reposição já foi ultrapassada em 40%. Quando esse fator é trazido ao debate na busca de soluções para a crise atual? Somos dominados por economistas, em sua grande maioria, verdadeiros idiotas especializados – Fachidioten – que não veem senão números, mercados e moedas esquecendo que comem, bebem, respiram e pisam solos contaminados. Quer dizer, que só podem fazer o que fazem porque estão assentados na natureza que lhes possibilita fazer tudo o que fazem, especialmente, dar razões ao egoísmo e às barbaridades que a atual economia faz que prejudica milhões e milhões de pessoas e que vai minando a base que a sustenta. Ou restabelecemos a reciprocidade entre natureza e ser humano e rearticulamos o contrato social com o natural ou então aceitamos o risco de sermos expulsos e eliminados por Gaia. Confio no aprendizado a partir do sofrimento e do uso do pouco bom senso que ainda nos resta. Era frade. Um homem grande, tímido em certas circunstâncias, atencioso. O talhe, perfeito; o olhar azul, expressivo e inquieto. A modéstia lhe caía bem, por verdadeira. Suas mãos, enormes, faziam grandes voos quando falava. Todos o escutavam. Devido ao nascimento e vivência entre os oriundi da serra, a escansão de suas frases dava à língua portuguesa uma sonoridade surpreendente e bela, toda nova. Nunca repetia as histórias – porque as tinha muitas, sempre engraçadas e com certa perspectiva moral, ainda que não fossem moralistas. Interessava-se pelos humildes por decisão ética, discorrendo sobre a vida de um colono italiano como se falasse de um papa, de um rei, de um transformador social. Respondia com bom humor às perguntas de seus amigos, mesmo às brejeiras, que diziam respeito a sua condição voluntária de homem celibatário, religioso e bonito, cujo encanto pessoal abalava os corações. Falava de Deus com tal naturalidade que, mesmo temporariamente, convertia qualquer agnóstico. Uma de suas grandes virtudes era considerar o pensamento alheio. Um dia, em plena Feira do Livro, ele conversava com um senhor judeu. Punha-lhe a mão no ombro, falava-lhe alguma coisa. Apertaram-se as mãos, despediram-se. Ao primeiro interlocutor que encontrou, disse: “Como temos a aprender com o Antigo Testamento! Talvez nosso cristianismo fosse muito melhor”. Vivia cercado de gatos. Entendia-lhes as manhas, a linguagem corporal e poética. Falava-lhes. Amparava-os nas queixas, dava-lhes comida. Respeitava-os em suas qualidades auto-suficientes e felinas. O capítulo dos livros, em se tratando de Rovílio, é o mais movimentado de sua biografia. Falando neles, em especial dos livros que editou, transfigurava-se. Foram centenas, milhares. Era complacente na hora de fazer escolhas, pois confiava no juízo da posteridade. Teve ações quixotescas, como a de editar a Suma Teológica e suas milhentas páginas. Será difícil, na próxima Feira, ir à praça e não encontrar o Frei Rovílio em pessoa. Porque, bem o sabemos, ele lá estará, circulando entre as barracas, sobraçando um livro. Talvez traga algum outro habitante do Paraíso, a quem ele irá contar suas inesgotáveis histórias. domingo, 21 de junho de 2009 IHU On-Line - Em que medida o desejo e a felicidade como imperativos fundamentam a violência na pós-modernidade? Mario Fleig - A felicidade sempre foi e continua sendo a aspiração que determina a existência do homem ocidental, e talvez de qualquer ser humano, independente de sua cultura. Contudo, o ideal de felicidade se formula de maneiras muitos diversas, e isso depende de cada cultura e seu sistema de crenças e representações. Temos indicações de que a modernidade, e sua radicalização no que se passou a denominar de pós-modernidade, se caracteriza pela implementação de mudanças radicais nos ordenadores sociais precedentes que definiam o que se denomina de modo genérico de modelo tradicional. Ora, sabemos que os ideais que predominam em uma cultura determinam os valores prevalentes, tendo efeitos na organização da cultura e na estruturação das subjetividades. Assim, podemos supor que a modernidade e a pós-modernidade se caracterizam por mudanças radicais nos ideais partilhados, que por sua vez têm efeitos sociais e subjetivos marcantes. Ora, o projeto de fazer uma sociedade orientada pela razão é o que caracteriza a modernidade. A razão se coloca em exercício essencialmente pelo caminho da crítica, de modo que os três grandes princípios ordenadores das sociedades não-modernas - hierarquia, tradição e holismo - foram postos abaixo. A difusão dos ideais da modernidade, firmando-se progressivamente pela crítica aos segmentos da sociedade tradicional, somando-se aos avanços das ciências modernas e os inventos tecnológicos decorrentes, faz com que aumentem as fileiras de adeptos, cujo entusiasmo pelos novos ideais conflui na irrupção das diversas revoluções sociais que se dão até nossos dias, somadas às incessantes revoluções científicas e tecnológicas. Dentro da diversidade que caracteriza cada uma das revoluções sociais, poderíamos considerar que o lema central da Revolução Francesa, liberdade, igualdade e fraternidade, indica a crítica radical ao modelo ancorado na verticalidade, ou seja, na autoridade alocada na divindade, no rei, no chefe, no pai. Assim, na pós-modernidade podemos ver os limites extremos da crise legitimidade de qualquer instância que queira fazer o exercício de autoridade. A crise de legitimidade da autoridade tem como efeito a evaporação dos lugares que têm como função demarcar as obrigações e os limites para cada sujeito. Isso significa uma desagregação da lei simbólica, ou seja, os neo-sujeitos que se constituem na nova economia psíquica correlata da economia neoliberal se supõem desobrigados de qualquer limite e aspirados pelo ideal de gozar de tudo e a qualquer preço, sem limite. Ser educado e subjetivado evitando qualquer interdição tende a produzir sujeitos incapazes de dialetizar o ódio que a introdução da cria humana na linguagem produz. Ao ser introduzido na fala, o sujeito é confrontado com a falta que a interação com o outro lhe apresenta, resultando no surgimento do ódio contra aquele que lhe impõe a falta e o limite. Falta que se apresenta na alteridade do semelhante e falta estruturalmente presente na própria linguagem. Ser introduzido no campo da linguagem e na função fala produz no cerne do faltante uma ferida incurável. Esta ferida é denominada por Freud de desejo. *Mario Fleig , filósofo e psicanalista. - Entrevista site IHU/unisinos em 21/06/2009 com o título: O direito ao gozo e a violência. Veja: Por que o senhor tem chamado os terroristas islâmicos de perdedores radicais? H. M. Enzensberger: Perdedor radical é aquele tipo inconformado e violento que, por exemplo, parte para uma matança desenfreada no escritório do qual foi demitido. Quase sempre um solitário, ele nutre uma ilusão de superioridade quando encontra abrigo numa ideologia coletiva. O islamismo – a versão ideologizada da religião – enquadra-se nisso. Alimenta o ressentimento pelo declínio da civilização árabe, sempre atribuído a um culpado externo. E tem um forte caráter autodestrutivo. Veja: O ano que o senhor passou em Cuba foi decisivo para o rompimento com o comunismo? HME : Mesmo no auge de 1968, nunca fui um camarada ideal. Cresci sob a ditadura nazista, e isso me tornou um cético. Mas Cuba foi, sim, a gota-d’água. O país era um mito para a esquerda. Vivendo lá, descobri que era só uma contradição bizarra: um stalinismo tropical. Veja: O senhor já foi muito crítico do clima político alemão. Como está a situação hoje? HME: Não estou mais obcecado pelo passado nazista, com o problema alemão. Hoje somos uma sociedade burguesa comum, com os mesmos problemas dos franceses ou escandinavos. Ficamos normais e aborrecidos. Veja: A polêmica de 2006 sobre o envolvimento do escritor Günter Grass com o nazismo não mostra que o problema alemão segue vivo? HME : As revelações sobre o passado de Grass só foram constrangedoras porque ele se erigiu em consciência da pátria, papel que não tem mais autoridade para exercer. E temos de dar um desconto: Grass não foi protegido pelo ambiente familiar, como eu fui. Meu pai considerava os nazistas uma ralé. Veja: Seu interesse pelo general Hammerstein, que também tinha desprezo aristocrático pelos nazistas, tem algo a ver com seu pai? HME: Isso provavelmente é verdadeiro. Meu pai também era um obstinado. *Poeta e ensaísta alemão. Entrevista na VEJA, 24 de junho de 2009, p.152-153. Conversa com o editor de VEJA Jerônimo Teixeira por ocasião do lançamento do livro HAMMERSTEIN OU A OBSTINAÇÃO, Cia de Letras, 344pg. A exportação dos seus problemas é uma das características da estratégia imperial dos EUA. É o complemento indispensável da “missão civilizadora” que se atribui como potência pelo mundo afora. Não houvesse um mundo selvagem fora, não se poderia justificar a ação “civilizatória” que os EUA reivindicam. Em janeiro de 2002, George W. Bush, então presidente dos EUA, anunciou a existência de um eixo do mal, que promoveria o terrorismo, os ajudaria a obter armas de destruição em massa, etc., etc. Três países seriam os membros mais importantes desse eixo: Irã, Iraque e Coreia do Norte. As duas “guerras infinitas” em que se meteram os EUA se fundavam nesse enfoque: invasões do Afeganistão e do Iraque. Agora, sem que se tenha fechado esse período, os ideólogos da doutrina das guerras preventivas apontam para um novo eixo: o eixo do caos. É o que anuncia Niall Ferguson, intelectual orgânico da estratégia norte-americana, na edição espanhola do Foreign Policy. Esse novo eixo contaria com “pelo menos nove membros e talvez mais”. Estariam unidos “pela perversidade de suas intenções assim como por sua instabilidade, que a crise financeira só faz piorar a cada dia”. Segundo Ferguson, a “turbulência brutal” que caracterizaria o mundo atual teria três causas primárias: a desintegração étnica, a volatilidade econômica e o declínio dos impérios. No Oriente Médio, os três fatores estariam fortemente concentrados, justificando, segundo ele, sua situação explosiva. A revista seleciona três casos dessa lista caótica: Somália (“a anarquia interminável”), Rússia (“o novo estilo agressivo”) e México (“as misérias causadas pela guerra do narcotráfico”). São três casos de uma lista de nove membros do suposto eixo do caos. Gaza, a partir da frustrada ofensiva militar de Israel, viu piorar suas condições econômicas e sociais, ao mesmo tempo em que fortaleceu o Hamas e enfraqueceu as forças consideradas moderadas — como o Fatah e o Egito, ao mesmo tempo que favoreciam a eleição de um governo de direita radical em Israel, dificultando mais ainda qualquer nova iniciativa de paz na região. Claro que o Irã faz parte também dessa lista, porque apoiaria as forças desestabilizadoras na região — Hezbollah, no Líbano, Hamas, na Palestina —, possuindo armamento nuclear, enquanto sofre os efeitos da crise econômica internacional e da baixa do preço do petróleo. O Afeganistão, evidentemente, seria outro pivô do eixo do caos, agora fazendo um casal inseparável com Paquistão. Os governos dos dois países estariam “entre os mais fracos que existem”, envolvidos entre talibães e armamento nuclear. Outros membros do eixo seriam a Indonésia, a Turquia e a Tailândia, onde a crise exacerba os conflitos internos. Mas usar esses critérios permite estender a lista muito mais. Então se fala da pirataria na Somália, na guerra na República Democrática do Congo, na violência em Darfur e em Zimbábue. E se ameaça: “Não é arriscado dizer que a lista vai aumentar ainda este ano”. O diagnóstico remeteria a três fatores, que se articulariam entre si: “a volatilidade econômica, mais a desintegração étnica, mais um império em declive: a combinação mais letal que existe em geopolítica”. O que apontaria para o início de uma era do caos. Os casos escolhidos servem como exemplos. A Somália seria “o lugar mais perigoso do mundo”, um “Estado governado pela anarquia, um cemitério de fracassos em política exterior que só conheceu seis meses de paz nos últimos vinte anos”, onde “o caos interminável do país ameaça devorar toda uma região”. Na Rússia, “Putin baseou seu apoio popular em um Estado autoritário que fez crescer as rendas mais altas e devolveu à Rússia o orgulho de grande potência. Mas a crise está ameaçando tudo. E o que se avizinha pode ser pior”. Já o México estaria em um “estado de guerra”, em que os narcotraficantes “se converteram em uma autêntica insurgência. Só no ano passado a violência cobrou mais vidas do que estadunidenses mortos no Iraque. E o fim parece próximo”. Da mesma forma que ocorria quando se anunciou o eixo do mal, nenhum diagnóstico global para definir o que tem a ver com isso a globalização, a dominação imperial estadunidense e os modelos econômicos neoliberais. Naturaliza-se o caos. Ele não seria uma das consequências da “ordem global”, da “ordem imperial”, da “ordem estadunidense” no mundo. O terror se combatia com guerras infinitas. E esse suposto caos, quando os centros do sistema, eles mesmos, geram caos, insegurança, instabilidade, miséria, concentração ainda maior de poder e riqueza, indústrias bélicas em crescente expansão? Somente outra ordem, outro mundo, pode diagnosticar e superar o caos — tanto nas periferias, quanto nos centros agonizantes do sistema financeiro global. A cada ordem corresponde um tipo de caos. Em pleno período de provas, a oferta de uma droga que possa melhorar as notas poderia deixar os alunos animados, mas aterrorizaria os pais. Agora, um bioeticista britânico diz que é hora de abraçar o doping mental, o uso de drogas que aumentam o desempenho cognitivo. A sugestão vem de John Harris, diretor do Instituto para Ciência, Ética e Inovação da Universidade de Manchester e editor-chefe do Journal of Medical Ethics. É a segunda manifestação de peso a favor da liberação do uso off label (sem receita médica) dessas substâncias. No fim do ano passado, Harris e mais seis pesquisadores já haviam pedido, na revista Nature, a regulação de drogas cognitivas. A principal da categoria é a Ritalina, usada para tratar crianças hiperativas. Ela já tem um mercado negro entre os estudantes, especialmente nos EUA. Eles estão trocando estimulantes tradicionais, como café e cigarros, pela Ritalina. Os usuários dizem que a droga ajuda a melhorar a concentração, algo que já foi confirmado em pesquisas com adultos. David Green, aluno da Universidade Harvard, disse ao jornal The Washington Post: Honestamente, desde o ensino médio eu não escrevo um artigo sem Ritalina. Matt, estudante de administração de empresas da Universidade da Flórida, disse que uma droga parecida, o Adderall, ajudou-o a melhorar as notas. É um santo remédio, disse ao Boston Globe. É incrível como minha concentração melhora quando eu uso. Alguns especialistas condenaram a tendência e acusaram os estudantes de tirar vantagem injusta por meio do doping, sem explicarem por que isso seria mais injusto do que contratar um professor particular, por exemplo. Harris diz que os argumentos contra as drogas não têm sido persuasivos e que a sociedade deve buscar turbinar a cognição. Não é racional ser contra o aprimoramento, escreveu. Os humanos são criaturas que resultam de um processo de aprimoramento chamado evolução e, além disso, aprimoram a si próprios de todo jeito possível. Embora nenhuma droga seja 100% segura e livre de efeitos colaterais, a Ritalina foi considerada segura o suficiente para ser administrada a crianças com distúrbio de déficit de atenção (DDA) há vários anos, afirma Harris. A Ritalina é um estimulante introduzido em 1956, que parece influenciar a maneira como o cérebro filtra e responde a estímulos. Ela aumenta a energia e a confiança, e já foi comparada à cocaína. Efeitos colaterais possíveis incluem insônia, inapetência, tontura e depressão após o fim do uso. Outras drogas investigadas quanto ao seu papel de aprimoradoras mentais incluem o donepezil, usado para tratar demência, e o modafinil, para narcolepsia. Ambas possivelmente ampliam o desempenho em tarefas que requerem habilidade, nas quais a concentração e o estado de alerta são pré-requisitos. Um estudo mostrou que pilotos comerciais que tomaram donepezil por um mês lidaram melhor com emergências num simulador de voo do que os que tomaram placebo. Um estudo do modafinil concluiu que ele aumentava o desempenho, num simulador de voo, de pilotos de helicóptero que tiveram privação de sono.Num artigo na edição on-line do British Medical Journal, Harris disse que o uso de drogas para aumentar o desempenho cognitivo deveria ser visto como uma extensão natural do processo de educação. As agências reguladoras de fármacos deveriam avaliar os benefícios e os riscos da mesma forma como avaliariam qualquer outra intervenção médica. Questão de ética Suponha que uma universidade queira aumentar a capacidade mental de seus alunos. Suponha que eles digam também que não só poderiam fazer isso como também que seus alunos seriam os mais inteligentes da história. Nós poderíamos não acreditar, mas, se as alegações pudessem ser provadas, deveríamos ficar satisfeitos? Sua resposta é um sonoro sim. Ele conclui que é antiético impedir as pessoas de tomarem Ritalina para aumentarem seu desempenho mental. Em total desacordo, Anjan Chatterjee, da Universidade da Pensilvânia (EUA), argumenta na mesma edição do British Medical Journal que há riscos demais. Nos EUA [e no Brasil], a Ritalina é um remédio de tarja preta, pois tem alto potencial de abuso, dano ao coração e risco de morte súbita.Ele acrescenta que há compensações cognitivas na Ritalina, como a perda da criatividade. Ele levanta o fantasma de pré-vestibulandos tomando a droga em proporções epidêmicas e de motoristas, policiais e médicos pressionados a usá-la em plantões. O progresso sempre traz risco, diz Harris. O desenvolvimento de tochas, lampiões e lâmpadas elétricas poderia ter forçado as pessoas a trabalhar noite adentro. A resposta não foi banir essas tecnologias, mas regular as horas de trabalho. *Diretor para Ciência , Ética e Inovação da Universidade de Manchester e editor-chefe do Journal of Medical Ethics Um pedreiro anônimo teve mais do que os seus 15 minutos de glória. Teve 16. Trabalhando no cemitério junto a uma igreja de São João Del Rei (MG), emocionou a nação e comoveu a cúpula do Estado que lá estava para sepultar Tancredo Neves -ato final de um drama que abalou todo o país. Ficou no ar em rede nacional, via satélite, nem por isso se afobou, cumpriu o ofício como se estivesse sozinho, caprichou com sua pá humilde, dando à cerimônia um momento de reflexão: assim passa a glória do mundo. Não tenho certeza, mas apareceu no Fantástico, nos programas do Jô e do Faustão, mereceu charge do Chico, artigo do Elio Gaspari. Tanta e tal façanha foi agora superada em escala mundial por uma mosca que saiu não se sabe de onde, de alguma lixeira de Washington (DC) e, ludibriando o esquema de segurança mais ostensivo da história, penetrou no sagrado espaço oval do salão também oval da Casa Branca, importunando o homem mais poderoso do mundo. O Houaiss explica (ou complica) o que seja uma mosca: designação comum aos insetos dípteros esquizófonos da subordem dos ciclórrafos que se dividem em caliptrados e acaliptrados. É coisa antiga no universo. Tibério, em Capri, passava o tempo matando moscas para se distrair do tédio de governar o maior império do mundo. Mais ou menos com o mesmo poder e já com algum tédio, Barack Obama trucidou com certeiro golpe e destra mão um exemplar da espécie, que teve também seu momento de glória. Não precisou usar seu assombroso arsenal militar, seus porta-aviões que sozinhos são capazes de dominar a Terra, suas ogivas nucleares, os serviços do FBI e da CIA. Com um peteleco e uma expressão de quem é hábil em matar moscas, deu um único golpe e matou a mosca e a questão. Os gregos, ao contrário dos romanos, só matavam animais para fins religiosos ou para seu consumo próprio. Pitágoras e seus discípulos, então, nem isso, pois acreditavam que as almas dos mortos podiam reencarnar no corpo de qualquer ser vivo – ao que Tertuliano, crítico feroz desta doutrina, redarguia, zombeteiro: “A ser assim, quem me diz que aquela carne que chia no espeto não é uma posta da minha querida avozinha?”. Os romanos, seus sucessores, logo aprenderam a matar por prazer. Organizavam mirabolantes espetáculos no Coliseu em que milhares de animais eram abatidos diante de uma plateia assanhadíssima. Num evento tristemente memorável, Probus transplantou dezenas de árvores copadas para a arena, criando ali uma espaçosa floresta, que povoou com mil avestruzes, mil cervos, mil antílopes e mil javalis – todos mortos diante do público. No dia seguinte, massacraram cem leões, um número igual de leoas, duzentos leopardos e trezentos ursos. Depois, vinte zebras, dez girafas, trinta hienas e dez tigres indianos; em seguida, os grandes quadrúpedes: o rinoceronte, o hipopótamo e um majestoso grupo de trinta e dois elefantes. Esta demanda frenética atraiu um exército de caçadores de espécimes selvagens; navios carregados de jaulas – arcas de Noé da morte e da destruição – zarpavam de todos os portos do Mediterrâneo. Assim foi exterminada quase toda a fauna do norte da África; assim desapareceu para sempre o leão europeu, aquele que atacou os camelos de Xerxes, quando os Persas invadiram a Macedônia em 480 a.C. Era comum na Península Ibérica, na França, na Itália e na Grécia, onde forneceu a vestimenta de Hércules; sabe-se apenas que o último exemplar conhecido morreu no ano do nascimento de Cristo. Eis um animal que nunca vamos conhecer – e, como ele, dezenas de outros que se extinguiram não por fenômenos naturais, como os dinossauros, mas pela simples e ilimitada estupidez humana. Assim também foi o extermínio da alca gigante, o hoje desconhecido pinguim boreal, outrora encontrável em gigantescas colônias nas águas geladas do Atlântico Norte. Em 4 de junho de 1844, Jon, Sigurdr e Ketil, três pescadores islandeses, foram a uma ilha distante procurar exemplares que um colecionador tinha encomendado. Jon matou um macho; Sigurdr matou uma fêmea. Só Ketil voltou de mãos abanando, porque, sem o saber, as duas alcas que seus companheiros haviam abatido eram as últimas do planeta! As carnificinas romanas me deixam horrorizado, mas nada me impressiona mais que o relato deste momento preciso em que algo de irreparável aconteceu. Estas espécies que se extinguem são como os canários que os mineiros de carvão levavam para o fundo da mina, a fim de detectar a existência de gás, pois sua morte anuncia que a nossa também não está longe. Batman não acredita que Drácula tenha mais de 500 anos. Não lhe daria mais de duzentos. – Tempo demais – diz Drácula. – Estou na terceira idade do Homem. Depois da mocidade e da maturidade, a indignidade... O cúmulo da indignidade, para o conde, é a dentadura falsa. Ele não pode ver sua própria dentadura sobre a mesinha de cabeceira sem meditar sobre a crueldade do tempo. Já tentou o suicídio, sem sucesso. Estirou-se numa praia do Caribe ao meio-dia, para que o sol o reduzisse a nada. Só conseguiu uma boa queimadura. Dedicou-se a uma dieta exclusiva de alho. Só conseguiu que as mulheres o expulsassem da cama. A estaca no coração também não funcionara. Precisava ser de um determinado tipo de madeira benta, usada numa determinada fase da Lua, a logística do empreendimento o derrotara. E ninguém se dispõe a matá-lo, agora que seus caninos são postiços e ele não é mais uma ameaça. Drácula está condenado à vida eterna, à velhice sem redenção e à indignidade sem fim. Internou-se na clínica com a vaga esperança de que a morte, que vem ali buscar tanta gente, um dia o leve por distração. E você, Batman? Batman conta que está na clínica para retardar a morte. Não confessa sua idade, mas recusa-se a tirar a máscara para que não vejam suas rugas. Ele não é um super-herói com superpoderes, inclusive o de não morrer, como o Super-Homem. “Eu sou dos que morrem”, diz Batman, com um suspiro. No tom da sua voz está a lamúria milenar da espécie dos que morrem. Drácula parece não ouvi-lo. Esta interessado em outra coisa. “Você vai terminar esse iogurte?” pergunta. Mas Batman continua sua queixa. “Eu já não voava. Hoje quase não caminho. Não posso mais dirigir o Batmóvel, não renovaram minha carteira...”. Mas ele não quer a redenção da morte. Quer a vida eterna, a mesma vida eterna de um homem de aço. “Vamos fazer um trato”, sugere Drácula. “Quando a morte vier buscá-lo, trocaremos de lugar. Você veste este meu robe de cetim e a echarpe de seda, e eu visto essa sua fantasia ridícula, e a...”. Mas Batman o interrompe com um gesto. A morte não pode ser enganada. Claro que pode, diz Drácula. “É só você passar um pouco da minha pomada no seu cabelo que a morte o tomará por mim e...”. – Que cabelo? – pergunta Batman, com outro suspiro, também antigo. “Não somos muito diferentes”, diz Drácula. “Somos completamente diferentes!”, rebate Batman. “Eu sou o Bem, você é o Mal. Eu salvava as pessoas, você chupava o seu sangue e as transformava em vampiros como você. Somos opostos”. “E no entanto”, volta Drácula com um sorriso, mostrando os caninos de fantasia, “somos, os dois, homens-morcegos...”. Batman come o resto do seu iogurte sob o olhar cobiçoso do conde. Diz: – A diferença é que eu escolhi o morcego como modelo. Foi uma decisão artística, estética, autônoma.– E estranha – diz Drácula. – Por que morcego? Eu tenho a desculpa de que não foi uma escolha, foi uma danação genética. Mas você? Por que o morcego e não, por exemplo, o cordeiro, símbolo do bem? Talvez o que motivasse você fosse uma compulsão igual à minha, disfarçada. Durante todo o tempo em que combatia o mal e fazia o bem, seu desejo secreto era de chupar pescoços. Sua sede não era de justiça, era de sangue. Desconfie dos paladinos, eles também querem sangue. – E veja a ironia, Batman. O morcego bom passa, o morcego mau fica. Um não quer morrer e morre, o outro quer morrer e não morre. Ou talvez não seja uma ironia, seja uma metáfora para o mundo. O bem acaba sem recompensa, e o único castigo do mal é nunca acabar. Drácula continua: – Somos dois aristocratas, Batman, um feudal e outro urbano, um da velha Europa e outro da nova América. Eu era Vlad, o Impalador, na Transilvânia, você, o herdeiro de uma imensa fortuna em Gotham. Eu era o terror dos aldeões, você um rico caridoso. Os pobres nunca ameaçaram invadir a sua mansão com archotes, mas somos, os dois, da mesma classe, a dos sanguessugas. O que nos diferencia é que eu não tinha remorsos. Batman pede que Drácula se retire. Dali a pouco chegará Robin com os netos e ele não quer que as crianças se assustem. Se as estações do ano correspondessem a figuras humanas, poderíamos imaginar o verão como um garoto alegre, travesso, sempre de pés descalços, pronto a mergulhar num rio ou a jogar futebol; a primavera como uma adolescente bela e meiga, de olhos sonhadores, entoando suaves canções. O outono? Um homem de meia-idade, um poeta talvez, sempre a caminhar por bosques e sempre meditando sobre a vida. E o inverno? Bem, aí depende. O inverno divide opiniões; porque há quem não suporte o frio assim como existem aqueles que abominam o calor. Aliás, é certo que a Batalha Final será travada não entre aqueles que atacam ou defendem o terceiro mandato para Lula, nem entre as forças do Bem e seus adversários do Mal; a Batalha Final será travada entre aqueles que detestam o inverno e aqueles que o amam. Nessa linha de raciocínio, Henry David Thoreau, o pensador americano que venerava a natureza e a celebrou em várias obras, dizia que, para algumas pessoas, o inverno seria um rude e prepotente tirano, mas que ele preferia vê-lo como um monarca benévolo e gentil. Rei talvez seja um pouco de exagero, mas podemos, sim, falar de um Senhor Inverno, um cavalheiro de idade que nos visita todos os anos. Veste-se bem, ele, com elegância discreta: sobretudo, manta, boné ou chapéu. Usa barba, obviamente, uma barba bem cuidada. Sua voz é grave, voz de barítono. É um homem culto: nas longas noites da estação fria, sua diversão principal é ler (Shakespeare, Machado de Assis) e ouvir música (erudita: Bach, Mozart), enquanto saboreia um cálice de vinho. Ah, sim, o Senhor Inverno é gourmet; gosta de comer bem e frequenta bons restaurantes. Mas prefere ficar em casa, sentado diante da lareira, muitas vezes olhando as chamas que dançam alegremente. É triste, o Senhor Inverno? Talvez o seja: a falta de luz solar exerce esse efeito sobre a química do nosso organismo, causando aquilo que os americanos chamam de winter blues, a tristeza do inverno. Isso, para o Senhor Inverno, não chega a ser problema, ao contrário: essa tristeza superior, espiritual, é para ele o ponto de partida para uma meditação sobre a existência, para uma busca de respostas às tradicionais questões com as quais muitas vezes somos confrontados: por que estamos aqui? Qual o sentido da vida? Se esse debate interior fica muito inquietante, o Senhor Inverno tem alternativas: um bom DVD, por exemplo. Ou um chá acompanhado de torradas. Finalmente, é bom dizer que o Senhor Inverno é muito hospitaleiro: na casa dele, sempre seremos bem recebidos. E lá encontraremos abrigo para o cortante vento que, aqui no Sul, muitas vezes arranca lágrimas de nossos olhos. Felizmente o tema do socialismo volta à discussão! É claro que há grupos que, mesmo após a derrocada do bloco socialista, não deixaram de pregar, anunciar e discutir - muitas vezes de modo dogmático - o socialismo como a única saída possível para a barbárie capitalista. Mas, muitos se afastaram dessa discussão, até como uma forma de se preservar da dor da frustração frente às esperanças depositadas nesse sistema econômico-social que se sucumbiu (ou parecer ter sucumbido) frente ao capitalismo. Com isso, muitas das propostas de alternativas passaram a ser formuladas em termos muito abstratos, marcados quase que exclusivamente por valores éticos e ecológicos, sem muita preocupação com o desenho institucional e econômico-político. E sem diretrizes que mostrem ou indiquem o formato institucional da política e economia, essas propostas genéricas não oferecem critérios para orientar as nossas lutas e ações sociais e políticas. Afirmações do tipo a nova sociedade será espiritual e viverá em harmonia com todos os seres vivos e com o Planeta são importantes para manter o horizonte de desejo, mas não oferecem direções e critérios para lutas concretas. Com isso, surge uma distância grande entre esses discursos cheios de desejos bons e as lutas e ações locais concretas. Por isso, eu afirmei que felizmente o tema do socialismo está voltando a ser discutido em setores comprometidos com a causa da vida dos pobres e dos dominados. Um exemplo disso é a publicação nos últimos dias, no Adital, de dois artigos que merecem ser lidos e discutidos ( Estatismo é a alternativa? , de Manfredo A. Oliveira e Socialismo, contradições e perspectivas , de Frei Betto). Eu penso que não poderemos construir um novo projeto de sociedade e de civilização sem retomarmos as discussões sobre o socialismo, os seus erros e acertos, suas semelhanças e diferenças com o capitalismo, seus potenciais e limites. Dessa discussão podemos reafirmar o socialismo como uma alternativa ao capitalismo ou inventar outro projeto, mas não podemos evitar essa discussão. E espaços como Adital pode ser um lugar para esse tipo de debate. E a importância desse debate se mostra mais claro se levarmos em consideração que até Joseph Stiglitz, prêmio Nobel de Economia, escreveu nos últimos dias que a atual crise econômica deixará como um dos legados uma batalha de alcance global em torno de idéias [...] em torno de que tipo de sistema econômico será capaz de trazer o máximo de benefício para maior quantidade de pessoas. E que em boa parte do mundo, [...], a batalha entre capitalismo e socialismo - ou ao menos entre o que muitos estadunidenses consideram socialismo - segue na ordem do dia ( As mensagens tóxicas de Wall Street ). Uma primeira pergunta que pode aparecer na discussão sobre a alternativa ao capitalismo é: qual é a diferença fundamental entre o capitalismo e socialismo? Uma das idéias bastante difundida sobre esse assunto - entre a esquerda pós-moderna e/ou ecológica e até mesmo nos setores da esquerda cristã - é que não haveria muita diferença entre esses dois sistemas econômico-social-político. Os dois seriam filhos da modernidade e que, por isso, eles teriam o mesmo objetivo de aumento da produção (com a conseqüente destruição da natureza). A principal e talvez a única diferença seria que a propriedade dos meios de produção está na mão das empresas privadas no capitalismo e na mão do Estado no socialismo. Para alguns, o socialismo teria caído no engodo do capitalismo ou teria preservado as principais características do capitalismo e substituído somente a propriedade privada pela estatal. Eu penso que essas críticas têm uma boa parte da razão, mas não capta um ponto essencial. Apesar das semelhanças, há uma diferença fundamental entre os dois sistemas sociais. No capitalismo, toda o sistema de produção, distribuição e consumo está guiado pela lógica da mercadoria ou pelo valor de troca. Isto é, as empresas produzem bens, não em função da sua utilidade na reprodução da vida na sociedade (valor de uso), mas em função do seu valor de troca, isto é, para atender os desejos dos consumidores. Nas palavras de um dos economistas mais influentes no séc. XX, Paul Samuelson, as mercadorias vão para onde há maior número de votos ou de dólares. O cachorro pertencente a John D. Rockfeller pode receber o leite de que uma criança pobre necessita para evitar o raquitismo. Criança pobre necessita do leite, mas como ela não é consumidora não faz parte do mercado, para onde os bens são produzidos. É assim que o sistema funciona, e o empresário não tem opção: no sistema capitalista ele tem que obedecer às leis do mercado (ou as leis do valor). O socialismo é um sistema pensado para dominar essa lei do valor e pensar a produção e a distribuição dos bens em função da reprodução da vida social. Por isso, por ex., em Cuba antes da crise pós-derrocada do bloco socialista havia escolas e hospitais para toda população, mas poucos restaurantes e quase nenhuma loja de bens de consumo considerados pelo Estado como supérfluos. O Estado apropriou-se de (quase) todos os meios de produção para poder planejar a economia em função do valor de uso e das necessidades da população e do regime. O problema é que os modelos de socialismo implantados nos mais diversas partes do mundo geram também totalitarismo e ineficiência produtiva, gerando uma sociedade submetida ao Estado (que aparece por ex. na ausência da sociedade civil organizada) e a escassez de bens de consumo e de serviços necessários para a reprodução da vida corporal de forma digna e prazerosa. Os erros e problemas dos sistemas socialistas que existiram ou ainda existem no mundo devem ser assumidos para aprendermos com a história, mas não podemos ignorar a diferença fundamental (pelo menos em termos teóricos e de valores que nortearam os principais teóricos e revolucionários socialistas) entre a lógica capitalista e a lógica de um sistema (qualquer que seja o nome que venha a ter) que procura colocar a reprodução da vida de todas as pessoas como o princípio norteador da organização econômica, social e política. O escritor é um cozinheiro que prepara uma refeição de palavras para o prazer dos leitores. No livro do Apocalipse um Anjo dá um livrinho ao vidente João ordenando-lhe que o comesse. O Anjo sabia que há livros que não são para serem lidos; há de se sentir no corpo o seu doce e o seu amargo. E há situações em que a leitura de um livro se transforma num ritual antropofágico. Murilo Mendes sabia e disse: “Quando eu não era antropófago — quando eu não devorava livros – porque os livros não são feitos com a carne e o sangue de quem os escreve?” Isso acontece de forma especial com os livros de memórias. Quem escreve memórias está oferecendo o seu corpo para ser devorado pelos seus leitores. Pois é um aperitivo antropofágico que Gabriel Garcia Márquez nos serve num parágrafo do seu livro de memórias Viver para contar. Vou transcrever: “Eu estava proibido de fumar por causa da pneumonia mas fumava no banheiro como que escondido de mim mesmo. O médico percebeu e falou sério comigo, mas não consegui obedecê-lo. Já em Sucre, enquanto tratava de ler sem pausa os livros recebidos acendia um cigarro com a brasa do outro até não poder mais e quanto mais tentava abandonar o cigarro mais fumava. Cheguei a quatro maços diários, interrompia as refeições para fumar e queimava os lençóis quando dormia com o cigarro aceso. O medo da morte me despertava a qualquer hora da noite, e só fumando mais conseguia supera-lo, até eu decidi que preferia morrer a parar de fumar. Mais de vinte anos depois, casado e com filhos, eu continuava fumando. ...Numa noite qualquer, durante um jantar casual em Barcelona, um amigo psiquiatra explicava a outras pessoas que o tabaco talvez fosse o vício mais difícil de erradicar. E eu me atrevi a perguntar qual seria no fundo, a razão, e sua resposta foi de uma simplicidade assustadora: “Porque para você deixar de fumar seria como matar um ente querido.” Foi uma deflagração de clarividência. Nunca soube e nem quis saber a razão, mas esmaguei no cinzeiro o cigarro que acabava de acender, e não tornei a fumar mais nenhum, sem ansiedade e nem remorso pelo resto de minha vida.” Pena que ele, escritor, não tivesse sugerido uma explicação para esse súbito milagre: como é que um vício mortal, bioquímico, que havia derrotado a sua força de vontade e o seu desejo de viver, desaparecia assim, sem mais essa ou aquela, instantaneamente, sem deixar vestígios, pelo poder de umas poucas palavras? Palavras, tão fraquinhas, sons, e tão poderosas... Pois eu vou dar a minha explicação: as razões para o poder do cigarro não são só bioquímicas; são literárias e poéticas. O cigarro é um sacramento: é um objeto material que se transforma num objeto espiritual quando o fumante o liga a uma imagem poética. Descoberta essa palavra poética o seu poder desaparece. Um cigarro é um portador de fantasias que se transformam em realidade. Observo as empregadas domésticas que, pela manhã, caminham na direção das casas das patroas. Elas têm um cigarrinho na mão e vão dando baforadas de fumaça. Qual é a realidade que mora na fumaça? Na fumaça mora a sua liberdade. Ao chegar à casa da patroa seu cigarrinho terá chegado ao fim e a sua liberdade também... Um executivo me explicava o fascínio do seu cigarro. De noite, sozinho no seu escritório, ele se transformava numa outra pessoa pelo poder das espirais de fumaça que o envolviam. As espirais de fumaça têm um poder para desrealizar a realidade e para tornar real aquilo que não é real. Tailândia. Participava de um congresso. Estávamos, um grupo, fazendo um passeio de barco num rio próximo a Bangkok. Todos falavam inglês. Menos o barqueiro. Aproximei-me dele e começamos a nos comunicar por meio de gestos. Foi então que ele, num gesto generoso de intimidade e afeto, ofereceu-me seu cigarro para que eu desse uma baforada. Mas o cigarro estava molhado com a saliva dele. Era um cigarro nojento. Meu primeiro impulso foi recusar. Mas logo me recompus e me disse: “Não, esse cigarro não é um cigarro nojento molhado com a saliva desse desconhecido. Esse cigarro é um objeto que esse homem usa para dizer o quanto ele gosta de mim...” Sorri, tomei o cigarro e soltei umas baforadas. Essa experiência mínima me foi tão importante que ela é, talvez, a única memória que guardo daquele congresso. GISELE BÜNDCHEN - Beleza é um gosto. As pessoas julgam as outras pela cor, pelo tamanho ou pela cor de cabelo. Cada raça, seja a indígena, a negra, a amarela, tem a sua beleza. A minha melhor amiga é uma negra de Uganda. E é uma das pessoas mais lindas que eu já vi. FOLHA - Você pensa na velhice? GISELE - Não vou dizer que fico aqui sentada pensando assim: Como vai ser quando eu ficar velha?. Mas vou fazer 29 anos e estou muito feliz onde estou. Eu me sinto muito mais segura hoje, mais confortável por ser eu. Quando era mais jovem, era insegura. Não sabia se eu podia falar tal coisa, se podia usar tal coisa. Você se sente julgada pela sociedade. Adolescência é uma parte difícil. E eu já estava trabalhando. Hoje sou mais feliz, porque passei por muito mais coisa. Minha mãe tem 61 anos e eu vejo a calma dela -a idade traz isso. FOLHA - A moda é cara? GISELE - Tem moda cara e não cara. As duas são válidas. Obviamente, se você compra uma Chanel, vai durar alguns anos. Mas as pessoas podem estar na moda sem gastar muito. Acho que estar na moda é se sentir confortável com você mesmo. Não sigo tendência. Uso coisas que me deixam confortável. FOLHA - Como você se imagina daqui 50 anos? GISELE - Eu era muito de fazer planos e acho que muitas coisas não aconteceram como eu queria que acontecessem. Hoje, sou muito mais aberta à vida como ela é. Quero viver cada momento porque, de repente, um avião cai, alguma coisa acontece... Acho muito prepotente pensar que vou estar aqui em 50 anos. O que eu sei é que quero estar feliz no futuro. Quero estar com minha família, cuidando de mim, me entendendo e entendendo as pessoas ao meu redor... quinta-feira, 18 de junho de 2009 Degas, segundo Paul Valéry , gostava de contar uma anedota a respeito da poesia de Mallarmé . Após a leitura pelo maravilhoso poeta de um dos seus sonetos, alguns dos seus discípulos puseram-se a discutir. Uns diziam que Mallarmé se referia ao por do sol; outros, ao triunfo da aurora. Questionado o autor respondeu: “Nada disso... É a minha cômoda”. Multidões de seguidores de Mallarmé continuam a desdenhar-lhe o brilho e a endeusar-lhe o lado obscuro. Quase todo péssimo poeta, ilegível, reivindica-se de Mallarmé. Muitos prosadores resolveram tomar o caminho: os romances incompreensíveis passaram a ser chamados de poesia. Invocar Mallarmé tornou-se questão de álibi e de charme. O homem que odiava a afetação transformou-se em patrono dos esnobes. Se for jornalista, seu obscurantismo brilhará no programa dos amigos. Os indicadores de riqueza e de pobreza com os quais contamos hoje refletem a qualidade de vida das populações? Esses números estão reproduzindo a realidade sobre a vida na Terra? A resposta sincera é não, mas existe a opção de um “sim”. Então, como mudar o jogo? Responder a pergunta era um dos desafios propostos para os participantes do debate Redefinindo Riqueza e Pobreza Numa Nova Economia Global, realizado na quarta-feira (17/6) na Conferência Ethos 2009. A conclusão: para entender quais são os elementos métricos de que precisamos, temos de definir que direção pretendemos tomar para reconstruir a economia global. O mosaico partido O dilema é sobre a nossa visão econômica de riqueza e pobreza, e o modo como ela condiciona as análises sobre o crescimento de uma nação. Temos usado os indicadores como o PIB para isso. Mas ele contempla nossas necessidades? Que necessidades? Para Ladislau Dowbor, professor titular no departamento de pós-graduação da PUC-SP, o PIB está defasado. Ele não mede o desempenho da economia em termos de qualidade de vida da população. Em outras palavras: a métrica que valoriza a reprodução do capital ignora o ser humano. Segundo o economista, medir se estamos tomando a direção certa é uma questão de direitos humanos. “Se 10 milhões de crianças morrem num país por causas ridículas e isso não entra na conta, do que trata esse PIB afinal?”, questionou. A pergunta levou a outras reflexões sobre os indicadores que utilizamos, como, por exemplo, a priorização dos interesses privados em esfera pública. “Temos 25 milhões de pessoas com AIDS no mundo e temos que brigar com as empresas farmacêuticas para obter o coquetel a preços acessíveis. A produção dessas empresas aumenta o PIB. Mas a que custo?”, ponderou. Ironizando o processo pelo qual a riqueza e pobreza são calculadas, Dowbor foi categórico em afirmar que estamos condenando um contingente de 4 milhões de excluídos à miséria. Para ilustrar, usou o exemplo da Pastoral da Criança, que atuando na ponta, consegue reduzir em 50% os casos de mortalidade infantil e 80% das hospitalizações. O resultado disso, porém, é a queda do PIB. “Interessante como estamos fazendo a conta. Qualidade de vida significa a redução da riqueza interna? Estamos falando em dar acesso aos bens básicos, não estamos?” A reflexão de Pochmann Para Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), se queremos alcançar outro padrão civilizatório precisamos vencer resistências e mudar a forma como trabalhamos com os indicadores econômicos. Ele propõe que o setor público reveja o modo como lida com as estatísticas. “Temos uma crise de governança. Falamos de um mundo dominado pelos interesses de megacorporações com faturamentos maiores que o PIB de muitos países. Ou seja, falamos de empresas que têm países e não países que tem empresas”, argumentou. Para ele, as políticas públicas estão pautadas sobre modelos fracassados e trabalhar por uma nova economia significa pensar em um meio de equilibrar a conta contraditória que baliza a riqueza e a pobreza de uma nação, colocando a humanidade num caminho mais equânime. “Falamos de sistemas falidos, onde propomos o desenvolvimento com igualdade, mas sem liberdade. Ou o desenvolvimento com liberdade, mas sem igualdade. Precisamos rever os vazios desse discurso”, afirmou. Pochmann lembrou que, ainda que a democracia brasileira se depare com as mazelas de um desenvolvimento desorganizado, conseguimos em 100 anos construir a 8ª economia do mundo. E agora temos enfim a oportunidade de trabalhar com liberdade para crescer com igualdade. “Pela primeira vez em nossa história enfrentamos uma crise global dentro de um Brasil democrático, ainda que injusto. A mudança está sendo construída, não imposta, e o Brasil tem potencial suficiente para combinar crescimento com desenvolvimento sustentável”, lembrou. Assim como Pochmann, Ladislau Dowbor reforçou que temos milhões de pessoas em situação de pobreza ou miséria e é preciso agir para dar oportunidades inclusivas a essas pessoas. Para isso, ele aposta na força de organização e mobilização da sociedade civil. “A solução não virá de cima, virá de nós enquanto coletivo social”. “Começar a agir” Oded Grajew concordou com Dowbor. “Frente aos problemas que não são calculados nas métricas do PIB precisamos começar a agir”, afirmou no debate. Foi mais longe e mostrou serviço: os Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município (IRBEM), que estão sendo construídos pelo Movimento Nossa São Paulo. Trata-se de um conjunto de métricas para avaliar a qualidade de vida dos moradores na cidade, um instrumento para ajudar pessoas, instituições e governos a definirem adequadamente o conceito do bem-estar, de modo a permitir o planejamento, a formação de parcerias e a promoção do desenvolvimento sustentável. O processo que vai levar à criação do IRBEM reflete as premissas da iniciativa. Até 30 de setembro, o Movimento Nossa São Paulo está recolhendo contribuições dos cidadãos e organizações da sociedade civil, a partir de uma pesquisa “democrática e participativa”. Os itens mais citados no questionário como os mais importantes para a qualidade de vida serão incorporados à pesquisa anual de percepção sobre a cidade, realizada em parceria com o IBOPE. A pesquisa vai checar qual é o nível de satisfação e valorização em relação aos itens mais citados no questionário. “O IRBEM é um movimento da sociedade civil para a sociedade civil”, disse Grajew. Já é um começo.
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Novo logo da DFB Pokal (Copa da Alemanha) Foi revelado o novo logo da DFB Pokal, ou Copa da Alemanha como é conhecida aqui no Brasil. O logotipo foi criado pela agência de design Stuttgart Strichpunkt, e é a primeira alteração desde 2003. O diretor de marketing, Denni Strich, deu a seguinte declaração sobre o novo design: “Era hora de fazer uma mudança, queríamos um logotipo que trabalhasse no cenário global, cativando apoiantes. Portanto, estamos muito satisfeitos com o novo design. Logo 2016-2017 DFB Pokal Evolução do logo da DFB Pokal O novo logo do torneio traz o troféu no centro, porém desta vez de uma forma mais moderna. O patch contém um círculo ao redor, bem como o que aparece no escudo da seleção, com detalhes em preto, vermelho e amarelo, cores da bandeira do país.
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Na palma da mão | &nbsp 28/01/2016 20:00 ( atualizada 28/01/2016 20:00 ) &nbsp O aplicativo Iguatemi Brasília oferece dicas e serviços ao cliente. Veja como utilizá-lo: Você sabia que o Iguatemi Brasília possui o próprio aplicativo? Para tornar o passeio pelo shopping ainda mais prático, o app oferece muitas facilidades. Nele, você encontra dicas e diferentes serviços que otimizam suas compras. Em mãos, você pode traçar rotas de um restaurante/loja a outra, fazer reservas em restaurantes, selecionar seus conteúdos favoritos para receber informações de acordo com a sua preferência, consultar a programação do cinema e receber notificações sobre promoções e eventos. Também é possivel salvar vagas de estacionamento para encontrar o carro com mais facilidade. GPS|Brasília mostra como utilizá-lo: Guia de estilo Pelo app, o usuário acessa o comando Guia de Estilo, que ajuda a combinar peças, saber o que vestir de acordo com cada biotipo e entender quais roupas, acessórios e peças íntimas adequadas para cada ocasião. O comando serve tanto para homens quanto para mulheres, e a interface é interativa e instintiva. Passo a passo, ilustrações auxiliam na legibilidade das peças e no entendimento do assunto, além do conteúdo disponível de mais de 10 blogs de moda para o cliente manter-se antenado sobre as tendências e estilos do momento. Pushs com benefícios para clientes cadastrados O aplicativo oferece benefícios para clientes cadastrados no desconto nas lojas, ingressos de cinema, convites para eventos etc. Agenda dos eventos Nesta ferramenta você fica por dentro de todos os eventos que ocorrem no Iguatemi. A partir dela você pode consultar as informações sobre a atração e agendá-la no seu smartphone para receber um alerta quando estiver próximo da data do evento. Programação de cinema Semanalmente, a programação de cinema do Iguatemi é atualizada e você pode conferir os horários dos filmes através do aplicativo! Além de conferir as sinopses, trailer dos filmes e comprar o ingresso sem sair de casa. Como baixar O Aplicativo roda nas plataformas IOS e Android, o download é gratuito e você encontra na Apple Store e na Google Play. O cadastramento fácil, com a opção de efetuar o login com a conta do Facebook ou do Gmail.
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ATIVIDADES ECONÔMICAS Os links a seguir apresentam uma série histórica da composição dos estabelecimentos de Curitiba, segundo porte, setor de atividade, bairros e regionais do Município. Esses dados possibilitam ao empresário e demais interessados conhecer a distribuição das atividades econômicas da cidade.
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Proibições e responsabilidades dos administradores da companhia Como se sabe, há duas espécies de administradores na companhia:os administradores em sentido estrito, que são os conselheiros e os diretores; os administradores em sentido amplo, compreendendo, além daqueles, os membros de outros órgãos estatutários e os conselheiros fiscais. As diretrizes relativas a requisitos, impedimentos, investidura, remuneração, deveres e responsabilidades dos administradores aplicam-se a conselheiros e diretores. Referidas normas devem ser estendidas aos membros de quaisquer órgãos criados pelo estatuto, com funções técnicas ou destinados a aconselhar os administradores. Outrossim, os membros do Conselho Fiscal ostentam os mesmos deveres dos administradores. Também respondem pelos danos decorrentes de omissão no cumprimento de seus deveres e de atos praticados dolosa ou culposamente, ou com violação legal ou estatutária. Em consequência, os administradores em sentido lato ficam sujeitos a diversas proibições, destacando-se, porque mais importantes, as seguintes: •participar de operação social na defesa de interesse conflitante com os da companhia (art. 156). Regra geral, os administradores não são pessoalmente responsáveis pelas obrigações que assumirem em nome da sociedade e em virtude de ato regular de gestão, mas respondem : •individualmente, pelos prejuízos que causarem, singularmente, no exercício de suas atribuições ou poderes, quando agirem com dolo, culpa ou violação da lei ou dos estatutos; •solidariamente, pelos prejuízos que causarem, ao inobservar suas obrigações legais, ainda que, pelas regras estatutárias, referidos deveres não sejam impostos a todos os administradores; •solidária e subsidiariamente, quando, tomando conhecimento das irregularidades cometidas por seus predecessores, com prejuízo à companhia, delas não derem ciência à Assembleia Geral. Na prática, todas essas espécies de responsabilidade são ratificadas pela Assembleia Geral. Contudo, mesmo assim, se os administradores infringiram a lei e o estatuto, os acionistas podem anular, judicialmente, a deliberação colegiada. A decisão da Assembleia Geral não exime os administradores de sua responsabilidade legal e estatutária.
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Conteúdo fotográfico desde 2007 Quem faz Cada um caminha por maneiras distintas e próximas pela fotografia. Preservamos nossos estilos – pragmático e reflexivo – porque seguimos uma ideia que a própria fotografia nos propõe: mergulhar nela, seja por seus conceitos, suas poéticas e por suas especificidades autorais. Gostamos de trabalhar com quem deseja se aproximar da discussão e sobre o entendimento de sua própria produção. Avançar nos projetos autorais, em processos da criação, na edição fotográfica, na reflexão sobre como narrar poeticamente temas, sensações, metáforas, reportagens, ensaios. Enfim, edição e montagem de sua escrita visual. Nos dedicamos a estas questões e a outras demandas que encaramos como pesquisa fotográfica. Porque não há como ficar na superfície da fotografia. Há de se explorá-la em seus discursos autorais. Dessa maneira pensamos na fotografia não como uma demanda de mercado, mas sobretudo como uma demanda de dedicação e pesquisa para com quem a realiza: os fotógrafos. Por tudo isso, nossos projetos são humanizados, dialogados, pequenos, delicados e concentrados no espírito de experimentar e pensar a fotografia com seus autores. Aqui você encontra uma entrevista realizada conosco na revista OLD, em março de 2016. ALEXANDRE BELÉM – Recife, 1974 Jornalista, fotógrafo e editor de imagens, é o criador e editor do blog Olhavê. Em 2012, venceu o Prêmio Abril de Jornalismo na categoria Digitais/Blogs com o blog Sobre Imagens, que editou entre 2010 e 2015. Curador do Ciclo de Ideias do Festival de Fotografia de Tiradentes (2011, 2012, 2013, 2014, 2015 e 2016), da Mostra SP de Fotografia (2012, 2013, 2014 e 2015) e do Encontro Pensamento e Reflexão na Fotografia, MIS/SP (2012 e 2013). Foi membro da comissão de nomeação do World Press Photo Multimidia Contest (2011) e juiz suplente do POY Latam (2013). Belém é autor do livro Olhavê Entrevista (2012) e coordenador editorial dos livros do selo Olhavê. Antropóloga, professora e pesquisadora no campo da teoria, filosofia e crítica da imagem fotográfica. Doutora em Antropologia pela Universidade de Salamanca (Espanha), mestre em Antropologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e pós-graduada em História da Arte pela Fundação Armando Álvares Penteado – FAAP/SP. Atualmente, desenvolve pesquisa de Pós-doutorado em Comunicação e Semiótica na PUC/SP com ênfase em processos criativos. Curadora das exposições: Arqueologia de ficções, Capibaribe Centro da Imagem, Recife (2013); Abismo da carne, DOC Galeria, São Paulo (2013); Operárias da guerra – Razões e encenações, Madalena Centro de Estudos da Imagem, São Paulo (2013); Distâncias ausentes, Madalena Centro de Estudos da Imagem, São Paulo (2012); Ecos híbridos, Museu de Arte Contemporânea, Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, Fortaleza (2012); Fábulas e Encontros, Fauna Galeria, São Paulo (2012); Da fotografia, dos conceitos – Segundo recorte, Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam, Recife (2011); Da fotografia, dos conceitos, Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam, Recife (2010) e Olhar guardado, Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães – Mamam, Recife (2010).
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Brasil 5 de fevereiro de 2016 - 10h11 Desvio na merenda em SP pode chegar a R$ 11 milhões Políticos do PSDB são investigados em um esquema milionário de fraude nos recursos da merenda escolar do estado de São Paulo, governado pelo tucano Geraldo Alckmin. A oposição ao governo na Assembleia Legislativa quer instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar o esquema, que teria desviado mais de R$ 11 milhões dos cofres públicos. O MPE suspeita que o esquema funcionou em diversos órgãos do governo estadual e prefeituras.
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Famosos ônibus de dois andares de Londres serão elétricos [img1] As primeiras edições elétricas dos ônibus double-deck, que têm um segundo andar para acomodar passageiros, começarão a circular pelas ruas de Londres, na Inglaterra. Os veículos foram projetados para que sejam silenciosos ao percorrerem 290 km com uma única carga. Quando voltarem para a garagem, ao fim do dia, os ônibus serão conectados a uma central de energia para que sejam recarregados. Cinco unidades dos ônibus double-deck irão realizar o percurso entre Wilesden e Tussell Square no próximo mês. Esses veículos irão ajudar a reduzir o ritmo de emissão de poluentes ao custo de 500.000 dólares cada. Mais unidades chegarão à cidade nos próximos meses. O motivo principal para esses ônibus é a qualidade do ar. Sabemos que ela não é boa como deveria ser em Londres. Os ônibus representam grande parte dos veículos nas ruas e cortar suas emissões de poluentes fará uma frande diferença na qualidade do ar da cidade, afirmou Leon Daniels, diretor de transportes de Londres, de acordo com o Gizmodo.
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Após quase dois anos sem fazer shows, o Rappa se prepara para voltar aos palcos brasileiros a partir de outubro. Além dos shows, a banda pretende com o retorno das longas férias entrar em estúdio para gravar e lançar o novo disco em 2012. O último trabalho de estúdio do grupo carioca foi o disco Sete vezes, lançado em 2008, e a última apresentação ao vivo foi em 30 de Dezembro de 2009, em Ilheus, na Bahia. - Nunca tínhamos tirado um período de férias tão longo. Passamos dez anos emendando gravações em turnês com breves intervalos de um ou dois meses. O Rappa está voltando aos palcos em outubro, provavelmente no Rio de Janeiro. E o disco deve sair em 2012 - declarou Marcelo Lobato, baterista e tecladista do Rappa. Em turnê pelos Estados Unidos, Britney Spears recebeu a presença ilustre de Lady Gaga em seu show em Atlantic City, New Jersey. Fã declarada da princesinha do pop, Gaga assitiu ao show ao lado de amigos no último sábado, dia 6. Segundo o site X-Britney, a cantora postou no Twitter, antes da apresentação: Tão legal ter a linda Lady Gaga em meu show em Atlantic City hoje à noite. Te adoro, gatinha.” E, depois de cantar I'm Slave 4U, a cantora fez questão de anunciar a presença de Gaga na plateia. Hoje é uma noite especial: Lady Gaga está aqui. É uma honra! Elas acenaram uma para outra e, ao ser iluminada pelos refletores, Gaga reverenciou Spears e fez um coração com as mãos. Não é de se espantar que Juliana Vasconcelos, conhecida pelo nome artístico Jullie, só seja escalada para dublar fadinhas, garotinhas e agora uma duendinha. Diminutivos combinam com o timbre da cantora de 23 anos. É dela a voz em português da Smurfette de Os Smurfs, filme baseado no desenho dos anos 80 que estreiou no Brasil nesta sexta-feira (5). Como em outros projetos, Juliana foi chamada para um teste e calibrou sua voz de acordo com a da dublagem original, em inglês, feita pela cantora americana Katy Perry. Eu tive como base um pouquinho a voz dela. Tentei dar a mesma entonação. Os timbres não são iguais, mas tentei fazer, explica Jullie ao G1. É tudo muito na hora, o diretor brasileiro explica a historinha e orienta. Ele disse: 'Ela tem que ser fofa'. Passamos várias vezes as cenas só do personagem. É para pegar o jeitinho, conta. Ela revela que não guarda tantas lembranças de viver sua infância de olho na aldeia comandada por Papai Smurf. Eu era muito pequenininha. Lembro mais da Punky Brewster e dos Ursinhos Carinhosos, diz rindo. Antes de ceder sua voz para personagens do cinema e da TV, Jullie interpretou a versão jovem de Lia, vivida por Juliana Paes no filme Mais uma vez amor (2005). Foi uma delícia dividir um papel com ela! Foi nessa época que saí do meu estado [Espírito Santo] e vim morar no Rio. Fizemos bastante exercício de espelho para que eu captasse o jeitinho que a Juliana Paes daria à personagem. Às vezes assisto ao DVD. Enxergo falhas e hoje faria diferente... Mas acho que acontece com todo mundo. Em Os Smurfs, Katy serviu de inspiração. A carreira musical de Jullie também tem a dona de I kissed a girl entre as influências. Sou muito fã. Já comprei ingressos para ir aos shows [em setembro, em SP e no Rock in Rio]. É bom ter alguma coisinha a ver com seu ídolo. Fico viajando na maionese, confessa. Embora tenha contrato com a Deckdisc (a mesma gravadora de Pitty e Sorriso Maroto), dublar é seu maior ganha-pão. Meu sustento é a dublagem. A música não me sustenta por enquanto, conta. Sempre estou fazendo outras coisas que ajudam na minha vida. Não é fácil uma pessoa viver só de dublagem. Eu tenho a vantagem de cantar e dublar. Além de Smurfette e de Sininho (em Tinker Bell e o resgate da fada, de 2010), personagens de carne e osso também estão em seu currículo, como a Blair da série Gossip Girl ou a Lilá Brown de Harry Potter. Tem muita diferença. Quando é desenho você pode brincar mais, exagerar um pouquinho, sem parecer ridículo. O live [produções com atores] tem que fazer mais natural para não ficar pastelão, ensina. Entre uma dublagem e outra, Jullie prepara seu segundo disco. Mas o sucessor de Hey, posto nas lojas em 2009, ainda não tem previsão de lançamento. Já tenho bastante música inédita que estou compondo com um amigo meu que é produtor. Ele tem feito umas bases bem legais, bem pop, com um pouquinho de eletrônico. É uma coisa meio eletrônica de Katy Perry, Ke$ha. Ainda não tenho data para entrar em estúdio. O rapper Big Boi foi detido em Miami por porte de drogas no domingo (7), quando voltava de férias no Caribe. O integrante do grupo Outkast, do hit Hey ya!, estava com ecstasy e viagra, e outras drogas não especificadas pela polícia, informou o site do jornal The Guardian. No retorno para os EUA após um tempo de descanso, foram encontradas em sua bagagem pílulas de ecstasy, comprimidos de viagra e pó de MDMA. A fiança foi fixada em US$ 16 mil. Enquanto Big Boi estava viajando com seu grupo de amigos, uma pequena quantidade de 'contrabando' foi encontrada na bagagem coletiva. Os fatos foram apurados e Big Boi será completamente absolvido, disse o advogado do rapper. Ele está em turnê, divulgando seu disco solo mais recente Sir Lucious Left Foot: The son of Chico Dusty. Além de shows nos Estados Unidos, neste mês ele deve passar por Austrália e Nova Zelândia. O Outkast deve lançar seu primeiro disco em seis anos em 2012. O vocalista do Maroon 5, Adam Levine, está processando a Activision, empresa de jogos eletrônicos responsável pela franquia Band Hero. Na última quinta-feira, 4, o músico entrou com um processo no Tribunal Superior de Los Angeles alegando que o novo jogo da empresa explora seu nome e imagem muito além do que ele havia acordado em contrato. Levine teria permitido apenas que a empresa utilizasse a faixa She Will Be Loved, do Maroon 5, para o jogo, tendo inclusive cantado a música para a captura de movimento para o seu avatar poder ser criado. O Band Hero, no entanto, possui uma funcionalidade que permite aos usuários que os avatares escolhidos executem músicas de outros artistas, sem distinção de gênero. O músico acusa a empresa de violação dos termos do contrato e utilização indevida sua imagem. O frontman do Maroon 5 também alega que a Activision pediu permissão a outros artistas para uso expandido de imagem, pagando uma quantia maior a eles para participar do jogo. Parece que a parceria entre Chris Brown e Justin Bieber vai além de Next 2 You, faixa lançada no último álbum de Brown, F.A.M.E.. O cantor revelou a nova parceria da dupla em sua mixtape, entitulada Boy In Detention, lançada na última quinta-feira, dia 4. Ladies Love Me tem samples do single Look At Me Now, também do disco F.A.M.E., e foi produzida por David Banner. Depois do clipe em realidade aumentada para música “Máscaras”, Claudia Leitte promete inovar ainda mais no seu segundo DVD. A moda do 3D deve chegar ao axé no novo projeto audiovisual da cantora, que será gravado em dezembro desse ano em São Paulo. O DVD só sai em 2012 e, além de um show hi-tech, ainda terá um registro mais intimista que será gravado na cidade natal da cantora, Salvador. Os extras do disco ainda terão o clipe de “Samba”, filmado em Miami com Ricky Martin. Katy Perry vai encher de algodão-doce e chantili os palcos do Brasil a partir do dia 23 de setembro. A cantora americana de 26 anos foi escolhida para ser a primeira grande atração internacional do que promete ser o maior festival de música já realizado no país, o Rock in Rio 2011. É para começar a festa com uma das maiores máquinas de fazer hits dos últimos tempos. Katy Perry é a primeira mulher em mais de 20 anos a conseguir emplacar quatro faixas de um mesmo álbum, no caso Teenage dream, de 2010, no número um da parada americana. O disco que teve mais músicas no topo do ranking da Revista Billboard foi Bad, lançado em 1987 por Michael Jackson. Bad teve cinco canções na liderança. A façanha de Katy ganha sua real proporção quando se leva em conta que Teenage dream é o terceiro álbum da cantora – o Rei do Pop estava em seu sétimo LP solo quando bateu o recorde, sem contar os discos gravados com os irmãos na época do Jackson 5. Além do sucesso nas rádios, Katy Perry é vencedora também num campo relativamente novo. Ela é a única artista que teve cinco de suas canções com venda por download (música digital comercializadas pela internet) superior a 4 milhões de cópias cada uma. A rápida ascensão da jovem diva da Califórnia não está apenas ligada ao estilo chiclete de suas canções, cujas melodias grudam na memória do ouvinte. Por trás do sucesso das cinco faixas mais vendidas de Katy – “California gurls”, “E.T.”, “Hot n cold”, “I kissed a girl” e “Fireworks” – está uma artista capaz de misturar excepcionalmente bem os três elementos essenciais do pop atual: fantasia, diversão e sensualidade. Em uma cultura musical cada vez mais apoiada na imagem de seus astros, nada melhor que uma peça de roupa memorável para sintetizar o apelo de uma cantora. Em junho do ano passado, Katy apareceu no clipe de “California gurls”, o primeiro single de Teenage dream, usando uma lingerie mirabolante. Seguindo os passos da veterana Madonna, que em 1990 chocou o público de sua turnê Blond ambition com seu sutiã de cone desenhado por Jean Paul Gaultier, Katy inventou um corpete em que cada bojo sustentava uma lata de spray. Delas saíam longos jorros de chantili. Pode parecer de mau gosto, mas a pose jocosa de Katy fazia com que apenas risadas acompanhassem seu espetáculo sexy-amalucado. No mesmo mês, Lady Gaga apareceu na capa da Rolling Stone americana usando um sutiã de metralhadoras. A diferença de estilo entre as duas cantoras não poderia ser mais bem explicitada. Enquanto Lady Gaga levanta bandeiras pela causa gay e faz polêmica com seu visual bizarro, Katy Perry é igualmente produzida, mas sua luta é pelo bom humor adolescente. Há uma década, quando estava na idade da maioria de suas fãs, Katy Perry não tinha nenhuma proximidade com o mundo em que vive hoje. “Se a minha versão adolescente pudesse me ver agora, acho que ela ficaria empolgada, pasma e diria: ‘Coloque algumas roupas’”, disse Katy ao jornal americano New York Times. Filha de dois pastores evangélicos convertidos (sua mãe diz ter tido um caso com Jimi Hendrix na juventude e seu pai foi amigo de Timothy Leary, o lendário defensor do LSD), Katy cresceu quase sem ouvir música que não fosse de igreja. Aos 15 anos, lançou seu primeiro disco como Katy Hudson, uma compilação de louvores religiosos como “Oh happy day”. Foi um fiasco que acabou levando a jovem Katy a ir morar sozinha em Los Angeles – uma mudança decisiva para ela. “Foi como descobrir que o mundo era redondo”, disse ela ao New York Times sobre entrar em contato com o mundo fora da comunidade cristã. Foram diversas recusas e quebras de contratos até ela conseguir se lançar como uma cantora pop – já com a polêmica como parceira. Em 2007, saiu a primeira faixa do disco One of the boys, “Ur so gay”, uma canção autobiográfica sobre um ex-namorado metrossexual que tinha como refrão o verso Você é tão gay/e você nem gosta de garotos. A música causou comoção pela letra que beirava o politicamente incorreto e, principalmente, por ter sido elogiada por Madonna. Foi o maior hit de One of the boys, que, no entanto, deixou os pais de milhões de garotas preocupados. “I kissed a girl” era uma confissão esclarecida e despojada de uma garota sobre sua primeira experiência homossexual. Dizia: Eu beijei uma garota/e eu gostei/espero que meu namorado/não se importe. Uma igreja cristã americana chegou a protestar contra a música de Katy, colocando um painel em frente a sua sede com os dizeres “Eu beijei uma garota. Eu gostei. E depois eu fui para o inferno”. Revoltas à parte, a irreverência rendeu a Katy um dos maiores êxitos comerciais da última década. “I Kissed a girl” foi a música mais tocada por semanas em pelo menos 20 países. “Fiquei vidrado quando ela apareceu com aquele estilo meio pin-up”, afirma o recifense Leandro Brayner, de 22 anos, responsável pelo katyperry.com.br, o site oficial da cantora no Brasil. “Os jovens de hoje se identificam com as músicas dela, feitas para divertir e pensar sobre a vida. Esses temas polêmicos ajudam uma geração cada vez mais curiosa, que quer experimentar as coisas do mundo.” A simpatia e atenção de Katy com os fãs é uma de suas marcas registradas. Seu principal canal de comunicação com eles é o Twitter, onde tem 8,8 milhões de seguidores. De vez em quando, personaliza as mensagens: Katy gravou um vídeo de agradecimento especialmente para seus admiradores brasileiros depois que o site de Leandro Brayner, que recebe 8 mil visitas por dia, fez uma promoção para homenageá-la em seu aniversário. Brayner e seus colegas estão há alguns meses se preparando para a vinda de Katy ao Brasil com promoções, vídeos e outros conteúdos. “Vai ser um showzaço”, diz o presidente e diretor artístico do Rock in Rio, Roberto Medina. “Ela é fenomenal. Há artistas talentosos que quando se apresentam num palco grande como o do festival desaparecem, mas o que ela faz é um espetáculo”, diz. Roberto conta que sua apresentação será uma das mais produzidas do evento, com cenários e diversos figurinos. Será uma adaptação do show da turnê California dreams, que ela iniciou em fevereiro deste ano e que já passou por países da Europa, Oceania, Ásia e América do Norte. No dia 25 de setembro, Katy se apresenta em São Paulo, na Chácara do Jockey. Os ingressos para o Rock in Rio já se esgotaram, mas ainda é possível comprar entradas para o show de São Paulo. Só no fim de novembro Katy Perry poderá descansar e voltar para casa, em Los Angeles, onde seu marido, o comediante inglês Russell Brand, de 36 anos, com quem a cantora se casou em 2010, a espera. Foi com a ajuda de Katy Perry que Brand, amigo próximo de Amy Winehouse, se livrou da heroína. Isso sugere que a hit maker sensual tem mais substância e determinação do que suas canções provocativas sugerem.
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Sua vida está um caos e você não sabe como fazer para se organizar? Não se desespere. Este livro mostrará a você do que realmente precisa: de um caminho inteiramente novo e melhor para se organizar. Um caminho baseado na graça de Deus. No mundo inteiro as mulheres lutam contra o caos, seja ele o caos exterior que as cerca ou o caos interior do medo e da autocrítica. Mesmo que saibamos o que tem que ser feito, algo se perde no caminho entre as nossas melhores intenções de fazer algo e a atitude de realmente fazer com que aquilo aconteça. A maioria dos livros sobre organização apenas acrescentam ainda mais regras à nossa vida, seja nos propondo algum tipo de planejamento, de calendário ou mesmo um método novo a seguir. No entanto, este livro adota uma perspectiva completamente diferente sobre o problema da falta de organização. Ele se concentra em quatro áreas em que as mulheres geralmente enfrentam muitas dificuldades: a mania de perfeição, o excesso de ocupação, os bens materiais e o lazer. “Staci acertou em cheio com este pequeno livro. Foi um golpe certeiro, repleto de boas reflexões sobre nossas vidas e corações desorganizados, e seguido imediatamente pelo bálsamo da esperança que encontramos somente no evangelho. Esta é uma obra ideal para ser usada em pequenos grupos, ou mesmo por duas pessoas que estejam em busca de mudar e queiram assumir um compromisso com essa mudança. Na presença ativa do Espírito Santo sempre há esperança para mudar. Abra este livro em busca de uma grande verdade e encontrará muito sobre o que refletir!”— Carolyn McCulley, alguém que vivia adiando a mudança, blogueira, cineasta e autora de Radical Womanhood e Did I Kiss Marriage Goodbye?